sábado, 13 de dezembro de 2014

Pobres Progressistas

Uma coisa curiosa sobre a esquerda é como para eles contam mais as palavras do que as ações. Dois casos recentes, ambos tendo a ver com estupro, ilustram bem isso.

O primeiro é a discussão entre o Bolsonaro e a Maria do Rosário. Ele pode ter sido deselegante ao falar que ela "não merecia ser estuprada", concordo. Por outro lado, se pensarmos em termos de ações, o Bolsonaro apóia um projeto de castração química de estupradores. E a Maria do Rosário? Até onde sei, ela estava chorando pelo Champinha e outros estupradores. Ou seja, ele faz mais para acabar com  o estupro do que ela. Porém, para a esquerda, o que conta não são as ações, mas as palavras.

Outro caso é o que tem dado o que falar nos EUA, sobre uma reportagem da revista Rolling Stone sobre uma jovem estuprada por sete homens em uma universidade americana. Detalhe: semanas depois descobriu-se que a história era toda falsa, provavelmente inventada, ou pela jornalista, ou pela "vítima". E daí? A esquerda continua insistindo que o importante é discutir a "cultura do estupro" nas universidades. Enquanto isso, casos reais de estupro como o dos muçulmanos estuprando inglesinhas em Roterham, são olimpicamente ignorados pelas feministas: pelo jeito, só estupro de branco conta.

Bem, mas a verdade é que tenho pena dos progressistas no Brasil. É sério. Eles até que tem boas intenções, porém tiveram o azar de nascer no país errado.

Por exemplo, penso na questão das ciclovias. Uns são contra, outros a favor, mas o fato é que foram feitas, como tudo no Brasil, de modo precário e ineficiente. Motoristas reclamam das ciclovias na rua, pedestres reclamam das ciclovias na calçada. Estas últimas, na calçada, talvez tenham sido inspiradas nas ciclovias de Berlim, que de fato estão em sua maioria localizadas na calçada, mas vejam a diferença:

Ciclovia brasileira

Ciclovia alemã
Como podem ver, embora parecidas, a calçada alemã é bem mais espaçosa, enquanto que na brasileira o pedestre tem que andar espremido em um espaço minúsculo. 

Outra diferença é que em Berlim as ciclovias são realmente utilizadas por milhares de pessoas, enquanto que no Brasil, não tenho tanta certeza.

Por outro lado, a reação daqueles que são anti-ciclovia também é tosca. Em São Paulo, inimigos dos ciclistas encheram a ciclovia de pregos e tachinhas para furar os pneus das bicicletas. Não consigo imaginar uma atitude similar ocorrendo em Berlim.

Não são só as ciclovias, naturalmente. Existe todo um ideário progressista que até que pode funcionar em Berlim ou em Estocolmo, mas como fazê-lo funcionar no Brasil, onde andam soltas bestas-feras como esta, (psicopata que, segundo sua própria confissão, preferia "matar brancas")? Ser progressista no Brasil é viver na eterna desilusão.

Voltando ao Bolsonaro: ele é, de fato, algo tosco, ainda que, a seu modo, até algo ingênuo. Porém, faz sucesso, pois o povo brasileiro e', também, meio tosco. O vídeo do Youtube em que ele chama a Maria do Rosário de "vagabunda" é hilário -- e a maioria dos comentários são a favor do Bolsonaro. Não duvido que ele possa um dia ser presidente do Brasil.

Ser progressista no Brasil é muito triste.


domingo, 16 de novembro de 2014

O Ocidente morreu e eu também não me sinto muito bem

A prova de que o Ocidente já morreu, de que já está morto e enterrado e carcomido por vermes nojentos, pode ser vista todo dia em qualquer notícia de jornal.
 
Por exemplo, cientistas conseguiram após muito esforço fazer com que uma sonda espacial pouse num cometa. Mas quais foram as notícias em relação a isso? Bem, vários jornalistas ficaram indignados com o fato de que um cientista estava utilizando uma camisa "sexista" com desenhos de mulheres, e forçaram-no a pedir desculpas rastejando para as câmeras. Para o progressista liberal imundo, isso é maior "progresso" do que colocar um robô em um cometa.  

Afinal, para o articulista, o fato de que cientistas, programadores e nerds em geral utilizem este tipo de camisa é a razão pela qual "poucas mulheres vão para o ramo das ciências." Bem, se basta uma camisa colorida para desencorajar mulheres, então talvez elas realmente não devam ser cientistas! Que fiquem na cozinha ou no salão de beleza, se pensam assim.  

Porém, devo dizer eu também achei ridícula a camisa, bem como as hediondas tatuagens do sujeito, que incluem um tattoo da própria sonda na sua perna. Porém, não pelo caráter supostamente sexista, mas porque tenho saudade do tempo em que cientistas se vestiam como gente, e não como nerds inseguros e imbecis querendo mostrar suas nerdices para todos. O Ocidente virou um sitcom: até os cientistas viraram personagens de Big Bang theory!

O fato incontornável é que os sinais de decadência estão em todo lado. O homem branco de classe média deseja sua extinção. Não há outra explicação para seu comportamento bizarro de valorizar mais invasores ou criminosos do que sua própria existência.

No Brasil, a classe média é que é a verdadeira classe oprimida, prensada entre uma classe política parasitária e cruel, que suga o resultado do trabalho dos outros com impostos e corrupção, e uma massa pobre e muitas vezes violenta, que pode assaltá-la ou matá-la em cada esquina. E, no entanto, essa mesma classe média vive preocupada com os pobres e humildes, não quer diminuir a maioridade penal, e parece que procura mesmo a sua própria aniquilação. Uma pessoa morre assassinada a cada dez minutos no Brasil. Em termos de números, estamos até pior do que o México, onde um prefeito de esquerda associado com cartéis de traficantes mandou massacrar estudantes.

Mas no outro dia alguém no meu Facebook falou, "voto pela Dilma porque ela está do lado dos pobres, dos índios, dos negros e dos humildes, pela primeira vez em 500 anos de história deste país." Deu-me tristeza. Não entendeu que ser "pelos pobres" é ser pela pobreza, é transformar o Brasil inteiro em um imenso Nordestão. Ajudar os pobres, tudo bem: mas para que aumentar o número de pobres? Por que não condicionar a ajuda ao planejamento familiar, à educação, à responsabilidade financeira?

Veja bem, nem acho o Bolsa-Família o pior dos males. O que são alguns poucos reais por mês em relação às generosas bolsas-ajuda que juízes e deputados recebem? É realmente bastante pior o assistencialismo aos ricos e acomodados, que desvia bilhões do país.

E o crime, o que há de errado em tratar criminoso com dureza? Ninguém é forçado a cometer crimes, isso é romantismo esquerdista. O criminoso é alguém que opta por tirar dos outros através da força, então é através da força que deverá ser contido.

A mesma pessoa também denunciou uma página de "Orgulho Branco" criada por um outro usuário. Curiosamente, não denunciou as páginas, também existentes, de "Orgulho Negro", "Orgulho Índio", e até "Orgulho Português" (Curiosamente, para o europeu ou euro-descendente, o orgulho nacional étnico é permitido, porém quando se fala em "branco" como conceito geral, internacional, isso é mal-visto como se fosse o fim do mundo.)

Na Europa e EUA é a mesma coisa, ou inclusive pior. Nem falo da questão da imigração, mas do esquerdismo inútil que toma conta das pessoas. É até mais bizarro, pois é um esquerdismo sem sentido, viciado num masoquismo sem tamanho, de auto-culpar-se por tudo o que há de errado no mundo.

No outro post falei sobre arquitetura moderna. Edifícios bizarros ou esculturas hediondas hoje já enfeiam cidades antes belas como Roma, Londres ou Paris.

Eu já falei mais de uma vez que a arte contemporânea, em sua maioria, pode ser vista como um retrato da doença mental que tomou conta do Ocidente. Compare as obras de Jeff Koons com as de Michelangelo, ou melhor, não compare, pois não há o que comparar.

Em Paris há algumas semanas um "artista" americano colocou na Place Vendôme uma escultura na forma de um plugue anal gigante. Era um artista famoso por obras de cunho sexual, incluindo uma escultura de George Bush transando com um porco e um balão inflável em forma de fezes. Ao menos aqui houve uma reação: o povo parisiense não gostou da brincadeira, e dois dias depois a escultura foi atacada e desinflada por "vândalos". Vândalos? Mas não seriam também vândalos, e vândalos ainda maiores, os que autorizaram e pagaram por essa estupidez?

Enquanto isso, na Itália, imigrantes africanos e árabes salvos da morte certa pela marinha italiana, organizaram um quebra-quebra no centro de refugiados onde recebiam abrigo e comida. A razão? Estavam fartos de comer massa com molho de tomate, queriam "uma dieta similar à de seus países". Um deles ainda disse, na maior cara de pau, "chega deste país, assim que receber meus documentos, vou para a Alemanha ou para a Holanda!"  

Arte moderna nojenta, cientistas tatuados, classe média preocupada em não ferir os sentimentos de criminosos, europeus ficando de quatro para imigrantes ingratos, enfim, o Ocidente está querendo morrer e, para falar a verdade, ultimamente eu também!


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O que as feministas querem?

Confesso que fico confuso.

Uma mulher branca judia caminhou por dez horas pelas ruas mais pobres de NY, recebendo dezenas ou talvez centenas de cantadas dos moradores, quase todos negros e latinos. Cantadas? Bem, a maioria apenas disse algo como "Bom dia" ou quis puxar conversa, mas parece que isso já é o equivalente do estupro para certas feministas. 

Ao mesmo tempo, quando uma mulher não recebe nenhum tipo de atenção masculina, nem mesmo olhares, ela também tende a ficar chateada. "Ninguém mais me ama, estou velha, estou gorda, buá".

É como aquelas mulheres que usam decotes mas depois não gostam que as pessoas olhem muito. 

