quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Estado e Deus

Jesus famosamente disse: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

Essa frase normalmente é utilizada para justificar que a Igreja não se meta nos assuntos do Estado, mas esquece-se que ela tem outro lado: tampouco César deve meter-se nos assuntos de Deus.

Os secularistas não acreditam em Deus. Logo, passam toda a autoridade a César, isto é, ao Estado. É natural: se Deus não existe, são os homens que devem se tornar "deuses" e controlar o seu destino. Portanto, todo o poder ao Estado.

É por isso que, com a decadência do cristianismo, o Estado aumenta cada vez mais, mesmo em países como os EUA, e mesmo sob administrações Republicanas. A fonte da moralidade não é mais a Igreja, mas o Estado, que determina quais são os novos pecados - fumar, poluir, não usar o cinto de segurança - e emite as condenações, agora na forma de impostos, os quais por sua vez são utilizados para aumentar o Estado cada vez mais, e assim criam-se mais leis que criam mais impostos que aumentam o Estado e... Bom, deu pra entender.

Mas isso ainda é pouco: não existindo Deus, e portanto nem paraíso nem inferno, os secularistas pretendem que o paraíso bíblico no qual "o Leão se deitará com o Cordeiro" possa ser criado aqui na Terra mesmo: segundo eles, bastaria "vontade política" para ricos darem alegremente seu dinheiro aos pobres, criminosos tornarem-se santos e árabes abraçarem judeus. Tais ilusões sobre uma sociedade perfeita - tão equivocadas sobre a verdadeira natureza humana - normalmente conduzem ao contrário do que pregam: causam genocídios, miséria e destruição.

"O Estado sou eu", dizia Luís XIV. Já Rei Obama diz, "Vou mudar não apenas a América, mas o mundo". É uma das frases mais assustadoras que já ouvi. Ele não poderia concentrar-se primeiro em tentar resolver a crise econômica americana e outros problemas mais tópicos que já são complicados o bastante?

Deus nos salve dos nossos salvadores.

Não sei se acredito em Deus: sei que não acredito demasiado nos Homens, e portanto, ao contrário dos secularistas radicais, não consigo ter qualquer fé no Estado.

7 comentários:

Anônimo disse...

obama e armagedon.

Anônimo disse...

X, não vais escrever nada sobre o "infomercial" do obaminha hoje à noite em 5 dos maiores canais de tv da "grande america"?

Já aviso... se me atrasam (demais)a final do Baseball... cabeças irão rolar!!!

X, veja o famigerado "infomercial" pois eu não verei (só quero ver o jogo) e depois por favor (critique) comente aqui.

X, Asta.

Eu!

Anônimo disse...

Para eles, o estado é Deus...

Anônimo disse...

Eu não creio nessa idéia tosca de que os ricos um dia irão dar bondosamente sua riqueza aos probres. É totalmente absurdo isso, sem dizer que levaria à falência e bancarrota mundiais. Não estou afirmado que tu, Mr. X, crês nisso.

A solução da pobreza encontra-se, na minha humilde opinião, dentro do próprio capitalismo. As nações que o desenvolveram ao máximo que puderam encontraram a prosperidade e podem proporcionar aos seus cidadãos um bom nível de vida. Isso não quer dizer que, dentro do atual estágio em que se encontra tal sistema de produção, caso todos os países do mundo decidissem adotá-lo, a pobreza ao redor do globo sumiria do dia para a noite. Isso não é verdade. No entanto, eu tenho a sensação de que, futuramente, à medida que o capitalismo for se desenvolvendo e ajustando-se aos erros/adversidades que encontrar pelo caminho, ele poderá ser um fator decisivo na eliminação da pobreza entre as nações, não pela transferência indiscriminada da renda, mas, sim, mostrando aos demais uma maneira de gerar a riqueza.

Se não fosse pelo capitalismo, muito mais gente estaria na pobreza nos dias de hoje. Aliás, eu tenho cá minhas desconfianças de que sem esse sistema de produção, duvido muito que o mundo tivesse atingido a marca dos bilhões de pessoas.

O capitalismo é, quando utilizado com sensatez, um excelente meio de uma nação gerar riqueza e prosperidade aos seus cidadãos.

Adam Smith já sabia, em pleno século 18, a receita para a prosperidade de uma nação: Uma nação é realmente rica quando investe em seu povo, instruindo-o para ser produtivo e auto-suficiente.

Eu considero que um país que consiga gerar riqueza, através do trabalho de seu povo, deve investir em alguns serviços básicos e de acesso universal, como saúde e educação.

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Foi o Luís XIV que disse "O Estado Sou Eu!" ("L'État, c'est moi"). O neto dele era mulherengo demais para pronunciar tal pérola.

Corrija o texto, por gentileza.

Mr X disse...

Pois é.. Infomercial, é? Vi não.. Não tolero mais de 30 segundos do Mr. Obama. Mas suponho que ele tem que usar os 150 milhões de doações ilegais em alguma coisa...

Mr X disse...

Marcelo Augusto,

Esta é uma longa discussão que teremos outra hora.
Tem razão sobre o Luís. Corrigi-lo-ei...

Anônimo disse...

"Adam Smith já sabia, em pleno século 18, a receita para a prosperidade de uma nação: Uma nação é realmente rica quando investe em seu povo, instruindo-o para ser produtivo e auto-suficiente."


adam smith, visionario teorico e certissimo ! pena que os dirigentes ocidentais perderam de vista essa basica evidencia....