sexta-feira, 8 de julho de 2011

Qual o limite da tolerância?

Tolerância, caridade e bondade são sentimentos nobres. É correto ajudar os mais pobres e desvalidos, na medida do possível. Porém, até que ponto? Quando a caridade e a bondade começam a ameaçar a própria sobrevivência, faz sentido continuar? 

Tem um texto aqui (é minha sugestão de tradução ao Dextra) que compara a política de imigração americana com uma "mulher dos gatos". Você sabe, essas mulheres que moram sozinhas e terminam acolhendo em sua casa dezenas, às vezes até centenas de gatos, terminando por colocar em risco a própria saúde e aquela dos gatos. Qual o ponto em que uma pessoa caridosa que gosta de ajudar animais perdidos termina se transformando em uma louca "mulher dos gatos"? 

Fiquei pensando nisso devido ao caso DSK. Como todos sabem, no fim descobriram que a "muçulmana fiel" não apenas estava mentindo em relação aos pormenores do caso, como era prostituta e estava envolvida com um traficante de drogas. Além da mentira em relação a DSK, Naffisatou Diallo também mentiu ao pedir asilo político nos EUA. Informou às autoridades que tinha sofrido estupro grupal e toda uma série de horrores em seu país natal. Mentira, tudo mentira.

Faz parte da natureza humana mentir se isso pode ser de algum modo benéfico. O problema é que o sistema de asilo político estimula a mentira. Se você dá asilo político a mulheres que sofreram estupro, é garantido que de uma hora para outra surgirão milhares de "estupradas". Pode apostar, 90% das historinhas contadas por aqueles que pedem asilo político são falsas, assim como 90% das historinhas contadas por mendigos são falsas. Poxa, se o Battisti pode vir com sua lorota de "perseguição política" na Itália, porque uma africana não pode inventar histórias bem mais convincentes?

Lembro do filme Viridiana, concebido como crítica ao cristianismo, mas que para mim é mais do que tudo uma crítica ao esquerdismo, que não tem o senso moral do cristianismo. No filme tem uma cena em que o protagonista ajuda um cachorro vira-lata maltratado por um carroceiro, comprando-o por uns trocados. Logo depois que ele vai embora, passa um outro carroceiro arrastando um outro cachorro. A moral é clara: não dá pra ajudar a todos...

O extremo oposto, é claro, é não ter piedade de ninguém. Eutanasiar os deficientes físicos e mentais, escravizar os negros e os índios, esterilizar os miseráveis, exterminar os judeus e todos aqueles que possam ser uma ameaça à sociedade, à elite, ao governo ou ao patrimônio genético. Uma forma de solução, sem dúvida, ainda que radical. Pessoalmente, não sou um nazista. Por quê? Há uma resposta complicada e uma simples, vou dar a simples. Sergey Brin e Larry Page são os criadores do Google. São também judeus. Se você acha que os criadores do Google devem ser colocados em campos de concentração, parabéns, você é um nazista. Já eu prefiro algo menos radical.

Porém, confesso que não sei qual seria a medida certa entre uma sociedade confiante mas relativamente tolerante e uma sociedade perdida como a nossa. Notem que o "bonzismo" (isto é, a bondade ingênua) a que me refiro não se limita à questão da imigração, mas perpassa todos os aspectos. Por exemplo, o crime: não é de hoje que o criminoso é visto como um coitadinho, recebendo penas cada vez menores. No Brasil, naturalmente, mas em muitos outros países de dito primeiro mundo também. Estes dias, nos EUA, uma mãe que matou a própria filha foi liberada por suposta falta de provas (ou incompetência da acusação); porém, é curioso que ela nem tenha querido saber quem "realmente" matou a criança. Na Inglaterra, casos em que criminosos violentos são soltos após uma semana de cadeia ou uma mera pena de "trabalhos comunitários" são praxe. 

Não vou agora tentar explicar, só observar o seguinte: seria bom se existisse um equilíbrio e moderação nas questões humanas, mas raramente isso ocorre. Massacres, extermínios, guerras, estupros coletivos, escravidão, corpos crucificados e cabeças cortadas penduradas como aviso, tudo isso são a norma do mundo dito "civilizado". Vivemos apenas em um período de relativa exceção.

A História se move como um pêndulo. Temos momentos de tranquilidade, e depois momentos de extremismo. Vivemos agora sob o que se poderia chamar de um extremismo de esquerda global. Não é exatamente ditatorial, mas, fale a verdade, quantas pessoas que não são de esquerda você conhece? E, mesmo nos sites de direita, há temas nos quais não se pode tocar. No entanto, sente-se no ar uma crescente insatisfação. E há temor em relação ao futuro: quase ninguém tem uma visão otimista sobre este. É bastante claro que o pêndulo está para virar.

Não demorará muitas décadas, e teremos um retorno do extremismo de direita, ou então um domínio do islamismo (que, a seu modo, é também inimigo do progressismo e apenas seu aliado de conveniência), ou quem sabe do pan-eslavismo russo (não acredito muito nisso, mas pode ser), ou então uma supremacia global asiática (eles sim estão bem posicionados para isso), ou então um retorno glorioso do Positivismo (tá, essa foi só pra contentar o AN), ou então uma guerra bem f****a entre todas essas correntes. O fato é que o progressismo não vai durar, não tem como.

Pode-se tentar o "bonzismo" quanto se quiser. Mas, no fim, Maquiavel e os deuses do bom senso sempre vencem. 

56 comentários:

Chesterton disse...

Altruism is suicide.

Mr X disse...

A Ayn Rand que era bem contra o altruísmo e a favor do egoísmo radical. Olha, eu não sei, eu acho que um certo nível de altruísmo pode ser benéfico, o problema é quando começa a se tornar autodestrutivo. Aí já nem é altruísmo, é masoquismo.

Rovison disse...

