sábado, 28 de abril de 2012

O papel das mulheres e do feminismo na crise da civilização ocidental


Exhibit A - No outro dia, em um hotel perto de onde moro, percebi um enxame de mulheres adolescentes acampadas, aguardando ansiosamente alguma coisa enquanto trocavam gritinhos excitados e mensagens de celular. Pouco depois, um grupo de jovens homens de alguma (para mim) totalmente desconhecida boy band saiu à porta do hotel, acenando. Caos e confusão seguiram-se, enquanto as jovens se atropelavam tentando aproximar-se e tirar fotos com seus ídolos.  

Exhibit B - Um dia antes da premiere de Twilight, com presença do ator principal, centenas de mulheres de todas as idades mas principalmente adolescentes faziam fila na frente do cinema. Iam passar a noite na rua em um dos dias mais frios do ano, tudo pela chance de chegar perto de seu amor.

Exhibit C - Em um trote que talvez poderia ser melhor definido como um experimento científico, um jovem americano, graças a um esperto estratagema, conseguiu fingir-se de famoso. Chegando sendo filmado e trazendo consigo uma claque de admiradores (na verdade, um grupo de amigos), e tendo espalhado rumores que se tratava do "famoso Thomas Elliot", supostamente ator em Spiderman e The Hunger Games, quase parou as compras em um shopping enquanto mulheres excitadas o seguiam, pediam autógrafo e tiravam fotos com ele.

O que estaria acontecendo? O comentário mais votado no vídeo do trote diz o seguinte:

O que estamos vendo em essência é o sistema LEK de acasalamento (mulheres competindo por alfas). É por isso que o patriarcado e a restrição na escolha sexual feminina é necessária. Se as mulheres são as que escolhem, a maioria escolhe trepar com très per cento dos homens, com o resultado que a maioria dos homens param de investir em filhos e na posteridade, e assim as sociedades que não restringem a escolha sexual feminina tendem a desaparecer. 

É fato que 90% das mulheres estão interessadas em 10% dos homens - os mais bonitos, os mais ricos, os mais poderosos ou então os mais fortes e agressivos. Por algum motivo, que deve ter a ver com a pré-história onde o importante era caçar mamutes e proteger a mulher de outros homens violentos, as mulheres são atraídas mais pela força do que pela inteligència, ainda que na sociedade atual a inteligència seja um fator mais importante para o sucesso do que a força bruta. Não importa - os nerds são universalmente desprezados pelas mulheres, e a única inteligência que é apreciada é aquela que se traduz em um gordo contracheque. (Isso também está por trás do emburrecimento coletivo do Ocidente).

Não é segredo para ninguém que as mulheres gostam de bad boys. Vejam aqui esta jovem que viajou da Alemanha para a Noruega e tentou invadir o tribunal para chegar perto do seu ídolo, de quem dizia ser namorada. Quem era o superstar por quem ela estava tão interessada? Isso mesmo, Anders Breivik, assasino de dezenas de adolescentes...

O problema é que o feminismo exacerbou essas tendèncias negativas femininas. Hoje grande parte das mulheres não depende mais financeiramente de homem nenhum, podendo então deixar de lado o casamento (que basicamente sempre foi um contrato, as mulheres davam sexo e filhos, os homens em troca proviam o seu sustento) e aproveitar a independência para caçar alfas. A série Sex and the City era mais ou menos sobre isso.

Em alguns casos, essa atitude das mulheres chega próxima da prostituição. Conheço uma jovem que está saindo com uma espécie de sheik árabe que a leva para passear em seu iate. O sheik é feio, mas seu dinheiro o torna bonito...

De qualquer modo, as mulheres parecem ter maior atração por estrangeiros do que os homens, e portanto tendem também a ser maiores fãs da imigração ilimitada, assim como tendem a ser mais de esquerda do que os homens. Já vi muitas louras esfregando-se luxuriosamente em negros e árabes nos nightclubs da cidade, mas o oposto - homens em busca de negras e árabes - é bem mais raro. Os homens Beta, desprezados pelas brancas, procuram são as asiáticas, vistas como mais submissas e tradicionais.

O feminismo e a revolução sexual foram assim, em resumo - ótimos para os alfas, péssimos para os betas, e para as mulheres uma vitória pírrica. Sim, enquanto há beleza e juventude a mulher bonita pode fazer o que quiser, mas e depois? Não sei se já aconteceu com você, mas comigo sim. Mulheres gostosas que quando eu tinha vinte anos não me davam nem a hora, quando passam dos trinta e ainda não casaram começam finalmente a se interessar. Quanto às mulheres beta, terminam solteiras e gordas sem jamais ter filhos, ou em muitos casos como maes solteiras sustentadas pelo Estado.

O problema é especialmente grave na América, onde as mulheres atingiram uma independência extrema e ao mesmo tempo, graças ao consumismo, são de uma superficialidade e de uma vapidez cultural sem igual, dando origem a um movimento masculinista e uma série de blogs chamados coletivamente de "manosphere". Recentemente tais blogs foram acusados pelo grupo esquerdista SPLC de serem "instigadores do ódio", o que significa que estão chamando a atenção. O famoso blog do Heartiste é um dos mais interessantes, mas também tem o Whiskeys Place, que observa a atual degradação do sistema como um todo. Um outro site de defesa do homem Beta é o Spearhead.

O problema principal é que com a hipergamia feminina a maioria dos homens perde mesmo o interesse em preservar o sistema. Preservar o quê, afinal? Para que ele vai trabalhar como um cão se ele não vai comer ninguém, ou se seu salário vai servir para pagar o welfare de estrangeiros que comerão as loiras gostosas enquanto ele fica na mão?

Qual a solução? Não acho que seja fazer com que as mulheres voltem à cozinha e percam a sua independência, mas claramente alguma coisa precisaria mudar para que os homens Beta, que são no fundo aqueles que mantém o status quo, voltem a se interessar na preservação da sociedade. Ou então a crise demográfica do Ocidente vai continuar.

