segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia das mulheres

Já que é o dia das mulheres, denunciemos um pouco as injustiças cometidas contra elas. Começamos com notícias do Irã, onde as mulheres têm direitos menores do que os homens e dependem destes para ter permissão para trabalhar, estudar, ter passaporte, etc. E isso que no Irã nem é tão ruim quanto na Arábia Saudita ou Iêmen, onde as mulheres não podem trabalhar de forma alguma e muitas vezes são obrigadas a casar e ter relações sexuais aos 9 anos de idade.

E isso nem é o pior - na Nigéria, muçulmanos atacam mulheres cristãs e seus bebês e os decepam a golpes de facão.

Enquanto no mundo muçulmano a mulher tem uma posição claramente secundária, quando não terciária (os camelos provavelmente são mais valorizados), no Ocidente a mulher está em situação bastante mais confortável e ocupa cada vez mais espaço. Alguns dizem até que de forma exagerada. Será? Vejamos.

Todas as religiões - ao menos as mais conhecidas - sempre deram um papel de submissão à mulher. Isso ocorre no judaísmo, no islamismo, no hinduísmo e até no cristianismo (embora este tenha acabado com certos costumes como o apedrejamento de adúlteras, por exemplo). Mas mesmo as sociedades primitivas observam uma clara divisão de tarefas entre homens e mulheres. (Embora alguns afirmem que as religiões e sociedades originais eram matriarcais - e talvez houvesse um reflexo disso mesmo nas divindades femininas da Grécia Antiga).

O secularismo ocidental acabou com a maioria desses limites e hoje há mulheres em quase todas as áreas e profissões. Por outro lado, a idéia de que as mulheres sejam exatamente iguais aos homens e possam realizar todas as mesmas tarefas que estes tampouco é de todo verdadeira. Afinal, também existe uma coisa chamada biologia.

Ora, por mais que queiram as feministas radicais - ou feminazis -, homens e mulheres não são exatamente iguais. Um exemplo simples: os homens tendem a ter maior força física. Embora a tecnologia tenha equiparado um pouco os sexos, permitindo às mulheres a participação até mesmo em atividades militares ou de alto risco, ainda não é possível dizer que haja uma igualdade total. Pensem no caso de Brian Nichols, acusado de estupro, que conseguiu liberar-se ao ser conduzido para a corte, tirou a arma do policial que o levava ao tribunal, matou o juiz e fugiu. Ora, o policial encarregado de vigiá-lo era uma mulher - não só isso, uma mulher de 51 anos de idade e 1.60 m de altura, responsável por cuidar de um criminoso violento de 34 anos e quase 1.90 de altura... (Posteriormente o sujeito foi preso, e novamente conduzido à prisão por uma mulher franzina).

Outro exemplo: o sexo. Como todos sabem, homens e mulheres pensam de forma diversa a respeito do assunto. Além disso, as mulheres correm constantemente o risco de ser estupradas; homens não costumam ter esse problema (nas raras vezes em que isso ocorre, estão na prisão e seu estuprador é um negrão de dois metros de altura). Então isso limita um pouco a liberdade das mulheres de andarem sozinhas pelas ruas -- a não ser que utilizem este sofisticado aparelho anti-estupro (vídeo gráfico).

Uma coisa que está ocorrendo mais recentemente é à igualdade forçada. Por exemplo, uma recente lei na França obrigava as empresas a contratarem 50% de executivos-mulheres, e houve outra lei em algum país do norte - Holanda? Suécia? - que dizia que as mulheres deveriam ocupar obrigatoriamente 50% do parlamento. Nesses casos, sou contrário. Se há mulheres interessadas em administração e política, nada contra. Porém, convenhamos, não é preciso forçar. A verdade é que, em geral, as mulheres se interessam menos por política do que os homens. Afinal, quantas mulheres há que comentam aqui? Ou nos blogs de política em geral?

(Se bem que, de acordo com recentes estatísticas, as mulheres formam a maioria dos usuários de grande parte dos principais sites da Internet - Facebook, Youtube, Myspace, etc. Os homens ainda ganham nos sites relacionados com tecnologia - e pornografia, é claro).

Bem, no mais, eu não sou a favor da igualdade entre os sexos, simplesmente porque acredito que as mulheres são superiores em quase tudo aos homens.

Feminazis torturam um pobre comunista.

71 comentários:

Anônimo disse...

"Ora, o policial encarregado de vigiá-lo era uma mulher - não só isso, uma mulher de 51 anos de idade e 1.60 m de altura, responsável por cuidar de um criminoso violento de 34 anos e quase 1.90 de altura..."
Se fosse um homem de 51 anos(ou seja, 17 anos mais velho que o homem a ser vigiado) e 1.60 m ou 1,65 m, o prisioneiro não poderia escapar? E a diferença de reflexos que impediu a policial d eusar a arma? Ela só afeta mulheres na meia-idade, nunca homens na meia-idade? A diferença entre os desempenhos exigidos entre homens e mulheres para admição na polícia é tão grande que homens franzinos nunca são aceitos? Não há vários casos de bandidos que desarmaram policiais homens, escaparam de prisões, locais de flagrante, transportes de prisioneiros (às vezes por uso incorreto das algemas), etc? Tudo isso parece desculpa para mandar as mulheres de volta para a cozinha.

Anônimo disse...

Eu quis dizere "admissão na polícia".

Mr X disse...

Bem, é claro que se fosse um homem baixinho de 51 para cuidar de um rapagão alto e forte o resultado provavelmente seria o mesmo.

Então é óbvio que houve uma série de más escolhas, ou imprevidências, aí, e o fato da policial ser mulher é a menor delas.

De qualquer modo, é fato que as mulheres têm em média menos força física do que os homens, o que dificulta em certos trabalhos.

Por outro lado, eu gosto de mulheres policiais. Nada mais sexy do que uma mulher com uma arma. ;-)

Anônimo disse...

Tá certo. Desculpe o meu tom, é que já ouvi esse caso usado tantas vezes até para justificar ate a exclusão das mulheres da polícia e das forças armadas que já tinha dado nos nervos (que sempre citem esse caso quando há um monte de casos que aconteceram com homens me parece um indício de que as mulheres não são o maior problema da polícia). Evidentemente, é preciso usar o bom senso ao atribuir missões (ao contrário de uma desses ocorrências que podem acontecer a qualquer hora e exigir a ação imediata do policial que estiver mais próximo ou estiver disponível de imediato, vigiar réus em tribunais é uma ocorrência prevista e agendada que pode ser planejada de forma racional).

Gerson B disse...

Uma solução simples pro problema dessa policial seria exigir os mesmos limites nos testes de aptidão pra carreiras policiais, militares, etc. Em força, velocidade e capacidades físicas. Se um homem tem que correr a X quilômetros por hora pra ser policial, uma mulher teria que correr o mesmo. O bandido fugindo não vai mais devagar pra ela, né?

Ana Cláudia disse...

Não, o bandido não vai mais devagar para mulheres, mas se é assim teriam que exigir pisos de desempenho altos para homens e mulheres (se o bandido é um campeão de halterofilismo, ele não vai bater fraquinho porque o policial homem é mais fraco que ele, né?) e obrigar cada membro da polícia a sempre estar acima desse piso (o bandido de 20 anos não vai correr devagar porque o policial homem tem 51 anos, né?). Se o cara correndo menos de X km por hora não serve para a polícia aos 21 anos, também não serve policial que corra menos de X km por hora aos 50 anos (os bandidos não seguem o Estatuto do Idoso, né?). Se o cara foi admitido correndo 2X e passa a correr 1,3 X, tudo bem, mas se passa a correr menos do que exigem dos cadetes para admissão, ele não é mais apto para suas funções.
É interessante que o fato da policial designada para vigiar o réu ter idade para ser mãe dele não chame a atenção das pessoas aparentemente tão preocupadas com o risco que as mulheres policiais parecem criar para a sociedade. Será que os idosos têm um lobby melhor que o das mulheres?

Chesterton disse...

Há um tabu hoje no qual não se pode criticar"minorias", por exemplo:
1. as mulheres em média preferem a vida num machismo light
2. os escravos negros africanos foram vendidos por outros negros africanos
3. nem os homossexuais aturam as bichas loucas.
4. indio no Brasil pode matar.

Microempresário disse...

Em quase todas as espécies animais, a responsabilidade da fêmea no cuidado com a prole é maior que a do macho. Nas sociedades humanas, também costumava ser assim: o homem trabalhava para sustentar a família, a mulher cuidava da prole e da casa. Justo ou injusto, o sistema atendia às necessidades e prosperou por milênios.

Hoje, em muitos casos, a liberdade da mulher significa engravidar, parir, e imediatamente declarar que o estado é responsável por cuidar da criança, já que a "pobre mãe solteira" tem que trabalhar para se sustentar. Até engravidar de novo.

A biologia determina que os "filhotes" da espécie Homo Sapiens necessita de cuidado por vários anos. A família foi a resposta evolutiva para esta necessidade. Acabar com a família em nome de "igualdade" ou "justiça social" ou sei lá o quê, vai dar problema. Não se briga com a biologia.

Mr X disse...

O Microempresário toca num ponto importante, mas diferente. É a questão do welfare, do Estado tomando o lugar do pai. De fato, com o welfare, o número de mães solteiras aumentou enormemente, já que a figura do pai torna-se "desnecessária". O problema é que segundo vários estudos crianças que crescem sem pai tem maior propensão ao crime, às drogas, etc. O Estado não é substituto para a família.

Ana Cláudia disse...

