Que existe a pobreza, e que é um fator impossível de eliminar, todos sabem. Afinal, a pobreza é relativa. Eu, que ganho míseros xxx por mês, sou mais pobre do que A que ganha xxxxx. Os pobres na Índia são mais pobres do que os pobres nos EUA. Essa variação sempre vai existir. O que não se sabe exatamente é, por que os pobres são pobres? Isto é, por que logo eles e não outros?
Teoria marxista. Os pobres são pobres porque são explorados pela indústria capitalista malvada, que os mantém propositalmente na pobreza enquanto ri com um copo de uísque na mão e um charuto na outra. De todas as teorias, esta é provavelmente a mais estúpida, e vamos desconsiderá-la já de cara. Quer dizer, o senhor Y abre uma fábrica, dá emprego a centenas de pessoas que antes viviam de esmola, mas ei, ele os está explorando, afinal os infelizes deveriam ter "direito" a pelo menos metade da fortuna de Y cada um. Bah.
Teoria biológica. Os pobres são pobres porque são burros. Bem, apesar da afirmação geral ser falsa, há um quê de verdade nisto. O caso é, aliás, longamente elaborado no livro "The Bell Curve", onde se estuda a relação entre classe social e QI. Uma grande parte dos pobres (não todos) tem provavelmente baixo QI, e o máximo que podem aspirar é a um emprego no McDonalds. É triste, mas realmente, mesmo que tentem, nem todos podem ser físicos nucleares, CEOs ou engenheiros espaciais (eu não posso, por isso vivo de picaretagens aqui e acolá). Mas a teoria é injusta com os pobres inteligentes. Muitas pessoas, apesar da inteligência, estão na pior, simplesmente tiveram azar ou não tiveram estudo e oportunidade. Algumas dessas pessoas conseguem até subir de vida, o que é admirável. De fato, é preciso ser MAIS inteligente do que a média para subir desde baixo. Nascer em berço de ouro e continuar rico não é difícil. Nascer na lama e subir de patamar, mesmo à classe média, demanda esforço e inteligência sem par.
O problema desta teoria é também que, se os pobres são burros, não haverá jamais solução para a pobreza. Bem, há uma sim, colocá-los no funcionalismo público: não sei se você percebeu, mas são quase sempre as pessoas mais burras, ignorantes e preguiçosas que trabalham ali. (Usá-los como bucha de canhão em guerras ou em revoluções e "movimentos sociais" é tambem uma estratégia bastante eficiente.)
Teoria da estratificação social: Certas sociedades são organizadas de modo a que certos grupos fiquem sempre por cima, e certos grupos sempre por baixo. Na Índia, isso se dá (ou dava) diretamente, pelo sistema de castas. Mas se pensarmos nas sociedades aristocráticas européias, onde a nobreza era transmitida hereditariamente, é claro que a ascensão social ficava mais difícil para os de fora do clube. (No Brasil temos um sistema parecido, em que os políticos e aqueles bem relacionados com eles ficam por cima, e o resto por baixo. Pense um pouco: enquanto nos EUA para abrir uma empresa você precisa de no máximo 6 dias, no Brasil há tanta papelada e regulação - para não falar em corrupção - que a média é de 152 dias. Não vejo demonstração mais clara do interesse dos políticos em impedir a ascensão social no Brasil).
Alexis de Tocqueville, em seu famoso livro sobre a democracia americana, afirmou que o sistema americano funcionava e funcionaria - desde que aqueles que eram ricos mudassem a cada geração. Ao contrário da estratificação social das aristocracias européias, nos EUA havia um sistema de grande mobilidade social, na qual qualquer um poderia ascender socialmente desde que tivesse esforço e inteligência. (Hoje o que está ocorrendo é que uma casta de políticos e seus amigos quer se eternizar para sempre na Elite).
Teoria calvinista. Os pobres são pobres porque foram castigados por Deus. Bem, de acordo com certas teorias populares sobre o calvinismo (a teologia é na verdade bastante mais complexa), a riqueza era um dos modos com que Deus indicava quem eram os eleitos. Afinal, os que se esforçavam e trabalhavam em geral obtiam mais sucesso do que os preguiçosos. Embora isso também seja parcialmente verdade (esforço e trabalho ajudam, e a mentalidade calvinista foi em parte responsável pelo sucesso da sociedade americana), também é verdade que nem todos os ricos são esforçados, muito menos bons ou justos.