Concordo com você, Mr X. O esquerdismo que domina atualmente o mundo ocidental não tem como se manter por muitas décadas. Algo bem radical vai mudar os rumos do mundo até o final deste século, só não sei o que será. O fato é que esta sociedade está se degenerando de um modo muito acelerado. Algo terá que ser feito.

Chesterton disse...

A questão é que o altruismo que se vê pregado por aí não é altruismo, é "visão".

Chesterton disse...

Rov. tem razão, esse negócio vai quebrar e um mínimo de racionalidade vai se impor ou então seremos exterminados implacavelmente.
E o pior é escutar na radio (a Vivi da CBN) que uma nova era se aproxima onde as pessoas serão amis cordiais e vai chover Euro e Dólar pela janela.

Augusto Nascimento disse...

Augusto Comte, o criador da palavra "altruísmo", ensinou que devemos viver para outrem, tendo o amor por princípio. Deve-se perceber, entretanto, que a ordem é a base e que o progresso é o fim. Comte, certamente, opor-se-ia à invenção e à inflação descontroladas de "direitos", pois "ninguém tem nenhum direito além do de cumprir todos seus deveres". O problema da imigração é um reflexo dos defeitos da nossa sociedade ocidental, que agoniza sob os efeitos da Grande Crise, que começou no Século XIV, não dos defeitos dos imigrantes. Se ricaços acham que têm "direito" a corporate welfare e a ganhar contratos no Iraque para suas empresas-às custas do Erário americano e do sangue dos iraquianos-, por que imigrantes-e não-imigrantes, aliás, como mostra a crise do Welfare State americano- muito mais pobres não tratariam de se arranjar às custas da sociedade que os acolhe? Apenas a regeneração dos costumes sob uma moral racional, ou seja, positiva poderá resolver a questão racial no Ocidente; apenas o Positivismo, que denunciou a Escravidão e o Colonialismo, possui a credibilidade necessária para liderar tal regeneração.

Chesterton disse...

ninguém tem nenhum direito além do de cumprir todos seus deveres

chest- essa é boa. Nada como um machado e uma pá para resolver problemas psicológicos.

Chesterton disse...

altruismo é necessariamente doar algo que pode fazer falta, ou já faz falta. Boas ações não são altruismo, pois dar o que está sobrando não é altruismo, que implica necessariamente em algum prejuizo para o doador.

maisvalia disse...

Chest
E o pior é escutar na radio (a Vivi da CBN)
Quem é esta, não entendi?

Augusto Nascimento disse...

"altruismo é necessariamente doar algo que pode fazer falta, ou já faz falta."
Apesar da imprecisão vocabular (o que é "fazer falta": algumas horas que poderiam ser gastas consigo egoistamente mesmo, dez por cento da sua renda, o seu último pedaço de pão, seu primogênito?), é isso mesmo: o altruísmo é "viver para outrem", é o óbolo da viúva.

Chesterton disse...

por isso é suicida. Ainda arruma um monte de parasitas aproveitadores em sua volta.

Chesterton disse...

mais valia, prepare-se

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/cony,-xexeo-viviane-mose/CONY-XEXEO-VIVIANE-MOSE.htm

Chesterton disse...

essa deu nauseas

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/cony,-xexeo-viviane-mose/2011/07/06/PRISOES-INJUSTAS-E-A-POS-GRADUACAO-DO-CRIME.htm

Augusto Comte disse...

"por isso é suicida. Ainda arruma um monte de parasitas aproveitadores em sua volta."
Em sua sociedade decadente, sim, mas tudo pode acontecer em uma sociedade decadente. Ou será que o "altruísmo" também é responsável pelo corporate welfare, pela corrupção, pela burocracia? Quando se trata de defender o interesse particular de alguns, todo tipo de desculpa é alegado: segurança nacional, interesse econômico da sociedade, etc. A sociedade americana está corrompida até a medula, trata-se de um país destruído pelas drogas (é o campeão mundial em consumo de tóxicos), pelo divórcio (é o país com a maior taxa de divórcios, e é quase impossível alguém fazer carreira política na América sem ser divorciado), pelo crime (é o país que mais encarcera no mundo), pela ganância corporativa (bilhões de dólares são doados às empresas pelo governo, a conta passada para as futuras gerações), etc. Nada disso é fruto do altruísmo: pelo contrário, tudo isso é fruto do egoismo mais grosseiro e baixo.

Augusto Nascimento disse...

"por isso é suicida. Ainda arruma um monte de parasitas aproveitadores em sua volta."
Em sua sociedade decadente, sim, mas tudo pode acontecer em uma sociedade decadente. Ou será que o "altruísmo" também é responsável pelo corporate welfare, pela corrupção, pela burocracia? Quando se trata de defender o interesse particular de alguns, todo tipo de desculpa é alegado: segurança nacional, interesse econômico da sociedade, etc. A sociedade americana está corrompida até a medula, trata-se de um país destruído pelas drogas (é o campeão mundial em consumo de tóxicos), pelo divórcio (é o país com a maior taxa de divórcios, e é quase impossível alguém fazer carreira política na América sem ser divorciado), pelo crime (é o país que mais encarcera no mundo), pela ganância corporativa (bilhões de dólares são doados às empresas pelo governo, a conta passada para as futuras gerações), etc. Nada disso é fruto do altruísmo: pelo contrário, tudo isso é fruto do egoismo mais grosseiro e baixo.

Augusto Nascimento disse...

Fui acrescentar uma frase de Comte ao texto, acabei colocando o nome dele em lugar do meu e publicando duas vezes. Por favor, relevem.

Chesterton disse...