Um monte de mulheres-especialmente nas classses mais pobres-,mesmo precisando trabalhar, consegue criar seus filhos de forma correta, ajudando-os a se tronarem cidadãos corretos, cidadãos corretos como os muitos que pagam muito em sacrifício pelo privilégio de serem brasileiros (inclusive altíssimos impostos indiretos sem contraparte d eserviços públicos de qualidade),mas nada ou quase nada recebem de volta do Estado. Devido às mudanças comportamentais pelos quais a sociedade passou-inevitáveis a meu ver, pois pior teria sido tentar manter um modelo repudiado largamente pelas mulheres que queriam uma vida fora do lar e escapar da total dependência financeira e social do marido-, muitas mulheres não querem ocupar o mesmo nicho familiar que suas mães e avós ocuparam. Se bem que no que se refere ao Estado ou instituição outra que não a família fazendo papel de família, o Brasil Imperial já tinha a Roda dos Enjeitados, e Medeiros de Albuquerque, o autor da letra do Hino da Proclamação da República, já dizia que as crianças postas na Roda cresciam cuidadas pelas irmãs de caridade, mas sem conhecimento do que fossem pai e mãe e sem que ninguém lhes falasse no assunto. O abandono de crianças por razões econômicas ou de temperamento não começaram em Woodstock, não. E se não se briga com a Biologia, também não se briga com a Psicologia ou com a Sociologia: não somos animais irracionais, não somos controlados totalmente por hormônios e instintos, não abriremos mão de avanços e da dignidade ganha com o direito de decidir nosso destino. Se a Sociedade quer sobreviver, terá que arranjar um jeito de conciliar os direitos conquistados por nós, mulheres, e o cuidado com os filhos; se não podemos conciliar as duas coisa, se o cuidado dos filhos dependem de as mulheres renunciarmos às nossas individualidades e entregarmos o manejo da máquina sócio-econômica aos homens e renunciarmos à defesa de nossos interesses, então, a sociedade que temos não merece sobreviver e, a longo prazo, não vai.
Chesterton,
As mulheres que escolhem viver sob um machismo "light", são livres para fazê-lo. Isso não justifica as campanhas sistemáticas de ataque às mulheres que resolvem rejeitar o machismo.

Microempresário disse...

Por pontos, Ana Cláudia:
- Sim, um monte de mulheres que trabalham cria seus filhos de forma correta. Mas sobram muitas que não o fazem.
- Meus pais não tiveram ajuda do estado para me criar. Mas eu sou obrigado a pagar por serviços que o estado oferece a quem fez a "opção" de ter filhos sem ter uma família. E também sou obrigado a arcar com as consequências de quem fez a "opção" de ter filhos mas também "optou" por ignorar as responsabilidades que advém desta decisão. (para ser claro: marginalidade, criminalidade, gente que não sabe ou não quer contribuir de forma produtiva para a sociedade)
- É fácil "repudiar largamente" um modelo ou "não ocupar o mesmo nicho familiar de suas mães e avós" quando quem paga a conta são os outros. Também é fácil "optar" quando não se tem que arcar com as responsabilidades vindas dessa opção.
- Sim, sempre houve crianças abandonadas. Deveríamos lutar para reduzir este número, não aumentá-lo.
- Bem, não disse que se pode brigar com a sociologia. Mas usar a sociologia como arma para ir contra a biologia não funciona.
- E por último, adorei seus ultimatos: "não abrimos mão de avanços", "a sociedade terá que arranjar um jeito", "os direitos conquistados por nós mulheres", "então a sociedade que temos não merece sobreviver", etc.

Pessoalmente, também acho que a sociedade que temos não vai sobreviver, justamente por esta esquizofrenia de colocar "direitos individuais" acima da lógica e do bom-senso. Mas fico me perguntando se vc tem consciência da profundidade do seu blefe: Vc realmente acha preferível acabar com a sociedade do que abrir mão do que vc acha serem seus direitos? Pergunto: na hora em que a sociedade "acabar", vc acha que seus direitos serão mais respeitados?

Anônimo disse...

A mulher se "liberou" pra trabalhar mais do que o homem, pra virar burro de carga. Maravilhosa liberação.
Aliás, a esta altura, acho ridículo este tal de Dia Internacional da Mulher.

Ele deveria, sim, ser implantado no mundo islâmico. Aí esses sacripantas desabavam de vez.

Mariaana

Ana Cláudia disse...

Talvez, Microempresário, você possa dizer que animais irracionais batem cartão, trabalham -pelo menos- oito horas por dia, fazem poupança para investimentos complexos-não só armazenam comida-, têm o poder de abstração da mente humana e a linguagem para exprimir essa abstração, submetem os filhos a longos anos de ensino formal para habilitá-los a participar de sua sociedade, tudo isso junto. O cérebro humano também é parte da Biologia, desprezá-lo em favor de hormônios é justamente o que fazem e fizeram os misóginos de todos os tipos, nazistas (que pregavam que as mulheres deveriam se limitar a cuidar das crianças, ir à Igreja e ficar na cozinha), os comunistas (empurrando as profissões menos prestigiosas para as mulheres), os cristãos medievais, que dispensam comentários,etc. Procurar exemplos morais e sociais entre os irracionais é ser irracional.
O problema é o Estado gastar com as crianças abandonadas? Interessantemente, quando esse dinheiro é gasto com Corporate Welfare-o único Welfare de que os conservadores gostam-, interesses especiais-já viu os pacotes de Bush e Obama?, empresas automotivas, sindicatos, energia "limpa", etc.-, e pork barrel está tudo bem, bussiness as usual no Capitólio e no Planalto. Quando um pouco do dinheiro vai para corrigir alguns problemas causados pelas mudanças de paradigma-como,aliás,se os tabus e proibições quanto ao estudo e trabalho femininos não tivessem sido um gigante subsídio aos homens, e como se as pessoas mais capazes para cada atividade, sejam homens ou mulheres, estarem disponíveis na força de trabalho não fosse um grande incentivo à economia- é um desastre. Hipocrisia, sim.
Os indivíduos, sob uma democracia, se organizam como querem. Na maior parte dos países ricos e remediados, há provisões para ajudar pessoas em má-situação, não só crianças. Ou o que você está dizendo é que tudo bem alimentar mendigos, por exemplo, desde que sejam castos? Ou tudo bem gastar dinheiro com homens, dando subsídios a empresas lideradas por homens e a lobistas homens desde que as mulheres fiquem na cozinha servindo café? E todos os outros componentes do Welfare, incluindo o plano de saúde do Obamão, também são culpa das mulheres, que estão sugando o Erário? E os gastos militares-tão democraticamente decididos quanto os do Welfare-, que muitas pessoas, incluindo alguns conservadores,acreditam incluir desperdícios, ineficiências e pork barrel demais? Você não quer pagar pela opção de algumas mulhres, mas eu devo pagar pela opção de alguns homens por políticas militares que enriquecem os "war profiteers", colocam medalhas no peito de certos generais e mutilam rapazes e moças em guerras inúteis, enquanto verdadeiras necessidades sociais como a educação e a saúde são deixadas à míngua. Prefiro que meus impostos sejam gastos com crianças do que com soldados. Enfim, talvez, você não esteja tão preocupado com o dinheiro público (ou com o seu)quanto diz ou acha estar, talvez só esteja dando vazão a uma misoginia mal-disfarçada. Já que você não se importa com que talentos precisem ser sufocados- não que cuidar de crianças seja necessariamente sufocante, só poder fazer isso deve ser para quem tem outras aspirações- nem que direitos ou individualidades precisem ser esmagadas, por que não restabelecer a Escravidão? Aristóteles disse que ela era natural do homem (é, o seu argumento "biológico" é antigo, sim), ela é encontrada entre os seus mestres morais, os animais irracionais, você deve adorar a ideia. Homens seriam escravizados para tomar conta das criancinhas, seriam uma mistura das tias das creches de hoje e os escravos pedagogos da Antiguidade Clássica. Entendeu que isso é uma "Modesta Proposta", como diria Swift?

Ana Cláudia disse...

Sinto muito, mas as mulheres não podemos recuar, não podemos renunciar ao progresso feito, não podemos devolver os poucos controles das oportunidades sociais e econômicas que conseguimos, não podemos retornar à submissão e dependência quase absolutas só pelo prazer de criar os filhos dos garanhões. Daqui a pouco, vão dizer que a solução para os problemas socias e econômicos dos negros, problemas que custam muito dinheiro, é devolvê-los para a senzala, onde eles vão ter "emprego vitalício", no melhor estilo das antigas corporações japonesas, e não vão poder fazer mal aos sinhozinhos.

Mr X disse...

Viva as mulheres! Voltaram a comentar aqui no blog.

O post da Ana Cláudia é interessante. Não diria que concordo, mas levanta alguns pontos passíveis de discussão, como o welfare para Wall Street do "bailout" de Bush & Obama. Ou a questão da guerra.

Aliás, o que a Ana Paula fala nos remete à idéia (estereotipada?) de que os homens estão interessados na guerra, e as mulheres, na criação de crianças e ajuda aos desvalidos. Há pesquisas mostrando que as mulheres tendem mais a favorecer políticas de crescimento do welfare state do que os homens. Não gosto do crescimento do welfare state, especialmente do modo como "funciona" nos EUA (na Suécia talvez seja um pouco melhor, não sei). Quanto à guerra, hoje acho que a guerra do Afeganistão do jeito que está sendo lutada é uma perda de dinheiro e vidas.

Bem, eu não sou contrário aos direitos adquiridos pelas mulheres. De fato, acho que respondem mais a mudanças tecnológicas e sociais, como a criação da pílula e a diluição dos valores religiosos.

Mas todo positivo tem um negativo: não é o ideal para uma criança ficar sozinha ou crescer sem pai, ou com uma mãe que nunca está com ela, e isso está acontecendo com o aumento exponencial de mães solteiras que trabalham. E dois, em um contexto de terrorismo e ameaça de nova guerra mundial, um mundo mais "femininizado" fica à mercê de culturas patriarcais violentas, como o islamismo.