Esta é, também, a mais deprimente das teorias. Quer dizer, os pobres levam uma vida de sofrimento, degradação, fome, cansaço. E, ao morrer, ainda vão para o inferno.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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35 comentários:
...e Woland, escreve, agradecido: Valeu, Mister X ! Uma bela moça, envolta na bandeira de Israel. Sensual mas algo bem ocidental mostrando que eles são iguais a nós. Só mostram imagens de Israel os ortodoxos e do exército deles....Eles não são SÓ isso. As moças iranianas, no mundo "arábe" as mais lindas, deixe elas lá. Que a modernidade volte ao Irã. E a de echarpe azul, uma gata. Pobres... São várias as razões. Não acredito em burrice e sim em preguiça. Woland presidente, antes de tomar um tiro, faria: escolas públicas 1º , 2ºgraus e cursos técnicos GRATUITOS ! Fim das Universidades PAGAS ! Quem não tem paga depois quando começar a trabalhar. Greves, Greves e mais greves surgiriam... Alimentação: os pobres, coitados, sofrem mais e sem saber. Compram os seus itens mais básicos carregados de taxas e impostos indiretos ! Woland presidente baixaria muito essa carga tributária em cima da população e, principalmente, em cima dos pobres. Transporte: Melhoraria, e muito, o ir e vir das camadas mais pobres. Trens, metrô, a navegação de cabotagem voltaria com força máxima ! Os velhos Ita voltariam com ótimos e modernos navios... brasileiros ! A indústria naval forte novamente ! Emprega nego pacas ! Pergunte ao seu Hyundai. Saúde: Do jeito que tá num dá: O modelo chileno, apesar de tudo, me parece bom... Questão de aperfeiçoamento. Cada um tem que poupar e fazer o seu plano de saúde e previdência. Ensino e propaganda. Não temos que nos vacinar contra a gripe suína ? Governo fiscalizaria e caso algum banco quebrasse, arcaria com os custos( por um tempo...). Para isso, criação do Ministério do Seguro ! Mais moderno. E fim de "milhares" de ministérios lullalulistas ! Prá que Ministério do Trabalho ? Que coisa mais... fascista... Seria um verdadeiro presente de grego para os socialistas populistas esse meu plano, não ? Gregos ? HA ! Claro, tudo levaria 2 ou 3 gerações pois vivemos, aqui, no Brasil, na mais completa zona governamental ! E, se iniciado ontem o meu projeto( que não é meu: Tem Roberto Campos aí...) ! Depois disso, se saíssimos vivos das milhares greves, guerrilhas e, quem sabe, uma guerrinha, teríamos um estado pequeno e eficente ! Impostos em torno dos 20% do PIB. Um verdadeira gigante liberal ! Fim do voto obrigatório, inicio do desvoto a cada 2 anos. Então, levaria um tiro e entraria para História... Cadê a C* prá me chamar de doido ? Toda população poderia usufruir disso e o pobre que não usufruisse continuaria pobre por preguiça... ou malandragem ou jogou na roleta e perdeu tudo... " Perdeu tudo nas patas dos cavalos " como dizia a minha vovó... Só não ficariam pobres por populismo irresponsável ! Acho que esse plano daria oportunidade para todos sem deixar os ricos menos ricos, muito pelo contrário ! Claro, apefeiçoá-lo seria necessário. Sempre. Muito da grana de brasileiros ricos fora do país voltaria para cá em forma de investimento em pequenos e médios empreendimentos e não como hot money, atrás do juros altos proporcionados pelo nosso governo perdulário. Mister X, quantas Starbucks existem em N.Y. ? E em São Paulo ? Alguém de Sampa poderia me responder ? No Rio, somente duas. Aquilo emprega gente...
... tô escrevendo rápido porque tenho que sair. Até amanhã ! "Árabe", "arábe"... Woland.
Caro X,
a pobreza é condição original do homem. Exemplificando: numa aldeia de índios isolada e sem contato com a civilização, seus membros seriam classificados como ricos ou pobres pelos critérios que costumamos usar? Podem até ser ricos espiritualmente, mas do ponto de vista material certamente não o são.