Uma garota indiana de 12 anos se matou para doar seus órgãos para seu pai e seu irmão, segundo o “The Times of India”.
No entanto, Mumpu Sarkar, que vivia na cidade de Jhorpara, morreu em vão, já que a carta de suicídio, que detalhava seu plano, só foi encontrada ao lado de sua cama no dia seguinte à tradicional cerimônia de cremação.
No documento, endereçado à mãe, a garota pedia para que doassem suas córneas ao pai e seus rins ao irmão.
Quando soube o real motivo do suicídio da menina, a mãe de Mumpu entrou em estado de choque.
“Quando entendemos os sentimentos desta criança tão sensível já era tarde demais”, declarou o pai da menina, Mridul.
Mumpu teria escutado uma conversa de família em que seu pai disse que somente uma cirurgia salvaria sua visão e um transplante de rim daria esperanças ao seu irmão Monojit, que sofreria de uma doença renal crônica.
No entanto, o custo das duas cirurgias é alto demais para os ganhos da família.
“Eles chegaram a pedir ajuda ao Estado e concedemos algum dinheiro para o tratamento do garoto. No entanto, esta tragédia aconteceu de repente e acabou com tudo”, disse Tapas Tarafdar, líder político local.
Nesta semana, outro político, Samir Poddar, visitou a família de Mridul e prometeu ajuda para Manojit, que, na verdade, sofre de pedras nos rins.

chest- esse é o altruismo verdadeiro.

Chesterton disse...

o fato de o altruismo ser nocivo não significa que é o único fator nocivo do mundo AN, essa foi de criança de 4 anos de idade, hein?

Chesterton disse...

o fato de o altruismo ser nocivo não significa que é o único fator nocivo do mundo AN, essa foi de criança de 4 anos de idade, hein?

Augusto Nascimento disse...

O altruísmo ser "suicida" em um contexto específico (uma sociedade decadente) não significa que ele é suicida em todos os contextos e que ele não pode ser a base de uma sociedade não-suicida. Basta ter mais de quatro anos para entender isso.
Aliás, toda grande regeneração social é baseada inicialmente em comportamentos "suicidas". Para seguir seu auto-interesse mais estreito e grosseiro, as pessoas não precisam de religiões e doutrinas. Pergunte a Paulo de Tarso se quiser: "São hebreus? também eu; são israelitas? também eu; são descendência de Abraão? também eu;
são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes;
dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.
Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;
em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas."

Não preciso dizer quem foi disse...

A caridade é a origem de inúmeros pecados

O Renascimento foi grande porque não procurou resolver nenhum problema social, nem chegou tratar tais assuntos, mas sim permitiu que o individuo se desenvolvesse livremente, conforme a beleza e a natureza.

Ambas citações de Oscar Wilde. Ajudou??

Augusto Nascimento disse...

Deve ser por pensar assim que o senhor Wilde foi preso por ficar assustando os cavalos na rua.

maisvalia disse...

CHEST, obrigado.
Eu não conhecia, pois ouço a Jovem Pan.
Abs

Anônimo disse...

"O extremo oposto, é claro, é não ter piedade de ninguém. Eutanasiar os deficientes físicos e mentais, escravizar os negros e os índios, esterilizar os miseráveis, exterminar os judeus e todos aqueles que possam ser uma ameaça à sociedade, à elite, ao governo ou ao patrimônio genético. Uma forma de solução, sem dúvida, ainda que radical. Pessoalmente, não sou um nazista. Por quê? Há uma resposta complicada e uma simples, vou dar a simples. Sergey Brin e Larry Page são os criadores do Google. São também judeus. "
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muita calma nesta hora ,meu caro.
_brancos se escravizaram ,e se "exterminaram" em guerras .também foram exterminados e escravizados por mongóis, árabes,mouros e turcos. também fomos vitimas ,que fique bem claro!

Quanto aos campos de concentrações - este existiram em todo mundo em épocas de guerra COM A finalidade unica de agrupar os inimigos ou o povos dos inimigos .
fato é , que o povo judeu declarou a guerra -usando de boicote econômico- a Alemanha em 33 .antes , na primeira guerra,JUDEUS ALEMÃES ja tinham traído seus compatriotas com os ingleses em troca das terras onde se fincaria israel,prometendo aos britanicos usar de seu loby nos EUA para que os americanos entrassem na guerra!

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apesar de tudo, somente judeus comunistas ,e outros trastes, foram mandados aos campos - que nunca serviram para exterminar uma mosca sequer!soma a isto o fato de 150 mil judeus terem lutado pela Alemanha na segunda guerra!

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Sergey Brin e Larry Page são judeus. mas os desenvolvedores do site de busca yahoo(o primeiro da internet) não são!

Anônimo disse...

Dias apos receber clemencia de Mike Huckabee - HOMEM (Maurice Clemmons) INVADE CAFETERIA E ABRE FOGO MATANDO 4 POLICIAIS NA CIDADE DE SEATTLE - EUA
http://www.amren.com/mtnews/archives/2009/11/4_lakewood_offi.php
.http://www.usatoday.com/news/nation/2009-11-29-police-officers-shot-washington_N.htm

MILITANTES NEGROS O CONSIDERAM UM" SOLDADO NEGRO" QUE HEROICAMENTE MATOU 4 DIABOS BRANCOS!

http://lh5.ggpht.com/_TcpHwGCauss/SxgTdXwH6mI/AAAAAAAAAVY/ckE2_z6Ba0w/A-bmf-s21ttl2-sl13n_b4w_m1rt6r-M1ST2R.jpg

http://shittycopz.blogspot.com/2009/12/maurice-clemmons-tribute-by-philly.html

Augusto Nascimento disse...

