sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Devem os ricos pagar mais impostos?

Chega de falar sobre imigração, raça, cultura, decadência européia e todos esses temas que me deprimem profundamente. Vamos falar de um tema sobre o qual todos concordam: impostos. Todo mundo, até o Noam Chomsky, gostaria de pagar menos impostos, certo?

Bem, aparentemente, nem todos. O bilionário socialista Warren Buffet diz que quer pagar mais impostos e que acha que todos os bilionários deveriam fazer o mesmo. Os apenas milionários também entraram na onda e apoiam os projetos de Obama para aumentar os impostos sobre os ricos (e os nem tão ricos).

Bem, nada impede que eles doem toda a sua fortuna ao governo Obama, se assim quiserem, mas porque essa ênfase em uma mudança da lei? 

Há ainda um estereótipo que vê os ricaços americanos como sendo sagazes capitalistas, conservadores e fãs de Ayn Rand, mas isso está bem longe da verdade. O fato é que hoje a grande maioria dos bilionários, de Al Gore a Bill Gates, são socialistas, Democratas e estatistas. Por que isso ocorre? Essas pessoas não dão ponto sem nó, portanto deve haver uma grande vantagem em ser estatista. Provavelmente, ajuda a limitar o surgimento de possíveis concorrentes. Se você está no topo, você não quer mais competição, certo? 

Mas o que o povo acha de tudo isso? Políticos populistas querem nos fazer acreditar que os mais pobres querem sempre mais impostos sobre os ricos, mas isso não é sempre verdade.

Um artigo muito interessante da Economist, ao qual eu já fiz alusão no post anterior, fala sobre essa questão. A tendência era achar que o cidadão de classe média quer menos impostos aos ricos pois sonha em um dia ser rico também; quanto mais impostos aos mais ricos, menos estímulo tem o cidadão de classe média a se esforçar mais e subir de vida. Isso faz sentido, mas talvez essa não seja toda a verdade. O artigo descreve um curioso experimento que foi realizado por estudiosos:  

Os autores realizaram uma série de experimentos onde estudantes receberam aleatoriamente somas de dinheiro, separadas por 1 dólar, e informaram sobre a "redistribuição de renda" que se seguiria. Então cada um recebeu mais 2 dólares, que eles deveriam dar seja à pessoa diretamente acima deles, seja à pessoa diretamente abaixo deles na "classe social". Em concordância com a teoria da "aversão ao último lugar", as pessoas que estavam a um degrau da classe mais baixa eram as mais propensas a darem o dinheiro às pessoas acima delas: recompensando os "ricos" mas garantindo que ao menos alguns continuassem mais pobres do que eles.  

Segundo o estudo, portanto, não é que as pessoas necessariamente imaginem que um dia serão ricas, o que não querem é estar entre os mais pobres dos pobres, querem sempre ter alguém abaixo de si. Coisas da natureza humana. 

O que fazer? Pessoalmente, e nesse ponto concordo com o Ron Paul, sou a favor da abolição do imposto de renda, e que o único imposto existente seja sobre as vendas, de modo que os ricos (ou aqueles que consumem mais) pagarão de acordo com o que consomem, sem burocracias e sem firulas. É claro que com essa medida advogados, contadores e milhões de burocratas perderiam seus empregos, sem contar que o Estado diminuiria de tamanho e se intrometeria menos na privacidade do indivíduo, e portanto tal medida é inadmissível.


60 comentários:

Chesterton disse...

Já pagam mais impostos, em termos absolutos.

Mr X disse...

Mas e o Warren Buffet nessa? Será que isto explica?

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2011/08/fogueira-das-vaidades.html

Bárbara disse...

>"advogados, contadores e milhões de burocratas perderiam seus empregos"

Só isso já é um excelente motivo para se apoiar esta ideia.

>"portanto tal medida é inadmissível."

Imagine...

Kriptonita disse...

Ingenuidade, estupidez, vaidade ... De tubarões? Quac!

Já vi esse filme antes. Baita de um cavalo de tróia, isso sim.

http://www.nypost.com/p/news/opinion/editorials/warren_buffett_hypocrite_E3BsmJmeQVE38q2Woq9yjJ

DIREITA disse...