Ou então, as culturas poligâmicas e machistas (como o islamismo) vencerão.



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nem tudo está perdido


Vou ter que parar de blogar por um tempo indefinido (horas? dias? semanas? meses? depende, tenho que terminar um projeto), mas não queria terminar num tom negativo como o dos últimos posts. Muitas vezes aqueles como nós defensores do tal Ocidente (que porra é essa afinal?) tendem ao pessimismo e ao negativismo. Mas alegrai-vos, irmãos, que nem tudo é motivo para desespero.

Uma das lições da vida e da História é que as coisas mudam. O que hoje é de um jeito, amanhã pode ser diferente. O que é ruim hoje pode melhorar amanhã. 

New York nos anos 70 era um inferno de crime, drogas e prostituição. Certo, não chegava aos pés do Rio de Janeiro de hoje, mas tampouco era uma cidade fácil. Filmes como Taxi Driver, Mean Streets, Midnight Cowboy ou Desejo de Matar mostram um pouco como a cidade era vista nessa época, e casos reais como o de Bernie Goetz ou Kitty Genovese eram comentados por todos e davam uma amostra do que era viver nessa cidade acuada pelo crime, pelo vandalismo, pelas drogas e pela prostituição mais desregrada.

Veio o Giuliani e mudou tudo. Realmente, a cidade mudou muito, e para isso bastou uma ideia: ser intolerante com o crime, mesmo com os crimes menores como vandalismo. Pixou um muro? Cadeia. Vendeu drogas? Cadeia. Tais ideias repetiram-se em outras cidades, e na verdade o crime está em queda nos EUA. Contrariando 90% dos sociólogos e outros especialistas em enrolação, os americanos descobriram que "mais criminosos nas prisões = menos crime nas ruas." Acredite se quiser.

Quais os principais problemas do Ocidente hoje? São vários, são inumeráveis. Se eu fosse escolher só um, eu diria que o problema principal hoje é o problema demográfico. Os euro-descendentes estão tendo poucos filhos e ao mesmo tempo inundando seus países com imigrantes em grande parte inassimiláveis e agressivos que têm dezenas de filhos. Mark Steyn e outros falam sobre o tema. Sim, O Ocidente tem muitos outros problemas, mas observem que quase todos eles terminam por aumentar o problema demográfico. Perda da religião? Menos crianças nascendo. Aborto? Menos crianças nascendo. Feminismo? Mais mulheres trabalhando, e menos crianças nascendo. Casamento gay? Menos casamentos tradicionais, e menos crianças nascendo. Imigração? Menos crianças nativas nascendo e mais crianças de imigrantes nascendo. Islamismo? Idem, substituição da população cristã por população muçulmana e branca por não-branca. 

Mesmo aqueles que não acreditam que exista diferença genética entre os povos, ou que estas diferenças limitem-se a aspectos cosméticos como cor da pele ou do cabelo mas sem qualquer diferença a nível psicológico e de comportamento, e que a única causa para as diferenças de desenvolvimento entre os povos seja o "racismo" o "colonialismo" ou o "legado da escravidão", mesmo estes devem admitir que uma Inglaterra com maioria de zulus, uma França repleta de árabes e uma Itália povoada por albaneses não serão mais os mesmos países. Mesmo os mais ardorosos amantes do multiculturalismo devem admitir que as mulheres escandinavas merecem ser preservadas e seu belo legado genético transmitido para as próximas gerações, mesmo que este seja exclusivamente representado pelos cabelos loiros e olhos claros, que são recessivos.

Sim, é um problema sério o que ocorre na Europa e EUA, mas é irreversível? Os muçulmanos já foram expulsos da Espanha e podem sê-lo de novo. Os EUA já expulsaram índios e mexicanos de suas terras. Os europeus já colonizaram o mundo inteiro. Quanto à falta de filhos, bem, fazer filhos não é muito difícil, se tiverem dúvidas a respeito enviem-me uma dúzia dessas loiras escandinavas de olhos azuis que eu explico.

O fato é que mudanças demográficas podem acontecer, para o bem ou para o mal, e são naturais e comuns na História humana. Algumas mudanças são espontâneas e outras fruto de planejamento e políticas imigratórias claras. Ora, observem que até o Brasil, em poucas décadas, realizou através da imigração europeia massiva e subsidiada pelo governo (epa!) uma mudança dramática na sua demografia. Se você, seu racista filho da puta, acha que está ruim hoje, pense que podíamos ter sido um imenso Haiti (e não me refiro exclusivamente à questão racial, mas aos vários conflitos que se deram com a violenta independência haitiana e que selaram seu destino). Agradeçam a Joaquim Nabuco.

Em resumo, a coisa está ruim, mas isso não quer dizer que vai ser ruim para sempre. A raça branca sobreviverá, a cultura europeia sobreviverá, o cristianismo sobreviverá, o Ocidente sobreviverá!

E mesmo se não sobreviver, paciência, alguma coisa melhor virá no seu lugar. Quem fica parado é poste. Fui!   

Don't worry, be happy.


Burrice Burocrática

Um caso que seria hilário se não fosse trágico chega da Inglaterra, onde um homem afogou-se em um açude de menos de meio metro de profundidade enquanto os bombeiros assistiam. Por que os bombeiros não salvaram o sujeito? Bem, de acordo com o regulamento de "segurança", eles estavam apenas no "treinamento de nível 1" e podiam molhar-se apenas até as canelas. Para poder salvar o infeliz, eles precisavam aguardar pelos bombeiros com "treinamento de nível 2", que tinham permissão para mergulhar até o peito mas só chegariam vinte minutos depois, quando o homem já estava morto.

Nos EUA houve um caso parecido ano passado, em que policiais e bombeiros observaram um sujeito se suicidar, sem nada fazer. O motivo foi o mesmo: regulações e "corte de fundos" proibiam os policiais "sem treinamento adequado" de salvar um sujeito que estava a poucos metros de distância...

