Não é um poema, mas é talvez o mais próximo que o cinema já chegou da poesia. Haverá filmes melhores, mais complexos, mais inovadores, mais profundos ou mais revolucionários. Este aqui não é nada disso: é apenas um filme, na sua simplicidade, perfeito. Com roteiro do judeu austríaco Carl Mayer (que foi o co-autor, com Hans Janowitz, do "Gabinete do Dr. Caligari") e direção do genial alemão F.W. Murnau, mas produzido nos Estados Unidos com a melhor infra-estrutura da época, o filme, em aparência, é uma coleção de estereótipos, ou mais bem arquétipos. A Mulher da Cidade, sedutora e malvada, morena e fumante. A Mulher do Campo, loira, angelical, pudica, frágil. O Homem dividido entre as duas. A cidade ameaçadora. A natureza. O amor.
O ideal é assistir "Aurora" (Sunrise) no cinema, com acompanhamento musical ao vivo, como fiz semana passada. Na falta disso, peguem-no na primeira locadora, ou assistam aqui mesmo no Youtube.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
que deprê, hein?
É?
O Chest não gostou do filminho. :-( A Confetti também não, pois nem apareceu. Acho que vou voltar aos poemas mesmo. :-(
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