sábado, 16 de janeiro de 2010

Rezem pelo Haiti, chorem pelo Haiti

Por pior que esteja o Brasil, ainda não se encontra na calamitosa situação do Haiti.

Por que as desgraças ocorrem aos mais miseráveis?

Bem, nem tudo é coincidência. O Haiti não é apenas o país mais pobre do hemisfério ocidental, como também o com maior densidade populacional. São dez milhões de pessoas em metade de uma ilha. Sem falar que a construção civil haitiana não é sinônimo de qualidade. Isso explica um pouco a magnitude do desastre.

Terremotos de magnitude similar ocorreram no Japão com número muito reduzido de mortes, e sem o caos que se vê hoje no Haiti.

Porém, a polêmica da semana por aqui foi mesmo a afirmação do pastor Pat Robertson de que as desgraças do Haiti ao longo de duzentos anos seriam resultado de um pacto com o Demônio. (Já o cônsul do Haiti em São Paulo falou que a culpa seria da macumba africana mesmo.)

Na verdade, o que ocorreu no Haiti não foi um pacto com o Diabo, nem macumba, mas sim um cerimônia vodu. Da famigerada Wikipedia:

A man named Boukman, another houngan, organized on August 14, 1791, a meeting with the slaves in the mountains of the North. This meeting took the form of a Voodoo ceremony in the Bois Caiman in the northern mountains of the island. It was raining and the sky was raging with clouds; the slaves then started confessing their resentment of their condition. A woman started dancing languorously in the crowd, taken by the spirits of the loas. With a knife in her hand, she cut the throat of a pig and distributed the blood to all the participants of the meeting who swore to kill all the whites on the island. On August 22, 1791, the blacks of the North entered into a rebellion, killing all the whites they met and setting the plantations of the colony on fire.

Do outro lado, há quem diga que a culpa pelo terremoto é do capitalismo (modalidade econômica que me parece quase desconhecida nesse país, já que seu PIB anual total é menor do que a verba à disposição para falcatruas só no Senado Brasileiro). Ou então do aquecimento global: para o ator Danny Glover, a Mãe Terra ficou brava com o fracasso das negociações em Copenhague, e por isso decidiu destruir um dos países mais pobres do planeta (Bizarra escolha.). Já um blogueiro de esquerda cujo link não consigo agora encontrar afirmou que o terremoto não foi um desastre natural, mas foi "artificialmente gerado pelos países ricos para sacanear o Haiti e roubar suas riquezas naturais." (Quais riquezas? Os habitantes depenaram até a floresta por lá, só restou 2%).

Bem. Não é momento de falar em política ou religião, mas sim de tentar ajudar essas pobres pessoas que lá estão. Rezemos pelo Haiti, oremos pelo Haiti. Quem puder, que envie ajuda.

Lamentavelmente, a maior tragédia do Haiti não é que o terremoto tenha destruído a infraestrutura do país, mas sim que não havia infraestrutura alguma para começar. O país é pouco mais do que uma favela gigante.

40 comentários:

Anônimo disse...

"and setting the plantations of the colony on fire"

muita esperteza...

Mr X disse...

É um pouco contraproducente, é verdade.

Bem, parece que os haitianos hoje também andaram recusando comida da ONU por estar com o prazo de validade vencido. E alguns políticos não querem que o exército dos EUA entregue a comida diretamente, por isso perdendo preciosas horas...


Sobre a cerimônia vodu, aqui tem um comentário que achei interessante:

http://www.ghostofaflea.com/archives/013479.html

Mr X disse...

Uma coisa bizarra é que, apesar de ser o único país em que houve uma revolução bem-sucedida de escravos, hoje devido à pobreza o país tem crianças escravas:

http://www.youtube.com/watch?v=jhdttD70GEw&feature=related

Mr X disse...

vídeo impressionante:

http://www.youtube.com/watch?v=M4P0bSRPEbE&feature=related

Pacto com o diabo ou não, é um país em que se pode conseguir uma criança escrava em menos de dez horas, por quase nada.

Anônimo disse...