Grande parte da decadência ocidental dá-se devido a essa burocratização excessiva, que leva a absurdos, e que é exaltada pelo "politicamente correto". A Inglaterra, por algum motivo, parece ser o país mais dado a tal tipo de delírios. Enquanto criminosos violentos são soltos, o "racismo" e a "homofobia" são duramente punidos. Recentemente, um jovem inglês foi preso por recusar-se a dizer a hora a um imigrante.

Não é que os EUA estejam muito melhor. O fato é que maioria dos "regulamentos de segurança" servem para proteger o Estado de processos, e não para proteger o público. O maior exemplo disso se dá no trabalho da segurança dos aeroportos, ostensivamente para proteger civis contra o terrorismo, mas na prática... Bem, na prática criancinhas paralíticas de três anos são revistadas, afinal, poderiam ter uma bomba escondida na cadeira de rodas!

Será que o Ocidente merece mesmo ser salvo?

Líder ocidental

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Ocidente é um viciado em crack

Desculpem a falta de posts. Estou cansado, amigos, cansado da hipocrisia da sociedade americana e mais especificamente dos progressistas que a dominam.

Vejam este grupo de estagiários da campanha Obama. Todos brancos bacanas de classe média. E é assim em toda parte, em qualquer campus universitário. Juro, vi bem mais negros e latinos fazendo campanha para o Ron Paul!

Olhem só, o progressismo nos EUA é basicamente uma luta de brancos de classe alta e média-alta contra brancos de classe média-baixa e baixa. Os mais ricos têm menos problemas com minorias porque vivem bem longe delas, então podem se dar ao luxo de criticar aqueles que vivem entre assaltantes negros e motoristas bêbados mexicanos ou radicais muçulmanos e viram "racistas." Afinal, ser racista ou anti-imigração é coisa de gente pobre e baixa! Gente fina vota em Obama.

Um bom comentário do blogueiro Half Sigma sobre essa questão (tradução adaptada):

Existem outros modos de se sentir superior a outras pessoas além de ter mais dinheiro do que elas. Se você voluntariamente (ou involuntariamente) escolhe uma carreira que não dá grande recompensa financeira, então você precisa encontrar outros modos de se sentir superior. É disso que o movimento SWPL (Stuff White People Like) trata, participar em uma cultura que te faz sentir superior a trabalhadores com menos educação mas que ganham tanto dinheiro quanto você. Em 1980, Tom Wolfe na Fogueira das Vaidades observou que emitir opiniões racistas é considerado coisa de classe baixa. Isso é ainda mais verdadeiro hoje. A classe baixa de brancos pode se sentir superior sendo racista contra os negros, mas as classes altas de brancos se sentem superiores às classes baixas de brancos tendo uma atitude mais nobre com as minorias, desde que elas não estejam em sua vizinhança. 

Ou, como diz o Lawrence Auster, o sujeito de minoria racial ou imigrante não é visto pelo esquerdista como um ator moral, mas como mero objeto da piedade dos brancos progressistas. Segundo eles, o ser "minoritário" (índio, negro, travesti, muçulmano, traficante, mendigo, viciado em drogas, etc.) jamais age motivado pelos próprios interesses, mas está sempre apenas reagindo ao "racismo", ao "sistema", à "islamofobia", etc. Como atores morais nesse teatrinho há apenas o "branco bom", progressista, e o "branco mau", conservador. É claro que a própria definição de "branco" pode mudar, já que o latino peruano Zimmerman, linchado pela opinião pública, virou "branco americano" no momento em que se meteu com um negro. E há negros conservadores como Thomas Sowell e Walter Williams que, para todos os efeitos, são brancos, ou ao menos "Uncle Toms".

O fato é que os tais "nacionalistas brancos" estão loucos, afinal não há solidariedade étnica entre brancos americanos. Quando um branco ou um latino mata um negro, a comunidade afro-americana levanta-se em peso a favor da sua vítima. Mas quando um branco encontra-se em dificuldades, a comunidade em peso levanta-se... contra o branco. Acusando-o de racismo, claro. Um americano branco vai preferir contratar uma guatemalteca burra que odeia os EUA a um outro branco que  pode competir com ele. Nos EUA, tudo é competição, tudo é status. As minorias são apenas peões neste jogo!

O que Ann Coulter, Steve Sailer, John Derbyshire e agora Robert Weissberg têm em comum? Simples, são todos conservadores que foram expulsos da revista conservadora National Review por emitirem opiniões... conservadoras.

Infelizmente, dei-me conta de uma coisa muito triste: 90% das pessoas são demasiado estúpidas para pensar por conta própria. Elas realmente acreditam no que lêem nos jornais ou vêem na televisão. Quem é que pensava ou falava em "casamento gay" há meros dez anos atrás? Hoje, no entanto, a maioria da população é a favor. E nem precisou muito esforço para promover essa idéia...

O lado B disso é que a opinião pública pode mudar da noite para o dia. Imagine que amanhã um governo de ultradireita tomasse o poder e o controle da mídia. Não tenho dúvidas que pouco tempo depois a maioria da população se tornaria também ultradireitista e repetiria slogans neonazis como um bando de zumbis! (Desculpem, minha crença na humanidade caiu muito nos últimos tempos.)

O Ocidente hoje está viciado no esquerdismo mais rasteiro. É como um viciado em crack. No começo você tenta ajudar. Depois você começa a cansar um pouco, mas ainda ajuda na medida do possível, afinal sabe que a culpa é da droga. Mas então, depois de tudo o que você fez por ele, quando ele rouba sua carteira para comprar mais crack e ainda te ameaça, você já desiste e manda ele para a pqp. Quando alguém cai numa fúria autodestrutiva, às vezes existe bem pouco que você pode fazer para ajudar.