Por outro lado, é interessante comparar o silvícola que não conhece a agricultura com aquele que a domina. Ao ser introduzida uma tecnologia (a agricultura), o indivíduo que a possui passa a ter disponível uma maior quantidade de alimento quando comparado ao que não a tem, gerando uma desigualdade. Sempre que se introduz uma nova tecnologia a desigualdade aumenta.
Novas técnicas mais eficientes permitem uma produção que consome menos tempo, energia e matéria prima. Compare um indivíduo do século X que era obrigado a produzir cada livro escrevendo manualmente com o dono de um prensa manual como a criada por Gutenberg. Em apenas um ou dois dias, sem grande esforço, este último poderia produzir mais livros que um copista medieval seria capaz em toda a sua vida de trabalho.
Essas revoluções técnicas levam a ganhos crescentes de produtividade, que é essencial para que haja crescimento econômico. Só para ter uma idéia, antes da revolução industrial, esse crescimento se dava a velocidade de 5% AO SÉCULO. As inovações eram muito lentas e vagarosamente incorporadas à produção. Apenas após a industrialização o ritmo de criação e introdução de novas tecnologias se acelerou.
Contudo, novas técnicas de produção culminam com o aumento da desigualdade de renda. Isso ocorre porque elas são introduzidas de maneira assimétrica, assim como a distribuição dos prêmios oriundos se dá de forma desigual. Mas isso não acontece porque “os ricos” conceberam um plano maquiavélico para criar a pobreza e manter os pobres na eterna miséria para explorá-los e subjugá-los. Pelo menos é o que penso.
Adriano
Woland presidente.
E Adriano (acima) como Ministro de Economia.
"Essas revoluções técnicas levam a ganhos crescentes de produtividade, que é essencial para que haja crescimento econômico."
Essas inovações técnicas não servem para nada, no longo prazo, se seus frutos não forem divididos de forma justa. Roma tinha seus aquedutos, reis e suas cortes,nas Monarquias Absolutistas,viviam em opulência, explorando os camponeses.Estamos regredindo em vez de avançar. Basta ver o triste espetáculo de pobreza, humilhação e desagregação que cerca a afluência nas nossas cidades. Os ricos(mais ou menos) escapam, mas os pobres... Como escreveu José Américo de Almeida, "Há uma miséria maior do que morrer de fome no deserto: é não ter o que comer na terra de Canaã.".Comte previnira que não haveria paz duradoura e verdadeira enquanto o Proletariado(termo já usado por Comte) não fosse integrado à Sociedade, não tivesse acesso ao tesouro material e espiritual da Humanidade(Comte defendeu o ensino para todos, não só para privilegiados),não fosse livre. Ele previu que o péssimo tratamento jogaria os trabalhadores nos braços dos agitadores socialistas(foi o que aconteceu com os camponeses russos e chineses, com os trabalhadores tcheco-eslovacos,que no começo deram apoio aos comunistas e com vários países latinos-como Brasile Chile-, que só se salvaram do Comunismo graças a ditaduras)e que posturas tirracionais e anti-científicas engendrariam governos totalitários e ditatoriais(dos quais tivemos nossa fatia, no Brasil) e guerras horríveis entre os povos. Comte previu que a Argélia deveria ser devolvida aos argelisnos: quantas mortes desnecessárias teriam sido evitadas se ele tivesse sido ouvido? Ele defendeu, no Século XIX, a união pacífica de povos europeus. Quantas guerras isso não teria evitado? Não adianta aumentar a produção se esse aumento não for usado para melhorar a vida das pessoas (Comte foi um dos maiores defensores da educação para os trabalhadores, os positivistas foram pioneiros na defesa de leis trabalhistas e no combate à chaga da escravidão no Brasil).Comparar nossa sociedade com a dos índios, fetichistas e atrasados, é simplesmente inapropriado.Uma das grandes qualidades humanas é a capacidade de "conservar, melhorando",evitando o apego dogmático a estruturas que perderam a razão de ser-como a moral teológica, que deve ser substituída pela moral positiva-, mas evitando o erro revolucionário de romper com as estruturas ainda úteis: por isso Comte defendeu um conservsadorismo não-retrógrado, pacifista(alcançada a Paz Mundial,as Forças Armadas seriam transformadas em forças policiais). O Mercado sozinho não pode resolver os problemas que enfrentamos, a questão da pobreza precisa ser atacada de forma corajosa e altruísta (Comte criou a expressão altruísmo). Forças cegas, trate-se da "Mão Invisível" dos liberais ou da Dialética dos marxistas, não vão resolver os graves problemas com que nossas sociedades se confrontam, só seres humanos podem resolver os problemas que seres humanos criaram.