Se Zumbi e os seus não fossem oportunamente transformados em carne apodrecida, essa sua postagem não existiria.

Mr X disse...

Não entendi o comentário, anônimo.

Anônimo disse...

Viva a pequena propriedade rural e a agricultura tradicional: http://arquivoetc.blogspot.com/2010/01/vinicius-torres-freire-haiti-em-ruinas.html

Anônimo disse...

Se Zumbi e os seus vencessem, você jamais poderia dizer: "Por pior que esteja o Brasil, ainda não se encontra na calamitosa situação do Haiti."

Mas veja só:

http://arquivoetc.blogspot.com/2010/01/vinicius-torres-freire-como-se-faz-um.html

Um Haiti se faz porque "os haitianos foram vítimas de golpes patrocinados por comerciantes europeus e americanos, que bancavam o aventureiro político da ocasião a fim de ganhar uns trocados. Invasões americanas também foram normais na região." Mas logo em seguida se diz: "O Haiti foi ocupado pelos Estados Unidos de 1915 a 1934, que tomaram conta das finanças do país até 1941. Mas esse foi um período de rara estabilidade no Haiti. Os americanos fizeram obras de infraestrutura e puseram ordem na economia." Esquerdista é um bicho q não faz muito sentido...

MariEdy disse...

Podem me chamar de quadrada, mas, pelo que eu vejo, quando um povo resolve se cristianizar, as coisas começam a progredir. Por outro lado, quando resolvem voltar para os tempos da Pacha Mama, ou para crença nenhuma, as coisas desandam que é uma beleza. A declaração do Danny Glover foi de uma patetice sem fim. Eita cara bobo!

RW in Miami disse...

Estive no Haiti ha uns 6 meses, e perto daquilo a Rocinha e' um paraiso ! Agora depois do terremoto mal posso imaginar o que sobrou.... :(

Henrique Lima disse...

Didi, acho que tbm sou quadrado...rsrsrsrs. Já vi chinês dizendo a mesma coisa.

Essa é uma perginta para Mr. X.

Será o cristianismo a religião que mais se adequa a democracia/ capitalismo?

Fernando disse...

Infelizmente vivemos num mundo estranho onde os povos não são largados a própria sorte, mas incentivados a ficar eternamente no mesmo ciclo.

Nada de controle de natalidade, nada de gerenciamento, nada de trabalho, mas comida suficiente, para que se perpetuem a desgraça.

A desgraça do Haiti não é a religião, mas o modelo de sociedade, que eles mesmos escolheram.

A vontade de mudar, de transformar, de progredir move uns poucos, que libertos fazem a diferença. Sociedades, que matam esse indivíduo acabam desse jeito; todos na miséria e no assistencialismo.

A situação do Haiti é tão bizarra, que o mundo vai ter o direito de enterrar milhões de dolares lá, mas não vai poder colocar ordem na casa, por que isso vai ser interferir na sociedade, oprimir os coitadinhos, saquear riquezas e etc.

Daqui a pouco vão começar a pipocar acusações, que os EUA vão colocar US$ 100 milhões lá por algum objetivo escuso.

Anônimo disse...

"Podem me chamar de quadrada, mas, pelo que eu vejo, quando um povo resolve se cristianizar, as coisas começam a progredir."
Engraçado, o Japão só começou a progredir depois que matou os missisonários europeus, os japoneses convertidos ao cristianismo e proibiu o proselitismo cristão, evitando se tornar uma colônia portuguesa, ou ser divido em pedaços como a China, onde os missionários cristãos atuavam.
Os Tigres Asiáticos vivem "muito bem, obrigado" sem o Cristianismo.
A Rússia só se industrializou depois de acabar com a opressão comandada pela Igreja Ortodoxa, só conseguiu alfabetizar o Povo quando proibiu a Igreja de continuar espalhando suas horríveis superstições.
Os estados americanos mais "religiosos" são também os mais pobres, atrasados e racistas.
Marx provou que "É este o fundamento da crítica irreligiosa: o homem faz a religião, a religião não faz o homem (...) A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo."
Tiago