Então, que importa se os jovens americanos continuam votando em Obama mesmo com ele acabando com os seus empregos? Que importa se esses mesmos jovens esquerdistas lutam pelos direitos dos ilegais que eles mesmos irão sustentar? Que importa que as universidades sejam meras usinas de propaganda esquerdista e promovam idéias que só servirão para destruir a sociedade? Que importa que os ditos conservadores estejam mais preocupados em respeitar os inimigos do que em lutar contra o esquerdismo? Que importa que o estado do bem-estar social vá endividar ainda mais a Europa e causar ruína econômica total? Que importa que os jovens de classe média brasileiros estejam mais preocupados em denunciar "torturadores" dos anos 60 do que em pedir prisão para os milhares de bandidos e assaltantes que ameaçam suas vidas hoje? Que importa que todo o edifício do Ocidente esteja ruindo?

O Ocidente é um viciado em crack e não escuta à razão. Às vezes, só terapia de choque resolve!

Os gritos do silêncio

No fim de semana da Páscoa, uma família de fazendeiros sul-africanos foi morta a tiros, incluindo uma bela garota de apenas 14 anos. Não é um caso isolado: desde o fim do apartheid, mais de 3165 fazendeiros "boer" brancos sul-africanos foram mortos por negros. Na maior parte das vezes, não há roubo algum, apenas execução sumária, em alguns casos precedidos de tortura e violência sexual.

Marthela Steenkamp (RIP, 1997-2012)
Seria genocídio? Alguns dizem que se tratam apenas de vítimas de crime e, neste caso, o número de vítimas negras de crime (por outros negros) na África do Sul seria ainda maior. Porém, é claro que está tendo lugar uma perseguição aos fazendeiros brancos, querendo intimidá-los e expulsá-los de suas terras, como já aconteceu no Zimbabwe. Os "boer" resistem, mas, até quando?

É muito curioso que hoje ninguém fale da África do Sul. É quase como se o país de repente tivesse desaparecido do mapa. O fato é que a tal "nação arco-íris" prometida jamais se concretizou, e hoje o país está em situação bem pior do que durante o apartheid, seja para os brancos, seja para os negros.

Sim, os negros detém o poder, mas pode-se dizer que tenham um nível melhor de vida agora, quando a África do Sul virou a capital mundial dos estupros?

O apartheid era desigual, sem dúvida, mas observem uma coisa curiosa: durante essa época, em pleno apartheid, milhares de imigrantes africanos de outros países do continente migraram para lá. Pelo jeito, não faltavam negros querendo ser "oprimidos" pelos brancos safados. Hoje em dia, é o contrário. Não são apenas os brancos que estão emigrando da África do Sul, como até mesmo os negros mais qualificados, que acreditam ter melhores opções em outros lugares. O país virou um antro de violência e corrupção. Mas ninguém se importa...

É verdade que naquela época os brancos tinham uma posição privilegiada, e agora boa parte deles, sem ter mais o privilégio por lei, está vivendo na pobreza. Mas também é verdade que, salvo alguns negros que se deram bem como os mostrados nesse mesmo documentário do link, a situação ficou pior para quase todos. Eis aqui um blog documentando em fotos a decadência arquitetônica de Johannesburgo. Cry the beloved country...

A jornalista Ilana Mercer, sul-africana de nascença, fala um pouco sobre a situação atual de seu país no seu blog e no livro "Into the Cannibal's Pot".  A destruição da África do Sul ocorreu em nome da tal "igualdade". Ou seja, a busca utópica de uma sociedade na qual todas as raças, culturas, etnias, "orientações sexuais" e religiões tenham o mesmo nível de vida, numa delirante igualdade, não de oportunidade, mas de resultados. É a ideologia em voga hoje no Ocidente, fazer o quê. Igualdade total, não de oportunidade ou perante a lei, mas de resultados. E nenhum esforço é medido nessa luta absurda.

Mas tal igualdade de resultados não é possível. Tal "fim do racismo" e "sexismo" não é possível, pois o fato de negros, índios, mamelucos e cafuzos terem em geral nivel de vida pior do que os brancos e asiáticos não tem NADA a ver com a escravidão, a opressão, ou o racismo brancos, assim como há uma explicação perfeitamente lógica para a diferença salarial entre homens e mulheres que nada tem a ver com o "sexismo". As pessoas e as culturas e as etnias e os sexos são diferentes e têm interesses diferentes e apresentam resultados diferentes, é apenas isso. E, salvo intervenção divina ou uma equalização forçada através da manipulação genética, ou então em um Estado Totalitário ao estilo de Harrison Bergeron, jamais serão todos de todo iguais. É isso. Se não acreditam, então esperem sentados pela igualdade, ou vocês irão cansar...

No mais, a morte de fazendeiros continua, é como cantava o pacifista Nelson Mandela: "matem os Boer."

domingo, 8 de abril de 2012

Poema do Domingo

HYSTERIA
by: T.S. Eliot (1888-1965)
    S she laughed I was aware of becoming involved
    in her laughter and being part of it, until her
    teeth were only accidental stars with a talent
    for squad-drill. I was drawn in by short gasps,
    inhaled at each momentary recovery, lost finally
    in the dark caverns of her throat, bruised by
    the ripple of unseen muscles. An elderly waiter
    with trembling hands was hurriedly spreading
    a pink and white checked cloth over the rusty
    green iron table, saying: "If the lady and
    gentleman wish to take their tea in the garden,
    if the lady and gentleman wish to take their
    tea in the garden ..." I decided that if the
    shaking of her breasts could be stopped, some of
    the fragments of the afternoon might be collected,
    and I concentrated my attention with careful
    subtlety to this end.

    P.S. Sem posts novos por um tempo. Boa Páscoa a todos. 

Quem se importa com o atum?

Os ecologistas preocupam-se muito com os golfinhos. Aqui nos EUA, as latas de atum tem o selo de garantia "dolphin safe". O que significa? Bem, os golfinhos - por uma razão que ainda se desconhece - costumam nadar junto com cardumes de atum. Os navios pesqueiros seguem os golfinhos para capturar o atum. Mas, algumas vezes, alguns golfinhos terminam mortos no processo.

