quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Progressismo transnacional

O comunismo como sistema político-econômico já era. O islamismo é fogo de palha, violento mas sem chance de prosperar em escala global. O grande espectro que ronda o mundo é este aqui: o globalismo, ou progressismo transnacional. É o que argumenta este senhor chamado John Fonte.

Se você se perguntou alguma vez porque a esquerda moderna tem idéias que não batem com as velhas idéias socialistas, mas ao mesmo tempo tampouco fecham com o liberalismo clássico, a resposta é esta: porque o pensamento mudou. Aliás é um pensamento que não é nem de esquerda nem de direita pois tem gente dos dois lados que o apóia, e, de fato, o embate nem mesmo é entre esquerda e direita, mas sim entre a democracia liberal e o tal progressismo internacional, que é ideologia que norteia a União Européia, o Obama, o Lula, o Zapatero, a maioria dos jornalistas e centenas de intelectuais do Alabama ao Chuí.

O que diabos é isso? Tampouco sabia, até ler este link a respeito. Algumas das idéias-chave dessa neo-ideologia:
O que importam são os Grupos, não os Indivíduos. Você é Negro ou Cristão ou Latino ou Sunita ou Índio Amazônico, não um indivíduo. Você não pode escolher seu grupo, alguém o decide para você.

O objetivo é igualdade de resultados, não de oportunidades. O sistema ideal de avanço social é baseado não em mérito, mas em cotas. Isso permite maior controle por parte de uma "elite esclarecida".

Ser uma vítima é politicamente significante. Grupos com o status de vítimas devem ter influência e representação desproporcional, às expensas da cultura "dominante".

A assimilação é ruim. Imigrantes não devem se assimilar, mas manter sua cultura e seus hábitos de origem. É o sistema que se deve adaptar a eles, não eles ao sistema. A migração de pessoas através das fronteiras nacionais é um método para finalmente eliminar as próprias fronteiras e a identidade nacional nos países-alvo.

Uma democracia ideal é uma coalizão onde o poder político é dividido entre grupos de acordo a seus números. Não importa o voto do indivíduo, mas a pressão do grupo. De fato, muitas das novas leis são criadas por entidades não-eleitas e sem qualquer consulta popular, e não-cidadãos (ilegais) tem o mesmo direito que cidadãos.

A identidade nacional é uma coisa ruim. Devemos pensar que somos cidadãos do mundo, não cidadãos do país em que vivemos, e devemos minimizar os interesses nacionais, especialmente se vivemos em nações poderosas.
Tudo neste ótimo link aqui. E mais aqui. (E coisas parecidas, claro, em português nas colunas do nosso célebre anti-globalista local aqui.)

Alguns acham que essa história de "governo mundial" (fim último dos internacionalistas) é teoria de conspiração paranóica. De fato, está muito longe de tornar-se real. Mas, assim como existem islâmicos que sonham e lutam por um "califato mundial", a ideologia do progressismo transnacional existe, mesmo que seus planos por ora sejam utópicos ou até delirantes. Ou será que não?

6 comentários:

|3run0 disse...

Hehe, vc acaba de descrever o Líbano... ;-)

Anônimo disse...

Por coincidência, tenho meditado muito sobre algum desses pontos atualmente. Eu discordo frontalmente de quase tudo, essencialmente porque eu creio que "o que importa é o indivíduo" (para comentar o primeiro item).
No entanto, nas minhas conclusões eu acabo sempre concordando com o último item ('A identidade nacional é uma coisa ruim'). Quer dizer, eu não acho que seja necessariamente ruim, mas honestamente pra mim não acrescenta nada. Afinal, se a idéia de 'grupos' não é correta, a idéia de 'nações' eventualmente também não faz muito sentido (não deixa de ser um grupo).

Enfim, agora fiquei na dúvida se quem entrou em contradição fui eu ou foi essa neo-ideologia aí, vou ler esses links com mais calma depois

Aquele Abraço

Anônimo disse...

Buhhhh, espectro!

Calma amigo, é até saudável para a humanidade que o história prossiga, e algumas bruxas pairem sobre nossas cabeças.

Pax disse...

Mr X sempre procurando seus fantasmas.

Quer se curar? Pára de ler o Olavão, o Reinaldo e o Diogo.

Mr X disse...

Eu gosto de histórias de fantasmas, espectros, etc.

Anônimo disse...

Mr X, solicito sua opinião sobre este texto

http://findarticles.com/p/articles/mi_m1568/is_6_31/ai_56750028