quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ele tampouco sabia de nada

Obama está novamente metido em confusão. Seu pastor e mentor por 20 anos, que realizou seu casamento e seu batismo, fez novo discurso radical, no qual assumiu que acredita que os brancos criaram o vírus da AIDS para acabar com os negros; que a América é racista e malvada, não obstante tendo um candidato negro a presidente com grandes chances de ganhar; que os sionistas são malvados e oprimem o povo palestino; que o terrorismo contra os EUA, inclusive a destruição das torres gêmeas, foram e são plenamente justificados.

Naturalmente, embora sejam moeda corrente entre a elite liberal, esse tipo de discurso não pega bem para o americano médio, que ainda não sofreu a lavagem cerebral que nós sofremos e não consegue acreditar que o próprio país em que mora merece ser destruído.

Obama reagiu dizendo que "não sabia de nada", que "não tinha assistido o discurso" e que "essa não é a mesma pessoa que conheci por 20 anos".

Lá como aqui, faz parte da tática esquerdista manter discursos contraditórios. De um lado, pregar coisas absurdas para a sua base radical; do outro, engambelar com palavras suaves as pessoas que ainda vivem no planeta Terra e não acreditam em teorias conspiratórias ou utopias delirantes.

É justamente o drama de Obama: acontentar os negros radicais e os marxistas que o apóiam, mas correr o risco de perder o público branco de classe média? Ou abandonar a faixa maia radical de seu eleitorado, correndo o risco de parecer um "traidor"?

A solução, lá como aqui, é a falsa moderação. Obama viu-se obrigado a rejeitar o discurso radical do seu pastor para manter sua imagem de "moderado". Mas, ao mesmo tempo, é claro que pisca o olho para a franja mais radical do eleitorado, a quem explica que é só para poder chegar à presidência, que tudo precisa ser feito por degraus, que os fins justificam os meios.

Quando a coisa apertar, basta dizer com a mais profunda sinceridade do mundo: "Eu não sabia de nada."

Disclaimer legal: A presença desta clássica imagem é apenas irônica e não constitui uma intenção de difamar o Obama ou de algum modo a raça negra fazendo uma indevida comparação com macacos, e tampouco tem a intenção de ser uma crítica ao darwinismo e sua teoria de que "descendemos do macaco", e muito menos tem o objetivo de difamar ou ofender os macacos associando-os a essa corja de seres vis e repugnantes chamados políticos.

5 comentários:

Anônimo disse...

“americano médio, que ainda não sofreu a lavagem cerebral que nós sofremos”

HAHAHAHAHAHAHA


“Lá como aqui, faz parte da tática esquerdista manter discursos contraditórios. De um lado, pregar coisas absurdas para a sua base radical; do outro, engambelar com palavras suaves as pessoas que ainda vivem no planeta Terra e não acreditam em teorias conspiratórias ou utopias delirantes.”

Só a esquerda?

HAHAHAHAHAHAHHA ²³

Mr. X, desta vez você se superou!

Mr X disse...

Não entendi, arnoud. :-(
A esquerda, lá como aqui, tem maiores problemas em conter sua franja mais radical do que a direita tem. Não concorda? Cadê a direita radical no Brasil, por exemplo? E veja que nos EUA os skinheads ou nacionalistas brancos são mantidos bem afastados do Partido Republicano.
No caso dos negros americanos, então, o problema é mais grave do que com os esquerdistas radicais, pois Obama tem que se equilibrar entre apoiar a "causa negra" e não "se vender aos brancos".

Uma curiosidade: o tal pastor radical da "causa negra" é, na verdade, mais branco do que a maioria dos brasileiros! Veja as fotos!

Anônimo disse...

Bem parece que temos aqui uma visão bem diferente mesmo.

A mim parece que tanto as ditas esquerdas e direitas têm muitos pecados a purgar.

E não tenho dúvida que os Neo Cons são radicais sim. Mentiram e enganaram seus próprios cidadãos para justificar uma guerra que fora riscar do mapa um ditador genocida (que foi colocado lá por eles mesmos) só conseguiu transformar o Iraque num grande centro de formação de terroristas, custar centenas de milhares de vidas, prejuízos de trilhões de dólares e pior de tudo não ter uma saída a vista.

Isso não é ser radical?

Este foi só um exemplo.

Abraços trabalhadores!

Anônimo disse...

isso é que é disclaimer

Anônimo disse...

justificar um disclaimer é...redundancia ! )