Qual a proporção? Morre 1 golfinho para cada 100.000 atuns. Todos choram pelo golfinho. Mas, como disse alguém certa vez: e o atum? quem se importa com os cem mil atuns?

Tudo bem, também gosto de golfinhos. São mamíferos inteligentes, etcétera e tal. Mas fiquei pensando que essa seletividade é uma característica primária do progressismo. Vejam o Sakamoto, que está sempre chorando pelos "índios, mulheres negras e populações ribeirinhas". E a classe média? Causa-lhe nojo.

É o mesmo com o tal "casamento gay". Quantos gays existem no Brasil? Digamos, em uma estimativa generosa, que sejam 10% da população. Certamente o número de católicos e evangélicos praticantes a quem o assunto desagrada é maior. Mas sua opinião é desconsiderada. Quem se importa com a opinião do atum?

E assim com tudo. Se você é minoria, imigrante, disléxico, gay, paraplégico ou autista, não é que tenha a vida fácil, e com um desses problemas pode não ter mesmo, mas é que toda a sociedade bem-pensante se preocupa mais com você. Mesmo que seja uma preocupação completamente hipócrita, e na prática se reflita apenas na colocação de alguma foto no perfil do Facebook. No outro dia, por exemplo, uma amiga (amiga só de Facebook, entenda-se) reclamou em um post: "Tenho vergonha de ser sueca." A razão era que o seu país ia expulsar um ou dois imigrantes etíopes... Claro que ir para a Etiópia ajudar as criancinhas está muito longe de sua cabeça, ela só queria parecer mais descolada do que é. Os etíopes são os seus golfinhos...

O problema é que ser branco heterossexual ocidental cristão (BHOC) é considerado o "default" da civilização, e talvez seja mesmo. Há uma crença generalizada de que, não importa o que acontecer, ele será sempre o "opressor". E essa crença é comum mesmo entre a maioria dos BHOCs. Bem, tudo bem, mas às vezes fica chato quando todos choram por todos, mas ninguém chora por você.

Nós somos o atum.


Nunca diga que o rei está nu

O colunista John Derbyshire acaba de ser demitido da National Review, mais conhecida revista conservadora americana, por ter escrito em outra publicação um artigo considerado racista (nota, o artigo parece estar fora do ar agora). Um artigo no qual fala, basicamente, que é perigoso para brancos (ou asiáticos) andarem em bairros negros, ou frequentarem locais de maioria negra.

John Derbyshire é britânico mas mora há anos nos EUA. É casado com uma asiática e já foi figurante em um filme do Bruce Lee. Escrevia boas colunas, mas, desta vez, parce que resolveu chutar o balde. Talvez por ter recentemente sido diagnosticado com câncer. Seu artigo, afinal, é bem mais direto do que o que normalmente se vê na grande mídia por colunistas conhecidos.

O artigo tem, de fato, alguns trechos desagradáveis e não é nenhuma obra prima. Certamente não deve ser a melhor coisa que o Derbyshire escreveu. O argumento cínico de se ter um amigo negro para não ser considerado racista é uma piada de mau gosto, realmente até ofensivo, e alguns dos dados apresentados são discutíveis (de onde ele tirou os dados, não sei). Dito isso, o que mais incomodou os leitores parece que foi mesmo o fato de ter dito algo que todo mundo sabe e que não passa de bom senso -- se você é branco, é perigoso para você andar em um bairro negro e pobre.

O fato é que mesmo o mais radical esquerdista se cuida muito bem de passar longe do gueto, e em geral mora nos bairros mais bacanas e mais brancos da cidade. Então por que o escândalo com a coluna de Derbyshire? Acredito que a resposta esteja em uma antiga fábula, aquela na qual o rei andava pelas ruas com um suposto vestido invisível. O que Derbyshire disse não pode ser dito, não porque seja falso, mas porque todos temem que seja verdade. Se Derbyshire tivesse escrito que é perigoso andar por um bairro asiático, ou por um bairro indiano, seria igualmente considerado racista, mas todos apenas ririam dele. Afinal, o nível de crimes nesses bairros é bem menor, e não há uma hostilidade contra brancos, ao menos não tão forte como a que se vê nos bairros negros e pobres.

Pessoas que não moram nos EUA não entendem o nível de ódio existente dos negros contra os brancos, nem a incrível segregação que existe. No Brasil a situação é bem diferente, talvez devido à maior miscigenação. Claro, você se cuida de não entrar na Vila Cruzeiro ou no Complexo do Alemão, mas pode argumentar que o problema não é de raça, mas de pobreza. Bem, talvez seja, realmente não sei. Mas, nos EUA, os bairros mais perigosos são quase que exclusivamente os bairros negros (e talvez também alguns bairros latinos nos quais operam gangues). Diga-se que são perigosos tanto para brancos quanto para negros. Uma vez o ativista negro Al Sharpton respirou aliviado ao ver que os dois jovens que caminhavam atrás dele eram brancos...

É preciso esclarecer uma coisa. Não é preciso ser paranóico. Há negros que andam pacificamente pelas ruas, pelos mesmos lugares que brancos, amarelos e pardos. Hoje mesmo cruzei com várias famílias e grupos de afro-americanos, sem problema nenhum. Porém, o gueto negro é outra coisa, e um show de rap freqüentado quase que exclusivamente por negros, provavelmente também. O problema não são as famílias, mas são jovens negros entre 14 e 24 anos, que são 1% da população mas cometem 28% dos homicídios. Os dados são de um artigo de 1999, vai em inglês mesmo:


Blacks make up 12 percent of the population, but accounted for 58 percent of all carjackers between 1992 and 1996. (Whites accounted for 19 percent.) Victim surveys -- and most victims of black criminals are black -- indicate that blacks commit almost 50 percent of all robberies. Blacks and Hispanics are widely believed to be the blue-collar backbone of the country's heroin- and cocaine-distribution networks. Black males between the ages of 14 and 24 make up 1.1 percent of the country's population, yet commit more than 28 percent of its homicides.
O artigo não é do Derbyshire nem de nenhuma webzine de direita, mas, acredite, o próprio New York Times, em um artigo assinado por um tal Goldberg! Só posso concluir que, à medida que os EUA ficam mais diversos, mais difícil e mais complicado fica se falar sobre qualquer coisa que seja relacionada com possíveis diferenças de comportamento entre os grupos étnicos e raciais que formam o país. 


