domingo, 2 de março de 2008

A esquerda e a criação de rancores


Dica da Cecília. O Marcos Guterman decidiu terminar com o seu blog, entre outros motivos porque:

Infelizmente, por causa do meu sobrenome e da minha religião, muitas pessoas apareceram por aqui para ofender os judeus, mentir sobre o Holocausto e desejar o fim do Estado de Israel. Agüentei o quanto pude, mas, em nome da memória de meus avós, decidi que já tive o bastante.

O Brasil nunca foi um país anti-semita. Certo, houve o Getúlio na época do Estado Novo que entregou a Olga pros nazistas, e houve episódios isolados, e houve e há skinheads, mas, que me lembre, nunca foi um país no qual o ódio aos judeus era algo cotidiano.

Mas, graças à esquerda e seu ódio irracional a Israel, o anti-semitismo está aumentando, e dá para notar isso claramente nos atrozes comentários que podem ser lidos no blog do Guterman. Alguns dizem que não se trata de "anti-semitismo", mas de "anti-sionismo". Grandes coisas. Bin Laden também fala em "sionismo". No momento em que há seis ou sete milhões de judeus vivendo em Israel, e sabendo que após 1948 centenas de milhares de judeus foram expulsos dos países árabes, achar que eles não tem o direito de morar no seu país, ou mesmo de ter um país, ou mesmo de não levar um míssil na cabeça, na prática equivale sim a ser contra os judeus.

O Brasil tampouco foi um país muito racista em relação aos negros. Quero dizer, houve e há racismo, mas nunca foi um racismo violento, de confrontação, como o que ocorreu e ocorre nos EUA, mas um fenômeno bastante mais velado e sutil. (i.e. os anúncios que procuravam pessoas de "boa aparência", etc.) Até porque aqui a miscigenação foi tanta que nem há como dizer quem é "branco" e quem é "negro", se é que tais categorias tem alguma utilidade prática. A instituição das cotas, por isso, tende a radicalizar um processo de identificação racial e de rancor mútuo que, temo, criará mais, e não menos, racismo.

A esquerda, por ser coletivista, tem a tendência a tratar as pessoas em blocos. Os negros. Os brancos. Os índios. Os homossexuais. As mulheres. Os pobres. Os ricos. O que são características acessórias, viram para a esquerda o fator fundamental de identidade. Não apenas isso, como tais grupos são considerados "minorias oprimidas" (é curioso que aos judeus não seja permitido o epíteto de "minoria oprimida", embora sejam claramente uma minoria), e portanto, seus rancores e ódios contra o "opressor" são, não apenas justificados, como estimulados.

Assim, estimulando-se o ressentimento, seja social, racial, religioso ou sexual, a esquerda só cria mais e mais ódio. Tudo, curiosamente, em nome da "paz" e do "entendimento entre as culturas".

Atualização: Oquei, Freddy, não é apenas a esquerda que cria rancores e divisões. E há anti-semitismo na direita também, embora o espantoso seja justamente que hoje o anti-semitismo mais virulento venha da esquerda e que seja raro entre a direita, que via de regra é pró-Israel. Mas o motivo do post foi falar sobre esse fenômeno de promoção do ódio e do ressentimento pela esquerda. Devido à propaganda árabe (tão bem aceita pelos esquerdistas, até porque originalmente a "propaganda árabe" foi criação da KGB, o Arafat foi cria da KGB, leiam Ion Pacepa), não há pais que seja mais odiado do que Israel e, por extensão, até judeus brasileiros que nada tem a ver com os atos do governo israelense, como o Marcos Guterman, acabam pagando o pato. Uma pena.

12 comentários:

Fred disse...

Xizão

Como é que voce me classifica?

Esquerda, direita, ou um velho babaca?

Só assim vou poder entender o post.

Mr X disse...

Fredão,
Classifico você como um sonhador, um iluso, com boas intenções, mas, como todos sabemos, as boas intenções...
Abraço,

Fred disse...

Companheirinho

dei oportunidade e voce não aproveitou. hehehehe

Voce foi bem gentil.

Beijão.

PS - Se não se acreditar, como poderá acontecer?

Essa é a grande questão.

Voce da uma analisada no entorno, computa, soma, subtrai e chega a conclusão que não adianta.

Se todos fizerem o mesmo, que venha o apocalipse.

Eu dou a chance. Se muitos derem a chance a coisa começa a virar moda.

Quer moda melhor?

Se voce fizer a moda op apocalipse, ele virá.

Fred disse...

Se voce fizer a moda do apocalipse, ele virá.

Anônimo disse...

MR X, tem que ler isto

http://icecap.us/index.php/go/joes-blog/the_sky_is_falling_or_revising_the_nine_times_rule/

Anônimo disse...

Fred, você tem sopa de feijão no lugar dos miolos....

Anônimo disse...

Mister,

me dei ao desfrute de ler os comments de despedida do Guterman até o fim e não foi nada fácil. O clima estava pesadíssimo. No post anterior ele levanta o tema 'A vida começa aos 50' e bem antes mesmo de se chegar à metade do total de commments, o assunto descamba pra 'cause célèbre', como uma vez a Liese falou no blog do Pedro. Óbvio que o post nem remotamente tinha algo a ver com a questão Israel x palestinos. Foram, nada mais, nada menos do que 931 comentários. No post de despedida, outros 444 comments. E, pra mim o rescaldo foi lamentabilíssimo pela baixaria quase que generalizada. Se a coisa é assim no mundo virtual, o que esperar do real?

Hoje fiquei praticamente o dia inteiro na frente do monitor, - coisa mais malsã, ixe! Espero não repetir a mesma tolice por muito e muito tempo.

Afinal, depois de anos, a primeira orquídea se espreguiçou no meu "quintal", uma areazinha pequetitinha que não consigo me livrar de chamar quintal.
Ela merece bem mais atenção e gratidão por sua beleza do que ficar furungando no lodo nosso de cada dia.
Salut, Mister e uma boa semana pra ti e pro Fred

Anônimo disse...

chose, guterman nao parou o grob so pelas razoes que vc citou...foi so uma delas...tem que dar a informaçao inteira né mate, senao a gente interpreta errado....

Mr X disse...

Confa,

Falei aqui, linha 2:

---> entre outros motivos porque

Aí o leitor pode clicar no link pra saber quais são os tais outros motivos. Mas desconfio que o principal foi esse mesmo.

Anônimo disse...

chose je t'aime ! ))

Anônimo disse...

é mentira ! ))

Anônimo disse...

Arafat é cria Nazista, seu mentor intelectual era um nazista palestino ou árabe ou algo assim.
O estado de Israel foi criação esquerdista, foi proposta inclusive pela URSS que se arrependeu quando não pôde controlar.