quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A América pós-pós-racial

Atualização: o novo racismo é o anti-racismo. Qualquer branquelo que criticar Obama ou qualquer um de seus planos pela razão que for, é automaticamente tachado de "racista". Depois da articulista do NYT Maureen Dowd, o último a tentar esse truque agora foi o Jimmy Carter. Quer dizer: ninguém mais pode ser contra Obama. Mas o truque dos democratas vai falhar, pois só vai gerar uma irritação cada vez maior. E, um dia, ninguém mais vai se importar em ser chamado de "racista". Como a palavra "fascista", também abastardada pela esquerda, vai passar a não significar mais nada.


Havia esperanças que os EUA entrassem em uma era "pós-racial" após a eleição de Obama, o primeiro presidente mulato negro do país (não existe esse negócio de "mulato" nos EUA).

Porém, parece que é o contrário, os ânimos acirram-se cada vez mais. Infelizmente, foi o próprio Obama quem ajudou a criar essa atitude negativa, como bem explica Thomas Sowell. Em diversas ocasiões, como a prisão de seu amigo Gates, o caso dos "Black Panthers" que atacaram eleitores e não foram presos, ou a escolha de certos assessores, Obama lembrou mais o discípulo do Pastor Wright do que o elegante candidato pós-racial.

Se é verdade que há brancos racistas, não é menos verdade que há negros e hispânicos racistas, que pregam até mesmo a violência, a supremacia e o genocídio.

Sim, nessa salada entram também os hispânicos. Enquanto pode-se argumentar que os negros afro-americanos, por terem sofrido o horror da escravidão e serem de fato parte da longa história dos EUA, teriam direito a projetos de ação afirmativa (ainda que isso seja discutível), não se entende porque os latinos, que chegaram muito mais recentemente e jamais foram escravizados, deveriam ter também o direito a se beneficiar de cotas para minorias. Qual a justificativa? Até porque, do jeito que vai, logo serão uma maioria em vez de minoria.

Como já observei em outro post, negros e hispânicos lutam - não só pelos benefícios às minorias que numa crise encolhem cada vez mais - como de verdade, com armas, na forma de violentas gangues atacando-se umas às outras.

Ao contrário do que ocorreu no Brasil, onde a histórica miscigenação mitigou conflitos, nos EUA em geral houve maior separação. E é cada grupo étnico por si (asiáticos incluídos). A coisa periga terminar em porrada ou tiro.

Um curioso filme dos anos 70.

2 comentários:

Honório Salgado disse...

Mr X,

se Obamamessias não for derrotado o caminho é um só: guerra civil

DD disse...

Ouvi uma vez, numa rádio francesa: "Le pogrom, c'est l'avenir de l'humanité".

OK, os franceses se tornaram relativistas morais bregas e inúteis (sobretudo inúteis), mas, de vez em quando, um ou outro ainda dá uma dentro.