Então ,os bilhionarios querem que os branquelos deem ,ainda mais,dinheiro à negr...ops..ao governo?

DIREITA disse...

como vivemos em uma SOCIEDADE(SOMOS SÓCIOS),o pagamento de impostos deveriam ser baseados no custo em que cada cidadão dá ao estado!

Mr X disse...

Kryptonita,

E não só isso, além de não pagar impostos pela sua empresa por 10 anos (!), o Warren ainda colocou 5 milhões de dólares no Bank of America, negócio que de acordo com esta matéria lhe permite pagar menos impostos:

http://www.newsmax.com/InsideCover/buffett-irs-back-taxes/2011/09/01/id/409520

Assim como o Chomsky (ver link no post), que também vive falando em redistribuição de renda mas cuida muito bem do seu dinheirinho.

Chesterton disse...

Devem os ricos pagar mais impostos?

Essa pergunta sugere, de saída, algumas "verdades".
- os impostos estão nas costas dos pobres (não ricos)
- os impostos dos ricos vai para os pobres

E esconde, na verdade, alguns fatos.
Os impostos sempre foram "inventados" para cobrar dos ricos, mas imediatamente foram cobrando de fatias cada vez "menos ricas" da sociedade. Todos os governos jogam os pobres contra os ricos para impor taxas, e assim que conseguem, passam a cobrar da parte menos rica.
Os impostos acabam sempre sendo usados para sustentar o exército de funcionários improdutivos da burocracia estatal e a sensação de alívio temporário prenuncia a nova crise.

Chesterton disse...

como vivemos em uma SOCIEDADE(SOMOS SÓCIOS),o pagamento de impostos deveriam ser baseados no custo em que cada cidadão dá ao estado!

chest- essa uma demonstração de completo desconhecimento do fato de que o estado não produz nada, só gasta o dinheiro dos outros.

Kryptonita disse...

Mr.,

Pois é, não tem cabimento dar ouvidos a um sujeito desses. Quero dizer, não pelo valor de face do que disse. Para mim, esse papo aponta para a eleição do ano que vem.

Os republicanos estão se centrando nos altos impostos, na intervenção estatal e nos estímulos/bail-outs. Em resumo, na economia em geral e nos empregos em particular. Quando se começa a falar dos impostos na linha do artigo do Buffett, não demora muito e vão aparecer discussões sobre o gasto do dinheiro. Já viu, né? Programas sociais, minorias, imigrantes, enfim, tudo o que os democratas querem para desviar o foco do problema e jogar lama no Tea Party. Aqui mesmo, nesta caixa de comentários, já temos um exemplo disso.

Estão manobrando os cordões e os incautos vão caindo que é uma beleza. E há ainda uma segunda cama-de-gato: os tax cuts de Bush, se não me engano, terminam no final do ano que vem. Que os americanos tenham juízo, porque a tunga já está armada.

DIREITA disse...

chest- essa uma demonstração de completo desconhecimento do fato de que o estado não produz nada, só gasta o dinheiro dos outros.

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não coloque palavras na minha boca.

o estado gerencia,de uma forma injusta, o capital gerado pela sociedade .

DIREITA disse...

"Quando se começa a falar dos impostos na linha do artigo do Buffett, não demora muito e vão aparecer discussões sobre o gasto do dinheiro. Já viu, né? Programas sociais, minorias, imigrantes, enfim, tudo o que os democratas querem para desviar o foco do problema e jogar lama no Tea Party. Aqui mesmo, nesta caixa de comentários, já temos um exemplo disso. "

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mas ,para que esconder o jogo?
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"E tem outro problema que é a questão étnica. Neste bom artigo da Economist, o sagaz autor observa o seguinte:
"[habitantes de] países mais étnicamente ou racialmente homogêneos sentem-se mais confortáveis com o Estado tentando diminuir a desigualdade pela transferência de recursos dos mais ricos aos mais pobres através do sistema fiscal. Isso talvez explique porque os suecos reclamam menos dos altos impostos do que os habitantes de um país de imigrantes como os EUA."
http://blogdomrx.blogspot.com/2011/08/europa-sobrevivera.html

Chesterton disse...

