segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O novo rei da coca

Ia falar sobre a crise boliviana, mas fiquei com preguiiiiça... Aí só linko para uma matéria aparentemente (mas só aparentemente) não relacionada, que mostra que Chávez se tornou o maior traficante de cocaína das Américas... E um dos homens mais ricos do mundo.

4 comentários:

Anônimo disse...

esse cara vai arrumar a encrenca que pretende.

Mr X disse...

É...

Anônimo disse...

Opa, apoio internacional pro Aécio Neves certo!

Anônimo disse...

A mesma receita

Órfão numa família ilustre e rica, criado pela negra Hipólita, que considerava mãe, José Antonio de la Santíssima Trinidad Simon Bolivar y Palacios nasceu em Caracas em 24 de julho de 1783. Teve sua educação orientada por Simon Rodriguez, pedagogo revolucionário que lhe infundiu o amor à liberdade e às idéias avançadas.

Aos 17 anos, em 1800, foi estudar na Espanha. Em 1804, assistiu à coroação de Napoleão, na Notre Dame, em Paris, e se familiarizou com as doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire. Em 1805, em Roma, lá em cima do Monte Sacro, jurou "dedicar a vida a romper as cadeias com que nos oprime o poder espanhol".

Bolivar

E cumpriu. Na volta, passou pelos Estados Unidos e, em 1807, há 200 anos, retornou à Venezuela para lutar pela independência, com a ajuda de um brasileiro, o pernambucano José Inácio de Abreu e Lima.

Pregava "o sonho bolivariano" de "uma América Latina unificada", "uma Comunidade das Nações Americanas". Uma ONU americana, um século e meio antes da ONU.

Libertou a Venezuela, atravessou os Andes a cavalo, em terrível inverno, e libertou o Equador e a Colômbia. Encontrou-se com o argentino San Martin e os dois libertaram o Peru. Depois, Bolivar libertou a Bolívia.

Libertário

Houve uma hora em que era presidente da Colômbia, chefe supremo do Peru e o presidente da Bolívia. Renunciou aos três. Era um libertário: "Não usurparei a liberdade. Tenho mais medo da tirania do que da morte. Fugi de um país onde um só indivíduo exerce todos os poderes. Seria apenas um país de escravos. Chamai-me Libertador da República. Jamais serei seu opressor".

Libertou e criou cinco nações.

Morreu em Santa Marta, na Colômbia, em 17 de dezembro de 1830, aos 57 anos. Segundo a Enciclopédia Britânica, "como salvador dos povos e maior expressão de estadista e gênio político da América Latina, o nome de libertador lhe deu a aura mística que se perpetuou através dos tempos".

Bolívia

Desde o século 13 (1200 e tantos), os índios quíchuas e aimarás do altiplano (norte) da Bolívia eram do império inca. Em 1530, chegaram os espanhóis e escravizaram os índios para trabalharem de graça nas minas de prata de Potosí.

A Bolívia virou duas: a Bolívia índia, com mais de 75% da população lá em cima no altiplano, a milhares de metros de altitude, e por isso a capital é em La Paz, e cá embaixo a Bolívia branca, entre os rios e o mar, na branca Santa Cruz de la Sierra, com uma capital de mentira, Sucre.

Proclamada a independência da Bolívia, por Bolivar, em 1825, começaram as invasões. Espanha, Inglaterra, Estados Unidos queriam continuar roubando a prata de Potosí. Um dia, através do Paraguai, na guerra do Chaco, por causa da descoberta do petróleo no pé dos Andes. Outro dia, pelo Chile, na guerra do Pacífico, para tirar o acesso da Bolívia ao mar.

Potosí e gás

E os índios brigando e morrendo. E a prata de Potosí indo embora para a Europa. Desde a invasão espanhola, em 1830, mandaram os brancos do sul e seus presidentes brancos. Foram séculos de golpes e tiranias (um general por ano, às vezes por mês e até por semana, todos brancos).

Até que um dia os 75% de índios resolveram eleger um deles, Evo Morales, presidente. Ganhou, convocou uma Constituinte. Os brancos, os lá de baixo e os de fora (sobretudo a imprensa americana, espanhola, brasileira), abriram guerra, já não mais de olho na prata, mas no gás.

Morales

O índio Morales os desafiou a todos e, no meio de seu mandato, convocou um referendo para confirmar ou anular seu mandato e os dos 9 chefes dos departamentos (governadores). Na eleição, tinha ganho com 52% dos votos. O referendo o confirmou com 67,5%. Uma lavagem.

E, dos 9 "governadores", só 5 foram confirmados. Quatro perderam. Não havia jeito. A solução só podia ser a mesma que os Estados Unidos comandaram no Brasil em 64, no Chile em 73, na Argentina em 76. Não podiam derrubar no voto, tinham que derrubar no golpe.

64, 73, 76

A receita é sempre a mesma. No Brasil, envolveram ou compraram alguns governadores e jornais, e começaram as provocações. "Pegaram" Magalhães Pinto, Ademar de Barros e Lacerda, criaram arapucas, como o Ipes (Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais) de Golbery e Hasslocher, a ADP (Ação Demcrática Parlamentar), do baiano João Mendes da Costa Filho, os três diretamente financiados pela embaixada norte-americana, aliciaram alguns generais carreiristas e o golpe estava pronto.

No Chile, puseram os caminhoneiros paralisando as estradas e o general assassino Pinochet bombardeou o La Moneda, levou Allende à resistência pelo suicídio e mataram 10 mil chilenos em dez anos. Na Argentina, os empresários fizeram uma fantástica paralisação, o general Videla assaltou a Casa Rosada e assassinaram e desapareceram 30 mil.

Golpe branco

Na Bolívia, o "governador" branco de Santa Cruz quer fazer de seu departamento (estado) uma província dos Estados Unidos, como Porto Rico. E a imprensa canalha da América Latina apoiando o golpe branco.