O engraçado é que se ela tivesse passeado por um bairro branco rico de NY, provavelmente não teria recebido nenhuma cantada. Por não mostrar homens brancos, o vídeo foi acusado por outros de ser "racista". Uma colunista até disse que a culpa por negros e latinos tentarem passar cantadas em mulheres brancas na rua, é devido ao seu histórico de escravidão e humilhações pelo homem branco. (A culpa é sempre de um modo ou outro do homem branco, é claro).

Confesso que não entendo muito a mente da feminista moderna. Existiram três ondas feministas: a primeira, compreensível, nos anos 20, pelo direito ao voto. A segunda, dos anos 60,  a revolução sexual, de efeitos nefastos mas que só foram se sentir muito depois e na época parecia ter sua lógica. E agora estamos na terceira onda, que quer... Quer o quê?

Eu realmente não sei.

Parece que quer o direito a se vestir como quiser, mas quem se isso cause nenhum efeito nos homens. Quer o direito a trabalhar em qualquer área, ganhando a mesma coisa que homens, mas sem ter o mesmo interesse ou dedicação. Quer o direito de não receber cantadas, a não ser que seja de pessoas bonitas, famosas ou ricas. Enfim, parece querer uma superproteção jamais vista na história humana.

Agora as feministas querem proibir um certo Julien Blanc de vir ao Brasil. Ele é um "artista da cantada" que ensina homens a pegarem mulheres. Não sei se seu método funciona, acho que não, ou ao menos não para todos, pois seduzir mulheres é um pouco como aqueles cursos de "fique rico rápido": não existe método mágico para isso. Em resumo, parece-me picaretagem. Mesmo assim: vai quem quer, paga quem quer. Por que tornar ilegal?

Esse fenômeno dos PUA (Pick Up Artists) é relativamente recente, e é de certa forma uma resposta ao feminismo mais militante, basicamente uma tentativa de ajudar homens que não tem coragem para chegar em mulheres. É um equívoco também; primeiro porque, como eu disse antes, não existe método mágico, e segundo porque é um erro colocar a capacidade de "pegar mulheres" como a maior medida de masculinidade ou de status. Um homem talvez seja mais feliz apenas com uma única boa mulher, ou quem sabe até sozinho seguindo seus hobbies; porque dar ao sexo desenfreado ou às conquistas tanta importância?

Dizem que Julien promove a violência e a cafajestagem. Não sei, pode ser. Porém, não é segredo algum que tem um certo tipo de mulheres que gostam de cafajestes, especialmente o tipo de mulher que espera encontrar um homem na balada. Quanto à dominação, é fantasia recorrente. Na época em que eu frequentava chats online, surpreendia-me bastante com o grande número de mulheres que tinham fantasias de estupro e dominação.

De certa forma, paradoxalmente, o patriarcalismo à moda antiga é que impedia a existência de tipos aventureiros como o Julien Blanc, pois a sociedade tendia a proteger mais as mulheres, solteiras ou casadas. A verdade é que a mulher que se veste de vadia para ir à balada e ignora o bom moço romântico trabalhador, e o cafajeste ao estilo Julien Blanc se merecem, pois procuram a mesma coisa: poder.  

O fato é que as feministas de hoje querem a faca e o queijo, querem direitos mas não responsabilidades, querem igualdade mas até certo ponto. Em vários aspectos, as mulheres tem ainda várias vantagens sobre os homens. Por exemplo, é bem mais fácil para uma mulher divorciada obter a guarda dos filhos. Veja por exemplo o caso deste homem que se vestiu de mulher para chamar a atenção da justiça e tentar fazer valer seu direito a poder ver o filho que criou até os sete anos de idade. Na Suécia, quando uma lei feminista de igualdade de emprego passou a dar mais vantagens aos homens, as feministas pediram para cancelá-la.

Hoje as mulheres votam, estudam, trabalham no que querem, vestem-se como querem, fazem sexo com quem querem, servem no exército, e mesmo assim, as feministas ainda parecem estar sempre insatisfeitas.

Curiosamente, recentes pesquisas indicam que as mulheres atuais se sentem mais infelizes do que antes, e o que mais gostariam é o que suas avós tinham: não precisar trabalhar tanto, e ter tempo para cuidar dos filhos em casa.

Porém, nesse caso, nem podemos culpar as feministas ou as mulheres. Ser insatisfeito é parte da condição humana. No artigo da Economist citado no último link, o comentário mais votado é o de um homem que escreve:
Todo homem trabalhador faz-se continuamente uma única pergunta enquanto labuta por horas em um cubículo sem janelas, ou aperta pela milionésima vez a mesma porca no mesmo parafuso para obter dinheiro para fazer compras no supermercado e pagar as contas, e volta para casa para encontrar uma mulher reclamona e pirralhos endiabrados: "É isto tudo?" 
É isto, afinal?



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Pausa para reflexão

Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;

Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.

Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.

Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas

Ricardo Reis

Cadê os leitores?

Onde anda Confetti? Sei que cansou de Paris, mas é Paris ou al-Paris hoje? Bons tempos os da Paris dos anos 20, então sim é que era uma festa.

Como tampouco penso em viajar para Paris por ora, quem sabe nos veremos em algum outro lugar do planeta? 

Ah! Assistam ao vídeo da filha do Brancaleone; pelo que entendo, é preciso votar no melhor projeto? Achei a idéia da etiqueta termo-sensível interessante; não conheço os concorrentes. 

Mandem lembranças ao Chesterton, onde quer que ele esteja, pois não tem aparecido. Ao Augusto positivista também, embora ele tenha sumido há bem mais tempo e tema que ele não esteja mais neste planeta. 

Aos que se interessam por hbd, visitem o blog do Santoculto, antigo Autor Desconhecido, é interessante.

Será que tem mais algum outro leitor que virou blogueiro? Podem comentar nos comentários.

Aqui... O número de leitores e comentários caiu muito desde o retorno do blog, mas é verdade que a média de posts, e a qualidade, caiu muito também. Outras preocupações na cabeça, apenas isso.

Este blog existe já há um bom tempo, mas perdeu um pouco o foco, então, estou vendo aqui de como melhor solucionar isso, enquanto ninguém me oferece uma coluna na Veja.

Pergunto aos leitores, os poucos que restam, se teriam alguma sugestão de post.

No mais, cuidem-se. 


O incrível fim da Inglaterra

Poucos países têm se dedicado com tanta alegria a chafurdar na lama da decadência tanto quanto a Inglaterra.

Parece até que os ingleses sentem prazer em ver seu país, outrora glorioso império "onde o sol jamais se põe", transformado em um lixo onde sauditas e "mafiosos russos" são donos de metade dos empreendimentos imobiliários, onde muçulmanos paquistaneses transformam garotas brancas inglesas em prostitutas mirins, onde muçulmanos negros decapitam soldados em plena rua, onde obras de "arte moderna" são confundidsa com lixo por faxineiras e jogadas onde merecem, onde ingleses pobres e de classe média brancos se dedicam a beber, drogar-se, tatuar-se, falar palavrão e vomitar na rua, e onde sociopatas ingleses ricos brancos se dedicam a esquartejar prostitutas.

A Inglaterra de hoje é um antro de decadência. A notícia de que decidiram celebrar com uma estátua duas mães solteiras de raça mista branca-paquistanesa como símbolo da "verdadeira família da cidade" é só apenas a última pá de cal nesse país hoje quase inútil.

Nada necessariamente errado com as moças, e entende-se que ser mãe solteira não é fácil, porém, será que mereciam uma estátua numa biblioteca? Não seria melhor, sei lá, a estátua de um escritor famoso local da cidade, como por exemplo o J. R. Tolkien? 

A estátua foi criada por uma mulher, artista ganhadora de importantes prêmios de arte moderna com obras com títulos como, pelo que vi na Wikipedia, "Fuck" e "Drunk".

A escultura é medíocre. O prédio atrás, que é a nova biblioteca de Birmingham, hoje a biblioteca mais cara da Europa, é pior ainda. É uma das obras de arquitetura moderna mais feias que já vi. Além de parecer estar coberto de arame farpado, lembra uma mesquita. Coincidentemente, ou não, foi também criado por uma mulher, uma arquiteta holandesa.

Ah, o prédio foi inaugurado ano passado por Malala, a paquistanesa que ganhou o Nobel da Paz e hoje mora em Birminghan. Nada contra a jovem, mas, por que logo ela? Não tinha nenhum inglês nativo? Será que a Inglaterra rendeu-se de vez ao Paquistão?

É difícil saber que futuro pode ter a Inglaterra, que já foi o berço de tantos gênios literários e científicos, e hoje parece não ter o menor orgulho de sua história e nem mesmo de seu povo.

O único elogio que eles gostam de fazer é à modernidade, à diversidade, à imigração. Comparem o belo espetáculo da abertura dos jogos de Sochi com o aberrante espetáculo dos jogos de Londres. 

É também bizarro que a Escócia tenha preferido ficar atrelada ao Império AnGlobalista do que ser independente. 

Bem, nunca achei os ingleses muito simpáticos, sempre preferi os irlandeses, e eles sofreram bastante na mão dos ingleses, então talvez seja apenas karma por todas as maldades que fizeram. De qualquer modo, é também triste: de Shakespeare a Newton, de Keats a Huxley, os ingleses deram muito ao mundo.



quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Frozen e as heroínas feministas da Disney

Chega de PT, chega de Dilma. Vamos falar sobre coisas importantes, vamos falar sobre "Frozen, uma aventura congelante". Assisti o filme ontem e gostaria de comentar um pouco. (Quem não viu, saiba que irei contar o final.)

O filme vai na linha das princesas feministas da Disney, algo no qual a empresa tem se especializado nos últimos vinte anos, desde Mulan, Pocahontas, etc. Na realidade, só consigo lembrar de "O Rei Leão" como filme com um bom protagonista masculino, mas confesso que não tenho assistido tanto os filmes da Disney (prefiro o Miyazaki, que, aliás, também prefere heroínas, ainda que raramente princesas, e em geral com uma complexidade bem maior - assistam A Viagem de Chihiro, por exemplo). Bem, mas "Frozen" arrecadou não sei quantos bilhões de dólares, portanto parece que a estratégia deu certo. A roteirista e co-diretora, por sinal, é uma mulher.

