segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Upepês

Não sei muito sobre como funciona essa história das UPPs, mas esse negócio de "Polícia Pacificadora" sempre me pareceu mais jogada de marketing do que qualquer outra coisa. Agora parece que os marginais cariocas, talvez entediados com tanta paz, resolveram ir para o asfalto para promover arrastões e queimar veículos.

No começo do filme "Ônibus 174", um dos (s)ociólogos entrevistados fala uma coisa assim: "Os policiais são mal pagos, têm baixa auto-estima, e não são bem treinados para a sua função. Por isso eles passam a achar que o seu trabalho é prender bandido, é matar marginal".  

Ora, seu ociólogo de araque, o trabalho da Polícia é justamente esse! Prender bandido e, se ele resistir, mandar bala. O único modo de combater o crime é prendendo criminosos. O resto é conversa para ruminante repousar.

Porém, parece que as UPPs vieram para ficar, sendo vendidas pelo governo de Dilma e Cabral como soluções para a violência nas favelas. O curioso é que, graças às UPPs, os traficantes conseguiram cortar gastos e "funcionários" e ter maiores lucros. Políticos felizes, favelados felizes, traficantes mais ainda.

O único problema é que alguns desses "soldados do tráfico" desempregados continuam precisando de dinheiro. Ainda bem que existe a gentil população do asfalto, sempre disposta a ajudar.

34 comentários:

Chesterton disse...

É triste ver o estado abrir mão do único monopólio legítimo que tem para defendera população: uso da violência.

Mr X disse...

Como é que tá o desgoverno do Cabral aí no Rio? As UPPs realmente mudaram algo?

Chesterton disse...

Mudaram, sem dúvida. Mas o efetivo policial é pequeno para tanto bandido.
Tem que mudar a mantalidade.

Chesterton disse...

A mentalidade, digo. O Cabral é um "clown" perfeito, mas o povaréu tem sua parcela de culpa. Ainda acham que bandido é injustiçado social. Aí já viu, o homem quer voto....

Chesterton disse...

http://artigosenoticias.blogspot.com/2010/11/por-que-nao-reescrevem-tudo-joao-ubaldo.html

sinais dos tempos

maisvalia disse...

A realidade para quem entende de segurança é esta http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-rio-o-crime-e-o-idealismo-dos-%E2%80%9Cespecialistas%E2%80%9D/

Em São Paulo, depois de anos ouvindo inúteis especialista que nunca prenderam nem o dedo na porta, descobriram que o básico funciona: BANDIDO PRESO NÃO COMETE CRIME e por isso aqui o número de presos é proporcionalmente e numericamente o maior do país e o número de homicídios baixou de 40 para 8 por 100.000. Mas está sob ataque dos experts. Basta ver o artigo do idiota Paulo Sergio Pinheiro no último domingo no Estadão em que o ilustre prega que a PM não faça mais revistas porque ofende os direito dos manos mais pobres, hehehe

Pablo Vilarnovo disse...

Sim, as UPP são uma boa mudança na estratégia de segurança do Rio de Janeiro. Pelo menos é uma grande evolução do que era antes. Costumo dizer que é ilusão achar que iremos acabar com o tráfico de drogas. Ele existe em qualquer lugar do mundo. O problema no Brasil e mais especificadamente no Rio de Janeiro é o poder de fogo dos traficantes.

Isso, infelizmente, não tem sido combatido pelas UPPs porque é uma função da PF e do Exército vigiar nossas fronteiras e da PRF vigiar nossas estradas.

Outro lado é que, realmente, nossos policiais são extremamente mal pagos, por isso defendo a PEC 300 que irá equiparar o salários dos policiais do Brasil com os de Brasilia.

Nas UPP geralmente trabalham policiais novos, sem os "vicios" do sistema, porém é questão de tempo que sejamo cooptados pelo dinheiro fácil do tráfico.

Uma mudança boa foi saber de um conhecido meu que mora no Morro da Formiga na Tijuca dizendo que as crianças do local que antes diziam querer ser traficantes, agora dizem querer ser policiais da UPP. Isso é um bom sinal.

Mas muito ainda precisa ser feito, principalmente a mudança do foco em combate ao tráfico para combate ao tráfico de armas. Enquanto comprar uma caixa de granadas for tão fácil quanto comprar uma caixa de cerveja as cenas que estamos vendo no rio de janeiro continuarão.