Chesterton disse...

o capitalismo, fruto da civilização ocidental, herdeira das tradições judeo-greco-romana-cristãs, pode ser adotado por qualquer cultura.
O Japão fez a sua revolução industrial imitando os ocidentais, expulsos assim que não mais necessários.
Que o terremoto seja uma chance de recomeço, mais forte que a tragédia em si.
Expulsem a ONU, tornem o Haiti protetorado norte-americano (dá-lhe, Obama), instale umas quantas fábricas de sapatos e camisetas de malha por lá (com salários baixos, é óbvio), que os haitianos já lucram 1.000%.
Ah, lei marcial por 3 anos para começar.

Chesterton disse...

By Mona Charen
As I write, the aircraft carrier USS Carl Vinson and half a dozen other U.S. Navy ships are steaming toward Haiti. They will join some 900 soldiers from the 82nd Airborne Division in providing emergency aid. Twenty-two hundred Marines will also be on hand.
We don’t maintain the world’s largest military to provide humanitarian relief. But those who disdain our military power may want to say a private prayer of thanksgiving that we make the sacrifices to maintain it — if only because in cases such as this, there is no substitute for a military response. After the 2004 tsunami, when ports and roads were destroyed, the U.S. deployed 15,000 troops, a carrier task force, and a Marine expeditionary force. This flotilla supervised the delivery of tents, water, food, medicine, and other supplies to Indonesia and Thailand before any other aid could arrive. The chief of naval operations at the time, Adm. Mike Mullen, noted with justifiable pride: “We literally built a city at sea for no other purpose than to serve the needs of other people.”
The following year, the U.S. military deployed similar aid to Pakistan after an earthquake, to Bangladesh following a cyclone, and to the Gulf coast after Katrina. While we shouldn’t necessarily expect gratitude, we can, Michelle Obama notwithstanding, feel proud of our country.

chest- que que algum comunista fez nessas ocasiões?

DD disse...

Acho que talvez seja uma boa oportunidade para o Haiti pensar em outro modelo civilizacional, já que o que se vem adotando por lá não deu certo. Quem sabe eles consigam buscar inspiração em Cingapura ou em outras experiências asiáticas bem-sucedidas, por exemplo?

Chesterton disse...

Tambem acho, haitianos não tem problema nenhum, quando saem do Haiti tem vida normal. O problema está lá, na falta de organização e excesso de tribalização.
Pena que os EUA não tenham mais saco para adotar o Haiti como colônia.
A alternativa mais provável é que virará um festival de ONGs inuteis e ineficazes.

DD disse...

Mr. X, Chest e todos os leitores:

Eu sempre comprei, sem muito questionar, essa teoria de que o mundo liberal é um herdeiro direto da tradição greco-romana-judaico-cristã. Entretanto, peguei-me um dia pensando no seguinte:

A Grécia era liberal? Roma era liberal? O Israel bíblico era liberal? A Igreja era liberal? Como a resposta a todas essas questões é um sonoro "não", ocorreram-me três hipóteses:

a. O mundo liberal é fruto de uma abstração dessas quatro tradições, e não a sua transposição direta (que seria Bizâncio);

b. O mundo liberal é fruto do atrito entre essas quatro tradições, uma solução encontrada para fazer cessar os conflitos que se acirraram a partir do final da Idade Média;

c. O mundo liberal é uma invenção europeia tardia, sobretudo anglo-saxônica, que retira alguns princípios dessas quatro tradições, mas rejeita outros.

Como não tive tempo de aprofundar-me no tema, ainda não pude decidir-me. Talvez isso renda um post e uma boa discussão. O que acham?

Chesterton disse...

ninguem foi liberal nos termos modernos, mas as origens estão lá. A civilização ocidental, a revolução industrial são excepcionalidades ocidentais. Eu gosto desse autor

http://www.victorhanson.com/

DD disse...

Chest:

Todas essas tradições pressupõem o reconhecimento de um bem objetivo, de uma moralidade que é vivenciada de modo compartilhado, ainda que todas elas nos alertem para a distância que pode existir, no plano individual, entre a aparência e a essência (e nisso, o cristianismo é mesmo o campeão).