Digo princesas "feministas", pois a linha nos últimos tempos tem sido de personagens femininas rebeldes, fortes e independentes que não precisam de homem nenhum. Já em "Brave", da Pixar, isso podia ser notado, embora o filme seja muito bom e até tradicionalista sob certos aspectos. "Frozen", que tampouco é mau filme, embora a meu ver bem mais fraco que "Brave", vai um pouco além no feminismo. Já veremos como.

"Frozen" é supostamente inspirado no conto "A Rainha da Neve", de Hans Christian Andersen, mas a similaridade é praticamente zero, seria como dizer que "Batman" foi inspirado em "Drácula" por ter morcegos. Sério, leiam o conto original. É sobre um menino que é sequestrado pela Rainha da Neve (a qual, apesar de dar o título, pouco aparece na história), e sobre a menina é "quase uma irmã" que faz uma perigosa viagem indo até a Lapônia para salvá-lo. Parece que existe uma versão soviética de 1957 que é fiel a essa história, mas eu não assisti.

Em "Frozen" a Rainha da Neve não é a vilã, mas uma princesa, Elsa, que, por motivos não explicados, tem o superpoder de criar gelo e neve com suas mãos. Por acidente, ela acaba acertando a sua irmã Anna, que é a real protagonista do filme. O incidente faz com que Elsa cresça com medo de seus poderes e isolada de sua irmã Anna. Os pais de Elsa e Anna morrem de repente para sair do caminho, Elsa cresce vira rainha e Anna se apaixona no dia da coroação da irmã por um príncipe encantado. Tudo isso nos primeiros trinta minutos.  

A grande virada do filme é que o príncipe encantado, Hans, é o vilão da história. Ou melhor, ele é parece bonzinho e sincero até quase o final do filme, quando de repente transforma-se num cínico manipulador de corações, interessado em Anna apenas para poder obter o trono, e logo vira um maníaco homicida ao tentar matar Elsa.

A virada é pouco convincente, já que não existe antes nenhum tipo de indicação de que ele seria do mal, e mesmo seus motivos e suas ações, caso ele fosse mau desde o começo, não fazem muito sentido no contexto do filme, pois se fosse mesmo um vilão poderia ter resolvido tudo muito antes.

Na realidade, se formos pensar, ele até demonstra ser um líder mais convincente do que as duas irmãs histéricas: uma abandona o reino para sair construindo castelos de gelo e deixando o povo à míngua, a outra também larga o reino nas mãos de um desconhecido e sai correndo sem qualquer tipo de agasalho ou proteção à procura da irmã em plena floresta invernal, só conseguindo chegar a algum lugar ao ser ajudada pelo segundo personagem masculino da história, o caipira Kristoff. Mesmo assim, os dois fracassam na tentativa de recuperar Elsa, enquanto Hans, mais eficiente, consegue fazê-lo.

O outro problema do vilão é que ele nem é quem faz as maiores vilanias no filme: de certa forma, a grande vilã, ainda que por acidente, é Elsa, que é afinal quem congela o coração da irmã e coloca seu próprio reino sob um inverno eterno, depois abandonando a população. Hans, ao contrário, até aparece distribuindo cobertores aos pobres, algo que a Rainha jamais sequer pensou em fazer. Na realidade, a presença de Hans é até dispensável, não fosse pela necessidade dos roteiristas de querer ridicularizar o mito do "príncipe encantado que beija e salva a princesa no final". 

A moral do filme parece ser, as aparências enganam, não case com o primeiro que aparece, ou, talvez, mais especificamente: não case com um aristocrata, mas sim com um camponês musculoso de bom coração, afinal não é que ela tenha muito maiores informações sobre Kristoff. (O qual, aliás, é também meio abobado e também fracassa em salvar a sua amada e sequer chega a enfrentar o vilão, é uma irmã que salva a outra, mais um ponto feminista.)

Enfim, no fim das contas o filme não é também o bicho-papão misândrico a favor de lesbianismo e bestialismo que alguns disseram, é apenas um filme normal da Disney, meio bocó.  

Acredito que o filme seja mais interessante para meninas do que para meninos, já que é basicamente  um filme sobre duas irmãs emocionalmente complicadas, uma que não consegue controlar seus poderes, e outra que não consegue controlar seus desejos, e hesita entre dos homens. Porém, os temas de redenção, de passagem da infância à idade adulta, da luta do bem contra o mal, e a alegoria cristã presentes no conto original não estão ali. 



O mundo maravilhoso dos gays

Tim Cook, o CEO da Apple após a morte de Steve Jobs, confessou ser gay. Parece que todo mundo do meio já sabia, de qualquer modo, ele agora assumiu publicamente e ainda disse que "ser gay foi o maior presente que Deus me deu."

Achei a frase curiosa, já que o Deus da Bíblia não parecia ser muito a favor dos gays, ao menos na interpretação corrente dos evangélicos, mas enfim, tudo muda nesta vida, por que Deus não poderia mudar de opinião também.

De fato, uma coisa interessante é como a visão sobre o mundo gay mudou em pouco menos de 30 anos. Hoje a idéia entre as classes bem-pensantes é que eles podem formar um casal como qualquer outro, e até uma família com filhos, tudo o que eles querem é amor. Dar o cu ou a buceta é detalhe, o que importa é ser feliz e formar uma família como todo mundo, menos é claro casais hetero estéreis brancos de alto QI.

Porém, até os anos 80, antes da era da AIDS, o gay era visto como alguém alternativo, fora do mainstream, contrário ao status quo. O que ele menos queria era casar e formar família. Ser gay era mais do que tudo sair em clubes, cheirar todas e fazer sexo com dezenas de estranhos. Segundo um frequentador da época, nostálgico daqueles tempos, "hoje perdeu a graça, antes era só você entrar no clube e em poucos minutos já estava fudendo no chão mesmo."

Mudou o pensamento ou mudaram os gays? Sei de mais de um casal gay monogâmico de longa duração, portanto não é algo impossível, especialmente depois que a testosterona baixa, porém, continuo achando estranho e equivocado que possam adotar crianças. Até o Reinaldo Azevedo acha que as crianças adotadas estão melhor com um casal gay do que num orfanato. Pode até ser, porém às vezes eu penso no caso do celebrado casal gay multiracial australiano que adotou um menino russo e passou a abusar dele e logo alugá-lo para outros gays pedófilos, e pergunto-me se ele não teria sido mais feliz no orfanato mesmo.

A verdade é que alguns gays também tendem a ter problemas psicológicos e alto nível de psicopatia. Nos anos 80, teve o caso de uma jovem virgem de 23 anos que foi contaminada de AIDS pelo dentista aidético. Morreu pouco depois. Por muito tempo considerou-se um acidente, hoje porém se sabe que foi assassinada, na verdade vários pacientes foram contaminados propositalmente pelo dentista, um gay aidético revoltado que narcotizou as vítimas e depois injetou seu sangue infecto nelas, em um aparente protesto contra o governo que não estaria fazendo muito para controlar o vírus da AIDS.

Enfim, não se trata de demonizar os gays, acredito que o Tim Cook seja até uma pessoa decente, não vou julgar sem conhecer, trata-se apenas de não romantizá-los como vítimas indefesas, eles são como todo mundo, e acho que não deveriam adotar crianças. E vocês, o que acham?



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Um país dividido

O mapa do resultado das eleições mostrou uma imagem muito interessante, de um país praticamente dividido ao meio: Norte e Nordeste com Dilma, Sul, Sudeste e Centro-Oeste com Aécio.

Algumas exceções: Minas e Rio de Janeiro votando com Dilma (por algum motivo, jamais gostei muito de cariocas, talvez pelo sotaque antipático: acho que deviam transferir o Estado para o Nordeste do país), Acre e Roraima votando no Aécio (talvez por popularidade da Marina?).

O Rio Grande do Sul deu maioria a Aécio, mas pouca, foi quase empate. E a maioria dos votos do Aécio estava centrada em Porto Alegre e demais grandes cidades: no interior, deu Dilma. É um dos mistérios: porque o mesmo povo que rejeitou Tarso apoiou Dilma?

No Nordeste, não muita surpresa, todo para Dilma, com alguns estados chegando a dar apoio de 78%. O que explicaria isso? Apenas o bolsa-família? Ou algo mais? Alguns afirmam que a presidenta teria ajudado a desenvolver o Nordeste, por isso o sucesso. Não tenho condições de investigar, porém, uma informação anedótica talvez seja contrária a essa estimativa. O município que mais votos deu a Dilma, Belágua, no Maranhão (92% para Dilma, apenas 2% para Aécio), é também um dos mais miseráveis e desgraçados. E Dilma, em geral, tem o voto do pobre e do analfabeto (falando nisso, que coisa mais absurda o voto do analfabeto, não é? Como alguém que nem sabe ler poderia ter qualquer noção de política?) 

Já as grandes capitais e centros industriais deram o voto a Aécio. Parece ser clara uma divisão econômica. Ou será que seria apenas econômica?

Em uma análise superficial, isso mostraria a divisão entre "pobres" e "ricos", mas não acho que seja isso.  É realmente uma divisão étnico-cultural.

Com o fim das eleições, surgiu de novo o debate sobre a divisão do país. Alguns, mais ponderados, pedem um federalismo efetivo, com cada estado ficando com aquilo que produz. Já outros querem a separaçào física do sul e sudeste do norte e nordeste. Outros dedicam-se a atacar os nordestinos.

O Brasil é um país grande e disfuncional, seria realmente melhor dividi-lo em duas ou mais partes. Por que não? O único problema é que talvez seja tarde, o momento de fazer isso era um século atrás, quando a população era menor e os grupos étnicos mais diferenciados.

