terça-feira, 22 de abril de 2008

Gays, lésbicas, muçulmanos, conservadores, liberais

Tammy Bruce é assumidamente lésbica. Foi presidente de uma associação feminista por dez anos. Mas escreve textos condenando fortemente a esquerda marxista, apoiou Bush, e já escreveu até contra certas políticas dos gays mais radicais, como a de doutrinar crianças nas escolas com o gayzismo. Tem um programa de rádio de sucesso e considera-se uma “liberal clássica”. Diz-se Democrata, mas não gosta do Obama, e muitas de suas posições coincidem com a dos conservadores.

Bruce Bawer é gay. Mora na Suécia e é crítico dos radicais muçulmanos e da islamização européia. Escreveu um livro sobre o tema, “Enquanto a Europa dorme”. Um amigo seu já foi vítima da violência de muçulmanos contra gays.

Phillys Chesler é feminista e de direita. É uma das poucas feministas a condenar fortemente a opressão muçulmana contra as mulheres.

Pym Fortuin, holandês, gay assumido, era radicalmente contra a imigração muçulmana na Holanda. Foi assassinado por um militante de esquerda radical.

Camille Paglia é bissexual, pró-pornografia, louca total, mas critica também os esquerdistas, considera o aquecimento global uma bobagem e acha que “nós da geração dos anos 60, com nossos excessos, destruímos o liberalismo”.

Christopher Hitchens, esquerdista ex-trotskysta e ateu militante, é a favor da Guerra do Iraque e critica fortemente os radicais fundamentalistas do islamismo.

Conservadores? Liberais? Neo-cons? Quem é quem?

Gays contra os dogmas da esquerda?

Lésbicas aliando-se aos conservadores cristãos contra o Islã?

As velhas dicotomias pareceriam estar rolando por terra, enquanto os EUA enfrentam as eleições mais confusas da história, a China vira mais capitalista que nunca, a Europa se vira novamente para a direita (Sarkozy, Merkel, Berlusconi de volta – entre os socialistas só Zapatero venceu ultimamente).

Só nestas terras esquecidas por Deus é que o marxismo arcaico continua militante entre os “intelequituais”, os líderes políticos de esquerda criam associações para a delinqüência cotinental como o Foro de São Paulo, e infelizes demagogos insistem em propor o socialismo do século XXI como solução...

De qualquer forma, vivemos em tempos interessantes.

9 comentários:

Ricardo C. disse...

Mr X, gostei do arrazoado, não esperava que vc fosse trazer pro debate a questão de não haver, por parte da esquerda, monopólio de alguns temas, nem que a esquerda deva ser monocórdia, menos ainda em tempos tão plurais.
Só pecou no penúltimo parágrafo, pois há mais pluralismo ao sul do Equador do que as nossas discussões lá no weblog possam fazer supor, sem falar na sua própria forma de debater, que não se envergonha nem um pouco de abusar das dicotomias que vc descreve...
Abs,

Ricardo Cabral

Mr X disse...

Será?

Acho que estamos décadas atrasados nesse discurso...

Mas talvez eu faça um outro tema a respeito, pois acho interessante.

Anônimo disse...

tempos interessantes e imprevisiveis...acho excitante viver isso, mas tenho medo de extremistas e tetes brulés...((

Anônimo disse...

Tempos terríveis isso sim. É como na velha maldição chinesa.

Pobre America do Sul!

Anônimo disse...

Well, eu odeio política e acho que a dita direita e a dita esquerda concorrem acirradamente ao posto de torcida mais ridícula de um fla-flu pseudo-ideológico perdido nos séculos, do qual o maior perdedor é o planeta Terra - ou seja, todas as outras formas de vida que não a humana.

Não à esquerda, não à direita, sim à inteligência.

Anônimo disse...

Mr.X,
gays e lésbicas de direita ou esquerda sempre existiram. Reacionários, conservadores, liberais, neo-liberais, politizados ou despolitizados.
Seu texto ilustra bem com os nomes citados. Não quero entrar nessa discussão. Apenas relatar que sempre tive preconceitos contra transexuais. Há alguns anos, porém, assisti em um dos festivais de documentários do Tudo É Verdade, do Labaki, um filme que me chamou a atenção.
Até então, eu achava incompreensível alguém ter de se transformar se é adulto e pode fazer o que lhe der na telha, como você mesmo escreveu acima.
Depois de assistir a esse filme em que uma mulher se transveste de homem, é vaqueiro no Texas e morre de câncer por não poder ser atendida em hospitais por conta de um tumor no útero, fiquei pensando o que pode ter acontecido na vida dessa pessoa que a levou a se transformar. O mais doido disso é que quem cuidou dela até sua morte foi um homem que se transformou em mulher. Os documentaristas (não lembro o nome do filme e já busquei no serviço de buscas do site oficial do festiva)acompanharam por um ano a história desse vaqueiro (originalmente uma mulher).
A questão que ficou foi a seguinte: qual é o limite da estética? Pode colocar silicone nos peitos da mulher, pode diminuir os peitos, se ela quiser. Agora se quiser se transformar, vira aberração. Se tomou hormônios para ficar masculina, porém com útero e vagina, os hospitais não podiam atendê-la. Afinal, era um homem (por fora, claro).
A discussão continua. E está com você.
Abraços,

Mari-Jô Zilveti
http://nomadismocelular.wordpress.com

Mr X disse...

Mari-JO,
Bom, não sou grande fã do silicone, nem grande fã das intervenções cirúrgicas meramente estéticas. Aliás, quanto mais longe eu estiver de uma mesa de cirurgia melhor, por isso nao entendo as pessoas que a procuram.
Porém, as pessoas são livres, e realmente não sei o que passa na cabeça dessas pessoas. Tatuagens e piercings também são formas de intervenção. A troca de sexo (ainda que apenas superficial) causa perplexidade por tudo o que está associado a isso.
De qualquer forma, acho que os hospitais deviam ter tratado a moça/homem, afinal, não trataram quando realizou a operação de troca de sexo, ué?

Anônimo disse...
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Gays de Direita disse...

Legal esse post... Se quiser ver um blog de direita, entra no meu. Abraços..