Direita, como então você fala que o cidadão "custa" ao estado, enquanto é o estado que custa ao cidadão?
Se foi um lapso, tudo ok.

Kryptonita disse...

O problema é de prioridade no momento político. É inevitável que, seja lá quem ganhe a eleição, a questão da imigração ilegal, por exemplo, entre em pauta. Não importa, por ora, discutir onde o dinheiro dos impostos está sendo gasto, porque, ainda que muito bem empregado, foi retirado da economia. Mais cedo ou mais tarde, e espero que bem mais tarde, isso também virá à tona. O que importa agora, para os republicanos, é o fato de que o governo está, por meio dos impostos, sufocando a economia e provocando desemprego. Se os republicanos cairem no discurso social dos impostos, acabou a agenda própria, e estarão à mercê dos democratas.

Kryptonita disse...

X,

A propros, gostei do Mr. Burns :>)

Kryptonita disse...

Mais uma coisa: não vejo muita racionalidade na proposta do Ron Paul. Até entendo a intenção, um tanto conseqüencialista, fine and dandy. Mas, cá pra nós, o que tem "vendas" a ver com o Estado? O fundamento aí é meio falho?

Mr X disse...

A proposta que o Ron Paul apoia é apenas a abolição do Imposto de Renda, sem substituição por coisa alguma, apenas mantendo os outros impostos que já existem. Durante os primeiros 130 anos dos EUA, não existia imposto de renda.

Mas uma das opções alternativas de tributação é a "Fair Tax", que seria um imposto único sobre os produtos vendidos (que, aliás, já existe a nível estatal) substituindo o imposto de renda e outros. Mas essa não é uma proposta do Ron Paul:

http://en.wikipedia.org/wiki/FairTax

Bárbara disse...

Tem como existir uma sociedade, Nação, organizada, sem a cobrança de impostos?

Lembro-me de ter lido rapidamente em algum sitio aí na net, que a jornalista Marilyn Vos Savant, da Parade, disse que teoricamente sim, e fez até um esboço. Queria poder ler esta.

Bárbara disse...

É claro que a primeira coisa que vem a mente é uma anarquia, mas não sei se era isso.

Mr X disse...

Tem como existir uma sociedade, Nação, organizada, sem a cobrança de impostos?

Se for uma comunidade pequena, acho que tem como sim. Um país do tamanho e da riqueza dos EUA, acho difícil. Mas imposto é sempre tirar de Peter para dar a Paul... Ou vice-versa.

Chesterton disse...

em algumas comunidades norte-americanas não há impostos municipais, nem prefeitos, nem veradores, mas uma assembleia de proprietários.

iconoclastas disse...

"sou a favor da abolição do imposto de renda, e que o único imposto existente seja sobre as vendas, de modo que os ricos (ou aqueles que consumem mais) pagarão de acordo com o que consomem,..."

ok X, e qual a sua idéia para que os mais pobres não sejam o mais penalizados? pois é o que aconteceria em um sistema desses, por motivos óbvios.

um esquemão "bolsa família",ou progressividade de alíquotas conforme a superficialidade arbitrária dos produtos?

ou você crê que estimular desiguladades é social e politicamente desejável?

eu sei que tem gente boa por trás dessa idéia, que pode funcionar no modelo, mas a implementação não é nada trivial.

o que o Buffett se refere é sobre as brechas na lei tributária que permitem que um bilionário como ele pague, percentualmente, menos do que a molambada. isto é regressivo, não é economica e socialmente eficiente.

e esse papo de fiscalista dos republicanos é um engodo. nunca foram,nunca serão. o bushinho, por exemplo, transformou superávit em déficit.

o Ron Paul tem princípios libertários, com os quais eu me identifico, mas muitas idéias politicamente impraticáveis, além de uma lunática obsessão com o padrão-ouro.

;^/

iconoclastas disse...

ah, sim... os papers sobre imigração estão à sua disposição.