Resta o consolo de que, no futuro, com a total transformação dos EUA, não será perigoso andar apenas nos bairros negros. Também será perigoso andar nos bairros muçulmanos onde estarão todos os radicais, nos bairros mexicanos onde operarão os Zeta e outras gangues da droga, nos bairros salvadorenhos onde opera a MS-13, etc, etc...

O Rei pode até estar nu, mas é melhor não dizer isso para ninguém. Bye-bye, Derb!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O fim do Império Americano?

Um bom texto (em inglês) fala sobre o fim do Império Americano, vítima de uma futura balcanização. O autor, que assina apenas como Vox Day, aposta numa nova divisão dos EUA em linhas étnicas e raciais.

Bem, na verdade, as cidades americanas já são para lá de segregadas, ainda que voluntariamente. Cada comunidade mora em seu próprio bairro, chineses com chineses, japoneses com japoneses, iranianos com iranianos. Há algumas comunidades multiétnicas, mas são raras. Em geral o povo não se mistura muito.

E existem códigos de conduta que, embora não estejam escritos, são bem claros. Por exemplo, se algum branco entra por engano em algum bairro negro, pode terminar depenado até das roupas. Por outro lado, criminosos negros não costumam entrar nos bairros brancos mais ricos, pois certamente terão problema com a polícia (se cometerem crime em seu próprio bairro, a polícia fecha o olho).

É um caldeirão. Qualquer dia, os conflitos explodem a céu aberto, como já ocorreu nos anos 60, ou então nos anos 90 em Los Angeles.

Seria mesmo lícito falar em um fim do Império Americano? O paralelo com a decadência de Roma é tentador, mas não sei se exato. Até por que, sob alguns aspectos, o colosso americano parece estar longe de ruir. Ainda é militarmente o país mais poderoso da Terra e é pouco provável que outro país, mesmo a China, o supere. Enfrenta uma crise econômica, é certo, mas tem algum lugar do mundo que não a enfrente? A vida parece estar difícil em todos os lugares. E a sua indústria cultural continua a todo vapor com uma influência maior do que todos os outros países somados. A América ainda é uma marca que vende.

Porém, quanto mais alto se está, maior a queda. É bem possível que os EUA estejam hoje em dia em seu ponto inicial de decadência. Pode ser que seja uma decadência longa, de várias décadas; ou então é possível que tudo ocorra bruscamente, como no fim da URSS. Pode até ser que tudo se resolva com uma sangrenta guerra civil. Quem sabe?

Mas o mais provável mesmo é que a vida vá progressivamente ficando pior, sem que a maioria das pessoas entenda bem o porquê. Haverá mais crime, mais pobreza, mais insegurança, mais desgraça e menos dinheiro. Os esquerdistas colocarão a culpa "na direita", naturalmente, e insistirão com ainda maior número de políticas esquerdistas que só acelerarão a ruína.

Uma coisa que o tal Vox Day fala que achei interessante é o seguinte (traduzo mal e porcamente):

Além da equivocada fé no poder transformativo da educação e da geografia, outra idéia errada por parte da aristocracia Americana é que o povo valoriza a civilização. Não é verdade. Eles podem valorizar seus frutos, mas poucas pessoas têm qualquer interesse em aceitar todas as limitações de comportamento que a construção e a manutenção de uma civilização requerem, e menos pessoas ainda têm a perspectiva ou a capacidade de entender a conexão entre os dois fatores. A civilização é uma construção frágil, e leva séculos, não anos ou décadas, para transformar um povo bárbaro em um povo civilizado. Considere que foram precisos 1.270 anos para que os Bretões se transformassem de um povo que pintava os traseiros de azul e praticava o sacrifício humano ao povo que criou a Abadia de Westminster e a Magna Carta, apesar da influência civilizadora de Roma. Levou ainda mais tempo para que as bárbaras tribos germânicas passassem da selvageria pura para a cultura cristã que gerou Mozart, Bach e Beethoven. 

O problema é o de sempre: construir leva tempo, mas destruir é muito fácil...

Ron Paul

Tive a oportunidade de assistir ao vivo a um discurso do Ron Paul. Interessante acima de tudo, sua popularidade entre os jovens: mais parecia um rock star. Que estudantes e jovens trabalhadores, normalmente apáticos em termos de política, ou então fanaticamente progressistas, tenham interesse por um candidato que prega governo mínimo e libertarianismo não deixa de ser refrescante. Eram mais de sete mil pessoas no estádio e algumas até ficaram de fora.

Os tópicos principais do discurso foram a mudança da política externa com o fim da participação militar dos EUA no Oriente Médio e em outros países (além da retirada de Iraque e Afeganistão, Paul quer a retirada das bases americanas na Europa, no Japão e na Coréia do Sul). Outro tópico importante foi a redução dos gastos do governo, que hoje transformaram o país na nação mais endividada do mundo. Mas o tópico mais aplaudido da noite foi o da liberdade individual contra um governo cada vez mais tirânico, incluindo-se aí a liberação das drogas, com base no princípio libertário de que não é crime contra terceiros. 

Ron Paul, previsivelmente, não falou sobre imigração. Tendo por base seu credo libertário, parece ser um franco apoiador da teoria das "fronteiras abertas", ainda que naturalmente defenda o fim do welfare. (A audiência, por sinal, era bastante diversa, de maioria caucasiana mas com vários asiáticos, latinos e até alguns africano-americanos). Não entendo porque Paul seja popular entre alguns "nacionalistas brancos", talvez apenas por sua postura aparentemente contrária ao que eles chamam de "lobby sionista". Porém, o fato é que suas posições sobre imigração e até mesmo crime são bastante liberais. Por exemplo, em um dos debates, ele afirmou que as "minorias são injustamente perseguidas por leis anti-drogas". Bem, não exatamente, o fato é que as minorias estão mais envolvidas no tráfico de drogas, e portanto são presas com mais freqüência. Aliás, esse é na verdade um benefício indireto da criminalização das drogas: quem está envolvido com tráfico quase sempre está envolvido com outros crimes. Criminalizar as drogas é diminuir também a incidência de outros crimes, colocando muito mais bandidos na prisão.  

