O blog tem atraído umas discussões estranhas ultimamente. Não sei se é minha culpa. Juro que na vida diária sou uma pessoa normal, sem opiniões ou comportamentos extremos. Politicamente, gostaria que existisse um meio-termo entre os excessos do liberalismo e os rigores do tradicionalismo, mas talvez seja impossível.
Tendo a preferir as sociedades que prezam a liberdade individual, mas sem transformar esta em uma obsessão, no "direito de fumar drogas ou andar peladão pela rua". Acredito na livre-expressão, no livre-mercado e na liberdade religiosa, porém tendo por pano de fundo a moralidade tradicional cristã, sem o niilismo pós-moderno ateu nem o fundamentalismo religioso teocrático ou a sha'ria. Sou a favor do Estado mínimo (quanto menor, melhor), o que tende a excluir fascismos e socialismos tanto de esquerda quanto de direita.
Dito isso, não acredito em utopias ou sociedades perfeitas. A humanidade é imperfeita por Natureza, e portanto não tenho nenhum "mapa da mina" para construir uma sociedade ideal. Ao contrário, sou pessimista e tendo a achar, como Hobbes, que "o homem é o lobo do homem". Não promovo nenhum movimento político e prefiro mesmo ficar no meu canto.
Não sou "olavista" ou "olavette". Na verdade, o "olavismo" não existe como movimento político, filosófico ou ideológico, e penso que o Olavo de Carvalho jamais teve a intenção de criar qualquer coisa parecida com isso. Minha única conexão com o Olavo de Carvalho é que leio há vários anos textos do Olavo de Carvalho. Como ocorre com todos os autores que leio, concordo com algumas coisas, menos com outras. Acredito que de qualquer modo seja um pensador excepcional, especialmente se considerarmos o quase total vazio da discussão intelectual no Brasil, onde os maiores "intelectuais" hoje são o Chico Buarque ou o Jô Soares.
Suponho que seja desnecessário esclarecer que não tenho simpatias pelo nazismo. Poderia rebater as várias informações equivocadas que apareceram na caixa de comentários por estes dias, mas seria perda de tempo. Só achei engraçado acusarem "os judeus" de "terem criado a bomba atômica" -- como se os nazistas estivessem, naquele momento, empenhados apenas em pesquisar sobre como construir melhores brinquedinhos para crianças, ou fábricas de arco-íris e unicórnios. Ora! Tenham santa paciência. Os nazistas também queriam a bomba, e só não a conseguiram porque seguiram um caminho totalmente equivocado, além de ter despachado físicos brilhantes, aliás nem todos judeus, mas tampouco simpáticos ao regime.
Detesto o comunismo e o nazismo e tudo o que estes movimentos totalitários representam. Abomino revolucionários de quase todos os tipos. Não sou um progressista, mas tampouco sou um "nacionalista branco" ou mesmo um conservador tradicional. Não acredito no positivismo, que Machado de Assis brilhantemente satirizou como o "humanitismo" de Quincas Borba. Não acho que existam sistemas perfeitos, e a sua busca e tentativa de implantação é uma quimera inútil. Acredito, apenas, no bom senso e no conhecimento acumulado ao longo de centenas de anos de tentativa e erro, que terminam funcionando como regras imperfeitas de uma civilização imperfeita, sempre em precário equilíbrio.
Ideologia: não quero uma pra viver.
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quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Atropelamento e fuga
Às vezes, são as pequenas coisas que fazem você desanimar sobre o Brasil.
Eis um acontecimento destes dias em Porto Alegre, onde um motorista atropelou propositalmente dezenas de ciclistas que participavam de uma manifestação. Apenas por sorte, ninguém morreu, mas pelo menos oito pessoas ficaram feridas.
A julgar pelos precedentes e pelas últimas notícias, pouco ou nada vai acontecer. O delegado encarregado da Divisão de Crimes de Trânsito já afirmou que "houve excessos das duas partes envolvidas", e criticou os ciclistas membros da organização. Vários dos comentaristas da matéria colocam-se ao lado do motorista, chamando os ciclistas de folgados. Ora, os participantes poderiam até ser um bando de hippies tresloucados esquerdistas, mas nada justifica o seu atropelamento.
Na maioria das capitais brasileiras, dirige-se muito mal. O país é o décimo do mundo entre os países que mais matam no trânsito, o que não é pouco. Com algo mais de esforço, quem sabe chegamos próximos da Venezuela e El Salvador, primeiro e segundo colocados. Mas o que espanta mesmo é o total desrespeito às menores regras de civilidade. A faixa de segurança é completamente ignorada -- pelos motoristas, mas também pelos pedestres, diga-se, que atravessam em qualquer lugar. Comportamentos aberrantes e barbeiragens são a norma. Se somarmos então as contribuições dos "excluídos", quer dizer, os insuportáveis papeleiros e flanelinhas atravancando o trânsito, é o caos.
Essa é uma coisa que está mudando nos EUA, com a invasão mexicana a todo vapor. Segundo um estudioso de demografia, "It's basically over for the anglos" no Texas. Pois não é segredo para ninguém que os hispânicos e latinos em geral costumam dirigir pior, estando por trás de grande parte dos acidentes de trânsito, em especial aqueles envolvendo bebidas alcóolicas.
Não é uma situação tão grave quanto os russos com a sua vodka (ver vídeo), mas aqui no Brasil, um dia chegamos lá.
Eis um acontecimento destes dias em Porto Alegre, onde um motorista atropelou propositalmente dezenas de ciclistas que participavam de uma manifestação. Apenas por sorte, ninguém morreu, mas pelo menos oito pessoas ficaram feridas.
A julgar pelos precedentes e pelas últimas notícias, pouco ou nada vai acontecer. O delegado encarregado da Divisão de Crimes de Trânsito já afirmou que "houve excessos das duas partes envolvidas", e criticou os ciclistas membros da organização. Vários dos comentaristas da matéria colocam-se ao lado do motorista, chamando os ciclistas de folgados. Ora, os participantes poderiam até ser um bando de hippies tresloucados esquerdistas, mas nada justifica o seu atropelamento.
Na maioria das capitais brasileiras, dirige-se muito mal. O país é o décimo do mundo entre os países que mais matam no trânsito, o que não é pouco. Com algo mais de esforço, quem sabe chegamos próximos da Venezuela e El Salvador, primeiro e segundo colocados. Mas o que espanta mesmo é o total desrespeito às menores regras de civilidade. A faixa de segurança é completamente ignorada -- pelos motoristas, mas também pelos pedestres, diga-se, que atravessam em qualquer lugar. Comportamentos aberrantes e barbeiragens são a norma. Se somarmos então as contribuições dos "excluídos", quer dizer, os insuportáveis papeleiros e flanelinhas atravancando o trânsito, é o caos.
Essa é uma coisa que está mudando nos EUA, com a invasão mexicana a todo vapor. Segundo um estudioso de demografia, "It's basically over for the anglos" no Texas. Pois não é segredo para ninguém que os hispânicos e latinos em geral costumam dirigir pior, estando por trás de grande parte dos acidentes de trânsito, em especial aqueles envolvendo bebidas alcóolicas.
Não é uma situação tão grave quanto os russos com a sua vodka (ver vídeo), mas aqui no Brasil, um dia chegamos lá.
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sábado, 19 de setembro de 2009
Trogloditas racistas