Ana Cláudia disse...

"Aliás, o que a Ana Paula fala nos remete à idéia (estereotipada?) de que os homens estão interessados na guerra, e as mulheres"
Certos homens: há mais homens bem colocados no governo e nas Forças Armadas do que mulheres. E o Mundo não está feminilizado: Bush e Obama tiveram carta branca para matar quantos muçulmanos quiseram no Paquistão, no Iraque e no Afeganistão com base em informações no mínimo discutíveis e com resultados abaixo da crítica. Estamos mais seguros por causa disso? Ações de inteligência, reforço da segurança, enfim, medidas que realmente protegem inocentes não dependem de uma visão machista do mundo, embora uma visão máscula, confiante e sem aqueles ataques de pânico que o Bush sofria com seu código colorido de status de perigo de terror (não sei como anda Obama nesse aspecto), além de charmosa, pode ser útil no combate ao terror. Só que vamos-gastar-o-dinheiro-que-não-temos-e-endividar-nossos-filhinhos-para-combater-de-maneira-convencional-um-inimigo-que-pode-estar-em-toda-parte não é uma estratégia de guerra, é um ataque de paranoia. Qual é a próxima etapa, derrubar os aiatolás? E depois? Derrubar os fanáticos sauditas? E depois? Atacar Egito, Síria e Líbia? Saddam, apesar dos seus defeitos e atrocidades, era contra os fundamentalistas, que eram contra seu governo secularista. Quantos Iraques nós podemos suportar? Guevara pedia "dois, três, muitos Vietnãs", vocês não acham que Osama talvez queira "dois, três, muitos Iraques"? Por que certos homens precisam sempre se comportar como touros em uma loja de cristais?

Chesterton disse...

Grande Ana Claudia, finalmente pintou m ulher disposta a debater. Olha que é difícil.

Agora, campanhas sitemáticas contra mulheres que rejeitam o machismo? Onde? A maiorira das mulheres não é "feminista", só uma minoria (e tem todo o direito), estou reclamando da falta de mulheres que rejeitam o machismo...elas se acomodam.

Chesterton disse...

Epa, Ana claudia, falar mal de cristãos ocidentais, não admito. Não cuspa no prato que comeu. se não fosse por eles você sestaria de burca.

Chesterton disse...

ocidentais = medievais

Mona disse...

Caros comentaristas, que criticam o que o mundo se tornou após as conquistas femininas:
- vocês gostariam realmente de voltar ao que era antes? Os homens como os únicos provedores e as mulheres como as rainhas do lar?
- qual o impacto dessa "volta às origens" no padrão de vida alcançado pela graaande maioria dos casais, na qual os dois vão para o batente e a renda familiar alcança um nível que dificilmente seria alcançado se apenas 1 dos cônjuges trabalhasse?
- e vocês, com franqueza, aguentariam a mulherada só de lenço na cabeça e avental de florzinhas, tendo como único assuntos a labuta diária em casa?
- e o que vocês, homens, sentiram quando souberam que as conquistas femininas mais tímidas caíram por terra quando os talibãs tomaram o poder no Afeganistão? Acharam absurdo a mulherada voltar a usar a burca, não mais poder ir à universidade, não mais poder sair sem ser acompanhada por alguns parente do sexo masculino?

Não sou feminista radical, de siar por aí levantando bandeiras e/ou vendo os homens como demônios opressores de mulheres e querem vê-los diminuídos, emasculados, afeminados e cheios de sensibilidade.

Mas sou grata a todas as mulheres - em sua grande maioria, anônimas - que ousaram ir além do lugar comum e dos limites de seu tempo, e que lograram para suas descendentes o mundo de hoje - que considero o melhor de todos os tempos. E isso não porque hoje posso ir a muitos ambientes sozinha sem que eu seja metaforicamente apedrejada. Posso trabalhar naquilo que eu gosto, ganhando um super salário e sem depender de ninguém para ter o meu alimento à mesa - e só quem depende ou já dependeu economicamente de alguém sabe o que isso significa em termos de autonomia de ações, atitudes e pensamento. Mas, acima de tudo, posso escolher entre ser a super-dinâmica-engajada-independente mulher ou ser simplesmente a mulher.
Essa possibilidade de escolha é o que não tem preço e o que não pode ser perdido sob hipótese alguma.

Muito bem, e o que fazer com os filhos dessa era? Bem, que tal sim pagar mais impostos para que sejam construídas mais creches e escolas em tempo integral? Que tal uma jornada de trabalho menor para aquelas que assim preferem (abrindo mão, por óbvio, de uma eventual ascenção profissional?)?

Soluções vão aparecer ao longo do tempo - afinal, essa nova configuração tem apenas uns 50 anos de praticada, uma merrequinha de nada em termos civilização.

Chesterton disse...

Mona, eu acho que a mulher tem que trabalhar, não para se realizar profissionalmente, como alardeiam, mas para pagar parte das contas de casa.
Mas para os homens a emancipação das mulheres foi bem mais vantajosa que para as próprias mulheres:
1. não precisa casar para ter sexo com uma mulher de alto nível social.
2. não precisa ter filhos se estiver casado, sobra muito mais tempo para motos, guitarras, amigos, futebol.
3. não precisa trabalhar como um mouro para pagar o aluguel, a mulher TEM QUE dividir.
4. restuarante pode ser dividido, ou até mesmo o macho ser convidado, que não é de estranhar
Enfim, it´s Miller Time (a cerveja).

Ana Cláudia disse...

"Epa, Ana claudia, falar mal de cristãos ocidentais, não admito. Não cuspa no prato que comeu. se não fosse por eles você sestaria de burca."
Há controvérsias. As romanas usavam burca, as bárbaras usavam burca? Se os bárbaros não tivessem sido cristianizados, as ocidentais teriam usado burcas? É verdade que os cristãos medievais recharam os muçulmanos. Assim como os soviéticos tiveram participação decisiva na vitória sobre os nazistas, o que não me obriga a lhes admirar o sistema ou cantar loas a Stalin. O mundo ocidental mudou e mudou para melhor-a própria experiência americana, mesmo inspirada em ideais cristãos, é totalmente diferente da experiência medieval, pois permitiu ampla liberdade de religião e investigação filosófica e científica-, não precisamos nem de burcas nem da Inquisição ou da limitação da capacidade de fazer investigações científicas ou filosóficas que desagradem as autoridades eclesiásticas. Em matéria de tratamento das mulheres, a Igreja Medieval foi brutal, mesmo na Antiguidade seu comportamento, algumas vezes, foi lamentável.
A questão da mulher pagar parte das contas é, creio, legítima, mas não muda o fato que isso não é algo que ela deva ao homem (se fosse, o homem poderia "libertá-la" dessa obrigação e confiná-la à vida do lar, quer ela quisesse, quer não). Apesar de certos arranjos financeiros e práticos serem melhores que outros, eu acho que o melhor é que o casal resolva que tipo de arranjo satisfaz melhor as aspirações profissionais e necessidades materiais do casal. Evidentemente, que se é para o casamento durar e não ser uma experiência de dor permanente para ambos, ambos terão que fazer concessões e se auxiliar mutuamente. Não creio que exista uma fórmula única para todos os casais. Quando você fala daquilo que as mulheres aparentemente perderam com a liberação, eu me lembro de um caso atribuído ao grande abolicionista Luiz Gama. Um escravo fugido foi a seu escritório pedir que o ajudasse a se libertar. Logo depois, chegou o senhor de escravos, contou que ele não maltratava o escravo, lhe dava alguns trocados e que o escravo acabaria saindo da casa de um senhor bondoso e moderado para ir ser infeliz em outra parte. O senhor de escravos perguntou ao escravo o que lhe faltava afinal. Luiz Gama foi quem respondeu: faltava ao escravo liberdade de ser infeliz onde e como quisesse. Aqueles que fazem as ontas daquilo que perdemos quando fazemos aquilo que queremos fazer não estão tentando nos tornar felizes, estão apenas querendo que sejamos infelizes onde e como eles querem. Ganhamos com a liberação o que queríamos: liberdade. Ela é cara e, como Kennedy disse certa vez, ela não é perfeita, mas ainda assim é melhor do que a opção. Os homens podem ter ganho alguns detalhes (almoço de graça se a mulher convidar, se não convidar, eles pagam a própria parte), mas perderam o controle absoluto da vida, da mente e do destino das mulheres. Pergunte a qualquer ditador se não é isso que importa. Como disse um escritor americano, Truman não teria deixado a presidência por um milhão, Stalin não teria largado o poder por um saco de dinheiro. A tirania e o controle da vida dos outros-e a libertação desse domínio- têm seus próprios valores.

Chesterton disse...

Mr X, quer as imagens de uma mulher de traficante que foi pega em adultério? Toda mulher que assistir 'a cena vai passar a gostar muito dos cristãos medievais.

Chesterton disse...

Ana Claudia, acho que você precisa mesmo é de informação:

http://www.youtube.com/watch?v=t6bnO7N1AMU

leia sem preconceitos.

Ana Cláudia disse...