De qualquer modo, mesmo hoje em dia, um Sul e Sudeste sem a carga do Norte e Nordeste poderia se tornar um país um pouco menos problemático. Não digo que chegaria a ser uma Suiça, na realidade jamais chegaríamos a lugar nenhum, mas talvez melhorasse um pouco.

Aliás, o futuro dos EUA segue provavelmente pelo mesmo caminho, eles não duram mais cem anos.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O futuro é vermelho

Dilma ganhou. Por pouco, por muito pouco, mas ganhou. A corja petista uiva feliz, com a perspectiva de roubar mais 10 bilhões de dólares da Petrobras e outras empresas.

Dez bilhões! Uma coisa que acho curiosa é o seguinte, salvo exceções, a maioria de meus amigos do do Brasil não mudou de opinião mesmo ao longo de 12 anos de PT. Se nem dez bilhões de dólares desviados são suficientes para convencê-los que há algo de podre no reino do petismo, o que chegará a convencê-los?

Alguns insistem ainda, com lágrimas nos olhos, que o PT seria o partido dos "pobres", e o PSDB o partido dos "ricos".

De fato, graças ao PT, algumas pessoas enriqueceram muito, saíram da pobreza para a riqueza. É o caso por exemplo de Lulinha, que de um salário mensal de 600 reais limpando jaulas de um zoológico, tenha criado uma empresa-fantasma e ganho 5 milhões em um contrato da Oi/Telecom, que, por coincidência, logo depois obteve um benefício exclusivo de Lula. Eu nunca vi um caso mais descancarado de enriquecimento ilícito de parentes, porém, o caso jamais foi sequer investigado.

É verdade que filho de político sempre vai obter algumas vantagens. O filho de Joe Biden, por exemplo, descolou um emprego como consultor de uma firma de energia ucraniana logo depois do golpe apoiado pelos EUA. Porém, o caso de Lulinha é espetacular.

Na época, Lula afirmou que seu filho era um gênio dos negócios. Será que existe algum político mais cara de pau do que o Lula, em todo o planeta?

Eu aponto esses fatos para os colegas petistas, mas eles apenas respondem que o PSDB também rouba, falam do aeroporto de Aécio, etcétera e tal.

Enfim, o que entristece realmente nem é a vitória apertada de Dilma, mas que a maioria de meus amigos de juventude, hoje já chegando na meia-idade, continuem incomprensivelmente com as mesmas opiniões de quinze anos atrás. Nenhuma evolução?

"Minha dor é perceber,
que apesar de termos feito tudo,
tudo que fizemos,
ainda somos os mesmos e vivemos...
como nossos paiscomo quando éramos adolescentes!"

O Brasil tem solução? Acho difícil. O problema mesmo é sua população. Não temos um capital humano muito bom, somado ao tamanho demasiado grande do país e as diferenças regionais. Mas o modelo político petista, que beneficia o apadrinhamento das subclasses e o martírio da classe média, é pior ainda. A herança real do petismo será vista daqui a 20, 30 anos, e não será bonita.

Diziam que na antiga África do sul o sistema político era "fascismo para os pobres, socialismo para a classe média, e capitalismo para os ricos".

No Brasil, o sistema está mais para "feudalismo para os pobres, fascismo para a classe média, e estatismo para os ricos."


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Poema do Outono

Canção de Outono

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão...

Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...

Cecília Meireles

sábado, 4 de outubro de 2014

Poeminha das eleições

Em quem você vai votar
Na eleição que se aproxima?
Tentarei instruir vocês
Com esta pequena rima

O candidato Eduardo Jorge
Tem um sucesso certeiro:
Pena que seja apenas
Entre jovens maconheiros  

Luciana Genro é louca
Com seu olho arregalado
Ela quer comunismo
E casamento entre viados

O tal Fidelix, não conheço
Mas parece que é doutor
Ele estudou muito a fundo
O aparelho excretor

Marina Silva, um paradoxo:
Evangélica ambientalista?
Tem o rosto do Brasil
É a musa dos globalistas!

Aécio é PSDB
E tem um jeito de otário
Nem direita nem esquerda
Muito antes pelo contrário...

Dilma é a continuidade
Do projeto do PT
De roubar a mais de metro
E expandir o seu poder

Vote em um ou vote em outro
Não difere em qualquer maneira:
Pois quem comanda o mundo
É a elite financeira! 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Muito além do jardim

Confetti voltou; era o meu objetivo. Posso agora descansar em paz.

Antes de outros posts, no entanto, gostaria de falar algumas palavras de otimismo. Muitas vezes temos a impressão que o mundo vai de mal a pior; pode ser que sim, mas, na verdade, também pode ser que não. Não sabemos o que irá acontecer daqui a 10, 20 anos, que dirá 200 ou 300. A Europa e suas fronteiras mudou muitíssimo nos últimos 100 anos; poderá mudar ainda mais nos próximos 100.

Imigração, colonização ou invasão, chame como quiser, é um processo recorrente e antigo na história humana; às vezes pacífica, às vezes não. A tecnologia e a globalização aumentaram esse processo terrível que talvez não tenha volta, ou, talvez, sim. Talvez vejamos uma Reconquista, ou uma guerra, ou, o mais provável na minha opinião, uma volta ao conceito de cidade-Estado. Países são abstrações; mas etnias, culturas e religiões sempre continuarão a existir.

Penso que retornaremos a esse conceito, ou então a um retorno do feudalismo a nível global.

Ciborgues estatais?

A tecnologia avança; trará coisas boas, mas também muitas ruins. Às vezes penso que talvez, na verdade, quem sabe, o Unabomber tinha razão e que a tecnologia é que é o problema. Da pílula ao avião, do telégrafo à Internet,  do rifle à bomba atômica, ela mudou o mundo muito mais do que qualquer ideologia. O Unabomber (Theodore Kascinzki), em seu ensaio, famosamente criticou os esquerdistas. Porém, também criticou os conservadores, ao dizer que eram trouxas por tentar defender valores tradicionais mas apoiar a mesma tecnologia que selaria nosso fim: ele via os homens tornando-se indistinguíveis das máquinas, ou até misturados com elas, ciborgues escravos de corporações ou de um Estado opressor. Não duvido que um dia possa acontecer.

(O Unabomber era louco, mas tinha um QI de 140 e era gênio das matemáticas, antes de sofrer experimentos do MK ULTRA da CIA em Harvard)

O retorno da religião

Talvez tenhamos um renascimento da religião no mundo: os religiosos (de qualquer religião) são os que se reproduzem mais. Talvez porque o ateu ou liberal viva mais no presente e na busca da satisfação, o religioso para o futuro e para o estoicismo. Viver é sofrer. Entre os brancos, os sobreviventes serão os amish e mórmons (e, quem sabe, um renascimento católico ou protestante, não está descontado); entre os judeus, os ortodoxos; entre os não-brancos, os evangélicos, e os muçulmanos que pelo jeito, lamentavelmente, continuarão a crescer até explodir. Os liberais, embora em teoria mais inteligentes, definharão. Está provado que os mais inteligentes (e em especial as mulheres inteligentes) têm menos filhos (E são mais felizes! Porém, não deixam descendência). E os progressistas também. De certa forma, até dá pena. Será um mundo mais conservador e quadrado, menos criativo. Os mais liberais e inteligentes morrerão!

Talvez o retorno da religião dê lugar a novas guerras religiosas, mas elas nunca pararam de acontecer, e guerra acontece por muitos outros motivos também: nacionalismo e racismo, por exemplo. 

Ideologia e caráter

É curioso: gosto da idéia de manter os antigos países europeus e suas etnias, mas, ao mesmo tempo, se examinarmos a história, ou mesmo os mapas, podemos ver que na verdade tudo esteve sempre em fluxo constante. Nada é permanente, e a migração tampouco. No fundo, somos fruto de imigrantes que vieram da África e copularam com Neandertais! Talvez por isso, nunca me identifiquei muito com o ultra-nacionalismo; nazismo, extremismo, etc. Implica um coletivismo que não fecha muito com meu individualismo e cosmopolitismo, bem como com meu pacifismo. Em especial, não gosto do anti-cristianismo de muitos  elementos da extrema direita, provavelmente devido ao sentimentalismo pelo meu catolicismo da infância. Mas, fora isso, vários outros motivos me lembram a razão. É que alguns são pessoas muito ruins! 

Ideologia (ou até religião) é menos relevante do que pensamos: seria estranho julgar uma pessoa pelo que ela acredita, ou pensa acreditar. Não acredite no que uma pessoa diz, veja o que ela faz. Isto vale para qualquer um, do mais nobre ao mais calhorda.

É, antes de tudo, uma questão de caráter. Há pessoas conservadoras boas, mas há também liberais progressistas de bom coração. Acreditam e propagam bobagens, é verdade, mas na sua vida individual são cidadãos de bem, e isso é o que importa, no fundo. Muitos cristãos tendem a ser pessoas relativamente boas, talvez não tanto pela índole pessoal como por seguir um código que as orienta; mas é verdade que religião em si não é sinônimo de bom caráter, e há também religiosos (ou supostamente religiosos) do mal, como o Elixir Macedo. Por outro lado, acho que há vários ateus bons. No fundo, independe de religião: também há quem use a religião como cobertura para praticar atrocidades.

Psicopatas e otários

Mas há pessoas que tem o mal em si; que matam e estupram e agridem ou falam em extermínio de massa como se fala em trocar de camiseta, que fazem apologia da violência e cujo aparente único código de moralidade é um tipo de darwinismo levado ao extremo, a sobrevivência do mais forte. Psicopatas, em resumo. Não necessariamente os que matam, mas que usam os outros para seus próprios fins. São mais numerosos do que pensamos.

Por outro lado, é verdade tampouco suporto esses branquelos idiotas que falam assim, como alguém me disse outro dia, indignado: "Ah, a classe média branca fica apavorada quando tem tiroteio num bairro branco rico, mas não fala nada quando morre gente na favela, nem sai no jornal!" Eu perguntei, "Poxa, mas quem é que faz tiroteio no bairro rico? É você e seus amigos?".