Chesterton disse...

O problema é que aqui no RJ as pessoas vivem de "wishfull thinking". Se iludem, no maior "me-engana-que-eu-gosto". Decidiu-se que o problema era a violência (não o crime em si), aí fizeram planos para diminuir a violência e nisso foram competentes.
Os bandidos de terceiro escalão para baixo estão sem o que fazer, aí descem o morro para tocar fogo em qualquer coisa que apareça.
Resultado? A favela está habitável, não há mais aquele esculacho de muleque com fuzil na mão para cima e para baixo. O consumidor recebe o produto normalmente de modo mais civilizado", e o desemprego só se dá no meio da vagabundagem (que apronta).
Cabral é um candidato à mágico, e como sabemos que isso não existe, uma hora vai ter que passar o rodo nos vagabundos.

rorschachbr disse...

Saudações Mr X e demais
Desde o ano passado que escrevo sobre a farsa montada por Cabral e cia. O grande lance é que a mídia se vendeu de tal forma que, durante o período eleitoral parecia que não havia crimes no Rio. Só se falava das UPPs e vinha aquela matéria encomendada mostrando as crianças brincando felizes e tudo mais. Enquanto isso a bala tava comendo nas zonas menos nobres da cidade.Cabral ganhou, e agora não dá mais para esconder o caos que está o Rio. E outra coisa muito importante: os policiais das UPPs apesar de novatos são a cara da conhecida PM, não valem um centavo. Um monte de jovens que cresceram ouvindo funk, sem nada na cabeça, tanto que vários já foram presos cometendo crimes, principalmente assalto a caixas eletrônicos. Desculpe ser a voz contrária do conto de fadas, mas essa é a realidade. As favelas controladas são os lugares mais seguros no momento, porém continuam sendo favelas, apenas o sistema conseguiu uma maneira de arrecadar (legalização de serviços e estabelecimentos) sem oferecer nada em troca além da polícia (que virou uma espécie de xerife controlando os mínimos detalhes da vida dos moradores). Em suma um "estado paralelo" legalizado.

Mr X disse...

Pelo que me parece, o governo roubou a idéia das milícias, e está fazendo quase a mesma coisa do que elas, só que de modo legal.

Acho bom que haja menos violência e armas à mostra na favela. O problema é a segurança do pessoal lá embaixo do morro, tem que resolver a situação deles também. Mas será que tem tanto efetivo policial para proteger tanto a favela quanto o asfalto?

Também tenho dúvidas com a idéia de o tráfico continuar vendendo e lucrando da mesma forma, quase parece uma legalização da venda de drogas, agora sob proteção policial. E a corrupção vai continuar.

Enfim, é uma situação difícil. Se houve avanços, ótimo.

Chesterton disse...

Bem, a única solução para as favelas é a remoção pura e simples. Fora isso, é sempre remendo.

Augusto Nascimento disse...

Manter a paz no Rio é reconhecidamente uma tarefa difícil. Pelo menos, a Península Coreana está a salvo. "Seja como for, a posição do Brasil é contra qualquer tipo de ataque entre países. Temos de respeitar a soberania de cada nação e não permitiremos que haja qualquer tentativa de transgredir a soberania dos países", afirmou Lula.

Augusto o Grande disse...

Chest é aquele cara que deve morar no alto do seu prédio, beber seu whisky e dormir em paz, até não ver seus filhos (se tiver) vítimas da violência.

Diz ele que é favorável às remoções, mas não entende que depois de 30 anos de convivência e sentimento territorial, como poderia o Estado retirar o indivíduo de lá?
Não dá pra perceber que a favelização é fruto de uma política ineficaz de transportes e que ocorreu devido ao alto custo destes junto ás longas distâncias que o indivíduo tem , da sua casa ao trabalho?
Tendo um carrinho é fácil falar, queria ver enfrentando um ''frescão'' com cheiro de asa por pelo menos 2 horas e meia diárias.

Chesterton disse...

Diz ele que é favorável às remoções, mas não entende que depois de 30 anos de convivência e sentimento territorial, como poderia o Estado retirar o indivíduo de lá?

chest- indenizando. Grana aqui, e chispa.

Mr X disse...