Talvez, Chesterton, você deva ler- sem preconceitos- textos que foram escritos para provar que Woods está errado sobre a Igreja e que a "história" dele é pouco mais que auto-justificação (por exemplo: http://www.isthatlegal.org/archives/2006/01/feelgood_histor.html). Ou ler sobre Hipácia, a filósofa que foi posta nua, torturada e assassinada por traficantes, digo, cristãos. Ou pode ler sobre os pogroms estimulados pelas superstições medievais ou ler sobre as duras restrições colocadas sobre judeus e muçulmanos nos países católicos antes da secularização, na verdade, os judeus forma tratados melhor, em certos períodos, nos países islâmicos (e sobre como a Igreja impediu o desenvolvimento na Espanha, perseguindo os pensadores e perseguindo os capitalistas judeus, David Landes tem um ótimo capítulo sobre isso) ou pode ler sobre o papel da Igreja em justificar abusos da nobreza e do clero e em censurar os pensadores que ultrapassavam os limites impostos pelos que se consideram únicos intérpretes legítimos da Bíblia. Talvez deva ler sobre os abusos que levaram à Reforma e como os países que passaram por ela se desenvolveram enquanto os países católicos se tornavam atrasasado. Ou pode ler sobre os preconceitos que a geração dos Pais Fundadores e seguintes tinham com relação aos católicos e como eles eram quase universalmente considerados incaazes de serem nons cidadãos. Considere como os Pais Fundadores defenderam a liberdade religiosa e evitaram a opressão então predominante nos países católicos. Leia Jack Chick, ele provou para além de qualquer dúvida possível que o Catolicismo não é uma boa coisa.

Chesterton disse...

Não estou aqui para negar as malfeitorias de católicos em carne e osso, mas dos fundamentos da civilização. Fogueira? teve. Tortura ? Teve. Abusos de toda espécie? Teve.
Onde não teve? Entre os heréticos? entre os bárbaros,ou islamitas ou judeus? Tinha (e ainda tem) no mundo todo.
Vou ler todos os links que você postou, quem sabe se você tem coragem de fazer o mesmo?

PS. os comentários ao texto de seu link são bem mais interessantes que o texto

Chesterton disse...

Jack Chick esse aqui?

http://en.wikipedia.org/wiki/Jack_T._Chick

Ana Cláudia disse...

É, esse aí. Fica claro que Roma traiu os ideais cristãos para ganhar poder e acumular dinheiro.

Mr X disse...

Muito interessante a discussão, agradeço aos comentaristas.

Algumas observações:

1) Sobre a questão da "guerra ao terror": acho que o problema não é derrubar aiatolás ou outras ameaças, o problema é a falta de planejamentos e objetivos claros, que já existia no tempo do Bush e só piorou com Obama. Quem é o inimigo, é o "terrorismo"? É o "radicalismo islâmico"? É o "Islã"? O que os EUA querem? Levar a democracia a países bárbaros e atrasados? Parece-me ter sido demonstrado depois de todos estes anos que isso não é possível no contexto do islamismo - a democracia exige o secularismo, e nenhum país muçulmano é realmente secular. Além disso, querer "levar democracia islâmica" e ficar lá servindo de polícia ou babá para o Iraque e Afeganistão não basta como estratégia. Isso não é guerr, é justamente querer levar o "welfare state" a nível internacional. Ou os EUA assumem uma postura realmente colonialista, mas aí obrigam todos a se converter ao cristianismo e enviam colonos para ocupar as terras, ao modo do Império Britânico (E isso é naturalmente impossível), ou então só bombardeiam as ameaças e vão embora.

2) Como eu já disse, sou a favor dos direitos das mulheres, e acho que realmente a liberação da mulher não é um problema em si, salvo em certos casos extremados, como dessas malucas que querem modificar o vocabulário para ele não ser "machista". Mas concordo com o Chesterton que algumas mulheres preferem o "machismo light". De fato, li sobre mais de uma feminista que casou com muçulmano e adotou a burca bem contente, acredite ou não. No que me concerne, prefiro mulheres que trabalham às que só ficam no fogão.

3) É verdade que a Igreja Católica cometeu abusos, mas que não eram diferentes dos demais abusos do período. Tortura era método perfeitamente legal da época, e tribunais "normais" eram em muitos casos mais violentos e inclementes do que a Inquisição. O maior crime da Inquisição foi mesmo a perseguição aos judeus.

4) Acho mesmo que vivemos em tempos de mudanças, e que não haverá volta ao passado (que nem era tão dourado assim), mas sim algo diferente, que ainda não se sabe o que é.

Chesterton disse...

o texto de teu primeiro link recebeu esse comentário, simplesmente na mkosca

Dr. Glen Bowman may have some stingy comments about Dr. Woods' book but might he have to ascertain that what he repugnantly attack should have some balanced basis. The one thing that he discounts about Dr. Woods' work is unbalanced in many ways as i suspect, but would he have been guilty of the same crime? The best Dr. Bowman to do is to make a book himself to show Dr. Woods' alleged "corrects" in the most scholarly a study as possible. It is hard anyway to refute something which has quoted much of equally serious scholars and have made the same equally compelling conclusions. He should better work out some questions first like, "were there really Catholic contributions to western civilization?" if so "what are these and what are not?". Don't stop dead in saying the CAtholics have made us ignorant and so and so because by that you are certainly refuting yourself to be as much as an ignorant yourself.

Posted by: Wilson at April 30, 2006 10:38 AM

Chesterton disse...

Ana Claudia, nesse link da wikipedia existem referencias ao Chick com anti-feminista.

Ana Cláudia disse...

É difícil atribuir à Igreja méritos por realizações que em mais de 1000 anos de História nem sequer alcançaram o nível de progresso dos tempos de Roma. É fácil e cômodo só ver os aspectos positivos de um grupo ou doutrina. Hitler, antes de se tornar a ameaça ao mundo, era um ditador comum que tinha feito reformas importantes, sido elogiado por Churchill por ter reanimado a Alemanha traumatizada pela I Guerra e pela Depressão. Mussolini drenou os pântanos de Pontine, combatendo a Malária, os comunistas além de começarem a Era Espacial, realizaram grandes pesquisas em áreas como Física e Química, e tiveram importantíssima na vitória sobre os nazistas ("Stalin, salvador da Civilização", diria um Thomas Woods de esquerda). E repare que eu não critiquei tudo que a Igreja Medieval fez, eu critiquei o tratamento dado às mulheres. Se a Idade Média foi um período indispensável, isso não quer dizer que aspectos específicos estejam acima de crítica. Se fosse assim, deveríamos nos inspirar no homem das cavernas e pedir conselhos amorosos ao Elo Perdido. A Idade Média acrescentou muito à experiência e sabedoria humanas, mas não foi uma época particularmente iluminada no trato das mulheres, não havendo razão para copiar acriticamente seus métodos e princípios. Aliás, o Mundo Ocidental, a começar pela Reforma, passando pelos Pais Fundadores, fez sua escolha, que passou pelo respeito à consciência individual e à liberdade religiosa, ausente no período medieval. Sem falar que foram os muçulmanos que preservaram muitos textos da Antiguidade, que assim chegaram aos pensadores da Igreja. Em certos períodos, os judeus foram muito melhor tratados do que na Europa Medieval. A queda da Espanha nas mãos dos católicos foi uma desgraça enorme para os judeus, Acho que não precisamos copiar servilmente os métodos medievais de lidar com minorias e mulheres, temos preceitos bem mais esclarecidos em nosoos tempos.

Chesterton disse...

Ana Claudia, por acaso você conhece a Maria Espirito Santo do blog do Tambosi?

Anônimo disse...

Seria Ana Cláudia a esposa, irmã ou o alter-ego feminino do Tiago?

Ana Cláudia disse...

Chesterton, não diria anti-feminista, ele parece bem confortável com a ideia de mulheres trabalhando, votando, etc. Agora, se concentre em como Roma deturpou a Bíblia.
Mr. X, faltaram mesmo prioridades claras na Guerra ao Terror. Só acho que é sintomático que sempre haja dinheiro para o Complexo Militar-Industrial, mesmo quando as ações dele não são a solução para o problema em pauta(derrubar Saddam impediu Bush de poder reagir às desordens do Irã e tornou Osama, um adversário de Sadda, mais ousado ainda), para o pork barrel e para os interesses especiais, mas, de alguma forma, quando chega a hora de ajudar crianças o cofre está fechado e tudo é culpa das mães que escaparam da cozinha. Parece haver mais simpatia para com os war profiteers do que mães em necessidade. Tudo bem, a Igreja fez coisas importantes, mas isso não deveria nos cegar para as opções que ela nos negou (amplo aproveitamento da sabedoria clássica, por exemplo, que só foi permitida na medida que se conformasse com os dogmas) e nem nos impedir de ver que alguns dos aspectos dos seu domínio (restrições à investigação científica e tratamento da mulher) estavam abaixo do que se praticava antes dela e foram retrocessos. Não precisamos ficar com tudo ou rejeitar tudo.
Chesterton, imagino que os sucessos e fracassos da Igrejam devam ser materia para um livro, no mínimo do tamanho do de Woods, mas é difícil defender que quem pôs obstáculos à busca da verdade, fez com que cientistas se retratassem pela ameaça do uso da força e passasem o resto da vida em prisão domicilar (Galileu, aliás um dia desses, um catolicão estava se gabando da Igreja não ter mandado Galileu para a fogueira, isso me lembra uma piada soviética sobre Lenin, mas fica para depois), mandou queimar pensadores (Giordano Bruno e Servetius, por exemplo),negou a liberdade consciência, impediu o uso da Bíblia em linguagem entendida pelo Povo e sua livre discussão, isto é, negou e combateu todas as características ideológicas que associamos ao Ocidente Moderno e que usamos para distingui-lo do Mundo Islâmico, possa ter construído essa mesma Civlização. Também é engraçado que os países católicos mal tenham tido como se habilitar a essa Civilização, tenham se atrasado dramaticamente em comparação com seus vizinhos protestantes e só tenham começado a recuperar o tempo perdido depois de suavizar o controle da Igreja. Talvez, a Reforma tenha construído a Civilização Ocidental. Sem falar que é difícil de acreditar que a universidade seja uma invenção católica quando o Mundo Antigo conheceu a Academia, o Liceu e a escola pitagórica. Que o mundo tenha demorado, depois da queda de Roma, quase 1000 anos para recuperar um pouco da glória da Antiguidade,vinda em textos recuperados pelos muçulmanos, é mais uma denúncia do fracasso da Igreja e das trevas da Idade Média do que propriamente razão para comemorar.