;^/

DIREITA disse...

Chesterton disse...
Direita, como então você fala que o cidadão "custa" ao estado, enquanto é o estado que custa ao cidadão?
.
.
tem o cidadão que sustenta o estado ,e ,o que depende do estado .estamos combinados!?

Chesterton disse...

NÃO, não está. Mesmo o cidadão que hoje depende do estado foi depauperado pelo estado antes.
Não só metaforicamente. O estado paga mal e ainda por cima vicia o cidadão.

Chesterton disse...

ok X, e qual a sua idéia para que os mais pobres não sejam o mais penalizados? pois é o que aconteceria em um sistema desses, por motivos óbvios.

chest- deveria haver alguma transição, como com os dependentes de drogas pesadas, pois as pessoas que hoje dependem do estado foram viciadas em estado. E há os que contribuíram, logo tem que receber de volta. Aqui o que interessa é o vetor, o viés.

Chesterton disse...

ou você crê que estimular desiguladades é social e politicamente desejável?

chest- estimular igualdades que não são alcançáveis deu nessa quebradeira.
O estado substituiu o cérebro do cidadão.

maisvalia disse...

Bom mesmo é isto:
Liberdade de Expressão - Direito de ofender


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=g3J9ZGPj8_k

Mr X disse...

O Chesterton tem razão. Não está ao Estado se meter a tratar de resolver desigualdades. Basta cuidar da segurança. (Educação e Saúde também podem er resolvidas majoritariamente sem Estado).

Tampouco vejo como o novo sistema penalizaria mais os pobres do que o sistema atual. Bem, há os "pobres" dependentes do Estado, como os marginais ingleses de Blackberry e têni Nike. Não pagam imposto...

iconoclastas disse...

"ou você crê que estimular desiguladades é social e politicamente desejável?

chest- estimular igualdades que não são alcançáveis deu nessa quebradeira.
O estado substituiu o cérebro do cidadão."

não, a realidade é preta, branca e com muito mais tons de cinza...

;^/

Chesterton disse...

não, a realidade é preta, branca e com muito mais tons de cinza...


chest- exatamente, não é um arco-íris.

iconoclastas disse...

"O Chesterton tem razão. Não está ao Estado se meter a tratar de resolver desigualdades. Basta cuidar da segurança. (Educação e Saúde também podem er resolvidas majoritariamente sem Estado)."

claro que está, na concepção das sociedades o estado moderno serve sim para prover oportunidade de acesso a serviços que de outra maneira estariam, e, no caso dos países menos desenvolvidos, ainda estão, restritos a uma minoria. você pode discordar ideológicamente, muitos, inclusive eu, questionam o limite disso, qual o nível de carga viável e tal, mas negar esse papel ao estado é falta de pragmatismo. o que eu prefiro, como, concordo, saúde, instrução, previdência, saneamento e etc (até controle de tráfego, transportes, limpeza urbana - se bem que a Comlurb funcione muito bem) sob a gestão privada não é trivial e precisam da grana do estado(classes, faixas etárias, regiões... precisam de subsídios). portanto os impostos vão continuar a existir.

"Tampouco vejo como o novo sistema penalizaria mais os pobres do que o sistema atual."

isso é básico, os mais pobres direcionam uma parcela muito maior de suas rendas ao consumo vital como alimentação, energia, vestuário e etc. quem defende o VAT (Chicago)sabe perfeitamente disso, e vem deles mesmos as alternativas para evitar um ônus maior sobre a turma de baixo (isenção, "bolsa família"...). além do mais, as alíquotas, para compensar o desaparecimento de tributação sobre a renda, teriam que ser muito maiores.


;^/

Chesterton disse...

isso é básico, os mais pobres direcionam uma parcela muito maior de suas rendas ao consumo vital como alimentação, energia, vestuário e etc.

chest- e qual é a percentagem tributária sobre o preço de cada um desses produtos? Agora está o Skaf na TV falando sobre uma taxa que deveria ter sido abolida depois de 35+20 anos e não foi...

