terça-feira, 8 de junho de 2010

Quilombos no lombo

Alguém me explica qual é a dos quilombos?

Nem me preocupa aqui a questão do estímulo à divisão racial, ou mesmo à questão da expropriação de terras perfeitamente legítimas em nome de origens quilombescas bastante duvidosas.

Mas parecem-me que são um pouco inúteis, porque não ajudam nem mesmo aos negros.

Observem: nos tais neo-quilombos, nenhum indivíduo tem a posse da terra: são comunidades forçadamente coletivas. A terra não pode ser negociada. O sujeito que quiser não pode nem vender seu terreninho. Ou fica, ou perde tudo. É claro que para alguns é uma vantagem, como diz este texto do Movimento de Mestiços-Pardos Brasileiros (é, existe isso) que luta contra a instalação de um quilombo em antigo parque natural na Amazônia:
A esperança em melhorar de vida, ter casas boas, energia e telefone estimularam a comunidade a se reconhecer como quilombola diante do governo. Mas, na região, volta e meia há quem se declare ‘carambola’ ou ‘calhambola’, por não estar familiarizado com o termo quilombola. Conforme informações do ICMBio, das 15 famílias da vila, pelo menos 10 estão envolvidas com tráfico de animais silvestres, e muitas já foram multadas.




Os quilombos não são auto-suficientes. A agricultura que produzem mal dá para o sustento. (Agricultura coletivista não-mecanizada não pode produzir muita coisa mesmo.) Grande parte dos seus habitantes termina mesmo é trabalhando de caseiros e faxineiras nas casas ricas da vizinhança, ou em outros subempregos para os ricos brancos. Não sou eu que digo, são os representantes dos quilombos mesmo.

O turismo poderia ser uma opção, afinal há gringos e europeus que adorariam visitar essa idiossincrassia local, mas, com com uma estimativa de antropólogos de 3.524 quilombos a serem criados, é quilombo demais para turista de menos.

Na prática, os quilombos poderão virar favelas rurais. Muitas favelas também foram construídas sobre terras originalmente "rurais" (a Rocinha chama-se assim porque antes era uma fazenda), e sem posse individual já que ninguém tem escritura. Mesmo assim as favelas têm algumas vantagens sobre o quilombo. Em reportagem, li que outro problema dos quilombos é o seguinte: à medida que seus habitantes se reproduzem e crescem, o terreno disponível para cada um diminui e as casas vão ficando cada vez mais próximas entre si. (Ao contrário das favelas, no quilombo a área é sempre a mesma.)

Qual a solução? Um dos grupos já sabe. Pedir mais terras ao governo para ampliar o quilombo. Descendente de descendente quilombola é quilombola também. E assim até termos o país inteiro dividido em zonas indígenas, zonas quilombolas, zonas do Messetê, e, se sobrar, um que outro trechinho de terra onde os malditos "ruralistas" poderão plantar batatas. Ou soja, sei lá.

Finalmente, não entendo a razão para os quilombos. Que os índios tenham reservas indígenas onde possam manter sua cultura, até poderia se entender (muito embora a maioria desses índios sejam mais aculturados do que eu). Mas os quilombos? Será que tem um único "carambola" legítimo, descendente de escravos fugidos que se manteve no mesmo lugar por gerações? Existe uma cultura quilombola que seja diferente da cultura afro-brasileira já presente por todo o país?  

Bem, talvez eles sejam mais felizes assim. Nada contra viver em comunidades rurais. Embora tampouco nada impeça que comprem terras e se associem em cooperativas, sem ter que eceber dinheiro do Estado ou chamar isso de "quilombo". E ainda que eu ache que os "afro-brasileiros" fariam melhor em ir para a escola, para a universidade e trabalhar. Afinal a escravidão já acabou, os quilombolas de hoje estão fugindo do quê?

Será que os lulistas querem repetir a experiência do Zimbabwe?

Por outro lado, se os amish podem, por que não os quilombolas? E, se existem regiões exclusivas para negros e índios, por que não áreas exclusivas para brancos? Na África do Sul, hoje há um quilombo de loiros. Talvez a moda pegue. 

Enfim, cada um na sua, e eu nada tenho com isso. Só observo que, em larga escala, todas essas tentativas de expropriar grandes porções do país para estabelecer terras coletivizadas com agricultura de subsistência para diversas comunidades étnicas, são uma receita infalível -- para o empobrecimento do Brasil.

Alguns quilombolas incrementam a renda na cidade.

Atualização: procurando informações, achei esta interessante entrevista com o cientista político Charles Murray, onde ele fala sobre as "cotas raciais" no Brasil, outra questão polêmica:
FOLHA - Debate-se no Brasil agora os prós e contras da ação afirmativa. Qual sua posição?

MURRAY - Primeiro, deixe-me dizer que não conheço nem estive no Brasil. Mas a reputação do país é a de que as relações entre pessoas de diferentes etnias sempre foi boa. Vocês se apresentam como um país que não é obcecado com a questão negros versus brancos, como são os EUA. Se isso é verdade, a ação afirmativa é a melhor maneira possível para destruir essa vantagem.

Se vocês querem garantir que os brasileiros comecem a se odiar, odiar talvez seja uma palavra muito forte, mas estranhar um ao outro como nunca antes aconteceu, criar divisões, então a melhor receita é implantar a ação afirmativa. Funciona maravilhosamente para criar ressentimento. Se você tenta ajudar os negros, os brancos vão dizer: "Espere, se eu tenho a mesma habilidade e um processo seletivo justo, porque alguém deve ter vantagem em relação a mim por conta da cor de sua pele?."

