terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uma nova divisão social

Primeiro tínhamos uma divisão entre homens livres e escravos, e depois Marx inventou que a humanidade estava dividida entre os trabalhadores (proletários) e a burguesia.

Hoje, no entanto, há uma nova divisão social, fonte dos problemas de nossa era: é entre trabalhadores e não-trabalhadores, ou, mais precisamente, produtivos e dependentes. A idéia não é minha, encontrei-a em um comentário no Belmont Club, mas acho que faz sentido. Vejam bem: de um lado temos os ultraricos que, de tanto dinheiro que têm, não precisam trabalhar. São herdeiros bilionários como Paris Hilton, atores de cinema como Tom Cruise, políticos milionários como Al Gore. Formam uma aristocracia, a nova nobilidade. Em alguns casos, como Soros ou Gates, controlam fundações e think tanks progressistas, e colocam dinheiro no Partido Democrata, quando não em causas mais radicais a nível global.

Aliada a essa elite, ou melhor, dependendo dela, está a massa de não-trabalhadores que vivem de benefícios estatais. Não são pobres, ao menos não em relação aos pobres do terceiro mundo, mas vivem em um estado de lamentável dependência. Seu trabalho resume-se a buscar cheques e vales-comida todo mês - e votar nos candidatos Democratas nas eleições (ou, na Europa, nos partidos socialistas). Essa massa de não-produtivos sustentados pelos impostos dos outros já representa 40% da população americana, e tende a crescer.

Temos, então, pobres e ultraricos não-produtivos em aliança contra os trabalhadores produtivos, ou seja a classe média e os pequenos e médios empresários, o pessoal que paga por toda essa festança com o dinheiro dito "público".

O triste é que muitos dos eleitores de Obama nem ao menos sabem de onde vem o dinheiro que os alimenta, como pode-se ver no trecho a seguir, em entrevista com cidadãos que, acreditando que o governo estava distribuindo cheques para a população, fizeram uma fila de milhares de pessoas em Detroit (áudio aqui):

ROGULSKI: Why are you here?
WOMAN #1: To get some money.
ROGULSKI: What kind of money?
WOMAN #1: Obama money.
ROGULSKI: Where’s it coming from?
WOMAN #1: Obama.
ROGULSKI: And where did Obama get it?
WOMAN #1: I don’t know, his stash. I don’t know. (laughter) I don’t know where he got it from, but he givin’ it to us, to help us.
WOMAN #2: And we love him.
WOMAN #1: We love him. That’s why we voted for him!
WOMEN: (chanting) Obama! Obama! Obama! (laughing)

3 comentários:

Chesterton disse...

Bem sacado, okhe esse post aqui, na mesma linha

http://bdadolfo.blogspot.com/2009/10/burguesia-fede-cazuza.html

Chesterton disse...

Mr X, sabe aquele colunista da Veja meio maluquete, amigo do PD, que apoia vegetarianismos, maconha e toda essa coisa? Bem, chameio-de burro e a coluna dele sumiu...estou me sentindo meio culpado (rs).

Mr X disse...

Bacana a coluna do Adolfo. De fato, o pessoal odeia a burguesia, não os (novos) aristocratas.