Isso não tem nada a ver com "deixar cada um no seu canto". Só se deixa cada um no seu canto quando se está em dúvida quanto ao que é certo. Só é possível aferrar-se a uma ideia de contrato quando a ideia de estatuto naufragou totalmente. E todas essas sociedades eram regidas pelo estatuto, e não pelo contrato.

Nem mesmo o crescimento de horrores como o marxismo seria compreensível se o mundo liberal não fosse um mundo de pessoas perplexas e isoladas, famintas por qualquer migalha de objetividade.

Chesterton disse...

Sinceramente DD, não entendi absolutamente nada do que você disse.

Y’know, in reality—as in a blistering, natural disaster reality—one always finds that it is America that rocks the hardest in regard to real relief. We blow away other nations. Yep, whether it is a tsunami or an earthquake, you can count on evil, mean, nasty, bigoted, murderous, Christian American men and women to be the first responders to offer no-BS help in time of need.

Chesterton disse...

It’ll be interesting to see how many (and at what level) Muslim organizations and nations, atheist organizations, Code Pink, PETA punks, Chavez and Castro, GLSEN, euro-socialist dillweeds, Green Peace, and Avatar’s woodsy blue people pony up and help the Haitians through their hellish nightmare. I wonder if they’ll even come close to our American Judeo-Christian largesse?


chest- chega a ser chata a verdade dos fatos.

Anônimo disse...

O liberalismo é uma heresia, reiteradas vezes condenada pelos papas. O mundo liberal é produto da maçonaria e do subjetivismo protestante.

Chesterton disse...

The Navy is going to try to get the wrecked seaport in Haiti's capital up and running. A Navy commander says the salvage ship Grasp is en route to Port-au-Prince with divers and underwater construction personnel to assess the damage to piers and other port facilities. Rear Admiral Victor G. Guillory said Saturday the Navy will help build temporary piers and other facilities. Guillory is Navy commander for the U.S. Southern Command. For now, the Navy is moving supplies from the aircraft carrier USS Carl Vinson, and sailors are helping to move supplies from Haiti's airport to distribution centers, Guillory said. Denis McDonough of the National Security Council says the destroyed port makes it harder to distribute aid.


chest- ah, o Amorim quer o comando.

Mr X disse...

Tambem acho, haitianos não tem problema nenhum, quando saem do Haiti tem vida normal.

Justamente: quando saem. O problema também é que as pessoas mais inteligentes ou educadas do Haiti vão embora assim que podem. Quem ficaria nesse inferno? Assim, ficam só os mais estúpidos ou ignorantes, e o ciclo se perpetua.

A vontade de mudar, de transformar, de progredir move uns poucos, que libertos fazem a diferença. Sociedades, que matam esse indivíduo acabam desse jeito; todos na miséria e no assistencialismo.

O welfare mata as sociedades, seja no Haiti, seja nos EUA. E a ONU e ONGs, todos esses assistencialismos de araque que exploram a miséria não funcionam. Li recentemente que há mais de 10.000 ONGs no Haiti (isso antes do terremoto), uma para cada 800 habitantes. Adianta algo?

Daqui a pouco vão começar a pipocar acusações, que os EUA vão colocar US$ 100 milhões lá por algum objetivo escuso.

começaram, meu caro... Aliás a comida está demorando a ser levada às pessoas que precisam, porque a ONU não quer que o malvado exército americano (que tem os meios) faça a entrega...

Henrique Lima disse...

Um site para as Ti@g@s:

http://www.vermelho.org.br/blogs/outroladodanoticia/

Chesterton disse...

Existe no entanto tese ainda mais insólita que a dos pastores evangélicos americanos ou a dos taxistas paulistanos. Na Folha de São Paulo de ontem, em artigo intitulado "O Haiti já estava de joelhos; agora, está prostrado", Omar Ribeiro Thomaz, antropólogo e professor da Unicamp, culpava pelo terremoto não Deus nem o ser humano. Mas especificamente... o homem branco:

“Diante da fúria da natureza não cabe outro sentimento que o de uma frustração que deita raízes numa história profunda e que subitamente pode ganhar cor: o mundo dos brancos nos destruiu; o mundo dos brancos diz que quer fazer alguma coisa, mas o que faz, além de nutrir seus telejornais com fotos miseráveis que só fazem alimentar a satisfação autocentrada dos países ditos ocidentais?”

