A pianista Clara Haskil é considerada por muitos críticos como a melhor intérprete de Mozart.
Romena filha de judeus sefarditas, viveu grande parte de sua vida em Paris, onde foi estudar música e acabou ficando. Em 1942, com a ocupação dos nazistas, emigrou para a Suiça, mas retornou após a guerra.
De caráter reservado, não gostava demasiado de de exibir no palco, e durante toda a vida teve problemas de saúde. Apesar do talento, viveu modestamente, tendo apenas no final de sua vida conseguido viver exclusivamente dos concertos e gravações.
Teve a sorte, no entanto, de contar com a ajuda de patronos das artes, como a Princesa de Polignac, Winaretta Singer, cuja vida daria um romance: filha do inventor da máquina de costura Singer, Issac Singer, nasceu em New York, viveu em Londres e finalmente instalou-se em Paris. Realizou um casamento de fachada com o nobre Edmonde de Polignac, em acordo beneficial a ambos: ele era homossexual e arruinado financeiramente, ela lésbica e riquíssima.
Entre os convidados aos salões da Princesa de Polignac encontrava-se - naturellement! - o escritor Marcel Proust, que publicou em 1903 uma nota sobre o salão dos Polignac na revista Figaro, e que possivelmente se inspirou no casal para compor algumas páginas de "Sodoma e Gomorra".
E, para fechar o círculo, um dos compositores preferidos de Proust era... Mozart.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Eba! Meu primeiro spam... :-/
Postar um comentário