"apesar de tudo, somente judeus comunistas ,e outros trastes, foram mandados aos campos - que nunca serviram para exterminar uma mosca sequer!"
Judeus, comunistas, social-democratas, sindicalistas, poloneses, padres e dissidentes de modo geral.
"Sergey Brin e Larry Page são judeus. mas os desenvolvedores do site de busca yahoo(o primeiro da internet) não são!"
Por essa lógica de retardado, não se pode recompensar ou respeitar alguém que invente um combustível automotivo limpo, barato, eficiente, etc. porque, afinal, quem inventou os carros foi outra pessoa. A ideia de que progresso é acréscimo e aperfeiçoamento não entra na cabeça de certos idiotas.
"fato é , que o povo judeu declarou a guerra -usando de boicote econômico- a Alemanha em 33 .antes , na primeira guerra,JUDEUS ALEMÃES ja tinham traído seus compatriotas com os ingleses em troca das terras onde se fincaria israel,prometendo aos britanicos usar de seu loby nos EUA para que os americanos entrassem na guerra!"
Essa foi a desculpa inventada pela elite político-militar alemã para justificar a derrota militar na Primeira Guerra e escapar da responsabilidade pelos crimes que cometeu contra seu próprio povo, jogando-o em uma guerra suicida. Levando-se em conta as intenções expansionistas declaradas- e confirmadas em atos depois- dos nazistas, boas razões teria o mundo para ajudar contra o regime alemão- o que não foi feito, aliás. Mesmo que tivesse sido o caso, que judeus estariam "boicotando" a Alemanha? Os que viviam nela e dependiam de sua economia para viver, os que trabalhavam no serviço público do qual seriam logo expulsos e dirigiam empresas das quais os nazistas logo os expulsaram? É uma ideia estúpida. Os estrangeiros? Nenhum regime civilizado pune pessoas devido a sua raça (fosse assim, os alemães vivendo em países aliados deveriam ter sido exterminados), isso é caraceterística de regimes totalitários como o de Hitler e o de Stalin, que punia nacionalidades inteiras pelos crimes verdadeiros ou inventados de alguns indivíduos.
"brancos se escravizaram ,e se 'exterminaram' em guerras .também foram exterminados e escravizados por mongóis, árabes,mouros e turcos. também fomos vitimas ,que fique bem claro!
O fato de um povo "exterminar" a si mesmo em guerras não lhe dá nem o direito de exterminar outros nem a condição de "vítima". Além disso, a prática de escravizar ou exterminar civis nunca foi comum nas guerras internas da Europa cristã. O fato de um povo ter sofrido agressão no passado não lhe dá nem o direito de agredir outros povos nem o direito de se beneficiar dos trabalhos forçados de milhões de seres humanos durante séculos. O fato de outros povos terem praticado o genocídio e a escravidão não desculpa o fato de a nossa civilização ter se engajado nesse tipo ato baixo por tanto tempo.
"Quanto aos campos de concentrações - este existiram em todo mundo em épocas de guerra COM A finalidade unica de agrupar os inimigos ou o povos dos inimigos."
Bobagem. Tantos os campos nazistas quanto os campos stalinistas tinham por finalidade arrancar trabalho escravo dos inimigos e destruí-los fisicamente. É só outro dos muitos pontos em que fascistas e comunistas são iguaizinhos: tentam desesperadamente fazer com que ignoremos todas as provas de seu comportamento criminoso e anticivilizado. São tão bons uns como os outros.

maisvalia disse...

Pela primeira vez, parabéns AN!

Anônimo disse...

"Por essa lógica de retardado, não se pode recompensar ou respeitar alguém que invente um combustível automotivo limpo, barato, eficiente, etc. porque, afinal, quem inventou os carros foi outra pessoa. A ideia de que progresso é acréscimo e aperfeiçoamento não entra na cabeça de certos idiotas."
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que logica idiota ,seu filho da puta!?o Google foi uma copia do site de busca do Yahoo ,e de principio, não trouxe nada a mais para esta tecnologia de buscas .
toda a gloria do Google seu deu por um golpe de sorte ao dar uma interface mais limpa ao produto,e só!
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"Judeus, comunistas, social-democratas, sindicalistas, poloneses, padres e dissidentes de modo geral."
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judeus comunistas por motivos óbvios,assim como poloneses - em retaliação as agressões que a minoria germânica sofria na polônia antes da guerra.
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"padres e dissidentes de modo geral"
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traidores em geral ,pois é isto o que é quem em um momento de guerra se volta contra o próprio pais e da brigada ao seus inimigos!

Anônimo disse...

"Essa foi a desculpa inventada pela elite político-militar alemã para justificar a derrota militar na Primeira Guerra e escapar da responsabilidade pelos crimes que cometeu contra seu próprio povo, jogando-o em uma guerra suicida. Levando-se em conta as intenções expansionistas declaradas- e confirmadas em atos depois- dos nazistas, boas razões teria o mundo para ajudar contra o regime alemão- o que não foi feito, aliás. "
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.errado ,a traição judia foi a mais pura verdade contada em forma de desabafo pelo sionista dissidente Benjamin Freedman .como abaixo se vê:
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A farsa da Declaração de Balfour

http://www.keepthetruthalive.com/2006/08/benjamin-h-freedman-1961-speech.html

ele conta como os judeus trairam a alemanha com a Inglaterra em troca das terras palestinas.

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Augusto Nascimento disse...