Chesterton disse...

energia - + de 42%
frutas 21%
etc..

e para quê? Para ajudar os pobres? Não, para sustentar uma classe improdutiva de funcionários públicos.
O estado brasileiro não mais investe, é emsimesmado, só arrecada para se manter.
Assim não dá.

Kryptonita disse...

Questiono um pouco o imposto único, mas é falacioso dizer que a população mais pobre sairia penalizada. Metade dos americanos não paga um cent de imposto de renda, mas todos, ricos ou pobres, são tributados sobre os produtos que consomem. Se os pobres destinam toda a sua renda ao consumo, não é problema do sistema de tributação. Isso acontece porque não têm mais dinheiro mesmo.

Outra coisa: numa república, não é - ou não deveria ser - o governo a ditar qual a carga a ser suportada pela sociedade, mas sim o contrário, ou seja, a sociedade é que deveria ditar o quanto o governo pode gastar. Onde o governo atuaria, também é a sociedade a decidir. Mas que sociedade hoje em dia sabe o que é uma república?

O resto é mentalidade socialista e class envy.

Mr X disse...

Os governos começam controlando quem ganha mais, quem ganha menos, logo estão querendo controlar até a obesidade e como cada um deve criar os filhos:

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2033486/Your-children-fat-again.html?ITO=1490

"para compensar o desaparecimento de tributação sobre a renda, teriam que ser muito maiores."

Não há nada a compensar, a ideia é justamente diminuir o dinheiro na mão do Estado. Eles que enxuguem.

na concepção das sociedades o estado moderno serve sim para prover oportunidade de acesso a serviços que de outra maneira estariam, e, no caso dos países menos desenvolvidos, ainda estão, restritos a uma minoria.

Quais serviços? Quanto mais imposto, mais dinheiro no bolso do cidadão. Salvo que o cidadão seja desses que vive dos impostos dos outros. Mas a isso sou contra, salvo situações emergenciais. Pessoas que vivem por vinte anos no welfare, não devia haver nem aqui, nem na China.

negar esse papel ao estado é falta de pragmatismo.

Nem todos são social-democratas. Estado mínimo, quanto mais mínimo melhor. A verdade é que o Estado não está aí para melhorar a vida de ninguém, e o dinheiro dos impostos do cidadão serve principalmente para sustentar o próprio monstro estatal e seus funcionários, fazendo-o sempre aumentar cada vez mais. Está provado que o tamanho do Estado sempre tende a crescer, independentemente de quem seja governo. Isso porque o Estado serve principalmente a si mesmo. Especialmente os "programas sociais", tudo isso são só esquemas que não resolvem o problema de ninguém, fora o dos funcionários encarregados de "resolver" esses mesmos "problemas sociais".

Mr X disse...

Opa: leia-se "quanto menos imposto, mais dinheiro no bolso".

Chesterton disse...

o brasileiro tem um tio, uma mãe, um irmão no funcionalismo público, então sempre que se fala em mandar funcionario publico embora para casa, temos o mau costume de pensar que esses individuos ficariam a ver navios.
Ora, há 2 problemas aqui, o primeiro é que uma vez os impostos diminuindo para valores ínfimos as coisas sairiam proximas da metade do preço, e a segunda é que há hoje com esse sistema perverso uma vasta transferencia de dinheiro dos mais jovens para os idosos, ou os que estão chegando lá.

iconoclastas disse...

"energia - + de 42%
frutas 21%
etc..

e para quê? Para ajudar os pobres? Não, para sustentar uma classe improdutiva de funcionários públicos.
O estado brasileiro não mais investe, é emsimesmado, só arrecada para se manter.
Assim não dá."

Doc, Brasil ou EUA? sobre o que se fala aqui?

;^?

iconoclastas disse...

"Não há nada a compensar, a ideia é justamente diminuir o dinheiro na mão do Estado. Eles que enxuguem. "

bem, isso é factível? vai cortar do exército? da educação?
hum...da segurança pública? pode ser, de repente a mudança na estratégia anti-drogas economiza algum...(legenda)
a previdência pesa relativamente pouco sobre o estado(%), e na sáude o problema americano é o alto custo dos serviços (eles tem, por exemplo, o problema de altas indenizações que tendem a exigir que os médicos tenham caros seguros e exagerem na quantidade de procedimentos, vc sabe disso melhor do que eu...), pois a participação dos gastos do governo no gasto total é menor do que na absoluta maioria dos países de renda média/alta.