A deduzir-se do artigo do antropólogo, os contingentes brancos que estão chegando ao Haiti para tentar salvar os sobreviventes do desastre, as somas milionárias que o Ocidente está despendendo para reerguer o Haiti, tudo isto não passa de “mauvaise conscience” do homem branco ocidental.

Essa agora! Fui responsável pelo terremoto e não sabia. Fomos nós, homens brancos, quem acionamos placas tectônicas subterrâneas para exercer nosso racismo e ódio contra os haitianos. Ainda bem que existem a Folha e a Unicamp para esclarecer-nos sobre nossas ações deletérias contra a saúde do planeta. Desculpem-me os leitores minha mão pesada. Se, em meio a tantos negros, matei alguns branquelas.

Danos colaterais.

- Enviado por Janer

Gerson B disse...

De http://observatoriodepiratininga.blogspot.com/2010/01/o-caso-battisti-e-revolucao-haitiana.html

Uma reflexão interessante sobre o Haiti:
"Pouco sei sobre a história do Haiti, mas arrisco dizer que entre os motivos de o país ter se tornado desde sempre um emblema dantesco de horror e miséria talvez encontre, entre seus principais fatores, precisamente isso: uma revolta de escravos que, ao libertar a nação do colonialismo francês, fê-la regredir ao tribalismo africano, do qual acabou resgatada somente por ditaduras como as de François Duvalier e Jean Bertrand Aristide. Se o discurso da esquerda pretende fazer do Haiti um novo mito, à moda do quilombo de Palmares, é dever da direita evitá-lo e já ir cortando o mal pela raiz."

Gerson B disse...

E na minha opinião o grande barato que levou ao progresso do Ocidente veio basicamente da Grécia, em parte através do cristianismo.

Cfe disse...

"Só se deixa cada um no seu canto quando se está em dúvida quanto ao que é certo."

DD,

Concordo inteiramente. Tb tenho pensado no assunto e tenho conferido que o liberalismo puro é, em ultima instância, autofágico.

Contudo o liberalismo assente no ideal conservador, tende a perpretar-se.

(Claro que para isso temos de considerar o conservadorismo como parte do liberalismo e não uma corrente independente.)

Anônimo disse...

http://blog.estadao.com.br/blog/chacra?title=a_patricinha_haitiana_que_sobreviveu_ao&more=1&c=1&tb=1&pb=1

patricinha, todo mundo sabe, é um modo pejorativo de se referir a alguém. o repórter do estado tem tanta empatia pela classe média que aproveita a miséria da "patricinha haitiana" para tirar uma onda.

DD disse...

Gente:

Eu apenas quis colocar a seguinte questão: como é possível que o mundo liberal surja de coisas tão diferentes dele?

Eu não tenho uma resposta.

Chest:

Você se esquece de que todo esquerdista é maquiavélico. E, para os maquiavélicos, não existe acaso. Para essa gente, todo e qualquer acontecimento é passível de uso político, todo e qualquer acontecimento tem causas políticas.

Henrique Lima disse...

O vídeo é intitulado: "Fernanda Montenegro ANTI-PATRIOTA"...Mas, se fosse o Haiti uma colônia dos EUA, não estariam melhor?

http://www.youtube.com/watch?v=K0lrArSZ8lE

Fernando disse...

"O Estado de direito é uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual cada um é submetido ao respeito do direito, do simples indivíduo até a potência pública. O Estado de direito é assim ligado ao respeito da hierarquia das normas, da separação dos poderes e dos direitos fundamentais."

Quando olho países como o Haiti, não deixo de pensar na culpa de seus habitantes e nas escolhas fáceis que fizeram.