Ah, quem discorda da ditadura é traidor. O mesmo argumento de Stalin para esmagar dissidentes dentro e fora do partido comunista-não à toa, as políticas secretas alemã e soviética trocavam prisioneiros e informações, não à toa, os dois ditadores totalitários foram sócios no esmagamento dos países bálticos e da Polônia. Por outro lado, aqueles que esmagam seu povo, torturando-o, perseguindo-o, negando-lhe o direito de expressar-se livremente e lançando-o em uma guerra de conquista suicida são heróis a quem se deve obediência incondicional: outro ponto em que fascistas e seus irmãos comunistas não poderiam estar mais de acordo. Sem falar que os campos de concentração alemães e soviéticos para dissidentes e a criação das polícias políticas comunista e nazista antencederam em muito o início da guerra que resolveram depois usar como desculpa.
"Google foi uma copia do site de busca do Yahoo ,e de principio, não trouxe nada a mais para esta tecnologia de buscas ."
Sei, as pessoas preferem o Google ao Yahoo porque o Google não serve para nada nem acrecenta coisa alguma (depois, da biologia stalinista e da "física ariana", há quem proponha a informática nazista e a teoria hitlerista de funcionamento do mercado -é patético!)... A substituição do cavalo pelo carro (os dois servem como transporte) também foi uma conspiração judaica, estúpido? O pessoal só prefere o Boeing ao 14-BIS por causa do ouro judeu, quem diria...
A minoria alemã era esmagada na Áustria, nos Sudetos, no resto inteiro da Tchecoslováquia, na Polônia, na URSS (com a qual a Alemanha tinha um pacto de não-agressão), na Grécia, na Bélgica, na Dinamarca e na Noruega (países cuja neutralidade foi violada e violentada pelos hunos) e, basicamente, todo país cujo território o tirano megalomaníaco alemão ambicionasse? Sei. Interessantemente, as mesmas pessoas que exigiam status privilegiado em terras estrangeiras-chegando a formar grupos de quinta-coluna para colaborar com a agressão nazista aos países em que viviam- não viam nenhum problema tratado em se roubar os direitos civis básicos da minoria judaica vivendo na Alemanha e nos territórios ocupados. Também não viram nenhum problema em política de extermínio deliberado de eslavos e judeus. Como seus antigos aliados stalinistas, os nazistas acreditam em direitos e deveres: direitos para si mesmos e sua patota, deveres para os outros.

Anônimo disse...

Os que viviam nela e dependiam de sua economia para viver, os que trabalhavam no serviço público do qual seriam logo expulsos e dirigiam empresas das quais os nazistas logo os expulsaram? É uma ideia estúpida.
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os judeus mandavam na economia bem como no sistema financeiro .eles tinham os alemães nas mãos. este boicote visava desestabilizar a economia alemã e criar mais fome e inflação de modo que o próprio povo pedisse a renuncia de Hitler:

jornais da época noticiaram este
boicote:

http://www.contextojudaico.org/A-Declara%C3%A7%C3%A3o-de-Guerra-dos-Judeus-%C3%A0-Alemanha.php
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http://en.wikipedia.org/wiki/Jewish_boycott_of_German_goods

Anônimo disse...

e ninguem disse aqui que uma extermínio de um povo abre prerrogativa para este fazer o mesmo com os outros ,mas somente que na historia não á mocinhos ou bandidos!
pois não povo deixou de escravizar o user escravizado seu povo ou outro qualquer !
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enfim, uma hora os brancos vão acordar e dar uma basta na parasitagem que sofrem,que é sustentada pela incessante e repetitiva demonização dos brancos e vitimização dos não brancos!

Chesterton disse...

judeus são brancos.

Augusto Nascimento disse...

1) Nem Freedman nem ninguém jamais apresentou NENHUMA evidência de que os judeus alemães tenham sido responsáveis pela derrota alemã (só falta, agora, responsabilizar os cadáveres dos judeus liquidados na Solução Final) pela derrota nazista. O mito da "punhalada pelas costas" refere-se, especialmente, a sabotagem interna, nunca provada. Sem falar que faltaria explicar como os judeus alemães deveriam ser responsabilizados pelas supostas ações de suas contrapartes americanas (supostas donas dos jornais, da mídia, etc.): é típico de regimes como o de Stalin atribuir culpas-verdadeiras ou inventadas, mas sempre - a politicamente convenientes- a indivíduos e depois punir coletividades inteiras. Nisso, Hitler também não foi diferente de seu padrinho georgiano.
2) Se os judeus tivessem vendido a Alemanha em troca de Israel, teriam feito péssimo negócio porque o Estado judeu só foi estabelecido 31 anos, outra guerra, um Holocausto e um acordo entre ingleses, americanos e soviéticos depois. Aliás, o próprio antissemita precisa explicar que a linguagem da Declaração era "críptica" e em código, isto é, os judeus não teriam a quem reclamar caso não recebessem o supostamente prometido (como um documento desses pode servir de "recibo" de uma venda é coisa que o fascista não se rebaixa a tentar explicar).
3) Muitos judeus não só serviram no Exército do Kaiser como também desempenharam exemplarmente missões militares- o químico Fritz Haber, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da indústria química alemã, que permitiu que um país sitiado pelos adversários continuasse se
alimentando até a derrota militar final, foi um dos responsáveis pela guerra química alemã e recebeu a patente de capitão.
4)A Palestina não foi a única
colônia a trocar de mãos (colônias alemãs caíram nas mãos da Bélgica só para ficar em um exemplo-mas como não havia judeus em Burundi,o fascista ignora isso- e todos os outros fatos que não cabem na sua teoria conspiratória). Dizer que os ingleses não tinham direito de dispor dos territórios ocupados pelo Império Otomano quando ninguém nega seu direito de dispor dos territórios coloniais alemães é de um cinismo atroz.
5) Dizer que os judeus forçaram os EUA a entrar na guerra quando se sabe que Wilson nunca hesitou em denunciar a guerra submarina alemã contra os navios americanos neutros e depois do telegrama Zimmermann (interessantemente, o teórico da conspiração nada tem a dizer sobre essa conspiração que não é teoria) é simplesmente ridículo. Os judeus não precisavam instigar os EUA contra a Alemanha, o Kaiser já estava fazendo isso brilhantemente.
6) Os apologistas do Kaiser e de Hitler parecem sofrer de um caso clássico de consciência culpada, com o qual só sabem lidar através de projeção: Hitler não hesitou em fazer uso de traidores como Quisling e Pétain ou de apelar para o quinta-colunismo para fazer avançar seus objetivos, o Kaiser não hesitou em fazer uso de traidores para retirar a Rússia da Primeira Guerra (o namoro entre os nacionalistas alemães e os internacionalistas bolcheviques começou no célebre trem selado, teve por dote a Polônia e os países bálticos e terminou em divórcio sangrento em Stalingrado). Não surpreende que um império que se ergueu e se manteve sempre à sombra da trapaça tente se limpar sujando os outros. Como disse Hitler: "ninguém vai perguntar ao vencedor se ele disse a verdade". É a moral dos nazistas e dos seus modernos apologistas.