Ana Cláudia disse...

Chesterton,
Não, não conheço. O que tem ela?
Anônimo,
Olha, não sou comunista (menos ainda stalinista)até porque os machões de Stalin não eram diferentes dos machões do Papa no trato com as mulheres. Para ser sincera, leio o blog há algum tempo, nunca comentei, comentei hoje porque eu fiquei invocada com o fato de um caso que eu li referido várias vezes contra a capacidade feminina de servir à polícia ou às Forças Armadas (parece ser o único caso a ter acontecido com uma mulher, só citam esse, mesmo muitos e muitos casos tendo acontecido com homens em todo mundo, inclusive no Brasil) ser repetido de novo em "homenagem" ao dia das mulheres. Meio que saí do sério, mas admito que o Mr. X foi gentil e educado. Alter-ego até entendo o porquê, mas quem diz que assertividade, polêmica ou o que quer que te lembre do Tiago é genético ou venéreo para te lembrar de esposa ou irmã?

Chesterton disse...

Ana Claudia, não vou bater boca com você. Discutiremos tópico por tópico ou então não.
O feminismo pode ser anticapitalista

http://bdadolfo.blogspot.com/2010/03/discriminacao-e-o-dia-internacional-da.html

Chesterton disse...

Alter-ego até entendo o porquê, mas quem diz que assertividade, polêmica ou o que quer que te lembre do Tiago é genético ou venéreo para te lembrar de esposa ou irmã?

chest- elabore.

Ana Cláudia disse...

Pode, mas o Catolicismo também pode, não pode? E os padres de passeata e a CNBB? E as várias encíclicas caindo de pau na economia de mercado? A proibição de cobrar juros e a caça aos capitalistas judeus e aos técnicos protestantes, que empobreceu a Península Ibérica. Feminismo e Comunismo podem se encontrar, mas não são equiavalentes de jeito nehum, nem companheiros indispensáveis um do outro.

Ana Cláudia disse...

Ele me perguntou se sou irmã, esposa ou alter-ego do Tiago. Alter-ego até entendo se ele vê semelhança nas ideias ou no modo de argumentar. Agora, como ser irmã ou esposa de alguém pode ser descoberto via Internet? Só se alguma característica que é genética e compartilhada por irmãs ou transmitida no leito conjugal e compartilhada por marido e mulher denuncia. Qual? Modo de argumentar? Anti-catolicismo? O fato de eu também me opor em um tópico à maioria dos comentadores e ao dono do blog? Sei lá.

Ana Cláudia disse...

Agora, eu aposto que o FRES do Tiago é bem maior do que o meu.

Chesterton disse...

CNBB , MST e padre de passeata não, católicas pelo aborto, tambem nã, poupe-me desses grupelhos heréticos.
Invadiram a IC.

Chesterton disse...

Tão tá, Ana, uma boa noite.

Ana Cláudia disse...

Boa noite, durma bem. O Papa é inerrante, ele é o monarca absoluto do Vaticano e mestre absoluto da Igreja, sucessor de Pedro, decide sozinho a doutrina e pode impor restrições ás ações das facções da Igreja. Dizer que alguém invadiu a Igreja dele é como Hitler dizer que os nazistas invadiram o partido dele.

Mr X disse...

Reconheço que escolhi o caso do tal fugitivo só porque foi citado por vários outros blogs como sendo um exemplo de "problema gerado pela existência de mulheres policiais". De fato, se o caso citado é sempre o mesmo, então significa que é uma raridade, ou se encontrariam dezenas de outros exemplos. Então nesse caso dou razão à Ana Cláudia.

O maior problema de mulheres na polícia e nas forças armadas, a meu ver, é que sofrem risco de morte ou coisa pior, e ninguém gosta de ver mulheres morrendo. Os homens, entende-se (um pouco) mais. Mas não muito.


Boa noite a todos.

Johnny Bravo disse...

Bom, até agora muita desculpa pra desfilar erudição de almanaque. Vou me centrar na opinião que considero, de longe, a mais certeira, a do Microempresário:

"então a sociedade que temos não merece sobreviver"
Mas fico me perguntando se vc tem consciência da profundidade do seu blefe: Vc realmente acha preferível acabar com a sociedade do que abrir mão do que vc acha serem seus direitos?

O cara foi no nervo. Pegue qualquer um desse rebanho de porra louca militante, pode ser comunista, ecologista, humanista, anarquista, feminista, o diabo. Se botar pressão nos lugares certos e acuar o bicho, o final vai ser essa postura: "Ou tudo ou nada. Se um dia eu perceber que minha utopia vai pro saco de vez, vou afundar mas levo um monte comigo. Não vou ter nada a perder e vou querer mais é bagunçar o coreto. Se isso prejudicar até os grupos que eu supostamente procuro defender, f**-se." E aí cai a farsa do papinho de inclusão, fim de injustiças e opressão, igualdade, preocupação com o próximo, valorizar o social, o feminino, etc. O próprio Mr. X já fez posts sobre aberrações tipo os ecologistas que assassinavam animais e a organização que prega o extermínio voluntário da raça humana, ambos se achando muito engajados e bem-feitores. Porra, não se deixem enganar: TODO reformista radical traz em seu íntimo o flerte com caos e auto-destruição. Aqui mesmo pelos comentários fica fácil de identificar: raivinha mal-disfarçada, tentativas frustadas de ironia, síndrome de palmatória do mundo, grande acusador para o qual quase nada presta, o desempenho de nossas instutuições basilares são pra lá de insatisfatórios, se o mundo não se pautar pelos ditames da minha arrogância intelectual, tem mais é que desabar tudo mesmo, blablabla. Prefiro mil vezes, um milhão de vezes a hipocrisia da legislativo, do judiciário, das forças armadas e do cristianismo do que viver num mundo em que essas bombas-relógio em forma de gente e eternamente rebeladas é que ditassem as regras.

Abusos e crimes contra minorias houve e há demais. Podem e devem ser discutidos ampla e seriamente. Mas chamar p/ a conversa os extremados e revoltados é dar murro em ponta de faca.

Ana Claúdia disse...

"Mas fico me perguntando se vc tem consciência da profundidade do seu blefe: Vc realmente acha preferível acabar com a sociedade do que abrir mão do que vc acha serem seus direitos?"
Quantas pessoas não disseram que o fim da esravidão seria um desastre para a economia? Muitos garantiram que a escravidão era até inerente ao homem. Quantos não disseram que seria um desastre se acabasse a segregação contra os judeus,contra os negros e se fossem aceitos os princípios democráticos? Quantos não disseram que a liberdade de religião, de consciência e de expressão seriam um desastre? Esse é o velho blefe de conservadores, dos que estão satisfeitos com as coisas como estão, em todos os tempos: se não fizermos o que eles querem,o mundo vai acabar. Osama e Hitler já não prometeram cada um a seu tempo que ou nos rendemos ou somos destruídos por suas hordas fanátias? A única opção da sociedade civilizada é pagar o blefe e repetir as palavras inspiradas atribuídas ao grande Patrick Henry:"Is life so dear, or peace so sweet, as to be purchased at the price of chains and slavery? Forbid it, Almighty God! I know not what course others may take; but as for me, give me liberty or give me death!"
Os americanos estavam dispostos a lutar pelo que "achavam seus direitos". Os escravos, abolicionistas e líderes na luta pelos direitos civis estavam dispostos a lutar pelo que "achavam seus direitos". Os defensores da liberdade religiosa, da liberdade de expressão estavam dispostos a lutar pelo que "achavam seus direitos".Sim, a sociedade vai ter que arranjar um jeito de se depurar, de se purificar, de conciliar os direitos das mulheres recém-conquistados e manter suas melhores tradições milenares. Se ela não puder fazer isso, se ela não puder nos fazer justiça, então ela está assentada sobre bases completamente erradas e irreformáveis, então ela fracassou. Mas, acima de tudo, pago o seu blefe, Bravo, porque eu acredito na sociedade democrática e acredito na capacidade humanda de eliminar ou reformar instituições e relações sociais que se tornam insatisfatórias.
"O maior problema de mulheres na polícia e nas forças armadas, a meu ver, é que sofrem risco de morte ou coisa pior, e ninguém gosta de ver mulheres morrendo. Os homens, entende-se (um pouco) mais. Mas não muito."
Para ser sincera, nunca fiz uma pesquisa sobre a proporção de homens e mulheres que deixam os criminosos escaparem, e também não sei quais fatores afetam a divulgação (pode ser que os casos mais espetaculares-por isso divulgados- envolvam homens, pode até ser que a mídia evite relatar casos envolvendo mulheres para evitar estereótipos de um grupo facilmente estereotipável, pode ser que mulheres não sejam muito usadas nessas funções), pode até ser que mulheres sejam, em média, objetivamente piores que homens para as funções policias e pode até ser que a sua exclusão fosse melhor para a sociedade, mas eu me lembro de que esse caso específico foi muito "comemorado" pelos adversários da presença de mulheres na polícia e que, apesar do "high profile" que elas acabam tendo nesse tipo de trabalho, os casos de incompetência e corrupção envolvendo mulheres não parecem ser muitos (quando criança, vi em um telejornal, um caso de bandidos que escaparam da viatura por terem sido algemados de jeito errado por policiais homens). Quanto ao efeito moral, digamos assim, da presença de mulheres nas Forças Armadas e polícia, é uma questão válida. Aliás, já li pelo menos um autor fazer um ponto interessante: homens tendem a ser protetores com relação às mulheres,logo a presença de mulheres na linha de frente pode levar soldados a rejeitar ordens que ponham mulheres em risco, colocando em risco a cadeia de comando e a eficiência. Essas questões precisam ser debatidas com calma, muitas questões dessa transição levarão anos para serem respondidas, muitos dos consensos futuros levarão anos e anos para serem formados.

