segunda-feira, 26 de abril de 2010

Praga americana

Os americanos, devo admitir, são um povo muito estranho. Em sua música pop, as cantoras referem-se a si mesmas todo o tempo como "bitches", os negros dirigem-se entre si como "nigga", e os palavrões voam a torto e a direito.

Mas eis que alguém fala alguma dessas palavras fora de contexto, e pronto, parece que o mundo caiu. Jamais vi um povo que se ofenda tão facilmente quanto o povo americano -- ou, ao menos, uma mídia que faça tanto escândalo por questões tão menores. Não esqueçamos que a praga do Politicamente Correto teve origem aqui.

No outro dia, um professor de Estudos Africanos quase foi linchado por chamar duas alunas (que chegaram atrasadas a uma conferência) de "black bitches". Bem, de acordo com a notícia, ele disse, "When you came in late, I thought, 'who are these black bitches?'"

Inadequado, com certeza, embora seja bastante óbvio que ele estava brincando. O professor, originário da África do Sul, provavelmente quis dar uma de "cool", imitando o dialeto dos African-Americans, e se deu mal. (Percebam ainda que, sendo ele também negro, ou ao menos mulato, não foi acusado de "racista", mas sim de "sexista", e não foi demitido, apenas repreendido.)

Meses antes, um outro professor (branco) não teve tanta sorte, e foi demitido no mesmo dia por referir-se a si mesmo como "nigger". A palavra, para quem não sabe, é proibida nos EUA, apesar de um clássico da literatura como "As Aventuras de Huckleberry Finn" estar repleto dela. (O que ainda hoje causa polêmica).

Não é apenas raça. Religião, sexo, preferência sexual ou nacionalidade, tudo virou motivo para declarar-se ofendido. Theodore Dalrymple observou como agora a palavra "mankind" está sendo reescrita em toda parte como "humankind", para não incomodar as pobres feministas. Igualmente, a cidade de Sacramento gastou milhares de dólares para mudar o nome dos "manholes" (bueiros) para "mainteinance holes", de modo a não ofender essas bitches.

(Nada disso é coincidência. É parte do plano de dominação globalista. É a mesma estratégia das ditaduras comunistas, como informa Dalrymple. Controle o discurso e você controlará as pessoas.)

Além disso, o caso é que ofender-se, nos EUA, às vezes paga muito bem. Há quem tenha ganho vários milhares de dólares em processos por "racismo", "machismo", "islamofobia", "antisemitismo", ou até "gordofobia". Eis aqui o caso de um@ transexual que está processando um Hospital Católico que recusou fazer uma operação de implante de seios. E por que procurou logo um hospital católico? "Sou católic@ desde criancinh@", afirma.

Talvez os advogados é que sejam a verdadeira praga americana. Eles, de fato, são os maiores beneficiários do "politicamente correto" e outros processos ridículos, como o famoso caso da mulher que se queimou com um copo de café e processou o McDonald's. Agora, para resguardar-se de processos, o McDonald's coloca avisos em seus copos de café informando que o conteúdo é quente, e quase todas as empresas são obrigadas a incluir longas mensagens ao fim de seus comerciais de televisão, indicando todos os efeitos colaterais do produto, ou avisando para não tentarem isso em casa. Certas lojas também já não perseguem os "shoplifters", pois temem processo dos criminosos por maus tratos. E eis aqui um imigrante ilegal que fez um processo por ter sido chamado de "criminoso", e ganhou.

No Brasil, que está seguindo os mesmos passos com suas leis raciais e politicamente corretas, logo vamos ter uma situação parecida. Chamou o amigo de "negão" ou "viado"? Processo! Epa, mas não foi o que quase aconteceu com um apresentador do CQC, por culpa de uma piadinha cretina colocada no twitter?

Qualquer dia, vão querer censurar até o grande Miles Davis, e mudar o título do seu disco.

8 comentários:

Henrique Lima disse...

Luiz Mott, chefe do mov. gay...destilou novas palavras, no Jô, que substituam as preconceituosas...

Como denegrir...

http://www.youtube.com/watch?v=T9TINOLHcOc&feature=related

Chesterton disse...

o problema não é dusamericanu, mas das esquerdas não marxistas, que se abichornaram quando viram que suas utopias eram sangrentas demais e eficientes de menos. Eles fazem beicinho.

Chesterton disse...

É interessante conhecer esse lado bairrista da Austrália...! Merece uma análise mais aprofundada...
(recebido por email, sem checar)

Está certo o governo da Australia!por isso é que la tudo funciona.
Kevin Rudd, Primer Ministro da Austrália


Aos muçulmanos que querem viver sob a lei Islâmica da Sharia foi dito, na terça feira passada, que providenciem para ir embora da Austrália, cujo governo pos em prática uma campanha contra os radicais, em um esforço para evitar potenciais ataques terroristas.
Rudd também despertou a fúria de alguns muçulmanos Australianos quando declarou que ele deu todo seu apoio às agências de contra inteligência australianas para que mantenham sob observação e vigilância as mesquitas existentes no País.
A seguir estão relatadas algumas de suas palavras:

"São os imigrantes, e não os Australianos, os que devem adaptar-se. É pegar ou largar. Estou farto de que esta Nação tenha que se preocupar em saber se estamos ofendendo outras culturas ou outros indivíduos. Desde os ataques terroristas em Bali, está havendo um aumento de patriotismo na maioria dos Australianos".
"Nossa cultura foi se desenvolvendo ao longo de dois séculos de lutas, de atribulações e de vitórias por parte de milhões de homens e mulheres que buscavam a liberdade".
"Aqui falamos principalmente Inglês, não libanês, ou árabe, chinês, espanhol, japonês, russo ou qualquer outro idioma. De modo que, se você quer participar de nossa sociedade, aprenda nosso idioma".
"A maioria dos Australianos crê em Deus. Esta não é uma posição cristã, politica ou da extrema direita. Este é um fato, porque homens e mulheres cristãos, de princípios cristãos, fundaram esta Nação. Isto é historicamente comprovável. E é sem dúvida apropriado que isto apareça nas paredes de nossas escolas. Se Deus ofende você, sugiro que você resolva viver em outra parte do mundo, porque aqui Deus é parte de nossa cultura".
"Nós aceitamos tuas crenças, e sem perguntar porque. Tudo o que pedimos é que você aceite as nossas, e viva em harmonia, e desfrute em paz conosco".
"Este é nosso País, é nossa Pátria, e estes são os nossos hábitos e nosso estilo de vida, e permitiremos que vocês desfrutem do que é nosso, mas isto quando pararem de se queixar, de choramingar e de protestar contra nossa bandeira, contra nossa língua, contra nosso compromisso nacionalista, contra nossas crenças cristãs ou contra nosso estilo de vida.
Convidamos você a tirar proveito de outra de nossas grandes liberdades Australianas, que é "O DIREITO DE IR EMBORA". Se você não está contente aqui, então VÁ EMBORA. Não fomos nós a obrigar você a vir aqui; foi você que pediu para emigrar para cá. De modo que está na hora de aceitar o País que acolheu você".

Quem sabe se, enviando este texto de uns para os outros entre nós, chegaremos a encontrar a coragem para começar a dizer as mesmas verdades.

Mr X disse...

O texto é um hoax, quer dizer, não foi dito pelo Kevin Rudd, que é do Labour (esquerda de lá), e portanto quer trazer mais muçulmanos. Mas que eles têm problemas lá com muçulmanos, têm também, faz alguns anos lembro que houve uma pancadaria em Sydney.

Aqui nos EUA, a palavra de moda é "undocumented". Não existe mais imigrante ilegal. Todos têm direito a educação, saúde e roupa lavada, mesmo que não sejam cidadãos. Afinal, são apenas "indocumentados", e os que os atacam sofrem de "indocumentofobia".

Sabe o que eu acho? Tudo isto vai acabar em guerra um dia.

Chesterton disse...

certamente estão brincando com fogo. qyuem paga a conta reclama mais dia menos dia.

Anônimo disse...

... e Woland, escreve: Algo me incomodou neste texto seu, caro mister X, pois sou um "torcedor" das coisas norte americanas. Veja bem, apesar dos pesares, todos os países têm lá os seus problemas, seus hipócritas e demagogos ! Óbvio que o Paraguai aparece muito menos na mídia que os E.U.A. e tudo que lá fazem, no gigante do norte, caem de pau neles ! Mas se olharmos para o nosso umbigo... Moro no Rio de Janeiro. Me chamou a atenção, num sinal em Copacabana, certa vez, um turista americano e um morador do bairro parados na calçada, do outro lado da rua esperando o sinal fechar para então atravessá-la. O turista americano, com camisa azul marinho, dos Yankees, tenis impecáveis, brancos. Nike ! Meias até os tornozelos. Uma bermuda linda de cor caqui. Um gigante e bem nutrido norte-americano turistiando para comer as "nossas" bitches( ou seriam "prostitutes "? Tem piranha e prostituta, não ? Não só o homem gosta de sexo... ) ! Do lado dele, um sujeito de bermuda esfarrapada, sandálias havaianas velhas e camiseta puída com marca de seiláoquê !, acho que de casa de material de construção... ou de escola de samba... AMBOS NEGROS ! Isso é o que importa. Eles, apesar de todo o polititicamente correto e do eterno racismo americano, estão crescendo com sociedade. Nós, paramos e continuamos insistindo no panis et circenses ! Enganação pura e os barracos construídos sobre lixões ! Educação cocô ! Como voce trata os seus amigos mais íntimos tipo " Pô, mermão, tu é um viado mesmo... disse que iria aparecer na festa e não apareceu..." e um fictício policial no interior de Goiás ou Acre... Ou no Pará: " Prende esse viado ! Tú és viado ! Diz ! Repete ou leva porrada, " eu sou viado !" prá todo mundo ouvir ! E depois mostra a bundinha..." E o rapaz que é homossexual mesmo acaba humilhado... Vai um baita diferença ! Aí, eu apóio medidas contra a 2ªhipótese. Não é ser politicamente correto ou incorreto. " Vamos acabar com ela dilma vez !" Bem politicamente incorreto. E eu não vou acabar co a cãodidata do lullalá.... só quero o Serra( o mais "direita" que o país, infelizmente, pode proporcionar) no planalto e ela não é um a cachorra... só um brincadeira com a palavra "candidata". Ela é ex-guerrilheira e comunista. Cruzes credo ! Sobre Miles Davis. O que ele quis dizer no disco dele é necessário investigar. Acho que algo sobre "putas fabricadas"... Me parece que é um cenário na capa do disco é de escravidão e muitas negras serviram para prostituição forçada... Outras se prostituíram mesmo até para ganhar espaço e uma certa liberdade. Crescer o "status" dentro de uma sociedade apmplamente repressora. E "piranhas" existem em todo lugar e em qualquer tempo na história da Humanidade... Cleopatra... Mas isso não vem ao caso. Bom, os coreanos "amam" os japoneses até hoje pelo que estes fizeram as mulheres, mães, tias e irmãs daqueles na WWW2... Voce entende de arte, mister X ?

Érick Delemon disse...

Mr. X., tu sabe que acabou de ferrar o Miles Davis né?

Tu não brinca com isso que de brincadeira passa a realidade, basta um advogado querer...

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=9Ifgj8WXp8w&feature=PlayList&p=A50EB76933CDF78A