Bem, mas estudantes, seja na USP ou nas universidades americanas, parecem gostar de fumar maconha, então sua liberação é claramente vista como algo positivo. 

É muito pouco provável que Ron Paul seja o candidato escolhido nas primárias republicanas, e como ele já tem 76 anos esta é provavelmente sua última eleição. Mas seu sucesso entre os jovens dá esperança de uma possível renovação no eleitorado conservador. Sim, um eleitorado mais libertário e menos conservador social, mais interessado na "liberdade individual" do que nos aspectos religiosos e sociais do conservadorismo tradicional, mas ainda assim fã do princípio de que "quanto menos governo melhor". 

Quando Paul falou em "escola austríaca de economia", rolaram aplausos e vivas entre a multidão. Algo impensável no Brasil, onde até a direita quer mais governo, e onde a única menção de "escola" que poderia ser recebida com aplausos seria talvez a referência a alguma escola de samba... 


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Apocalípticos e Integrados

"Apocalípticos e Integrados" é um livro do Umberto Eco que eu tinha que ler para a faculdade, séculos atrás, mas acho que nunca li. Gosto do título, de qualquer jeito. 

Às vezes sou mesmo meio apocalíptico, como no post anterior, com direito a imagens de zumbis do Resident Evil. Não sei se exagerei, talvez não. Porém, muitas vezes nos concentramos nos exemplos extremos (para o bem e para o mal), esquecendo que há toda uma vasta gama de cinza entre um e outro. 

Há, efectivamente, muitos imigrantes, talvez a maioria, que se tornam integrados ao sistema (mas são eles que se integram ao sistema, ou é o sistema que se integra a eles?). Bem, além disso, há também imigrantes qualificados que ajudam certamente a desenvolver o país, qualquer país. Os EUA podem ser um "paraíso (ou inferno) de diversidade", mas também são a maior potência do mundo, e isso, em parte é graças a imigrantes qualificados que vieram e continuam vindo. 

Eu mesmo não posso ficar reclamando de "imigrantes parasitas", quando não deve faltar alguém que mora no país há gerações e me qualifica assim, talvez entre grunhir de dentes e cuspindo no chão ao me escutar falar com sotaque. Além disso, qual será o meu nível de contribuição à grande nação americana, se é que eu ficarei aqui por mais tempo? É pouco provável que eu chegue a ganhar um Nobel. Por outro lado, tampouco pretendo cometer crimes ou depender da assistência, portanto suponho que eu me encontre no meio-termo da maioria dos imigrantes, nem em um extremo nem em outro.  

Acho que eu teria menos problemas com a imigração se não parecesse haver um plano (e, se não há um plano, de qualquer modo este está sendo o resultado) de inversão de prioridades. Em vez de privilegiar a entrada a a reprodução e o progresso dos bons, estimula-se a entrada e a reprodução e o avanço dos maus. O Sistema premia os ilegais à frente dos legais, os usurpadores à frente dos trabalhadores, os mentirosos à frente dos honestos, os dependentes à frente dos empreendedores.

Se eu tivesse algum cargo político, minha sugestão seria a de diminuir o coitadismo e instituir políticas que visem uma imigração mais qualificada. Por exemplo, acabar imediatamente com a ajuda estatal a imigrantes seria um bom começo. Se você vem para um outro país, deve ser para trabalhar e pagar impostos, não ser sustentado pelos outros. Eu também acabaria com a admissão de refugiados. A verdade é que a maioria deles são mentirosos, inventando histórias falsas de sofrimento e horror (sei por experiência com alguns que conheci, e porque, como eu disse, o sistema funciona de modo a incentivar a mentira). Sim, alguns casos específicos de dissidentes políticos poderiam ser considerados, mas não muito além disso. O resto pode ser auxiliado em seu próprio país. Pessoas com estudo seriam valorizadas, naturalmente e, além disso, eu estabeleceria um teste básico de inteligência, para evitar os casos perdidos. Discriminação? You betcha. 

Porém, a verdade é que não podemos ficar separando as coisas, quando tudo faz parte de um sistema holístico, para usar uma palavra da moda. O problema da imigração massiva não é algo isolado, mas faz parte de todo um complexo de decadência ocidental que vem se manifestando já há gerações, talvez mesmo já desde a Primeira Guerra Mundial. Uma perda na crença na própria civilização, na própria crença de que exista algo que foi já chamado Ocidente.

Pois não é só o imigrante que é visto como um coitadinho, mas o próprio criminoso, a figura anti-social, o Mal por excelência, ele, o literal vilão, é visto como "vítima da sociedade". No texto abaixo passei um link sobre violentas gangues de "afro-ingleses" que em um dos vários tiroteios que realizaram pela cidade acertaram em uma menininha indiana de 5 anos, deixando-a paralítica. A manchete diz que "pegaram vinte anos". Parece quase razoável, até que você lê que vinte anos é o total da soma dos sete integrantes pesos. Pegaram menos de três anos cada um. Uma sociedade que não consegue mais separar o bem do mal, que protege o criminoso enquanto esquece da vítima, é uma sociedade perdida.

Mas como voltar ao que se era? Podem-se reconstruir as ruínas do Império Romano?


