A última frase do post abaixo é meio dramática e exagerada, e a ilustração brincalhona, de modo que a principal idéia talvez se perca. Refraseando: acho que o problema não é tanto a "(falta de) crença em Deus" em si quanto a perda de valores e referenciais.
Já tivemos esta discussão aqui.
Se o indivíduo pode ser livre para acreditar no que quiser (seja lá o que isso queira dizer), uma sociedade precisa seguir certos valores e ideais. Precisa "acreditar" em algo. Talvez seja esse o verdadeiro papel da religião, dar uma motivação existencial e unificar uma sociedade. Acho que um dos problemas do Ocidente atual é que não acredita em mais nada, nem em si mesmo.
Afinal, o que o progressismo quer? Quais seus valores? Para o progressista, "tudo é relativo", "todas as culturas são iguais", "o libertário de um é o terrorista do outro", "todos têm direito a armas atômicas", "não existem inimigos", "não existe bem e mal". Uma confusão danada. Por isso as sociedades baseadas exclusivamente no "progressismo" tendem à anarquia e à confusão, quando não ao totalitarismo - os "valores" são o que o ditador do momento quiser. Acredito até que parte do aumento da violência urbana em países civilizados tem a ver com essa falta de valores morais (que se reflete também na impunidade - como punir alguém se não se sabe por quê?)
Isso não quer dizer, é claro, que qualquer sistema de valores seja igual. O Islã é um sistema bastante rígido em sua moralidade, mas eu não moraria em um país islâmico. O Ocidente liberal tem suas vantagens. O problema mesmo é - até quando durará?
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