Ele ficou fulo. Não quis responder, desviou o discurso para a homofobia da classe média, da qual, aliás, ele faz parte. 

Mas de fato, quem são os que fazem tiroteio no bairro rico, são os brancos de classe média, brigando pela vaga de estacionamento? Claro que não, são os mesmos favelados que se matam a rodo na favela! Esse coitadismo irracional branco também precisa acabar.

Etnomasoquismo?

Será que existe raça mais masoquista do que a branca? Nunca vejo nenhum outro grupo chorar tanto pelos oprimidos de outras etnias. O último branco progressista europeu, depois de ser estuprado por um africano e decapitado por um muçulmano, sua cabeça rolando no pavimento, ainda vai ter tempo de dizer, "Desculpem, irmãos, pela escravidão e pelas cruzadas!" (Dúvida: por que será que os muçulmanos gostam tanto de decapitar? Deve haver uma explicação freudiana, vejam o último caso, em Oklahoma mesmo, no link anterior).

Eu sei, eu sei, na maior parte dos tempos esse chororô é falso. Branco que é esperto não se mistura com gentalha, só acusa os outros de racismo. Porém, é algo curioso. Até os asiáticos são mais francos nesse aspecto. É verdade que alguns já aderiram ao espírito de picaretismo, como a chinesa-americana líder de uma organização de defesa das faxineiras (em sua maioria, mexicanas), que acaba de ganhar 625 mil dólares de uma fundação que supostamente premia "gênios". Porém mesmo ela, que hoje defende mexicanas (e ganha bastante dinheiro com isso!), antes já era presidente do "Comitê Contra a Violência Anti-Asiática" (não sabia que existisse violência exclusiva contra asiáticos. E o Comitê contra a Violência Anti-Branca, cadê?). 

Enfim, tudo que sobe, um dia desce. No fundo, não vejo mais o futuro com tanto pessimismo, ou melhor, vejo com o pessimismo realista de quem sabe que, se nunca vai melhorar muito, tampouco vai piorar de todo. A História sempre foi um pesadelo do qual tentamos acordar, como disse Joyce.

Enquanto isso, na TV

No fundo, a humanidade é podre em si mesma. Por exemplo, uma coisa que precebi foi como a maioria dos programas de televisão, em especial shows de calouros e reality shows, servem mesmo para mostrar pessoas sendo humilhadas. O povo adora assistir isso! Tem um programa novo, acho que britânico, mas que logo deve ter versão brasileira, é sobre empreendedores que apresentam seus projetos ou invenções para um júri de supostos investidores, bem, é claro que tudo é em grande parte atuação, mas como em outros programas similares a regra é ridicularizar aquele que tem uma idéia tola ou irrealizável, humilhá-lo na frente do espectador, que goza delirante. Também chama a atenção o extremo materialismo do júri, "não interessa se sua idéia vai beneficiar a humanidade, eu quero é ganhar dinheiro pôha!", esse é o pensamento martelado pela nossa amada televisão. Obedeça, compre, gaste, coma, foda e MORRA!! 

Psicopatas versus altruístas: seria esse o dilema?

Há psicopatas na direita e na esquerda; Deus nos livre deles e nos dê um mundo com mais betas e nerds. Por quê? Bem, um curioso acontecimento recente, publicado em artigo científico, informa que certos macacos, ao terem perdido por envenenamento acidental seus machos-alfa (os mais violentos e psicopáticos, por assim dizer), evoluíram para uma sociedade mais igualitária e harmoniosa. Poderia o mesmo acontecer com humanos? (Há quem diga que já aconteceu no norte da Europa, devido às guerras que mataram os mais alfas e à religião que fez crescer mais os de comportamento mais moral; não sei se é verdade, acho que não, mas é uma teoria interessante.)

Cultivar o jardim

Não importa: tudo continuará mudando, e pouco podemos fazer a respeito a não ser ser boas pessoas em nossas vidas individuais. Dar o exemplo a filhos, netos e parentes. Fazer nossa pequena parte para o bem da coletividade, em nosso pequeno círculo social.

É preciso cultivar nosso jardim, como dizia Voltaire.

Mas, cuidado! É um jardim com constantes pragas e gafanhotos, ervas daninhas e ventanias. Não é o Jardim do Éden, do qual há muito saímos: a humanidade caída não tem solução! Do pau torto da humanidade, nada pode ser criado de direito!

Epa, mas eu não disse que ia fazer um post otimista? Perdi-me no caminho. Já confundi demais o leitor com esta lenga-lenga sem sentido; queria falar muito, e disse pouco; fico por aqui. Adeus, Confetti. Aproveite a vida em Paris enquanto as burcas não tomarem conta. 


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Estamos todos loucos

Theodore Dalrymple disse uma vez que grande parte do objetivo da propaganda durante o comunismo soviético, bem como hoje em dia durante o politicamente correto, não era de convencer, mas apenas de humilhar: forças as pessoas a repetir mentiras absurdas, como que a coletivização funcionou, preto é branco, acima é abaixo, e dois mais dois é igual a cinco (como no romante 1984 de Orwell).

É isso mesmo, mas o objetivo é ainda maior.

No outro dia, em algum lugar no sul do Brasil, alguém teve a idéia de celebrar um casamento gay num CTG (centro de tradições gaúchas). Anunciaram o evento aos quatro ventos na mídia. Pouco depois, na calada da noite, o CTG foi incendiado por alguns descontentes.

A mídia ficou chocada. Saíram vários debates no jornal sobre a intolerância do gaúcho tradicional. Ora, mas o objetivo do evento era esse mesmo: provocar a violência. Causar conflito, acusar o tradicionalista de homofóbico. O que era o ato se não uma provocação? Os gays são apenas massa de manobra numa luta muito mais ambiciosa e mais antiga.

O objetivo do casamento gay não é nem nunca foi o de permitir que os casais gays pudessem ter uma relação socialmente aceita ou direitos legais. Isso talvez poderia ser resolvido com outras leis e outras medidas. O objetivo do casamento gay, bem como das estrambóticas "paradas do orgulho" (para quê existem essas paradas? São financiadas com dinheiro púbico, digo, público? Se o objetivo delas é afirmar que "gays são como todo mundo", porque passam justamente a imagem contrária, de que gays só pensam em sexo e em estar pelados o tempo todo?) é justamente o de dividir a sociedade e de, em última análise, causar violência, ódio e discriminação. Ou seja, justamente o contrário do que dizem querer.

Vejam aqui: depois de uma menina ser humilhada em público e ter a casa apedrejada e queimada por dizer uma palavra em um jogo de futebol, agora o Coríntians quer proibir seus torcedores de pronunciarem a palavra "bicha". Tal insulto seria "homofóbico". Ora, ninguém chama um jogador de "bicha", ou um juiz de "filho da puta", por saber algo sobre a sua orientação sexual. São insultos genéricos. Como "puta" é sexista, "bicha" é homofóbico, "macaco" é racista, e "retardado" é preconceituoso com os sofredores de Down, o que ficará? Talvez os torcedores possam chamar o odiado rival de "bobo", "chato" e "feio".

(Não que eu seja a favor de palavrões e violência nos estádios; acho tudo isso vulgar. Porém, uma coisa que também me confundiu foi o seguinte: durante a Copa do Mundo no Brasil, quando outro tipo de público encheu os estádios, vi mais de um articulista reclamando que as torcidas eram "brancas demais", "educadas demais", que eram "frias" e que não gritavam palavrão a não ser contra a Dilma.) 

Outra loucura. Agora a moda é afirmar que alguém pode "trocar de sexo". Curiosamente, por motivos que talvez a psicologia possa explicar, a maioria dessas pessoas que "trocam de sexo" são homens de meia-idade que "viram mulher". Porém, não passam a gostar de homem, ou de passar roupa e comprar sapato. Muitos nem mesmo cortam o pênis, apenas colocam seios postiços mas, estranhamente, continuam casados com mulheres. É o caso, por exemplo, de "Martine" Rothblatt, o travesti biônico bilionário de quem falei outro dia, que é casado com uma negra loira, e de "Lana" Wachowski, co-diretor da série Matrix, que é casado com uma dominatrix sadomasoquista do mundo pornô.

O objetivo é o de confundir. O objetivo é obrigar você a chamar esses malucos de "mulheres", enquanto eles riem depositando mais um bilhão no banco.

Porém, quem é mais louco? Aquele que coloca um chapéu na cabeça e diz ser Napoleão, ou aquele que acredita?

O fato é que grande parte da população está mesmo insana.

Conheço jovens nos EUA que aderiram a um movimento radical vegano-animalista. Eles vão aos restaurantes da cidade com cartazes e gritos denunciando o "especiecismo". Afirmam que os animais "são indivíduos como nós" e que "carne não é comida, é violência".

Olhem, eu gosto de animais, sou a favor que sejam bem tratados, mas isto é ridículo. Até porque um leão, um tigre ou um crocodilo faminto não vai ter remorso nenhum em comer um humano sem pensar em seus "direitos". Comer e ser comido é a lei da Natureza (e às vezes eu penso e acho isso triste: por que tem que ser assim, a vida sempre se alimentando da vida? Um ser vivo tem sempre que tirar a vida de outro para obter energia? Que Deus cruel inventou esse sistema? Não podíamos tirar energia, sei lá, do gás carbônico ou de pedras e outros objetos inanimados?)

Curiosamente, muitos dos praticantes dessa nova luta são mulheres jovens e solteiras. O leitor também terá notado isso: o veganismo e a luta pelos direitos dos animais atrai principalmente mulheres solteiras ou mal-comidas sem filhos. Talvez seja uma transferência do instinto maternal. Ou talvez seja apenas que mulheres em média são mais emocionais e mais facilmente manipuláveis.Ou talvez os homens gostem mais de carne, só isso.