P.S. Existe um ditado no futebol que diz, "quem não faz, leva". Quem não ataca, é atacado. Acho que o mesmo é válido para as civilizações. Expande-se ou contrai, não tem alternativa. Os muçulmanos já colonizaram quase toda a península ibérica, quase por milagre foram expulsos e imediatamente após portugueses e espanhóis lançaram-se à exploração marítima continental. As Cruzadas foram também uma reação às invasões islâmicas. Quando Roma parou de invadir e saquear, foi invadida e saqueada. Os europeus invadiram e povoaram meio mundo, agora que estão parados recebem de volta o filho bastardo de seus empreendimentos coloniais. "Papai, estou aqui."

Isto chocará alguns, mas acho que sou a favor da recolonização do Terceiro Mundo por povos europeus. Crescei e multiplicai-vos. Demografia é destino. Quem não faz, leva. Aqui se faz, aqui se paga. Mió nudez que nu nosso. E todos os outros clichês. 

domingo, 1 de abril de 2012

Imigração, ou: O Dilúvio, ou: Salve-se quem puder

Leio uma história abjeta sobre imigração no LA Times (Conte com este jornal para as mais lacrimejantes histórias sobre pobres imigrantes mexicanos ilegais oprimidos pelo sistema). Resumindo, é o seguinte: um imigrante ilegal morou vários anos nos EUA. Encontrou uma drogada branca white trash que já tinha 4 filhos com pais diferentes. Teve mais três filhos com ela enquanto dedicava-se a pequenos trabalhos, recebia assistência social do governo (como, se seu status era de ilegal? mistério) e dirigia sem carteira. Preso, foi deportado. Pouco depois a mãe drogada perdeu a custódia das crianças, por incapacidade. Felipe (ou Pedro, não lembro) quer que as crianças venham com ele para o México. Mas, vejam só a ironia do destino, os assistentes sociais não querem. Preferem que as crianças fiquem nos EUA e sejam adotadas. Um dos motivos alegados é que as condições de vida no México não são boas para uma criança... Pedro (ou José) não quer ser afastado de seus filhos, e garante que cruzará a fronteira de novo ilegalmente.

Tenho uma visão ambígua sobre a imigração. Sou um imigrante e às vezes acharia bom que fosse possível para qualquer um (ou bem, qualquer um com diploma e bons antecedentes) se estabelecer e trabalhar nos EUA, no Canadá, na Austrália, na França ou na Itália ou, vá lá, até no México se fosse o caso. Às vezes imagino um mundo de fronteiras abertas, sem vistos ou complicados processos de imigração, e penso que facilitaria muito a minha vida. Por outro lado, o problema com essa teoria é a lei da oferta e demanda. Há muito mais pessoas querendo morar nos EUA e na França do que no México ou na Zâmbia. E se o requisito passa a ser apenas que "as condições de vida no Terceiro Mundo não são boas", bem, isso justificaria a mudança de 90% da população do planeta para os poucos países de Primeiro Mundo ainda existentes.

O problema é o seguinte. Imigração massiva de terceiromundistas transforma onde quer que eles vão em Terceiro Mundo. Ilude-se quem acha que basta cruzar a fronteira para transformar-se num cidadão de bem e cumpridor das leis. O México é o México por alguma razão. A lógica dos imigrantes e dos esquerdistas é que os imigrantes têm direito a buscar uma vida melhor. Certo, mas o que na verdade acontece é que muitos deles tornam a vida pior para os nativos do Primeiro Mundo, incluídos aí os esquerdistas. Não é que os mexicanos nos EUA ou os muçulmanos na Europa irão transformar-se em americanos ou europeus da gema por mágica da geografia, mas o contrário, que transformarão seus novos habitats em reflexo de sua própria cultura.

Que tantas pessoas não consigam entender esse fato elementar é um dos grandes mistérios  da era moderna.

Quem ganha com a imigração massiva do Terceiro Mundo para o Primeiro? Muito fala-se sobre as tais elites globalistas, que às vezes é eufemismo para outro grupo Inominável, mas custo a ver como ganhariam com um mundo que fosse todo ele como uma África, uma América Latina ou um Oriente Médio. Um mundo assim, em que a Europa e EUA se indiferenciassem da América Latina seria pior para os americanos, para os europeus, e até mesmo, em última análise, para os mexicanos e zambianos, que não mais poderiam receber qualquer tipo de ajuda. Seria ruim para brancos, negros, amarelos, judeus, muçulmanos e budistas. Para gregos e troianos. Enfim, seria um desastre! Não haveria nem mesmo para onde emigrar, fora quem sabe algum outro planeta.

Qual a solução? Uma delas seria a de privilegiar a entrada de imigrantes mais qualificados, e limitar a de imigrantes-problema. O Canadá parece ter uma política imigratória melhor do que a dos EUA (onde a vinda de imigrantes qualificados é dificultada e a permanência de ilegais é privilegiada). Exige-se um certo número de anos de estudo, bem como várias outras qualificações. Por outro lado, mesmo as grandes cidades do Canadá hoje transbordam com refugiados muçulmanos, e prevê-se que o seu número aumentará. Qual será o ponto-limite após o qual um país muda sua cultura irreversivelmente?

A imigração, naturalmente, é só a porta de entrada. As novas gerações já não são mais de estrangeiros, mas de cidadãos legítimos que nem podem ser deportados. Os simpáticos jovens da "Guns and Shanks Gang", que tanto contribuem para o futuro da Inglaterra, são, segundo as leis, britânicos da gema.

Bem, como disse certa vez Luís XV (ou talvez sua amante a Madame de Pompadour), "depois de mim, o dilúvio". A mentalidade de muitos imigrantes (inclusive, provavelmente, a minha) é apenas a de melhorar a própria vida, não a de se preocupar com o futuro das nações ou do planeta.

O Primeiro Mundo, isto é, este pequeno grupo de países privilegiados pelo QI de sua população, pela sua cultura, pelas suas leis e pelos seus séculos de desenvolvimento civilizatório, talvez tenha sido uma aberração histórica. Penso que no futuro os Estados-Nação se desmantelarão, e voltaremos a uma espécie de feudalismo, com pequenos grupos de pessoas mais ricas e espertas encasteladas em fortalezas e, lá fora, rugindo, as hordas de bárbaros.