Uma dupla de estudantes fantasiou-se de cafetão e prostituta (ridiculamente, diga-se de passagem), e com uma câmera escondida visitou, não um, mas cinco escritórios da ACORN (Association for Community Organizations for Reform Now). Como dá para adivinhar pelo nome, trata-se de uma ONG dedicada a uma série de mutretas, desde fraude eleitoral a promoção do socialismo.
Nos vídeos, a dupla pediu ajuda para um esquema de prostituição infantil de ilegais e fraude ao imposto de renda. Os funcionários não só ajudaram no esquema como ainda queriam ganhar comissão por fora.
Graças ao escândalo, que nem é o primeiro, o Congresso americano votou a favor de cortarem a verba governamental do grupo, com o qual Obama esteve envolvido em sua longa carreira de
O MST é a mesma coisa. Certa vez, uma conhecida que, por puro idealismo, trabalhara fazendo vídeos sobre os "coitadinhos" do MST, ficou escandalizada ao descobrir a corrupção que rolava solta no local: líderes dividindo o dinheiro da verba federal e gastando em boates, etcétera.
A ladroagem que rolava solta no MST foi demais para ela, e a moça abandonou o barco. Mas a garota era exceção. Muitos não querem perder as ilusões e racionalizam: "Sim, são corruptos, mas trabalham para o Bem..."
Como reage um esquerdista ao descobrir que seus ídolos na verdade não são aquilo tudo?
Há normalmente três reações. Uma é a da rejeição, mas raramente esta é seguida de uma compreensão real. Em certos casos, à desilusão segue-se mesmo uma radicalização ainda maior. É como o caso dos ex-petistas que migraram para o PSOL, achando que o que faltou foi apenas um socialismo mais puro e pessoas que gostassem mais do cheiro do povo...
Mas os piores são os que não negam a corrupção, aliás a vêem mesmo como uma arma, como parte das estratégias válidas da esquerda para destruir o capitalismo e a "sociedade ocidental patriarcal".
São os esquerdistas burros? Não, não são burros. Alguns poucos chegam mesmo a ser inteligentes. Mas têm um ponto cego. Leia seus comentários nos blogs, e perceberá que escrevem como zumbis, como robôs. Os esquerdistas são mesmo como diz Bezmenov. Não conseguem raciocinar fora de certos esquemas mentais pré-determinados. Nesse sentido, o esquerdismo é mais uma religião do que um sistema político. Como ocorre com o Islã, qualquer ação é válida para impor seu totalitarismo.
E, no entanto, os trogloditas racistas somos nós, os anti-socialistas. O Fábio Marton acha que o poster abaixo é racista:

É racista? Não é? Acho que não vem ao caso. Sim, é uma caricatura vulgar, mas não muito pior do que esta:

Só a esquerda tem direito a agredir? Eu concordo com o Cláudio, nos comentários:
Não vamos nos iludir: tudo o que a direita disser poderá e será usada contra ela no tribunal. O monopólio da bondade já é da esquerda. Querer dar uma de bom moço ficando indignado diante de cartazes satíticos e charges não fará com que um esquerdinha pare e pense "caramba, sabe que a direita pode ter razão?"
A direita nunca tem razão. Para a esquerda, a direita é troglodita, mas não pelo que ela faz ou deixa de fazer: é que quem não aceita as teses revolucionárias da esquerda é, por definição, um tosco, um caipira, um troglodita existencial.
Assim, paradoxalmente, o esquerdismo tem o monopólio da violência, do crime, da corrupção, da guerrilha, dos cartazes ofensivos. Ao mesmo tempo, julga-se o ápice da bondade e da civilização. O raciosímio é o seguinte: a esquerda é superior, portanto tem o "direito moral" de usar todas as baixarias para obter a vitória. Já a direita...
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