Ao mesmo tempo, prejudica as pessoas que estão supostamente sendo ajudadas, no caso os negros. Toda vez que eles vão trabalhar, por exemplo, todas as pessoas brancas daquele escritório presumirão que eles conseguiram o emprego porque são negros. A presunção é: provavelmente essa pessoa não é tão capaz quanto nós porque conseguiu esse emprego por ação afirmativa. É uma idéia terrível! Sei pouco sobre o Brasil, mas sei muito sobre os EUA e a ação afirmativa em outros países. Eu imploro aos brasileiros: não façam isso.
Murray também afirma que os judeus askenazi têm um QI médio mais alto (115) do que todos os outros grupos, o que não deixará de causar polêmica neste blog.

6 comentários:

Anônimo disse...

...e Woland, escreve: Estava quase indo embora. Arrumando as malas mas eis que surge algo que posso dizer mesmo não sendo um conhecedor do assunto. E nem precisa ser ! Mias um enrolation politico surge ! Generalizando: O Brasil está uma zona total ! Já sentiram que os desgovernos de esquerda vergam facilmente quando de frente a qualquer projeto socialóide ? E que a corrupção vem junto ? E aí, maquiavel tupiniquim baixa na cabeça dos populistas corruPTos e o povão, no geral, se phode. E boa parte da classe mérdia vai junto ! Assim, como o favela bairro, que só fez aumentar as favelas no Rio e muitos polititicos se elegerem( currais eleitorais só no nordeste ? cês estão por fora...), temos outros projetos mirabolantes e extremamente sociais ! Voltados para o povo ! Temos as reservas indígenas que tem indio branco, mulato já tem carteirinha de caiapó ou temiminó ! Negro da tribo tupinambá ! Todos vivendo numa boa, a mata sendo tolamente desmatada( é mêmo, é ?) para que o cineasta do Avatar venha, aqui, mostrar ao mundo como é que se vive. Engraçado... depois ele volta pros EUA... Por que não fica, Camarão ? É tão bão... Agora, os neo-quilombos ! Acho que vou prá lá... Tô rico em 2 anos ! Pensem nas oportunidades ! Pensem nas oportunidades ! É na Fordlandia ? Junto a Fundação Ford e suas ONGs ao projeto do Ka Energético Flex, fabricado num neo-quilombo, movido a guaraná em pó( êpa !) da amazônia... e caso uma entre safra aconteça, ele anda de açaí ! Tudo cantado pelo Djavan num comercial filmado pelo Nissan ! Quer dizer Nizan... E tamo ricos, moçada ! E tudo com apoio do BNDES ! Se o carro será um sapato, mero detalhe... E, eu, ministro do QuiMiFaS-RI do governo emPACotador de mentes dementes ! Os Quadragésimo-nono ministério da República ! QUIlombo MInistério, FAvelaS e Reservas Indígenas ! Esqueçam o Brasil primeiro mundo. Nunca ! Nunquinha...

Diogo disse...

É a volta ao tribalismo africano.Retrocesso total.

Harlock disse...

Salve.
Mesmo aqui no Rio de Janeiro estamos sendo assolados por essa praga...
O "quilombolismo" pretende fazer reconhecer como suas uma área em Copacabana, o dito "quilombo da Sacopã"... com promessa aos ocupantes "irregulares" (sabe, esse povinho que comprou terreno, construiu, tem escritura e paga IPTU, neh?) que sua situação será considerada... e outra na Zona Portuária, comendo boa parte dos terrenos do antigo Mosteiro de São Bento (habitual quartel de tropas regulares) e logo à vista do velho Arsenal da Marinha.
Como se em uma área de maciça presença militar desde o tempo dos vice-reis fosse se permitir acoito de negros fugidos...
Por ora essa pretenção toda ainda está na fase de enqrencas judiciais para os afetados e muita grana para as ONGs racialistas e seus eventos culturais... patrociados pelos governos e estatais de sempre.
Já no futuro, quem sabe?
Talvez o Comprexo do Alemão descubra sua ancestralidade quilombola e o Mika e o Pezão sejam legitimados como herdeiros do Zumbi.

Anônimo disse...

.. e Woland: Tem que ver o teleférico lá no comprexo ! Coisa de 1º mundo ! O elevador no Cantagalo ! O Lacerda perde ! Baianada sifú ! Invertemos as coisas. Rodoviária do Rio está linda mas o aeroporto do Galeão( Tom Jobim ? Só o Mala mesmo para esta homenagem ! Pegasse a rua Jardim Botânico e pronto ! Todo mundo feliz ! Populistas... )Harlock... as coisas estão esquisita por essas paragens... Mas não é só no Rio, não..

Eliane disse...

Oi, pessoal! Tá no hora de buscar mais informações, estão perdidos no tempo.Que tal estudar um pouco mais e buscar informações sustentáveis? Vocês tiveram toda a mordomia possível, por isso falam absurdos sobre os quilombos e açõões afirmativas. Já viajaram para os EUA? Por lá os negros tem dignidade, valeu a pena a luta. Aqui a amizade entre negros e brancos é só no boteco, passou disso,açoite!
Eliane

Anônimo disse...

Este blog é um lixo...