Augusto Nascimento disse...

"os judeus mandavam na economia bem como no sistema financeiro .eles tinham os alemães nas mãos. este boicote visava desestabilizar a economia alemã e criar mais fome e inflação de modo que o próprio povo pedisse a renuncia de Hitler"
1) Bobagem. Aliás, uma prova evidente de que não mandavam é que os apoiadores conservadores de Hitler não precisaram sequer se preocupar com a opinião dos tais dominadores judeus quando resolveram que os nazistas eram a opção mais segura para proteger seu capital dos comunistas alemães.
2) Esse boicote-convocado pelos judeus estrangeiros, já que os judeus alemães não poderiam deixar de consumir produtos alemães- seria menos motivo para exterminar os judeus alemães do que a declaração de guerra alemã aos EUA seria para os EUA exterminarem todos os alemães vivendo na América. Repito: acusar os judeus alemães de boicotar produtos alemães é estupidez, responsabilizá-los por boicotes estrangeiros é canalhice (aliás, não só tinham como se articular para apoiar esse boicote sob o regime nazista, como, para salvar suas peles, tiveram que se dissociar oficialmente dele-como o próprio artigo da Wikipedia deixa claro). Só regimes selvagens como os dos aliados Hiler e Stalin punem pessoas por sua origem étnica. Sem falar que só ditaduras acham que têm direito à unanimidade, faltou explicar exatamente que obrigação os judeus ingleses, digamos, tinham de comprar produtos de Herr Hitler, o autor do Mein Kampf.
3) Vejamos o que o seu link diz: "The Jewish boycott of German goods refers to one of the international Jewish responses to the enacted policies against Jews in Nazi Germany."
Como a consequência de algo pode tornar-se sua causa? Como a reação ao antissemitismo nazista pode tornar-se justificativa para o mesmo antissemitismo, que era baseado, aliás, na lenda da "punhalada" nas costas" na I Guerra?
4) " ninguem disse aqui que uma extermínio de um povo abre prerrogativa para este fazer o mesmo com os outros ,mas somente que na historia não á mocinhos ou bandidos!"
A História não é de mocinhos e bandidos, exceto quando se trata do extermínio "heroico" de milhões de civis indefesos (os que discordavam dos carrascos, por sua vez, são todos traidores-mas isso não se trata de fazer história de "mocinhos e bandidos", imagine só). Interessantemente, para efeitos da sua defesa da "raça branca", os noruegueses, belgas, dinamarqueses, gregos, austríacos, poloneses e outros povos que tiveram suas pátrias estupradas pela basta nazista não contam.

Augusto Nascimento disse...

"os judeus mandavam na economia bem como no sistema financeiro .eles tinham os alemães nas mãos. este boicote visava desestabilizar a economia alemã e criar mais fome e inflação de modo que o próprio povo pedisse a renuncia de Hitler"
1) Bobagem. Aliás, uma prova evidente de que não mandavam é que os apoiadores conservadores de Hitler não precisaram sequer se preocupar com a opinião dos tais dominadores judeus quando resolveram que os nazistas eram a opção mais segura para proteger seu capital dos comunistas alemães.
2) Esse boicote-convocado pelos judeus estrangeiros, já que os judeus alemães não poderiam deixar de consumir produtos alemães- seria menos motivo para exterminar os judeus alemães do que a declaração de guerra alemã aos EUA seria para os EUA exterminarem todos os alemães vivendo na América. Repito: acusar os judeus alemães de boicotar produtos alemães é estupidez, responsabilizá-los por boicotes estrangeiros é canalhice (aliás, não só não tinham como se articular para apoiar esse boicote sob o regime nazista, como, para salvar suas peles, tiveram que se dissociar oficialmente dele-como o próprio artigo da Wikipedia deixa claro). Só regimes selvagens como os dos aliados Hiler e Stalin punem pessoas por sua origem étnica. Sem falar que só ditaduras acham que têm direito à unanimidade, faltou explicar exatamente que obrigação os judeus ingleses, digamos, tinham de comprar produtos de Herr Hitler, o autor do Mein Kampf.
3) Vejamos o que o seu link diz: "The Jewish boycott of German goods refers to one of the international Jewish responses to the enacted policies against Jews in Nazi Germany."
Como a consequência de algo pode tornar-se sua causa? Como a reação ao antissemitismo nazista pode tornar-se justificativa para o mesmo antissemitismo, que era baseado, aliás, na lenda da "punhalada" nas costas" na I Guerra?
4) " ninguem disse aqui que uma extermínio de um povo abre prerrogativa para este fazer o mesmo com os outros ,mas somente que na historia não á mocinhos ou bandidos!"
A História não é de mocinhos e bandidos, exceto quando se trata do extermínio "heroico" de milhões de civis indefesos (os que discordavam dos carrascos, por sua vez, são todos traidores-mas isso não se trata de fazer história de "mocinhos e bandidos", imagine só). Interessantemente, para efeitos da sua defesa da "raça branca", os noruegueses, belgas, dinamarqueses, gregos, austríacos, poloneses e outros povos que tiveram suas pátrias estupradas pela basta nazista não contam.

Augusto Nascimento disse...