Um retorno ao Positivismo?
Existe pobreza nas cidades (favelas), mas seus moradores são os descendentes de pessoas que vieram de regiões ainda mais pobres do que a favela (sertão nordestino). Os pobres rurais vêm à cidade para se aproveitar da riqueza e do trabalho que há na cidade, e inclusive moram na favela por conveniência, por ser mais próxima do local de trabalho (e por isso a falência dos "projetos" ou habitações populares, que aliás em muitos casos também viraram favela. É uma questão muito complexa, mas não há "exploração" alguma aí no sentido marxista. A não ser que falemos da questão do narcotráfico, que é outra história.
No sentido marxista, não, mas o "Sistema de Política Positiva", de Comte, antecede o primeiro volume de "O Capital", por exemplo, em mais de 10 anos. Disso e da quase-obsessão de Comte com a educação dos pobres, a proteção das mulheres da necessidade e da violência, o direito dos animais e a incorporação do proletário à Sociedade, podemos ver o quanto ele estava à frente de seu (e do nosso!) tempo. Comte provou que a propriedade deve ser propriedade de toda a Humanidade (o Grande Ser, só devendo seu uso ser delegado aos Capitalistas para que apressem o desenvolvimento da Humanidade.
Realmente, em muitos casos a situação dos pobres melhorou um pouco, mas o fracasso dos sucessivos governos em garantir a incorporação dos trabalhadores à Sociedade e de garantir o acesso deles aos benefícios-inclusive, intelectuais-de economias cada vez mais prósperas é lamentável. Toda essa riqueza de nosa sociedade, da qual nos gabamos, será tão útil para nós quanto as pirâmides para as múmias a não ser que reformemos nossa Sociedade segundo princípios positivos e mais justos.
Se tem uma coisa que me incomoda é gente tentando explicar as coisas mais óbvias e ululantes.
Descambam a criar explicações ideológias, sociais, biológicas e até religiosas para jsutificar este ou aquele fato simples do universo.
Por que os pobres são pobres?
Por que as feias são feias?
Por que os maus são maus?
Por que subalternos são subalternos?
É óbvio né!!! Não prcisa pensar nadica e concluir que as coisas sãoo que são porque a diferença é parte da existencia epronto.
Se todos fossem iguaizinhos na renda, na aparência e no trabalho não passaríamos de formigas ou cupins. Existem feias e existem belas. Existe que manda e quem obedece. Existe pobre e existe rico e não tem nada de complicado muito menos filosófico ou ideológico nesta diferença. Um existe porque o outro existe e um é a razão do outro. Questão de comparação.
Num tem nada que ficar querendo explicar ou achar causas em coisas óbvias. Isso é coisa de intelectual!!
Araços Mr. X!!!
josua !!
como sempre, lucidez cortante e cinica !
que bom te ler de novo !
seu woland, "
O modelo chileno, apesar de tudo, me parece bom..."
faltou dizer que esse modelo foi iniciado pela former presidente michelle bachelet, socialista non-populista, e que graças a ela o chile saiu daquela treva medieval !
( odeio essa propaganda sionista do baner...)
"o chile saiu daquela treva medieval"
Hum... A economia do Chile é a mais sólida da América Latina desde os anos 70. Chicago Boyz and all that. A Michelle só manteve o barco andando, e olhe lá.
"( odeio essa propaganda sionista do baner...)"
Qual propaganda sionista?
Pobreza é comportamento. Tem gente incapaz, eu sei, mas a maiorira não é incapaz, ou muito burra, apenas tem um comportamento diferente daqueles que acumulam.
Um amigo dele dizia que não ia juntar dinheiro não, afinal, não tinha sido ele que o espalhou por aí....pobre.
Muito bom, Mr X. Vou te inserir no meu blogroll.
O Chile, diz-se, foi um dos poucos países da AL que tinham algo semelhante a uma aristocracia quando da sua independência. Li essa informação num historiador respeitável; é preciso conferi-la.