Feminismo, gayzismo, especiecismo, coloque aqui seu ismo, nada disso precisa ser levado a sério por si mesmo: são, em sua maioria, meras distrações, truques de magia, ou então tem o objetivo de semear o caos social.

Digo até mais: nada impede que o que é "bacana" hoje vire ilegal amanhã; que a elite global passe a discriminar os negros e os gays quando isso for do seu interesse. A esquerda, um dia, já defendeu os "direitos do trabalhador", você acredita? Pois hoje a maioria de seus líderes partidários e apoiadores são milionários, bilionários ou até trilionários, e estão lutando pela expoliação da classe trabalhadora através de impostos, imigração massiva e baixos salários.

É por isso que eu não levo mais nada a sério. É tudo um grande teatro, e eu tenho mais o que fazer.  

Dizem que sou louco, por pensar assim.

Mais louco é quem acredita. 

Mais louco é quem me diz, que não é feliz, feliz.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.

Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.

Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Os gays e o fim da amizade masculina

Um artigo muito bem escrito (mas bem longo, e em inglês) adverte para um problema no qual eu jamais tinha pensado, mas que faz sentido: a propagação da cultura gay tem tido um efeito negativo sobre a amizade masculina.

O argumento é o seguinte: a aceitação pública dos gays mudou o sentido de certos comportamentos, antes comuns. Ao ver dois homens abraçados na rua, já pensamos: "é viado", embora poderiam ser apenas irmãos, ou amigos próximos. 

Pense na sua infância ou adolescência: talvez você tivesse algum amigo bem próximo com o qual passava grande parte do tempo, e aí, algum outro coleguinha invejoso, ou até alguma menina, insinuou: "esses aí são gays". E vocês, temerosos, afastaram-se um do outro, embora não houvesse absolutamente nada de remotamente sexual na relação.

Pense também nos filmes, na literatura. Quantas vezes agora dois personagens amigos homens (i.e. Frodo e Bilbo, Asterix e Obelix, Sherlock Holmes e Watson) já são interpretados como "gays" pelo simples fato de serem amigos próximos. Ver "gays" em tudo virou a nova norma; e a amizade masculina, com isso, sofreu um baque.  (Isso foi parodiado também naquele episódio de Seinfeld em que George e Seinfeld eram vistos como gays, "not that there's anything wrong with that")

O autor adverte também para um outro perigo: imagine, por exemplo, que o incesto e a pedofilia fossem liberados. Isso também mudaria a linguagem das relações humanas. Ao ver um pai abraçando a filha, já pensaríamos que pode ter algo mais aí do que o mero afeto filial. Ora, argumenta o autor, é justamente a proibição do incesto o que permite a proximidade familiar, assim como (antes) a proibição ou ao menos censura do comportamento gay é que permitia a amizade maior entre dois homens, sem que ninguém pensasse que um deles dava o cu. 

De fato isso já aconteceu um pouco: nos EUA, por exemplo, um homem que se aproxima mais de dois metros de crianças ou jovens desconhecidos já é visto como um tarado em potencial e chama-se a polícia, muito embora possa ser apenas um simpático vizinho. Mais de um fotógrafo já foi preso por ter tirado fotos de crianças em público, confundido com pedófilo. No Brasil, um pai e um filho podem ser agredidos ao ser confundidos com casal gay. Perdeu-se a sensação de inocência que antes havia; tudo agora é ou pode ser sexual. E portanto a amizade inocente de outros tempos também acabou. 

 Batman e Robin são gays, é claro.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

As novas escravas brancas do Islã

As feministas vivem reclamando da "cultura do estupro". Dizem que os homens são todos porcos exploradores que adoram abusar de mulheres.

Curiosamente, estão TODAS bastante silenciosas em relação a este caso de meninas de 12, 13, e 14 anos exploradas sexualmente por gangues paquistanesas na Inglaterra. Não encontrei nenhuma feminista brasileira sequer mencionando o tema. O site feminazi americano Jezebel tampouco noticiou.

Na verdade é um caso até antigo, mas só hoje a mídia, e até o New York Times, acordou. Centenas ou até milhares de meninas brancas foram estupradas e forçadas a ser prostitutas, muitas vezes para sexo grupal. E o establishment inglês ignorou por anos, para não ser acusado de "racismo"!

É tradição do povo muçulmano capturar escravas brancas e forçá-las à prostituição. Aconteceu nos tempos do Império Otomano (milhares de jovens eslavas capturadas), aconteceu em Kosovo (de novo, jovens eslavas forçadas por muçulmanos a se prostituir para soldados, tem até um filme sobre isso) e está acontecendo hoje também, em plena Inglaterra, com inglesinhas novinhas.

Curiosamente, ninguém parece concluir a partir daí que talvez tenha sido uma péssima idéia trazer paquistaneses para a Inglaterra, e que eles deveriam ser expulsos a pontapés de volta para Islamabad.

As feministas, enquanto isso, parecem estar mais preocupadas com um esmalte de unhas que detecta uma droga que facilita estupros. Bizarramente, elas são contrárias ao esmalte. Acham que não é função da mulher se precaver, mas do homem se controlar. Depois dessa, desisti de vez de levar a sério as feministas: a verdade é que elas só querem é trollar os homens.

Elas dizem: "não devemos dizer a mulher que se cuide de ser estuprada, devemos ensinar os homens a não estuprar." Sempre me pareceu uma coisa estúpida. Ensinar a não estuprar? Mas será que o estuprador já não sabe que estupro é errado? Ou devemos também ensinar o ladrão a não roubar, o traficante a não vender drogas, o assassino a não matar? 

De qualquer modo, tive uma excelente idéia: vamos mandar todas essas feminaziloucas para oferecer um cursinho gratuito de "como não ser estuprador" a gangues de paquistaneses. Como dizem os americanos, win-win!


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Esquerdopatas e Conservotários

Grande parte dos esquerdistas, já sabemos, são doentes mentais. Porém, os conservadores será que são melhores? Bem, em grande parte sim. Os conservadores em geral não querem matar metade da humanidade em nome de um ideal igualitário impossível.

Porém, poderíamos também dizer que os conservadores, ao menos os americanos, tem as suas limitações.

Por exemplo, todos leram que no outro dia uma menina do Arizona de 9 anos matou por acidente o treinador ao praticar tiro com uma metralhadora Uzi. Repito: menina de 9 anos com uma metralhadora Uzi.

Ah: o nome do lugar era "Bullets & Burgers", ou "Balas e Hambúrgueres". São na verdade locais de entretenimento na região de Las Vegas, no qual o entretenimento é praticar tiro com armas possantes. E crianças a partir de 7 anos já podem participar, se acompanhadas pelos pais.

Lendo uma das matérias, já apareceu um "conservador" americano dizendo que o problema não são as armas, que ele ensinou sua filha a atirar com 4 anos, que nada aconteceu e tal.

Bem, eu acho estranho, e até dou um pouco de razão aos europeus que se apavoram ao ler esse tipo de notícia. Nos EUA, na maioria dos estados, precisa-se esperar até os 21 anos de idade para poder beber álcool ou mesmo entrar em um bar. Porém, pode-se empunhar uma metralhadora com 7 anos.

O conservador médio americano é um pouco limitado. Empunha a sua bandeirinha de USA, celebra o hambúrguer como se fosse um manjar nacional, defende as armas de forma até irracional, não se interessa muito pela cultura ou mesmo pela geografia de outros países, é mais masculinizado, mais religioso, até tosco às vezes.

O liberal tem em média mais estudo, maior interesse pela cultura e pelo mundo, não gosta de armas, odeia religião, desconfia do nacionalismo e patriotismo, é mais feminizado.

Tenho a impressão que conservador e liberal são mais perfis de personalidade do que ideologias políticas. É por isso que eu disse outra vez que me sentiria provavelmente mais à vontade em uma cidade liberal como Portland do que em uma cidade conservadora no sul da Geórgia: tenho um pouco mais a ver com o perfil do liberal urbano, embora, paradoxalmente, minhas idéias sejam mais parecidas às do conservador.

Será que sou uma exceção à regra? Nem tanto. Antes eu falava de médias; é claro que existem conservadores inteligentes e de elevadíssima cultura, assim como existem liberais burraldos e que não sabem nem onde fica Cúba, embora celebrem o país.

Ah, e uma coisa é a opinião ou comportamento pessoal, outra os efeitos políticos: como ideologia política ativa, é claro que o esquerdismo é bem mais nocivo do que o conservadorismo.

Em resumo: o esquerdista é um psicopata ou doente mental, o conservador, um pouco tolo ou ingênuo. 

P.S. No Brasil, tenho a impressão que ocorre algo parecido, mas esse seria um assunto para outro post. (Ah, e se tem uma diferença, é que os esquerdistas brazucas são ainda mais ignorantes que os americanos: já tem "amigo" do Face chamando a Marina Silva de "direitista reacionária")




segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A mídia é uma macaca imunda

Uma simples palavra. O nome de um simpático animal. Três sílabas: ma-ca-co.

E no entanto elas podem ter arruinado a vida de uma jovem. Ao menos a mídia está fazendo tudo o possível para acabar com a vida da jovem Patrícia por causa de uma palavra. Primeiro, filmou-a e promoveu as imagens incessantemente (coincidência? porque escolheram logo essa moça, e não os homens adultos do coro?). Depois, a mídia levantou os ânimos da "torcida" para que agredissem a jovem verbalmente nas redes sociais e até apedrejassem a sua casa.