"Nem todos são social-democratas. Estado mínimo, quanto mais mínimo melhor."

e daí que nem todos são? rotular não ajuda. eu citei Chicago exatamente para tentar evitar isso. ou será que o Becker e o Ragu Rajan são social-democratas? de lá vem tanto o apoio como a proposta de alternativas para reduzir, ou reverter, o efeito regressivo.

quanto mínimo melhor até onde? o mínimo pode ser na gestão, mas vai sempre haver necessidade de algum nível de burocracia, e de transferência de recursos para sustentá-la, assim como para prover os menos priviliegiados, pois não dá para deixar nego sem estudar, sem receber atendimento médico, ou esperando pela morte depois que se encerra seu ciclo produtivo.

ou será que vc realmente acredita na viabilidade de um estado sem rede de proteção social?

iconoclastas disse...

"de lá vem tanto o apoio[ao VAT]..."

;^/

Chesterton disse...

Brasil.

maisvalia disse...

O Olavão venceu.
Cadê o AN?
Tomou doril e sumiu, hehehehe

Harlock disse...

Salve.
"Tributar os ricos" pode até parecer muito bonito mas quem são esses "ricos"? Se menos de 3 salários mínimos já colocam um cidadão brasileiro estatísticamente na "classe média", quais seriam os critérios para definir o ponto em que esse cidadão se tornaria um "rico", agora habilitado para ser devidamente sangrado? Os "Buffetes" vão continuar gozando das facilidades de acesso a linhas espéciais de financiamento estatal, brechas legais e bons advogados, já os "ricos" de 250.000 dólares de rendimentos anuais terão de abrir mão de investir, poupar ou consumir para continuar financiando políticas públicas perfeitamente cretinas e seus "competentes" gestores.

Kryptonita disse...

Smoke screen. De "necessidade" em "necessidade" (Marx), chegaram a 4 trilhões! The buck stops ... when? Ou vai descer o Keynes, para dizer que a longo prazo todos estarão mortos?

Quanto ao VAT, nada a ver com as calças. Em relação ao sistema tradicional, ele não altera quantitativamente o preço para o consumidor final.

Chesterton disse...

e quantas pessoas vão produzir 249 mil dólares e depois sair de férias?

Kryptonita disse...

É ... dos 250.000, neguinho vai ser mordido pelo IRS em uns 90.000. Some-se a isso o imposto sobre bens e os demais, metade foi para o caixa do Estado. Seis meses de escravidão. E tem gente que acha pouco. E o amor, gente, onde fica o amor?

Kumbaya rules!

Harlock disse...

Salve.
Bom, no final das contas, paguem ricos ou paguem pobres o resultado é o mesmo, pois "o Estado é como um bebê: Em uma ponta um apetite insáciavel, na outra nehuma responsabilidade" (Ronald Reagan).
33 milhôes de dólares torrados com a "inclusão digital" versão made-in-USA desde 2005 e em um único distrito escolar...
http://pajamasmedia.com/spengler/2011/09/05/a-moron-with-a-computer-is-still-a-moron/
É para coisas como essas que os "buffetes" querem ver os "ricos" mais rigorosamente tributados... os "ricos" que não eles, claro.

Chesterton disse...

E o amor, gente, onde fica o amor?

chest- (rs)

Edu disse...

3 idéias:

1 - Sobre o imposto sobre as vendas: não é de todo injusto, porém isso não necessariamente favoreceria os pobres. Pensem: se um pobre ganha 1000 dinheiros e gasta 900 dinheiros com produtos e serviços para sua própria sobrevivência, ele será tributado em 90% do seu rendimento. Se um rico ganha 10.000 e gasta 5.000 com sua sobrevivência + outros gastos, ele será tributado sobre 50% do seu rendimento.

Edu disse...