Mr X. uma das perguntas que eu sempre faço no meu depósito é essa: a quem interessa a pobreza? Quem lucra com a pobreza? Os endinheirados não lucram com a pobreza, porque são obrigados a viver enjaulados em condomínios fechados e com a paranóia da insegurança. Isso também acontece com a emergente classe média. Os pobres também não lucram com a pobreza, estes só perdem com isso. Quem lucra com a pobreza, na verdade, são os que fazem dela massa de manobra, certos políticos e movimentos sociais como o MST.
"Pobreza é comportamento. Tem gente incapaz, eu sei, mas a maioria não é incapaz, ou muito burra, apenas tem um comportamento diferente daqueles que acumulam."
Se não têm pão, que comam brioches, disse Maria Antonieta (na verdade, é muito provável que ela não tenha dito, mas de qualquer maneira se tornou a padroeira da falta de bom senso a serviço da falta de sensibilidade social). Talvez, isso explique como certos não-pobres se tornaram pobres ou como alguns poucos pobres continuaram pobres, mas não explica o fenômeno da pobreza. Sem falar que muitas pessoas-maioria?- nas classes alta e média não são "acumuladores", apenas garantem uma renda estável razoavelmente alta, graças a suas formações educacionais, talentos profisisonais valorizados ou trambiques. É claro que devemos valorizar muito a poupança e a prudência("saber para prever, a fim de prover"), mas o direito e DEVER de cada pessoa de cuidar de si mesma e de seus entes queridos e ser prudente não pode servir de pretexto para uma sociologia de botequim que coloca sobre os ombros dos mais indefesos a culpa pelas iniquidades absurdas dos sistema. Isso não é a ciência sociológica, fundada por Comte, é só racionalização a serviço do egoísmo e do preconceito, baseada em "provas" anedóticas com tanto valor científico, explicativo e moral quanto as velhas e infames "piadas de preto".
Caro Augusto,
Não sou insensível ao sofrimento que a pobreza gera aos que dela padecem, por razões tanto humanitárias quanto cristãs (no meu caso).
Também considero importante a educação para melhora cultural e material de qualquer povo. Contudo, os ganhos de produtividade (novas tecnologias) são peça central no desenvolvimento econômico. Um bom exemplo são os argentinos - a despeito de disporem de de um bom sistema educacional (para padrões latino-americanos), há anos sofrem com políticas malucas que destruíram o setor produtivo.
Concordo que um mundo é muito mais que economia, mas as políticas educacionais e de redução da pobreza necessitam SER FINANCIADAS. Riqueza não surge do nada de modo mágico, há condições mínimas par obtê-la que a lógica econômica recomenda que se respeite.
A despeito de seus (muitos) defeitos, o capitalismo continua imbatível em aumentar o bem estar material de qualquer nação. Certamente não é matando a "galinha dos ovos de ouro" que as coisas vão melhorar.
O capitalismo e o mercado não são, nem aspiram a ser, um sistema ético e moral. É apenas meio para se obter uma alocação eficiente dos recursos disponíveis e gerar bens materiais. Nada mais.
Adriano
Antonio Nascimento, pobreza não é fenômeno, é a condição natural do Homem.
sociologia de botequim que coloca sobre os ombros dos mais indefesos a culpa pelas iniquidades absurdas dos sistema.
chest- já opiniões como essa são um fenômeno, o coitadismo tupiniquim.