O Haiti foi o primeiro país das Américas em renda per capita, quando colonia francesa e produzia cana de açucar, cacau e café.

Primeiro país das Américas a acabar com a escravidão branca.

Primeiro a conhecer a escravidão negra; Jean-Jacques Dessalines primeiro imperador haitiano "tentou restabelecer a economia das plantações mediante um sistema de trabalho forçado."

**** REPUBLICA DOMINICANA ****
area 48.442 km2
população 8,5 milhões
idh 94
renda per capita us$ 1800,00
analfabetos 16,2%
abaixo da linha de pobreza 42,2%

**** HAITI ****
area 48.442 km2
população 8,5 milhões
idh 153
renda per capita us$ 600,00
analfabetos 47,1%
abaixo da linha de pobreza 80%

O Haiti, se libertou da escravidão branca, tentou duas vezes tomar o país vizinho, conheceu a escravidão negra, foi de ditador em ditador, de expropriação em expropriação, até acabar desse jeito.

O problema do Haiti não foi o terremoto, o tremor só evidenciou a miséria e a falta de direção. Estão assim hoje, caminhando de braços abertos à um futuro igualmente ruim.

O haiti se perdeu, se devorou, se aniquilou.

Klauss disse...

Teve um anônimo que falou que o Papa condenou algumas vezes o liberalismo. Não confunda o liberalismo espanhol (uma contra-cultura de origem revolucionária), com o liberalismo econômico clássico, que nada mais é que uma forma de organizar a economia através de métodos administrativos que o ajudam a aumentar a prosperidade - esse sistema, sim, só funciona quando apoiado na ética que nasce da moral judaico-cristã. Dentro de uma sociedade "amoral", vira essa estrovenga que virou na mão das grandes fortunas globalistas.

A Didi Iashin, Chesterton, DD, Henrique e Mr. X que comentaram sobre o vodu, não digo que, como o pastor Robertson disse, o terremoto tenha acontecido como castigo do ritual descrito. Mas desmentindo esse relativismo cultural, e rastreando os motivos pela escassez de recursos da região, acho que alguma coisa faz sentido sim. Seguindo o raciocínio do Júlio Severo http://juliosevero.blogspot.com/2010/01/sera-necessario-um-terremoto.html
o Vodu, ou essas religiões africanas de forma geral, não se orientam por uma hierarquia moral. Portanto é uma cultura de tribalização, o que se confirma nos comentários aqui do X - geram a escravidão de crianças (que servem aos rituais) - e impedem toda e qualquer forma de desenvolvimento econômico-social-cultural.

Faz todo sentido!

Fernando disse...

O PSTU pede o FIM do envio de tropas ao Haiti; eles querem o que ? Que se jogue uma bomba de avião ? PQP

Os caras estão acusando os marines de invadir o país, de não aceitarem ordens dos comandantes brasileiros, de tomarem o controle do aeroporto pra si e etc.

Acrescentam, que o Haiti chegou onde chegou, por causa do capitalismo. Caracas!

Ô capitalismo filho da puta. Num quero essa porcaria aqui não...

Com tiago, UNE, PSTU e Conlutas etamos salvos.

Fernando disse...

*** Os EUA invadiram o Haiti após explora-lo ***

O PSTU informa que após explorar nossos irmãos haitianos, para ter produtos textéis baratos, o imperialismo americano decidiu invadir o país de vez.

Das duas uma: ou escrevem para idiotas ou são eles mesmos boçais.

Os EUA precisam REALMENTE de uma turba de miserávies batendo à sua porta, apenas para comprar textéis mais barato do que da China ?

MariEdy disse...

Eita enfermagem de m$#@@a!!!
Eles esquecem de dar os remédios para o pessoal do pstu e começa a sair essas insanidades ... Esses carasparecem tomados por espíritos retardados ...

Chesterton disse...

Acrescentam, que o Haiti chegou onde chegou, por causa do capitalismo.

chest- isso é que é perder completamente a noção da realidade.

Henrique Lima disse...

http://pensadoresbrasileiros.blogspot.com/search?q=chin%C3%AAs