quinta-feira, 25 de junho de 2009

A alma do negócio



Dois anúncios publicitários locais chamaram a minha atenção ultimamente. O anúncio acima é uma campanha do novo sanduíche "compridão" do Burger King. Eu poderia, a partir dessa imagem, escrever uma longa análise sobre a sexualização de tudo no mundo moderno, observando ainda que a garota mais parece uma boneca inflável, talvez o único tipo de mulher conhecida pelos nerds publicitários que criaram o comercial. Porém, não vem ao caso. Minha única dúvida é: será que essa propaganda funciona? Afinal, para quem está sendo vendido o sanduíche? Mulheres e crianças não comem hambúrguer?

Outro comercial bastante curioso é o vídeo "viral" abaixo para uma marca de fones bluetooth para celular. No comercial, um homem branco que faz insinuações racistas em uma loja asiática é torturado, espancado e morto, para gáudio dos espectadores. Eu poderia observar como, hoje em dia, o racismo tornou-se o único crime inafiançável e imperdoável, e ser racista é pior do que ser um pedófilo (o que já não é mais crime no Brasil), estuprador ou assassino, mas deixa pra lá. Pergunto apenas: será que o comercial funciona? A quem é dirigido, considerando que a maioria dos compradores de tecnologia são homens brancos entre 25 e 40 anos?


6 comentários:

Cláudio disse...

Sabe que eu me faço a mesma pergunta diante de certas campanhas publicitárias. A única explicação que eu vejo para um comercial ofender o seu público alvo é a tal paralxe cognitiva (dá-lhe Olavão), quando a pessoa não se considera parte do grupo que ela ataca ou hostiliza.

Chesterton disse...

Mas vende? isto , é, funciona?

Mr X disse...

Se funciona? Acho que não.

O Cláudio tem razão, quem compra (?) o tal fone é porque não se acha "racista", portanto não se identifica com o brancão bundão.

Já quem compra o Burger King do blowjob deve ser um gordão que não pega ninguém. Sei lá.

Cláudio disse...

Em relação ao anúncio do BK, voltamos ao clássico Idiocracy. Quem viu há de lembrar dos habitantes daquele futuro hipotético (?) morrendo de rir no cinema de uma bunda que ficava lá paradona na tela. Quando surge a necessidade de fazer uma campanha engraçada, é nisso que os "gênios" do marketing conseguem pensar. E, para piorar, nem é tão original assim a idéia. Se fosse maneiro o anúncio, pelo menos, tudo bem já que sexo é um assunto que pode ser abordado e usado para fazer humor como outro qualquer. Mas trocadilho com blow, faça-me o favor...

Quem já teve saco para assistir o famigerado "Zorra Total" percebe

Cláudio disse...

falto um pedaço:

...percebe que a apelação para o sexo é o refúgio dos incompetentes.

Gunnar disse...

MrX, mas a publicidade é toda assim... veja os comerciais de cerveja e de automóveis no Brasil.

Estão entre as criações mais grotescas de todos os tempos na história da humanidade...

Mas funciona? Deve funcionar! Senão não repetiriam a fórmula.