... e Woland, volta: Boa tarde ! Que maldade, Miste X ! Mas terei seguranças... sou um homem prevenildo. Woland Prevenildo da Silva. C*, perái ! Bachelet só APERFEIÇOOU o sistema, que vinha de várias décadas acontecendo no Chile. Pinochet foi o diabo para a democracia mas a economia chilena adorava ele ! Aqui, o contrário. Ditadurazinha com Festivais da Canção e economia soviética ! E, no Chile, deverá continuar assim. No Brasil, precisamos de um partido conservador e de socialistas de verdade ! Prá quem gosta de vermelho, senhora Bachelet deveria dar cursos por aqui... Eles, agora, com bilionário presidente, de direita e conservador ! VIVA o Chile ! Com terremoto, vulcões e tsunamis... E deixa a linda israelense em paz ! Um menino pobre, na favela da Maré, hoje, 35 graus à sombra( o Verão, definitivamente, não quer deixar o Rio - O clima ajuda ! Tirando a Austrália, Nova Zelândia e o Chile, suas principais cidades, e, no caso, a N.Z. toda, em latitudes mais baixas, qual outro país 1º mundo, no hemisfério sul, hein ? ). Qual será a atividade do moleque neste exato momento ? Escolas municipais e estaduais são uma porcaria de dar dó ! Só doutrinadores de esquerda( redundância... só "doutrinadores" está muito bom !)entrando em greves toda a hora. No 2ºgrau, não sabem multiplicar 6 x 7. Pobre menino, pai e mãe trabalhando, sei lá onde e no que, sozinho. Sem contar que a maioria dos pais são ignorantes mesmo... "Como um pão que tá bão. E não enche porra ! " Se é que ele sabe quem é o pai. Saúde, alimentação, transporte, saneamento básico... Tem que ter um carater fortíssimo, uma vontade hercúlea para crescer na vida. A pipa, o futebol e outras cositas más, estão ali do lado só a infernizar a sua cabecinha. De 100 só 2 conseguirão "chegar lá". Clima, "preguiça"( tentar muita grana o mais rápido possivel e de maneira "pouco convencional" dando com os burros n'água e de forma atabalhoada, ultimamente só vê isto. Vejam o exemplo do nosso bilionário Aike Batiiista ! Preparadíssimo ! Nunca será preso ) e populismo de esquerda emperrarão a vida dele. Ah, sou conservador. Tem saída à direita ! Socialismo é uma merda danada... Bom em lábios treinados e ouvidos despreparados.
...e como eu erro, pô ! Qui Scribit, Bis Legem !
Woland
1. Pobreza não tem uma "causa". Como diz o Chest, é estado natural do homem. Pessoas são ricas ou pobres assim como são altas ou baixas. Com a diferença que, em relação à pobreza (pelo menos no sistema capitalista), a atitude individual pode fazer toda a diferença. Justo nunca vai ser, sempre teremos casos de pessoas idiotas nascendo em berço de ouro e pessoas boas nascendo na merda, mas fazer o que?
2. Capitalismo não é sistema ético. É sistema econômico. Culpar o capitalismo pelas mazelas sociais é tão equivocado quanto tentar aplicar a lógica de mercado à ética. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
3. Dinheiro é um pedaço de papel. Muita gente nem quer ficar rica (eu, por exemplo), ou muito rica. Alguns gostam até de ser pobres! Cabe a cada um aprender a colocar na balança o valor do tempo (de que precisa abrir mão para acumular bens) versus o valor do dinheiro...
Ninguém É pobre.
Alguém ESTÁ pobre ou ESTÁ rico.
O resto é conversa fiada.
"... pobreza não é fenômeno, é a condição natural do Homem."-Chesterton
Menos mal. Pelo menos, agora, pobreza não é mais falta de vergonha na cara dos pobres. Pena que alguns vivam em condições mais naturais que os outros.
"Capitalismo não é sistema ético. É sistema econômico."
Por isso mesmo, é necessário um sistema moral que limite o poder da ganância, tornando a riqueza particular um instrumento da Sociedade, não a Sociedade um instrumento da riqueza particular, que é o que acontece tanto nos países capitalistas (como o general Smedley provou), como nos países ditos comunistas, onde a Nomenklatura desfruta de privilégios enquanto os trabalhadores sofrem. Na Idade Média e durante algum tempo depois, a moral teológica fazia isso, mas atrasava o progresso material e científico, mentindo sobre as leis que regem o Universo, perseguindo Giordano Bruno, Galileu, atacando Darwin,etc. Hoje, só uma moral positiva, isto é, baseada na Realidade, pode limitar a ganância.
Eu acho que o Gunnar matou a charada, é uma questão de tempo vs. dinheiro.
Sempre lembro de um dono de armazém que uma vez, durante uma discussão sobre salário mínimo que era baixo demais, falou algo assim, "se você acha o salário mínimo baixo, então pare de reclamar e ganhe mais dinheiro". No caso dele, o modo de ganhar mais dinheiro foi abrir um armazém e trabalhar 12 horas por dia. Há outros que se contentam com menos. Há quem se contente em ganhar bolsa-família e viver com alguns poucos trocados por mês, mas tendo que trabalhar pouco ou nada. Acho OK.
