É triste quando uma pessoa que ganha respeito internacional lutando por uma certa causa, para continuar nos holofotes após o fim de dita causa termina assumindo posições cada vez mais esdrúxulas e falando tanta besteira que termina por não poder mais ser levada a sério.
A líder do grupo das mães da Plaza de Mayo, Hebe de Bonafini, podia ser respeitada enquanto a sua luta era a favor dos desaparecidos durante o regime militar. Hoje, no entanto, sua organização se transformou num MST local, e ela virou uma figura quase tão folclórica quanto o Maradona quando se mete a falar de políticia.
Ontem, chamou o Uribe de "filho da puta" e afirmou que "ninguém fala que ele tem 500 reféns das FARC". (Terá querido dizer prisioneiros, imagino.)
Disse ainda: "Estamos com nossos companheiros das FARC, estamos com o Chávez, estamos com o nosso presidente que foi à Colômbia." (terá querido dizer ex-presidente, embora neste caso a confusão seja explicável, já que não há muita diferença entre o governo do marido e da mulher).
Não foi a primeira declaração polêmica: em ocasiões anteriores já havia apoiado o presidente iraniano na sua busca por armas nucleares, feito declarações anti-semitas, e festejado a destruição das torres gêmeas de NY, dizendo que ¨ficou feliz" e que "sentiu que o sangue de tantos caídos era finalmente vingado".
Nessas horas é que se sente a falta de um rei para perguntar: "por que no te callas?"
p.s. Não confundir a associação das Madres de la Plaza de Mayo com a organização Abuelas de la Plaza de Mayo, que parece ser mais séria, ou ao menos dedicar-se mais à identificação de netos de desaparecidos criados por outras famílias do que à instituição de um regime maoísta.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
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