Johnny Bravo disse...

"a sociedade vai ter que arranjar um jeito de se depurar, de se purificar"

Que merda. A velha e obcecada exigência a qualquer custo (qualquer mesmo) por uma perfeição que talvez seja o mais próximo de experiência quase religiosa que os revoltados materialistas se permitem. Não raro, são metas que com o tempo mostram-se inatingíveis. Mas sempre vai haver um "vamos tentar de novo, e de novo, e de novo".

"ela está assentada sobre bases completamente erradas e irreformáveis, então ela fracassou. Mas, acima de tudo, pago o seu blefe"

A ilusão essencial (e fatal) da mente revolucionária: que venha o colapso dessa "sociedade podre", com meus conceitos, vou recomeçar do zero e fazer melhor. E eu NÃO pago pra ver. Meia dúzia de aventureiros que preferem o caos perfeito a uma civilização imperfeita, que pode ser melhorada a longo-longuíssimo prazo (e sem nenhuma garantia de que essas melhoras sejam nos SEUS termos).

Sr. X, seu blog é muito bom, mas incrível como é pródigo em atrair lunáticos apocalípticos imbuídos de missão. O pitoresco tiago, antes de sair de cena, começou a espumar pela boca e a falar em maoísmo e terror revolucionário, que é como o lado vermelho da força gosta de depurar e purificar as coisas. Vejamos o que nos aguarda a seguir.

E essa vai vai para os iludidos que se comovem com as falsas analogias com mártires e escravos, achando que feministas radicais carregam no bolso do avental uma procuração assinada por todas as mulheres do mundo apoiando seu projeto de ou-vai-ou-racha: "Women's Lib? Poor little things. They always look so unhappy. Have you noticed how bitter their faces are?". É da atriz Joan Crawford, uma das figuras femininas mais marcantes do seculo XX.

Ana Cláudia disse...

Bravo,se você acha que é a mesma coisa alguém defender a reforma pacífica da sociedade, afirmando firme, porém calmamente, que a reforma é necesária e inevitável e alguém querer o "terror revolucionário" quer faça chuva quer faça sol, como os maoístas, você tem um problema grave. Ou será que a liberdade de expressão da sociedade democrática só pode ser usada por quem expressa opiniões que você subscreve? Denunciar as liberdades "burguesas"-como fazem os comunistas-não é o mesmo que usá-las responsavelmente, como fazemos os reformistas. Não espero que ninguém tenha nos bolsos do avental, da batina, dos uniformes ou do terno, uma procuração assinada por todos ou uma solução para todos os problemas da Humanidade, é por isso mesmo-porque ninguém tem todas as respostas- que eu penso por mim mesma, expresso minhas próprias opiniões-sem pedir permissão antes a Comitê Central nenhum, seja feminista, católico, comunista ou qualquer coisa do gênero- e defendo que a Sociedade de forma calma e debatida se ajuste à nova situação. Agora, quando gastar horrores em guerras sem um propósito claro, que em nada aumentaram a segurança dos inocentes, e em pork barrel desperta menos suspeita e asco do que devotar alguns recursos à infância desvalida, há algo errado. Quando um monte de programas públicos fracassados-fracasso do sitema escolar público aqui e nos EUA, por exemplo-, leis concernentes ao Welfare- Reagan certa vez apontou que uma mãe solteira só recebia o dinheiro do governo se convencesse o pai da criança a se afastar da família, mesmo que ele quisesse ajudar na criação da criança- criam uma situação de uma underclass sem perspectivas, dependente do Governo e tendendo para a violência, é mais fácil atacar a liberação feminina do que atacar a gula e a incompetência dos burocratas ou lembrar que são necessárias duas pessoas para conceber uma criança e que os garanhões também são responsáveis pelos filhos.
Você parece o cara que era tão conservador que, se estivesse presente quando Deus criou o Universo, teria pedido para Ele conservar o Caos, que era o status quo antes da Criação. O que você está defendendo é que a sociedade mantenha as injustiças que o favorecem e ameaçando a gente com o Apocalipse se não nos curvarmos. Novamente, pago para ver o seu blefe. Interessantemente, o fim da segregação dos judeus foi denunciada como revolucionária- os judeus foram em toda parte, mas especialmente na Rússsia do czar, na Alemanha de Hitler e nas Rússia e Polônia comunistas, acusados de tentar subverter a ordem existente-, o fim da escravidão foi denunciado pelos Jeremias como o fim da economia brasileira, a liberdade de imprensa já foi denunciada em toda parte como desagregadora e irresponsável. As causas dos defensores do retrocesso mudam-até eles evoluem quando a sociedade evolui-, mas o argumento continua o mesmo: se não fizermos tudo que nossos pais e mães fizeram, incluindo o que não tem mais sentido-, o céu desabará sobre nós. Sinto muito: mas não cabe a você-ou a mim, aliás- decidir como as mulheres ao redor do mundo reagirão aos novos tempos, mas por enquanto a resposta parece estar sendo clara: não vamos devolver o pouco de controle sobre nossas vidas que conquistamos, não vamos voltar à submissão quase total-econômica e legal- a que a maior parte de nossas mães e avós estava sujeita, não vamos renunciar ao direito de dispor de nossas vidas livremente, de buscar realização profissional e intelectual e fazer mais do que viver em função do macho. Nossa sociedade aprendeu-apesar dos que previam o desastre total e diziam que a escravidão era, literalmente, a salvação da lavoura- a não precisar de escravos, que ela agora aprenda a não precisar de "escravas". Quanto à infelicidade que você e Crawford viram nas feministas, como ensinou Luiz Gama, a Liberdade começa quando podemos nos tornar infelizes do nosso jeito, não do jeito que um sinhozinho qualquer quer.

Chesterton disse...

Ana Claudia, vamos por partes (vocês escreve muito de cada vez).
Ninguem pretende desfazer as mudanças "feministas" obtidas nos últimos 50 anmos, mas as próprias feministas reconhecem que :
1. a igualdade completa é impossível, indesejável e só traz infelicidade
2. acabaram-se as demandas razoáveis, sobram demandas por privilégios.
O que você acha disso?
(seja sintética, por favor).

Chesterton disse...

"não vamos devolver o pouco de controle sobre nossas vidas que conquistamos, não vamos voltar à submissão quase total-econômica e legal- a que a maior parte de nossas mães e avós estava sujeita, não vamos renunciar ao direito de dispor de nossas vidas livremente, de buscar realização profissional e intelectual e fazer mais do que viver em função do macho."

chest- você conhece algum homem que queira isso? Eu não.

Ana Cláudia disse...

"1. a igualdade completa é impossível, indesejável e só traz infelicidade"
Quem está pedindo a "igualdade absoluta"?
"2. acabaram-se as demandas razoáveis, sobram demandas por privilégios.
O que você acha disso?"
Em termos: as conquistas já feitas são suficientes, penso eu, mas elas estão constantemente sob um ataque de má-vontade. O velho discurso "é tudo culpa da liberação feminina, se as mulheres estivessem na coziha, estaria tudo bem" é um sintoma disso. Como eu disse, são necessárias duas pessoas para conceber uma criança, se às mulheres for imposta a parte sem perspectivas e sem poder ou se ela tiver que acumular toda a responsabilidade do cuidado da criança com o da vida profissional, as mulheres simplesmente vão fazer o que já estão fazendo em boa parte do mundo: votar com os pés, desertar da maternidade e cuidar de suas vidas educacional e profissional até bem mais tarde do que seria comum.
"chest- você conhece algum homem que queira isso? Eu não."
Parece ser o pressuposto dos ataques à liberação feminina. Isso ou a ideia de que dois seres são necessários para conceber uma criança, mas o cuidado dela-além daquilo que a natureza já impôs à muher (gravidez e amamnetação)- é assunto feminino.

Ana Cláudia disse...

"cuidar exclusivamente de suas vidas educacional e profissional até bem mais tarde do que seria comum.", eu quis dizer.

Chesterton disse...

Ora, quem diz que a parte mais difícil de criar uma criança é da mulher? Nem a gestação foi algo imposto pelos homens, mas uma contingência da natureza.
Trabalhar para o homem que sustenta a familia foi nesses milênios um fardo muito maior que 9 meses de gravidez e um par de anos de amamentação.
E achar que eventuais gozações são algum sintoma de algo mais grave é muito forte, precisa de muita imaginação. Que as feministas façam suas próprias piadas a respeito do assunto e que todo m undo possa rir, o homem de seu fardo, a mulher do seu fardo.
Finalmente, não ter filhos equivale a depopulação em uma geração. Na China, onde as crianças do sexo feminino são assassinadas no útero ou logo depois do parto deixará uma sociedade sem jovens em algumas décadas. E violência contra as mulheres restantes.

Ana Carolina disse...