Eu, por exemplo, provavelmente poderia ganhar mais se fosse mais ambicioso e menos preguiçoso e trabalhasse 12 horas por dia em diversas ocupações, mas, honestamente, prefiro ganhar menos mas não ter que acordar cedo e ter tempo para outras coisas também.
Depois, ficar rico para quê? Para comprar carro e mansão de luxo? Eu não ligo para status, embora muita gente por aqui ligue. É o caso do Al Gore, que graças ao "aquecimento global" acaba de comprar uma mansão de 8 milhões de dólares em uma das regiões mais chiques da Califórnia. Casa com 9 banheiros, 6 lareiras e vista pro mar. Quem precisa de 9 banheiros? Será que o Gore sofre de diarréia crônica? E 6 lareiras na Califórnia? Não é que tinha um certo "aquecimento global"? De frente pro mar? Mas não é que o nível do oceano estava subindo?
É, tem otário pra tudo, e graças a eles muitos enriquecem. Eu prefiro utilizar meu tempo de outra forma. Mesmo não fazendo nada. Mas economizando um pouco, isso sim, como o Chest sabiamente falou.
De onde se conclui que o brasileiro não quer trabalhar para se sustentar, quer ser cuidado numa eterna infância. Brasileiro quer "benefits" ...
E salários baixos parecem ser condição sine qua non para o enriquecimento de um povo (os caras estão a fim de suar a camiseta), enquanto salários altos levam a acomodação crônica (ninguem está a fim de suar a camiseta.
"Mas economizando um pouco, isso sim, como o Chest sabiamente falou."
E eu insisto que economizar é muito louvável e recomendável, um direito individual e um dever cívico. Daí a atribuir o fenômeno da pobreza aos pobres gastadores é um pouco demais.
Por falar em pobres, não vi até agora o governo Lula ajudar eles como deveria. No máximo tem mantido eles pobrinhos e manietados por bolsas isso e aquilo. Inegavelmente uma boa jogada eleitoral. Basta ameaçar que se a oposição ganhar vai cortar as mamatas e o povaréu pobrinho vota em massa no PT.
Nem a reforma tributária o PT fez. Por exemplo - Zé da Silva, servente de pedreiro, pai de cinco filhos que mora num barraco numa favela paga uns 35% de imposto sobre cada quilo de feijão que come. Eduardo de Azeredo Freitas Pimpão, mega empresário, dois filhos e que mora numa mansão nos Jardins paga o mesmo percentual...
Mas resumindo - Pobres são pobres porque a pobreza ( e suas consequências) interessa aos políticos.
Concordo com o Chest, pobreza não é "fenômeno", é nosso estado natural. Uma tribo de índios é "pobre"?
A civilização cria riquezas, mas uns enriquecem mais do que outros. É assim mesmo.
Mas há casos sim em que a pobreza interessa aos políticos, mas falarei disso alguma outra hora.
é realmente um assunto que levaria uma eternidade para esgotar-se. Acho que quase todos aqui têm argumentos válidos. O problema é que há diversos tipos de probreza. Desde o infortúnio de nascer em Serra Leoa quanto a irresponsabilidade e inconsequência individual. Maiormente, muitos fatores se combinam.
Quanto a riqueza, também existe o problema. O cara que tem uma lojinha e não quer expandir-se, pois se se pode ganhar mais dinheiro, também terá muito mais dor de cabeça e dias estressantes.
Casa, roupa, dinheiro para pagar as contas e um tantinho para ir ao restaurante e poder viajar uma vez por ano, me bastam.
o problema dos pobres é que eles comem a própria casa (li isso por aí).
Vivem hand to mouth.
Mas é claro que existem inúmeras maneiras de ficar pobre ou perpetuar a própria pobreza.
Por falar em pobreza e riqueza, alguém aí tem uma dica de onde investir, nestes tempos de quebra geral? :-/
renda fixa.
quando a bolsa chegar lá no pé, compra tudo de novo.
Tem que ter um amigo jovem no mercado financeiro. Quando ele estiver deprimido, compra, quando ele estiver eufórico, vende.
Você é um idiota que não conhece nada a respeito de teoria política ou de realidade social. Vai se instruir, seu estúpido!
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