Correção: onde se lê "... aliás, não só tinham como se articular para apoiar esse boicote sob o regime nazista...", leia-se, por favor, "aliás, não só NÃO tinham como se articular para apoiar esse boicote sob o regime nazista"

maisvalia disse...

Tinhamos um positivista, agora temos um nazista.

Mr X disse...

De acordo com a Wiki, o primeiro sistema de busca foi o Archie, criado por um mulato nativo de Barbados. Essa foi surpreendente. Dito isso, o Google é muito mais do que uma mera search engine, Google Maps, Google Books, Google Earth?? Poxa, são serviços fundamentais, podem não ter inventado nada, mas fizeram melhor do que os outros.

Mr X disse...

Eu acho o seguinte: julgar TODAS as pessoas de uma certa religião e/ou etnia de forma negativa e generalizante é um erro. Mesmo que estatisticamente algumas generalizações sejam sim possíveis, e mesmo que haja sim conflitos inevitáveis entre grupos étnicos diversos (entre brancos e negros, entre cristãos/brancos e judeus), isso não quer dizer que exclusão ou extermínio sejam aceitáveis. O que eu acho apenas é que são inevitáveis. A humanidade é tribal, e muitas vezes violenta. O sonho multicultural é só um sonho, que vira pesadelo. Não vai acabar bem.

Quanto aos nazistas, mesmo que eles tivessem deixado em paz os judeus, ferraram com a vida dos eslavos, por exemplo. Seu ideal de supremacia germânica não tinha nada a ver com a irmandade dos povos brancos ou algo parecido.

Gunnar disse...

Mr X, vejo que você busca o ponto ideal tentando encontrar o "cmainho do meio", uma bonadade "equilibrada. Eu traçaria a linha em outro ponto.

O grande problema de nossa época não é o excesso de bondade, pelo contrário, as pessoas nunca foram tão egoístas e insensíveis. Coincidência ou não, nunca se viu, também, tanta cobrança por assistencialismo por parte do estado. E é esse o grande problema de nossa época, na minha opinião.

Acho que eliminando o altruísmo estatal já resolveríamos boa parte do problema. E, com um pouco de sorte, conforme o estado saísse da vida das pessoas, elas voltariam a acordar umas para as outras e tentar ajudar o próximo por iniciativa individual e com meios próprios.

Microempresário disse...

Mr. X, liguei para o hospício aqui perto de casa e pedi para mandar uma ambulância no blog para buscar dois "pacientes". Eles disseram que não atendem endereço eletrônico, só endereço físico, e com CEP.

Pelo jeito, vamos ter que aguentar os malucos...

maisvalia disse...

Meus amigos, almas sádicas e perversas, enviam-me toneladas desse material, sob a desculpa de me fazer rir. Não sabem o trabalho que me dão. Penetrar os meandros da estupidez humana, compreender o modus pensandi de um cretino, é tarefa mais árdua que a de ler Hegel ou Aristóteles. Hegel e Aristóteles, afinal, são filósofos, o que significa que cada linha de seus escritos remete a um núcleo unitário de preocupações, o qual, uma vez apreendido, esclarece todo o resto - até mesmo os trechos ambíguos e incoerentes.

Já o pensamento de um imbecil é o reflexo do seu estado momentâneo, inspirado por coisas que ele ouviu falar, mas das quais já não se lembra. Sua mente é um caleidoscópio de estilhaços, expressão fortuita de uma alma dispersa e fragmentária, cuja pouca e frágil unidade vem apenas dos automatismos consagrados que ele, imaginando serem criações suas e originalíssimas, repete com a fidelidade de um copy and paste. Por trás de cada uma dessas "opiniões pessoais" há uma identidade coletiva que permanece inconsciente e, desde as sombras, manipula o infeliz para fazê-lo acreditar que ele é ele mesmo.

Não espanta que, nessas condições, tudo o que o distinto pode fazer consista nestas quatro coisas, juntas ou separadas:

1) Catalogar minhas opiniões na gama paupérrima das classes estereotipadas que ele conhece, as quais, para ele, constituem tudo o que existe.

2) Fazer a lista daquilo que, no entender da criatura, aprovo ou desaprovo. Ser "a favor" ou "contra", gostar ou desgostar, é, nessa cosmovisão de jurados de TV, a atividade essencial ou única da inteligência humana.

3) Negar uma ou duas frases minhas ditas num programa de rádio e sair proclamando: "Derrotei o Olavo de Carvalho".

4) Na impossibilidade de realizar qualquer dos três feitos anteriores, ou na eventualidade de não ter obtido com eles o desejado alívio dos maus instintos, resta a hipótese de repetir, com um tremendo sentimento de originalidade, alguma das rotulações postas em circulação cinco ou dez anos atrás por Sebastião Nery, Janer Cristaldo, Mário Augusto Jacobskind, Rodrigo Constantino ou qualquer outro de idêntico valor e estatura. Dirão então que sou vaidoso, arrogante, fanático religioso, boca-suja, filósofo entre aspas, astrólogo enrustido ou coisa assim. Feito isso, encerrarão o assunto voltando-se orgulhosamente para os lados da cozinha e gritando: "Mãe, olha eu no Youtube".
PÔ, CARACA, O OLAVÃO ESQUECEU O AN. IMPERDOÁVEL!

Anônimo disse...

Eu.

O texto é realmente bom e em outras circunstâncias eu o traduziria, mas no momento estou numa correria danada com outras coisas e preciso priorizar textos que me parecem mais urgentes, mas sinta-se a vontade pra sugerir quantos textos quiser, com a frequencia que quiser, é só usar o espaço de comentários de Dextra.

Aliás, foi até bom vc ter sugerido este texto aí, porque o Occidental Quarterly é um excelente site que eu acompanho tem algum tempo, mas cujo feed eu infelizmente não tinha incluído no agregador do blogue. Agora ele está lá.