Você, Chesterton, diz que eu escrevo muito de cada vez, mas tocou em um monte de pontos diferentes.
1)Não se trata de piadas, se trata de pessoas a sério jogando a culpa do colapso do velho modelo nas mulheres, e colocando uma infinidade de chagas sociais na conta das feministas.
2)"Na China, onde as crianças do sexo feminino são assassinadas no útero ou logo depois do parto deixará uma sociedade sem jovens em algumas décadas."
O caso da China é muito diferente: tratou-se da interação de uma decisão do governo ditatorial, imposta pela força, e uma sociedade camponesa que considera meninos mais valiosos. Isso não tem nada a ver com feminismo, pelo contrário. O objetivo do governo foi enfrentar a questão demográfica, o dos camponeses foi ter garotos, considerados economicamente mais valiosos para as famílias camponesas: a felicidade das mulheres não era exatamente uma preocupação das partes envolvidas.
3) Não se trata só da gestação e da amamentação- que, como eu mesma já disse, já foram impostas pela Natureza-, se trata de todo o processo de educação, formação e socialização da criança, que acaba sendo considerado uma obrigação feminina, e, quando o processo falha, lá vem a velha cantilena sobre as desgraças causadas pela liberação feminina. Quanto ao fardo masculino, um númeroenorme e crescente das mulheres parece querer aceitá-lo.
4) "Finalmente, não ter filhos equivale a depopulação em uma geração."
Isso é um problema para homens E mulheres. Espero que seja possível chegar a um compromisso satisfatório para ambos os gêneros.

Chesterton disse...

1)você teria que me mostrar caso a caso para que eu pudesse fazer algum julgamento.

2)Mas não esqueça que o que as feministas querem é exatamente isso, de sinal trocado, mas querem favores governamentais-estatais. Você mesmo ressalta que a intenção do governo era uma, mas os camponeses reagiram a esses estímulos de modo oposto ao previsto. Políticos tradicionalmente não agem por desejos de trazer felicidades mas por interesses eleitorais, logo a espiral viciosa está formada.

3. crianças abandonadas pelos pais não tem um futuro muito tranquilo, a vioda delas se torna realmente "interessante". Cuidado que voc~e já começa a dar argumentos aos cristãos. Produções independentes, tão na moda, são um desastre sob qualquer ponto de vista. Impossível a mulher aceitar o fardo masculino em todo seu espectro, as mulheres não serão nunca pais, ainda que possam ser provedoras não terão esposas para sustentar. Enfim, a biologia é um fato.
4. até agora a melhor resposta foi o casamento monogâmico eterno, todas outras alternativas se mostraram demograficamente menos vantajosas. Que as mulheres arrumem maridos católicos, não pecadores como eu.

Ana Cláudia disse...

1) Acho que não é difícil perceber em várias análises das consequências da liberação feminina uma mal-disfarçada vontade de usar o feminismo como bode-expiatório para uma enorme quantidade de males sociais. Aparentemente, segundo essas análises, depois do parto, o bebê é um problema feminino enquanto que o rapaz tem moralmente a opção de correr tão rápido e para tão longe quanto suas pernas possam levá-lo. Depois do casamento, a mulher tem que optar entre a submissão completa adicionada à renúncia a qualquer realização e individualidade ou uma dupla jornada no lar e no mercado. Não se espante das duas perspectivas parecerem cada vez menos atraentes ou de cada vez mais mulheres estarem a votar com os pés. O que fazer, colocar um Muro de Berlim em volta do casamento tradicional e dos papéis sociais tradicionais e tentar-como fizeram com a Alemanha Oriental, tentando impedir a fuga da mão-de-obra qualificada para a próspera e democrática Alemanha Oriental-manter pela força um modelo desprezado e falido moralmente? Acho que vale lembrar o que Kennedy disso sobre o Muro e sobre o fracasso da tirania:"Freedom has many difficulties and democracy is not perfect, but we have never had to put a wall up to keep our people in, to prevent them from leaving us." Vocês vão ter que fazer isso conosco?
2) Em primeiro lugar, certas diferenças quantitativas se tornam diferenças qualitativas. Se toda interferência estatal tivesse os efeitos sociais e demográficos radicais que a medida chinesa teve, a Humanidade tinha acabado com a formação do primeiro Estado. Nada indica que, suponhamos, um subsídio às mães- a princípio, não defendo isso, mas suponhamos em benefício do argumento que eu defenda- teria o efeito de depopular a Terra, não mais do que os atuais subsídios à indústria bélica, indústria aeroespacial, "energia limpa", bancos, fabricantes de automóveis, sindicatos, agricultores, pecuaristas, etc, etc, e muitos etcs. mais. Nem todas as intervenções estatais são criadas iguais. Além disso, falando em intervenção estatal, a genialidade do livre mercado é justamente que ele permite que vejamos a interação da oferta e da demanda e a variação ao longo do tempo dos dois. Se ter filhos se tornou uma possibilidade pouco atraente para as mulheres, das duas uma: ou você as acorrenta e joga no harém quer elas queiram quer não- isso vai mesmo demandar uma interferência estatal horripilante, "fiscais do Sarney" da natalidade e tudo mais- ou admite que, para aumentar a "produção" de crianças, o preço vai subir e alguém vai ter que pagar ágio: o Estado com subsídios ou os homens dividindo responsabilidades da educação, digamos assim, da criança ou alguma outra parte vai ter que intervir. Como eu disse, a extinção da Humanidade (ou dos americanos, ou dos japoneses, ou dos europeus ou da classe média, sei lá) é um problema de homens e mulheres. É bom que chegem a um acordo.
3) "...crianças abandonadas pelos pais...". Exato, pelos pais, vem um par de pais, um casal para ser mais exata, com cada criança. Mulheres não têm esposas para sustentar do mesmo jeito que homens cujas mulheres trabalham, podendo até ganhar mais que eles- também não têm. Não há muita Biologia nisso, o pouco que há corresponde ao cérebro humano, que, parte da nossa Biologia, nos dá a capacidade de debater problemas, usar o poder de abstração, modificar nossa sociedade-através da modificação do nosso comportamento- quando necessário. De que parte da nossa biologia você acha que a Revolução Industrial e o Fordismo-ambos com uma forma radical de organizar o trabalho dos operários que surpreenderia e horrorizaria um caçador-coletor ou um camponês medieval-e a formação do sistema de educação formal moderno vieram? Dos nossos hormônios ou do cérebro?

Ana Cláudia disse...

4) Se as mulheres estão adiando e evitando o casamento tradicional conjugado aos velhos pápéis sociais, essa não parece ser a melhor solução. Talvez seja a melhor solução para as crianças (se você estiver disposto a ignorar que mais ou menos metade dessas crianças será composta por mulheres, que ficam sob uma grande desvantagem no modelo tradicional), mas indivíduos, homens ou mulheres, não existem com um propósito definido, muito menos fazer filhos por fazer filhos, esse é o princípio primeiro da sociedade democrática: seres humanos são fins em si mesmos, não meios para se conseguir algo.

Ana Cláudia disse...

"... próspera e democrática Alemanha Ocidental?" foi o que eu quis dizer.

Chesterton disse...

Ana Claudia, tentei, mas essa verborreia não faz o menor sentido. Por favor, divida os assuntos em tópicos, senão a discussão fica impossível. É esse seu desejo? Declarar vitória por volume de informação?
Vou fazer o mesmo com você:

1) Acho que não é difícil perceber em várias análises das consequências da liberação feminina uma mal-disfarçada vontade de usar o feminismo como bode-expiatório para uma enorme quantidade de males sociais.

chest- onde, como, quem? Você acusa sem mostrar o crime e o criminoso. É vago demais. Pode ser apenas sua impressão.

Aparentemente, segundo essas análises, depois do parto, o bebê é um problema feminino enquanto que o rapaz tem moralmente a opção de correr tão rápido e para tão longe quanto suas pernas possam levá-lo.

chest- mas isso aconteceu com você? Com uma amiga. Quem disse que é o costume? se é o costume certamente não é o costume de católicos tão criticados por você.

Depois do casamento, a mulher tem que optar entre a submissão completa adicionada à renúncia a qualquer realização e individualidade ou uma dupla jornada no lar e no mercado.

chest- de novo, é opcional casar, e o feminismo trasnformou a vida dos homens solteiros em paraíso. Sem o padre com o poder de mandá-lo de volta para casa para cuidar da mulher ou ir para o inferno, deu nisso. Secularismo+feminismo= Brahma Chopp. Você põe a culpa da situação em quem era responsável por manter as coisas do seu gosto

Não se espante das duas perspectivas parecerem cada vez menos atraentes ou de cada vez mais mulheres estarem a votar com os pés.

chest- que votar com os pés que nada, as mulheres nunca foram tão infelizes e solitárias, dormem com o primeiro que aparece só para ter um pouco de companhia. Será que você está falando de mulheres da vida real?

O que fazer, colocar um Muro de Berlim em volta do casamento tradicional e dos papéis sociais tradicionais e tentar-como fizeram com a Alemanha Oriental, tentando impedir a fuga da mão-de-obra qualificada para a próspera e democrática Alemanha Oriental-manter pela força um modelo desprezado e falido moralmente?

chest- mas que falta de senso, uma hora você quer um homem para cuidar do filho e de você (casamento) outra hora não quer mais/ afinal, o que você quer?

Acho que vale lembrar o que Kennedy disso sobre o Muro e sobre o fracasso da tirania:"Freedom has many difficulties and democracy is not perfect, but we have never had to put a wall up to keep our people in, to prevent them from leaving us." Vocês vão ter que fazer isso conosco?

chest- mas são vocês a pularem os muros atrás de homens.

2) Em primeiro lugar, certas diferenças quantitativas se tornam diferenças qualitativas. Se toda interferência estatal tivesse os efeitos sociais e demográficos radicais que a medida chinesa teve, a Humanidade tinha acabado com a formação do primeiro Estado.

chest- negativo, a China ultrapassou em muito qualquer parametro revolucionario.