O jogador Aranha foi entrevistado pelo Fantástico, vejamos o que um importante blog esportivo diz a respeito:
"Eu sei que muitas vezes eu não sou aceito, eu sou tolerado. Porque sou o goleiro do Santos, bicampeão mundial. E porque eu tenho um carro bonito, porque eu compro isso, eu compro aquilo. Então muitas vezes eu sou tolerado, não sou aceito. Eu já morei em prédios, minha família está de testemunha, que não me davam nem bom dia."
As situações estão bem separadas para Aranha. Ele pode até se sentir mal por tudo o que aconteceu na vida de Patricia. Foi demitida do emprego de auxiliar de Odontologia na Brigada Militar de Porto Alegre. Teve sua casa apedrejada. Ela e seus familiares estão escondidos. Nem a polícia conseguiu encontrá-los. Se não for depor hoje, será considerada oficialmente foragida.
"Essa mocinha aí nunca mais deve pisar num estádio. As pessoas que vão assistir aos jogos têm que se comportar, a principal punição tem que ser nunca mais pisar em estádio."
Por ter gritado 'macaco' ao goleiro santista, Patricia deverá responder por injúria racial. A pena é de um a três anos. Aranha demonstrou na entrevista ao Fantástico o que espera que a justiça faça.
"Eu tenho dó dela. Como ser humano e pelas consequências. Se ela for presa, não vai ter o tratamento que eu acredito que tenha fora da cadeia. Porque o sistema é pesado e cruel. E, mesmo no crime, tem certas regras e atitudes condenáveis."


Para Aranha, para os produtores de televisão, para os times de futebol, para a torcida, para a mídia, para a classe média bacana que posta no Facebook, e mesmo para a maioria da população brasileira, é justificado que uma jovem branca de 22 anos seja humilhada, agredida e até que seja presa e sofra eventuais abusos na cadeia pelo simples fato de dizer uma palavra. Uma palavra habitual nos cânticos da torcida gremista, já que o rival Inter é chamado de macaco e até tem um mascote macaco chamado, sem ironias, "Escurinho". Racismo? Ou apenas um apodo comum também para torcedores de outros times, como "peixe", "porco", "urubu"? 

No Brasil, o crime de gritar uma palavra em meio à torcido é punido com o máximo rigor da lei e de ostracismo social.

Isso num país em que atropeladores matam e saem livres após pagar fianças irrisórias.

Um país no qual 90% dos assassinatos jamais sequer são esclarecidos.

Um país no qual estuprador e bandido é solto ou tem direito a regime "semi-aberto".

Um país no qual jovens drogados matam por um celular e não vão presos por ser "de menor". 

Um país no qual políticos roubam milhões, jamais vão presos, e ainda são reeleitos.

Ah! Esses aí são todos crimes sem importância. O importante é punir Patrícia, a "racista maldita"!  Crime perigoso é chamar alguém de macaco, o resto a gente dá um jeito...



sábado, 30 de agosto de 2014

Histeria coletiva

Antigamente linchava-se alegremente "bruxas", sem grande necessidade de provas ou julgamentos. Hoje em dia lincha-se "racistas", "sexistas", "homófobos", ou, na verdade, qualquer um que se descuide um pouco por um minuto sequer da linha do Partido Globalista Igualitário Progressista Mundial.

É um pouco diferente do que na Idade Média, é verdade: não há fogueira, e quase tudo ocorre de forma virtual, mas as conseqüências podem ser bem ruins, como perda do emprego, mancha eterna no currículo e na vida social, ameaças de violência quando não agressões de verdade, multa ou até prisão.

Vários empresários americanos importantes recentemente perderam seu emprego ou sua reputação por criticarem o casamento gay, o exibicionismo dos travestis ou as reclamações das feministas. Brandon Eich, do Mozilla, não foi o único. Nem um prêmio Nobel escapou.

Estes dias, uma torcedora gremista foi flagrada aparentemente chamando um jogador negro de "macaco". Não é claro para mim, pelo pouco que vi, o contexto do ato, embora essa seria uma questão difícil de resolver. Claramente a moça não foi a única a gritar, havendo também um coro que incluía afro-descendentes ironizando o goleiro. Infelizmente para ela, foi filmada em close pelas câmeras de TV, e sua imagem caiu de boca na rede.

Uma hora depois, seu nome e sua imagem já tinham vazado para o mundo. Duas horas depois, já havia perdido o emprego e sofreu insultos pesados e teve que cancelar todas as suas contas de mídia social.

É racista chamar um negro de macaco? Sim, sem dúvida. É também bastante desagradável, não denota bom comportamento de quem insulta e realmente deve ser muito chato para a pessoa que é insultada. Mas por que chamar um juiz de "filho da puta" pode, ou é considerado menos grave? Por que os insultos raciais contra negros parece que "valem mais"?

Insultos são insultos. Nenhum é bonito. Alguns chamarão a atenção para a raça, outros duvidarão da masculinidade do jogador, outros chamarão a atenção para o aspecto físico.  Por exemplo, o jogador foi chamado de macaco, e agora a jovem está sendo chamada nas redes sociais de "vadia" ou coisa bem pior.

A torcida de futebol é por natureza vulgar e dada a ofensas fortes contra rivais. A torcida do Grêmio, em particular, tem cantado ultimamente algumas coisas bastante desagradáveis, como celebrando o câncer da mãe de Ronaldinho Gaúcho ou a morte do rival colorado Fernandão. Mas nada que tenha causado tanta repercussão como o que ocorreu no caso desta jovem.

É verdade que os insultos raciais são provavelmente a forma mais baixa de insulto, e afetam principalmente os negros, por motivos que não é necessário explicar, muito embora (nos EUA) já haja quem tenha perdido o emprego por brincar com os asiáticos.

É verdade também que insultar um branco é mais difícil, já que "cracker" não pegou, e "branquelo" é meio fraco. Porém não faltam insultos étnicos contra italianos, irlandeses, franceses, etc. (O que comprova a minha teoria de que não existe uma raça branca, mas várias sub-raças ou etnias brancas, e que portanto o tal nacionalismo branco jamais vai chegar a lugar nenhum).

De qualquer modo, a questão, eu acho, nem é essa. Chamar negros de macacos é mesmo feio e não deve ser estimulado. Mas até que ponto essa censura ocorrerá? Chamar brancos de "raça maldita" pode? Porém, o que chega a ser um pouco assustador é ver como as massas, elas mesmas, se encarregam de esmagar as vozes dissidentes. Quem precisa de um Estado tirânico e opressor? As massas se encarregam de fazer o linchamento.

A tal mídia social, supostamente criada para a liberdade de expressão, tornou-se um método de aniquilação de quem dá um pio não politicamente correto.

Leio os comentários à matéria sobre a moça: comentaristas, muitos assinando com seu próprio nome, falam coisas para mim absurdas de tão extremas:

- Um acha que a moça merece cinco anos de cadeia.
- Outro acha pouco, e pede 60.
- Outro quer que seja estuprada por negros.
- Uma outra revela sem a maior cerimônia todos os dados de contato da moça, de telefone a CPF, para que acabem de vez com a vida dela.

(Todos esses comentaristas, pela foto do perfil, são bastante brancos.)

Por que será que isso ocorre? Acho que é uma forma de catarse, de purificação. Antes, ao acusar alguém de bruxaria, a pessoa mostrava estar no time religiosamente correto e garantia que ela mesma não seria acusada de realizar atividades de ocultismo.

Os atuais linchadores twitteiros também encontram no massacre virtual de uma jovenzinha ingênua uma forma de purificação: eles, ao contrário dela, não são "racistas", eles são pessoas de bem.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Como não apanhar ou levar tiro da polícia

Vou confessar, sou a favor da lei e da ordem mas não gosto muito de contatos próximos com a polícia, e menos ainda com a polícia americana. Em geral, te tratam como um criminoso de alta periculosidade, mesmo que seu único crime tenha sido o de ter os faróis do freio do carro sem funcionar.

Não que no Brasil seja lá muito melhor. Só tive duas experiências positivas com a polícia, uma, surpreendentemente, na Argentina, e a outra na Inglaterra.

Nos EUA, quase sempre, policiais são agressivos e extremamente arrogantes.

Michael Brown, o jovem negro que morreu com nove tiros de um policial, talvez tivesse roubado cigarros uma loja de conveniência minutos antes (não é 100% certo). Mas pelo que mostra o vídeo, é possível que fosse um sujeito agressivo e, com seu tamanho, poderia ser perigoso mesmo se desarmado.

Porém, merecia levar tiro?

Mesmo eu que sou radical, não acho que oubar cigarros de uma loja e caminhar na rua sejam motivos para pena de morte.

Este outro vídeo, divulgado pela própria polícia, mostra quanto tempo leva para a polícia americana de hoje te dar um tiro. Em média, 23 segundos. É o tempo que leva no vídeo desde a chegada da polícia até o corpo cair, ainda quente e perfurado com cinco balas, no chão.

É verdade que o sujeito, um negro desequilibrado, estava segurando uma faca e gritou para os policiais, "Shoot me!" -- segundo alguns, um caso claro de "suicídio por policial". Porém, não parecia representar grande ameaça para policiais treinados. Ele está a uma distância segura e não chega a nem ter tempo de ameaçar ninguém, que já é abatido com cinco tiros.

Também é verdade que a vida de jovens negros do gueto vale menos para os policiais (como vale menos também para os progressistas, que só se preocupam com eles quando são mortos por brancos ou semi-brancos -- afinal, quem é que faz escarcéu pelas dezenas de jovens negros mortos todo dia em rixas entre gangues?). Será que os policiais se comportariam igualmente com um jovem rico e bem conectado?

Afinal, os policiais não agiram da mesma forma ao prender Justin Bieber, e olha que ele cometeu crimes como vandalismo e agressão, enquanto o negro do vídeo, no máximo, poderia ser preso por vagabundagem. 

