sábado, 4 de julho de 2009

4 de Julho: EUA na encruzilhada

Um estranho 4 de julho, hoje. Uma América dividida: Obama ainda tem bastante apoio popular, mas o número dos que se desapontam não pára de aumentar. Tem a ver, provavelmente, menos com a política externa covarde (que se recusa até a apoiar sanções ao Irã) e mais com a economia: desemprego em 10%, crise na bolsa, previsões de queda do dólar, trilhões em dívida. E qual a solução de Obama? Aumentar impostos e gastar ainda mais trilhões em um impopular sistema de saúde pública. Curiosamente, o presidente socialista vai passar o 4 de julho na Rússia, provavelmente em busca de inspiração. É a América rumo ao sovietismo, e à conseqüente ruína. Ou, como diz a piadinha que coloquei lá abaixo:

Recession is when your neighbour loses his job.
Depression is when you lose your job.
Recovery is when Obama loses his job.

Do outro lado, estão em aumento movimentos populares contra o gasto público como as Tea Parties, mas sem qualquer líder reconhecível. De fato, os maiores críticos de Obama, até agora, foram o radialista Rush Limbaugh e o ex-vice Dick Cheney, que não são exatamente as figuras centrais do Partido Republicano. Sarah Palin, que surpreendeu ontem com sua renúncia ao governo do Alasca, promete concorrer em 2012, e talvez se una às vozes discordantes. Mas por ora os Republicanos andam mais perdidos que cego em tiroteio, sem força e sem voz.

De qualquer modo, é possível que os EUA estejam mudando, quer dizer, tenham já mudado. Obama não é causa, é sintoma. O fato de que ele tenha sido eleito mostra que a população americana mudou, que não é mais um país de maioria conservadora mas sim progressista. Vejam por exemplo esta nota sobre uma escola privada, das mais caras da Califórnia, em que os alunos decoram murais com símbolos comunistas e com a folha da marihuana. O que estão ensinando a essas crianças?

Não apenas isso, como também demograficamente os EUA estão mudando radicalmente, como mostra o mapa interativo aqui.

Some-se a isso uma crise econômica mundial, um panorama externo ameaçador (Kim Jong Il promete trazer seus próprios fogos de artifício para o 4 de julho), e um momento de transformação mundial, em modos que sequer conseguimos compreender agora, e tem-se uma situação bem preocupante. O que acontecerá?

United we stand, divided we fall.

2 comentários:

chesterton disse...

4 de julho, o presidente está na russia?

Mr X disse...

Em Moscou.

Gostou das trigêmeas?