Nada indica que, suponhamos, um subsídio às mães- a princípio, não defendo isso, mas suponhamos em benefício do argumento que eu defenda-

chest- (ai, ai) defende sim, nega, mas defende.

teria o efeito de depopular a Terra,

chest- encheria a Terra de bastardos filhos de mães solteiras.

não mais do que os atuais subsídios à indústria bélica, indústria aeroespacial, "energia limpa", bancos, fabricantes de automóveis, sindicatos, agricultores, pecuaristas, etc, etc, e muitos etcs. mais.

chest- está vendo como você está em campanha por subsidios estatais para produções independentes?

Chesterton disse...

Nem todas as intervenções estatais são criadas iguais. Além disso, falando em intervenção estatal, a genialidade do livre mercado é justamente que ele permite que vejamos a interação da oferta e da demanda e a variação ao longo do tempo dos dois. Se ter filhos se tornou uma possibilidade pouco atraente para as mulheres, das duas uma: ou você as acorrenta e joga no harém quer elas queiram quer não- isso vai mesmo demandar uma interferência estatal horripilante, "fiscais do Sarney" da natalidade e tudo mais- ou admite que, para aumentar a "produção" de crianças, o preço vai subir e alguém vai ter que pagar ágio: o Estado com subsídios ou os homens dividindo responsabilidades da educação, digamos assim, da criança ou alguma outra parte vai ter que intervir.


chest- não, os homens vão para a noite, Brahma Chopp. se as mulheres não querem ter filhos, ótemus, sexo irresponsável para todos.

Como eu disse, a extinção da Humanidade (ou dos americanos, ou dos japoneses, ou dos europeus ou da classe média, sei lá) é um problema de homens e mulheres.

chest- é um problema do último, que vai ter que apagar a luz. na verdade, a humanidade não vai desaparecer por causa de uma ou duas feministas que não querem ter filhos. OPara cada uma que se diz feminista, há 100 casadoiras. Acorda.

É bom que chegem a um acordo.

chest- casamento monogâmico permanente? Na Igreja com véu e grinalda, é isso que você no fundo quer.

3) "...crianças abandonadas pelos pais...". Exato, pelos pais, vem um par de pais, um casal para ser mais exata, com cada criança.

chest- abandonadas pelos pais homens.

Mulheres não têm esposas para sustentar do mesmo jeito que homens cujas mulheres trabalham, podendo até ganhar mais que eles- também não têm.

chest- continuam querendo um homem para chamar de seu. E servir um cafezinho de vez em quando.

Não há muita Biologia nisso, o pouco que há corresponde ao cérebro humano, que, parte da nossa Biologia, nos dá a capacidade de debater problemas, usar o poder de abstração, modificar nossa sociedade-através da modificação do nosso comportamento- quando necessário.

chest- exemplo, exemplos.

De que parte da nossa biologia você acha que a Revolução Industrial e o Fordismo-ambos com uma forma radical de organizar o trabalho dos operários que surpreenderia e horrorizaria um caçador-coletor ou um camponês medieval-e a formação do sistema de educação formal moderno vieram?

chest- da natureza gregária do ser humano. Camponeses odeiam o isolamento do campo, correram para as fábricas assim como hoje os camponeses chineses correm. só acha romantica a vida no campo que sempre viveu na cidade. Creia-me, a vida no campo só é boa para quem sabe pastar.

Dos nossos hormônios ou do cérebro?

4) Se as mulheres estão adiando e evitando o casamento tradicional conjugado aos velhos pápéis sociais, essa não parece ser a melhor solução. Talvez seja a melhor solução para as crianças (se você estiver disposto a ignorar que mais ou menos metade dessas crianças será composta por mulheres, que ficam sob uma grande desvantagem no modelo tradicional), mas indivíduos, homens ou mulheres, não existem com um propósito definido, muito menos fazer filhos por fazer filhos, esse é o princípio primeiro da sociedade democrática: seres humanos são fins em si mesmos, não meios para se conseguir algo.

chest- quem quer marido cooperativo e pai responsável é você, não eu

Ana Cláudia disse...

Não digo que vá acabar a Humanidade, foi você quem falou na depopulação da China, causada por um governo ditatorial e por camponeses machistas, mas quanto mais a educação e a vida profissonal são feitas incompatíveis com a maternidade, mais tarde as mulheres se casam e menos filhos têm: Europa, Japão e os caucasianos dos EUA estão pouco acima ou simplesmente abaixo da taxa de filhos por mulher necessária para a manutenção dos tamanhos das populações. Já a África, países muçulmanos em geral e outros lugares sem esse papo de igualdade e direitos humanos (o pacote é completo: geralmente,em lugares onde as mulheres não têm direitos, homens dissidentes não os têm tampouco) continuam com populações crescentes.
Os chineses correm para as fábricas porque são gregários e querem companhia (como alguém se sente sozinho em um país com mais de 1 bilhão de habitantes?)? E a tolinha aqui pensando que tinha algo a ver com a produtividade maior e as rendas crescentes. A carência afetiva também explica a industrialização brasileira? E não se trata do campo ser bom ou mal, se trata da organização do trabalho e as habilidades demandadas na sociedade industrial serem radicalmente diferentes daquelas exigidas nas sociedades agrárias dos nossos antepassados, tanto é que a bibliografia sobre o assunto apresenta exemplos sobre exemplos das dificuldades e da demora de adaptação dos antigos camponeses a suas novas funções industriais, apesar deles prosperarem e se multiplicarem rapidamente nas fábricas em comparação com sua antiga vida estagnada no campo. As pessoas não vão para as fábricas porque são gregárias- as operárias que fizeram com jornadas de até 17 horas diárias a riqueza da indústria inglesa nos seus começos provavelmente prefeririam exercer sua vocação gregária em um trabalho mais leve, menos cansativo, menos repetitivo e com menos horas de trabalho-, as pessoas simplesmente se adaptam às exigências do novo modelo social. Ou você já viu muitos esquilos e cachorros exercendo a divisão do trabalho e a sua vocação gregária em linhas de montagem fordistas seguindo o taylorismo? Pois é.
"quem quer marido cooperativo e pai responsável é você, não eu"
É você quem está preocupado com as criancinhas cujos pais-aparentemente, por causa da liberação feminina- as abandonaram e com as consequências delas.
"casamento monogâmico permanente? Na Igreja com véu e grinalda, é isso que você no fundo quer."
Não me interessa muito qual seja o arranjo entre o casal desde que satisfaça as justas aspirações de ambos e nos tire da rota de colisão com o iceberg sociológico-demográfico na qual o modelo tradicional nos colocou.
"não, os homens vão para a noite, Brahma Chopp. se as mulheres não querem ter filhos, ótemus, sexo irresponsável para todos."
Que seja. Se a Civilização Ocidental não puder conciliar os recém-conquistados direitos femininos com sua própria preservação, melhor mesmo que ela acabe nem com um estrondo nem com um suspiro, mas com uma orgia. Os muçulmanos herdarão a Terra.

Chesterton disse...

a civilização ocidental INVENTOU as conquistas femininas.

Ana Cláudia disse...

"a civilização ocidental INVENTOU as conquistas femininas."
Ela inventou-muito mais recentemente do que certas pessoas acham- e a custo de muita coragem e de muitos martírios coisas como a liberdade de consciência, a liberdade religiosa, a liberdade de expressão: nada disso impede que apareça quem defenda que a Igreja inventou a Civilização, sem se dar ao trabalho de explicar o porquê de cada uma das características que separam o Ocidente do resto ter tido que enfrentar a oposição raivosa e fanática de Roma.
Do mesmo jeito, há quem pareça ver com mais simpatia a desagregação do Ocidente do que a reforma de um modelo que se provou incapaz de se adaptar às conquistas sociais-incluindo as femininas- desse mesmo Ocidente.

Anônimo disse...

você precisa se informar melhor.

Silvio disse...

http://www.youtube.com/watch?v=aRDZs426FBM

Anônimo disse...

Proponho o casamento da Ana com o Tiago e o Chest para realizar o 1º parto...

Anônimo disse...

ei cara, manda essa tal de ana cláudia ir cantar de galo lá nos emirados árabes ou no irã, ela é a prova viva do que acontece qdo se dá muita liberdade pras mulheres, aliás, liberdade essa CONCEDIDA pelo capitalismo, em nome de lucros maiores, e não por causa do ridículo movimento chamado feminismo, cm elas querem fazer crer!! e vcs não tem que ficar dando satisfação praquela primeira anônima lá de cima, se ela não gostou, foda-se!

Anônimo disse...

ei cara, manda essa tal de ana cláudia ir cantar de galo lá nos emirados árabes ou no irã, ela é a prova viva do que acontece qdo se dá muita liberdade pras mulheres, aliás, liberdade essa CONCEDIDA pelo capitalismo, em nome de lucros maiores, e não por causa do ridículo movimento chamado feminismo, cm elas querem fazer crer!! e vcs não tem que ficar dando satisfação praquela primeira anônima lá de cima, se ela não gostou, foda-se!

Anônimo disse...

ei cara, manda essa tal de ana cláudia ir cantar de galo lá nos emirados árabes ou no irã, ela é a prova viva do que acontece qdo se dá muita liberdade pras mulheres, aliás, liberdade essa CONCEDIDA pelo capitalismo, em nome de lucros maiores, e não por causa do ridículo movimento chamado feminismo, cm elas querem fazer crer!! e vcs não tem que ficar dando satisfação praquela primeira anônima lá de cima, se ela não gostou, foda-se!

Anônimo disse...

ei cara, manda essa tal de ana cláudia ir cantar de galo lá nos emirados árabes ou no irã, ela é a prova viva do que acontece qdo se dá muita liberdade pras mulheres, aliás, liberdade essa CONCEDIDA pelo capitalismo, em nome de lucros maiores, e não por causa do ridículo movimento chamado feminismo, cm elas querem fazer crer!! e vcs não tem que ficar dando satisfação praquela primeira anônima lá de cima, se ela não gostou, foda-se!