2 - Economicamente, comprar produtos ou serviços é benéfico para qualquer economia, o Japão está em crise há tempos com uma poupança gigantesca. Posso estar errado, mas ao que pareceo, o problema é o excesso de poupança... Sendo assim, eu adicionaria um imposto pesado sobre ativos financeiros. Ok, eles são usados para facilitar as transações empresariais, mas como vimos na recente crise de 2008, eles são responsáveis por bolhas e não necessariamente propulsionam diretamente a economia (pelo menos não sem riscos grandes), ou seja, em sua maioria é dinheiro para fazer mais dinheiro. Os grandes milhonários e bilhonários seriam obrigados a tirar o dinheiro debaixo do colchão e identificar investimentos que gerassem empregos.

Edu disse...

3 - A loucura mirabolante que apelidei agora de "A mão do mercado ao extremo": a premissa seria um ambiente regulatório definido à parte ao Estado (isso que é loucura). O governo deveria ser lucrativo, quer juntar dinheiro? Preste serviços e venda produtos! Qualquer coisa! Seja competitivo! Imaginem: Padaria do Estado, Shopping do Estado e assim por diante... Com um sistema de auditoria descente e o repasse integral para os serviços básicos que vcs citaram, quem sabe desse certo...

iconoclastas disse...

"Pensem: se um pobre ganha 1000 dinheiros e gasta 900 dinheiros com produtos e serviços para sua própria sobrevivência, ele será tributado em 90% do seu rendimento. Se um rico ganha 10.000 e gasta 5.000 com sua sobrevivência + outros gastos, ele será tributado sobre 50% do seu rendimento."

aleluia... parabéns Edu. sério.


"O governo deveria ser lucrativo, quer juntar dinheiro? Preste serviços e venda produtos! Qualquer coisa! Seja competitivo! Imaginem: Padaria do Estado, Shopping do Estado e assim por diante..."

ai, f@d£u...

;^/

Harlock disse...

"E o amor, gente, onde fica o amor?"
O amor fica aqui, neh?

http://www.mentesdesign.com.br/blog/wp-content/uploads/2006/10/pacoca_sings.jpg

Kryptonita disse...

hahaha Boa, Harlock!

DIREITA disse...

hesterton disse...
"NÃO, não está. Mesmo o cidadão que hoje depende do estado foi depauperado pelo estado antes."
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só na tua cuca,que foi!
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"Não só metaforicamente. O estado paga mal e ainda por cima vicia o cidadão."
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paga mal...quem o sustenta . a grande maioria que se beneficia do mesmo ,ta no lucro!

DIREITA disse...

"e para quê? Para ajudar os pobres? Não, para sustentar uma classe improdutiva de funcionários públicos.
O estado brasileiro não mais investe, é emsimesmado, só arrecada para se manter.
Assim não dá."
.
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funcionários públicos que estão á serventia dos....

DIREITA disse...

Kryptonita disse...
"É ... dos 250.000, neguinho vai ser mordido pelo IRS em uns 90.000. Some-se a isso o imposto sobre bens e os demais, metade foi para o caixa do Estado. Seis meses de escravidão. E tem gente que acha pouco. E o amor, gente, onde fica o amor?"

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exato ,hoje o branco é escravizado pelo estado, em prol do assistencialismo que beneficia as "minorias"!
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seria isto ,ja, uma reparação historica !?

Anônimo disse...

aff...enquanto vocês discutem feito bobos imaturos, a economia dos EUA vai por água abaixo...nada do que vocês escreverem vai mudar o mundo ou as pessoas. Apenas grandes mestres literários como Saramago ou célebres economistas fariam isso...

Reflitam sobre seus atos, ou melhor, seus posts.

Gabriel Stein disse...

Palhaçada esse monte de impostos que são cobrados da gente, poderiamos fazer muitas outras coisas com esse dinheiro, melhorariamos nossas proprias vidas, ao invés de melhorarmos as dos canalhas que não fazem nada por nós, estava navegando na internet esses dias e encontrei um video que fala sobre impostos, quem quiser dar uma olhada, achei interessante http://www.temporadafora.com/vlog/impostos