Dito isso, o humorista Chris Rock faz um tempo fez um vídeo educativo ensinando como não apanhar da polícia. O vídeo continua atual. Se Michael Brown tivesse seguido os conselhos, provavelmente hoje estaria vivo. Se não, vejamos:

1. Cumpra a lei: Fail. Michael Brown aparentemente roubou cigarros de uma loja de conveniência e tinha fumado maconha horas antes.
2. Use de bom senso: Fail. Michael Brown, depois de roubar a loja e ameaçar o empregado, passou a caminhar pelo meio da rua atrapalhando o trânsito e chamando a atenção da polícia.
3. Pare imediatamente: Fail. Brown e seu amigo tentaram continuar o seu caminho. 
4. Seja educado: Fail. Eles discutiram com o policial, e há até evidências que Brown tenha dado um soco na cara dele.
5. Desligue essa porra de rap: Não se aplica, já que eles estavam a pé, mas parece que Brown adorava rap e tinha até escrito algumas letras -- falando, naturalmente, de drogas, sexo e violência.
6. Cale a boca: Fail. Como foi dito acima, não só discutiu como possivelmente agrediu o policial.
7. Tenha um amigo branco: Fail. De acordo com uma das letras de rap que escreveu, ele não gostava muito de brancos.
8. Não dirija com uma mulher irritada: Sucesso. Ele deixou a namorada em casa, se é que a tinha.

A polícia é violenta e injusta? Às vezes é. Militarizou-se demais? Sem dúvida. Tem reação desproporcional e trata agressivamente até o cidadão de bem? Sim, passaram-se os tempos do simpático policial de bairro.

Mesmo assim, usando de bom senso, você pode evitar a maioria dos problemas.

P. S. Desnecessário dizer, não é uma questão só de branco vs preto. Hoje em dia grande parte dos policiais americanos são latinos ou negros, e às vezes as vítimas da violência policial podem ser brancos, ou até cachorros desarmados. O problema é geral. 



Mulheres que amam psicopatas demais

Nunca entendi as pessoas que acham a pena de morte "desumana". Em geral, quem é condenado à morte é porque matou. Se matou, não merece morrer? Alguém dirá, "Ah, mas o Estado não pode ser juiz e executor e tal". Bem, mas se deixarem nas mãos da população, ou da família da vítima, o sujeito será linchado e torturado de forma muito pior. O Estado na verdade já está fazendo um favor já em conceder um julgamento e uma morte menos dolorosa.

Nem sempre foi assim. Em tempos antigos, criminoso era torturado e esquartejado em praça pública. Era um espetáculo terapêutico para as multidões. E talvez tenha ajudado a Europa a se tornar, a longo prazo, um lugar menos violento.

Mas não era de pena de morte que eu queria falar, mas sim de algo relacionado: a esterilização de criminosos. Você é a favor? Eu sim. Matou, roubou, estuprou, crá -- castração química ou esterilização para você. Quem cometeu crime grave deveria ser proibido de passar seus genes adiante. "Visita conjugal", por sinal, é um absurdo. Na minha opinião, a única "visita conjugal" que detentos deveriam ter é quando se abaixam para pegar o sabonete.

E no entanto, não é assim que funciona. Aliás, os criminosos e psicopatas são premiados pelo sistema.

Não é segredo que algumas mulheres gostam de "bad boys" (já escrevi sobre isso) e algumas, mais extremas, gostam de psycho-killers.

Ted Bundy, serial killer que matou mais de vinte jovens mulheres nos anos 70, conseguiu ter uma "groupie" que o seguiu durante os julgamentos. Antes de ser executado, casou com ela e teve uma filha. Recentemente, Joran Van der Sloot, outro serial killer de mulheres, também teve um filho com uma admiradora de psicopatas.

Não tentemos entender o (muitas vezes ilógico) pensamento feminino. O fato é que crimimosos não deveriam ter o direito de propagar seus genes podres. Tais criminosos, na minha opinião, deveriam ter sido castrados com um facão cego no momento em que entraram na prisão.

Aliás, isso não é exclusivo dos psicopatas homens. Myra Hyndley, criminosa britânica que matou várias criancinhas, também teve um filho na prisão. Deveria ter tido as trompas ligadas.

A longo prazo, a execução de assassinos e a esterilização de todo tipo de criminoso (até mesmo do mais vulgar ladrão de galinhas) teria um efeito benéfico, tornando a sociedade menos violenta, premiando os bons e castigando os maus. Pena que nem todos pensem assim. Pena que, para a esquerda, o assassino é apenas um "coitadinho" que merece não só viver à custa do cidadão, como ainda ter filhos e que estes sejam, também, sustentados pelas suas vítimas.

Não sou muito religioso, mas, como no mundo em que vivemos os psicopatas e as pessoas más muitas vezes se dão melhor do que as pessoas inocentes e de bom coração, eu espero mesmo que exista um Inferno.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Nem esquerda, nem direita, ou: Blog do Mr Y

Algumas pessoas parece que não andam muito satisfeitas com o tom deste blog depois do retorno. Na verdade, eu também não estou muito satisfeito não. Mas o que poderia fazer? É fato que os posts estão escassos e de qualidade mais baixa do que no apogeu do blog, mas é que tenho menos tempo e paciência para dedicar a este espaço. Talvez deva mesmo deixar de escrever, é o que provavelmente farei um dia em breve. Um leitor disse assim:

esse blog já escreveu coisas interessantes. depois se tornou só um instrumento de queixas de quem não pega mulher, além de repercussão de racismo. agora tb é um veículo de propaganda da kgb. sinceramente, mister x, a erva q vc anda fumando aí nos states não é de boa procedência não. pare enqnto teu cérebro ainda consegue produzir asneiras, pq daqui a pouco nem isso vai poder mais


Bem, eu fiz críticas ao feminismo e à versão politicamente correta sobre raças, e é verdade que gosto de me queixar, então talvez isso seja em parte verdadeiro. Mas propaganda da KGB? Talvez o leitor se refira aos posts "a favor" do Putin, que não são a favor, mas apenas talvez menos críticos do que a maioria da mídia, mas, na verdade, na questão da Ucrânia tenho poucas informações para saber se sou contra ou a favor qualquer coisa. Sou contra a uma nova guerra mundial, isso sim, e parece-me que provocar demais os russos pode levar a isso.

Outro leitor disse assim:

Quem está ai, algum fã do Pink Floyd? O que fizeste com o o verdadeiro Mr.X? Veja como é a educação no Japão, giz e quadro negro continuam vigentes, enquanto isso na África e terceiro mundo, tablets e outras novidades, qual é, somos os mesmos de sempre, que conversa midiática é essa?

Bem, na adolescência eu costumava ser fã de Pink Floyd sim, mas isso passou. O post que fiz sobre educação foi, confesso, bem fraco, escrito meio que nas coxas. Na verdade falava de três coisas diferentes, a saber:

1) A memorização como método único de ensino. Aqui, cabe um esclarecimento: "decorar" não é ruim. Muita coisa se aprende mesmo na base da memorização apenas. A crítica que o Feynman fazia, e eu repeti, é que depois de memorizar deveria haver um segundo passo, da reflexão, do raciocínio e do pensamento criativo, e esse segundo passo raramente é seguido no Brasil. Por outro lado, li agora que o brasileiro que ganhou a medalha Fields completou a sua educação no Brasil mesmo, então algo devemos estar fazendo bem (Aliás, o matemático também é mestiço, o que discorda de certas teorias puristas raciais de alguns outros, ahem, leitores)

2) A idéia de que a educação seja por si só a solução para todos os problemas no Brasil. Acho que foi o Theodore Darlymple que falou uma vez que um dos problemas de alguns países seria ter uma população educada além da conta mas sem nada para fazer, pois não há empregos para todos por mais que tenham formação e interesse. Em alguns casos tais universitários sem emprego terminam virando revolucionários ou radicais marxistas. (A bem da verdade, alguns com emprego também).

3) A crítica à escola pública moderna em geral, não só no Brasil. Este talvez seja o ponto mais polêmico e que não foi muito bem elaborado. Porém, eu acho que a escola hoje em dia está mesmo meio superada. Não se trata de uma questão de tecnologia, como sugere o leitor. Ipads e notebooks na sala de aula são só distração, quando não coisa pior, além de um desperdício de dinheiro. Concordo com o leitor que giz, caneta e papel são mais do que suficientes. O que acho, no entanto, é que um garoto inteligente e motivado pode aprender mais por si só em casa do que em uma escola, enquanto que um aluno burro vai sair burro igual. A escola não realiza milagres e, hoje em dia, pode mesmo piorar alguns alunos. Eu tinha lido um texto bem interessante com algumas críticas ao modelo atual de educação, infelizmente perdi o link e não lembro mais o nome do autor, mas acredito que ele era mais a favor de home-schooling e de tutores do que de escola pública.

Fora isso, é verdade que este blog já foi mais tradicionalmente conservador, ou melhor, teve várias encarnações. Primeiro foi basicamente neocon, depois virou paleocon, depois fascinou-se com o mundo HBD e logo decepcionou-se também com eles por achá-los demasiado dogmáticos e até meio estúpidos; hoje, paradoxalmente, o blog está no meio do caminho entre o nada e a coisa nenhuma.

O que aconteceu foi o seguinte: eu acho que hoje não sou nem conservador nem liberal, e isso confunde um pouco as pessoas. Por um lado, tenho algumas ideias certamente mais próximas do conservadorismo, por outro lado, tampouco acho que os liberais estejam completamente errados em tudo, e se tivesse que escolher para morar entre uma cidadezinha conservadora do sul dos EUA e uma meca liberal como Portland, provavelmente escolheria Portland.

Acho que a maioria das pessoas, quando se trata de política, procura um blog com o qual possa concordar completamente (ou discordar completamente). Existem estudos que mostram que, para grande parte das pessoas, talvez a maioria, o pensamento político é mais parecido com a torcida para um time de futebol. É mais paixão e a idéia de fazer parte de um grupo do que ter pensamentos complexos. E, de fato, poucos podem ler ou entender Hobbes e Maquiavel. É mais fácil só fazer parte do time dos "conservadores" ou dos "liberais". Mas é uma falsa dicotomia; a realidade é bem mais complexa do que isso.

Isso tudo, é claro, não quer dizer que eu esteja correto nas minhas preferências e opiniões. E costumo até mudar de ideia frequentemente, e também dizer muita besteira. Enfim, não se preocupem, pois creio mesmo que em breve irei me aposentar, e desta vez definitivamente.