Há algum outro site ou blogue de mesma linha editorial que vc conheça e visite regularmente, mas que não está no agregador? Se sim, mande o link pra eu dar uma olhada. Ou por outra, se vc conhecer mais ou menos dia outras publicações de linha paleocon tipo o TOQ, sugira, porque são tão poucas que precisamos divulgá-las ao máximo.

Até.

Augusto Nascimento disse...

"Catalogar minhas opiniões na gama paupérrima das classes estereotipadas que ele conhece, as quais, para ele, constituem tudo o que existe."
Pois é, ele é incatalogável: durante décadas defendeu as teocracias islâmicas e equiparou o Islã ao Cristianismo, mas não é mussulmano (forma que ele prefere), é até defensor da guerra permanente dos neocons no Oriente Médio e cercanias. Defende a monarquia, mas não é monarquista. É "patriota", mas não perde oportunidade de caluniar nossa Pátria, nosso Povo e nossos mártires. É a favor da "democracia", mas acha que o maior pecado da ditadura foi cassar os direitos políticos de Lacerda-apenas uma entre as muitas vítimas das ambições políticas de ceros marechais e, definitivamente, não a mais inocente delas. Partindo de Cuba chegou ao Vaticano, passando por Riad. É o verdadeiro aplicador do Princípio da Incerteza de Heisenberg ao pensamento político.

Chesterton disse...

Out of the blue, an irate reader called me at my office this past Tuesday, feigning that he wished to talk about a strategic problem, but using the occasion to rant. After 20 seconds, I interrupted him and said the following:

Wait, wait, I have changed and now see how wrong I was in opposing your Obama. You see, he proved to us why Guantanamo was needed. That third war in Libya was necessary and I hope he goes into Yemen and the Sudan. Finally we got rid of the War Powers Act and the dreadful public campaign financing of presidential elections. Who else could have gotten gas up to $4 a gallon where it should be? Next he’ll get rid of those awful coal plants as we evolve to an 8-hour power day, saving us from global warming. Then look how well the economy recovered from Bush’s. We finally have a president who accepted the sophisticated European model so we can enjoy life as it should be lived, as in Athens or Rome. The new $5 trillion in borrowing will make those fat cats pay higher taxes and that will mean more jobs for everyone. Airbus is better than Boeing anyway so why build planes in union-hating South Carolina? We can all buy Chryslers and GM now to support the workers and shun those awful Volvos and Mercedeses. And without any more oil or gas leasing we will soon have to use solar and wind. Most people don’t need power anyway but waste it watching Oprah or grinding designer coffee beans.

I went on with:

Let us just hope Obama gets reelected. We could get food stamp usage from 50 up to 80 million where it belongs, expand home defaults and allow people just to “live” in “their” homes without foreclosures from the “greedy” banks. We all need time anyway to “be creative” and “leave your work.” Thirty million more could be given the chance to emigrate from Mexico without worry over a Gestapo-like border patrol. We could have ten Rose Bowl crowds booing an awful U.S. per week.

I thought he was still on the line, so I ended with, “And I didn’t even mention Obamacare with its 400,000 new jobs and lower health care costs for all of us! Who could be against Obama after that?”

But he had hung up and thought I was crazy.

Chesterton disse...

É "patriota", mas não perde oportunidade de caluniar nossa Pátria, nosso Povo e nossos mártires.

chest- que nossos mártires?

Anônimo disse...

cromo fumante subsequentes queima comprárão diploma subseqüente lindo reino posicionando

Chesterton disse...

os judeus vão salvar a Europa do multiculturalismo

http://opinion.financialpost.com/2011/06/10/israels-new-energy/

Augusto Nascimento disse...

"chest- que nossos mártires?"
Tiradentes e seus companheiros, por exemplo. Os abolicionistas. E não só nossos mártires, também outros heróis. Os fundadores da República (que ele ainda não decidiu se foram os católicos leais a Roma, que salvaram o Brasil do imperador sombrio da Maçonaria ou se foram os positivistas malvados, que exilaram o imperador maravilhoso-depende de quem está assinanndo os cheques em dado momento...). Não serei eu a acusá-lo de ter convicções.

Augusto Nascimento disse...

Além de desprezar Tiradentes, seus companheiros, os abolicionistas e outros inimigos dos tiranos, ele comete contra os verdadeiros heróis nacionais o crime de tentar elevar mediocridades-como D. João- e canalhas-como Lacerda- ao panteão dos heróis da Pátria. É um traidor, está a serviço dos inimigos do nosso povo.

Chesterton disse...

(que ele ainda não decidiu se foram os católicos leais a Roma, que salvaram o Brasil do imperador sombrio da Maçonaria ou se foram os positivistas malvados, que exilaram o imperador maravilhoso-depende de quem está assinanndo os cheques em dado momento...
chest- ele quem?

Augusto Nascimento disse...

Olavo de Carvalho, ora. Antes, ele dizia que a Proclamação da República tinha sido boa (logo, ele a atribuía à Igreja Católica). Agora, como passou a trair a Pátria, ele resolveu que a República foi uma péssima ideia (logo, só pode ter sido culpa dos positivistas malvados-a insatisfação da Igreja com o tirano some do quadro como os desafetos de Stalin sumiam das fotografias). Ele já reescreveu a História (especialmente, a do Brasil e a das Guerras Napoleônicas) mais vezes do que Stalin e o Big Brother juntos.

Chesterton disse...

cara, isso é mania de perseguição.

Augusto Nascimento disse...

Não, não é mania de perseguição. As constantes, súbitas e estranhas mudanças de opinião de Judas de Carvalho (poucas páginas do Imbecil Coletivo sobreviveram à síndrome da metamorfose ambulante dele) só são explicáveis se aceitarmos que ele é um traidor.

Mr X disse...

Poxa, agora virou Judas de Carvalho?!

Traidor a quem, eu também já mudei de idéia várias vezes.