Não dá pra perceber que a favelização é fruto de uma política ineficaz de transportes e que ocorreu devido ao alto custo destes junto ás longas distâncias que o indivíduo tem, da sua casa ao trabalho?

Não exatamente. O problema não é de transporte. As favelas existem sim porque o sujeito prefere morar pertinho do local de trabalho em vez de pegar um buzum por duas horas e gastar vale-transporte, como o AN bem falou. E como o aluguel nas áreas mais nobres ou centrais é caro, o pessoal parte para construir ilegalmente em qualquer lugar, próximo do local trabalho. Mas o problema é a construção ilegal, não o transporte. Mesmo que o ônibus fosse de ouro, não resolveria o problema de pessoas que querem é morar perto das facilidades, mas sem pagar aluguel e IPTU. Tem que remover sim.

De qualquer modo, acho que o problema vai ainda mais fundo. Mesmo que as favelas sejam demolidas e substituídas por casas populares na periferia, é bem provável que esses conjuntos habitacionais também terminem por se (re)favelizar, como ocorreu com a Cidade de Deus.

Augusto Nascimento disse...

"As favelas existem sim porque o sujeito prefere morar pertinho do local de trabalho em vez de pegar um buzum por duas horas e gastar vale-transporte, como o AN bem falou."
Que AN?
"Mesmo que as favelas sejam demolidas e substituídas por casas populares na periferia, é bem provável que esses conjuntos habitacionais também terminem por se (re)favelizar, como ocorreu com a Cidade de Deus."
Sem falar que o exemplo dos guetos americanos e europeus e dos bairros dos Burakumin mostra que, mesmo em países mais ricos e organizados que o nosso, comunidades abandonadas pelo poder público não precisam do nome "favela" para que se tornem lugares violentos e sob o controle do crime. Remover as favelas sem resolver seus problemas básicos é, na minha opinião, simplesmente mudar de posição as cadeiras no convés do Titanic. Augusto Comte, genialmente, previu a necessidade de incorporar o proletário à sociedade industrial, através do ensino público de qualidade e de condições materiais decentes.

Chesterton disse...

MR, vi seus comentários lá no Sakamoto. O garoto é aquele tipo que joga para a plateia para comer alguem. Triste.

Mr X disse...

Epa, tem dois Augustos agora aqui? Que confusão.

E será que o Sakamoto conseguiu comer alguém com esse papinho? Agora ele esta dando uma de coitadinho hipocondríaco...

No mais, vou falar uma coisa bem politicamente incorreta e triste, mas acho que o problema mesmo é que muitas pessoas (não todas nem a maioria, mas várias) que moram em favelas, guetos ou similares tem um comportamento que não os ajuda muito. Ou não são naturalmente muito inteligentes (ou são muito ignorantes, mas é quase o mesmo), o que impede que tenham acesso a melhores empregos, ou têm mesmo pouca ambição de sair desse modo de vida, com exceção do crime (que não vêem como algo errado, mas como um modo fácil de obter dinheiro). Portanto pode lhes dar casa, comida e roupa lavada que vão continuar tendo dificuldades ou partindo para o crime e a degradação. No outro dia em uma reportagem tinha uma jovem favelada cuja mãe tinha tido 12 filhos, e ela se orgulhava e dizia que ela mesma planejava ter mais 18, isso sem ter marido, nem emprego. Assim não dá.

Acho que esta mulher aqui é que está certa, pobreza também é de espírito:

http://www.youtube.com/watch?v=mqod3wCOsco

Chesterton disse...

daí o termo proletário.

Mr X disse...

Por que será que pros pobres é tão fácil fazer filho, e pros ricos tão difícil?

Será que vai mesmo acontecer como em Idiocracy?

http://www.youtube.com/watch?v=PSROlfR7WTo

Augusto Nascimento disse...

Realmente, há certa cultura do atraso nas favelas-apoiada entusiasticamente por certos setores do asfalto, aliás-, e o comportamento de alguns (não todos nem sequer a maioria) de seus moradores é contraproducente econômica e socialmente. Sem falar que, dependendo-se do que se entenda por "ignorante", boa parte de seus moradores se encaixa na categoria. Não é difícil também imaginar que boa parte dos elementos menos inteligentes da sociedade acabe nas favelas. Contudo, não só não se pode esquecer que a maioria dos moradores das favelas cuida de suas vidas de maneira honesta e razoavelmente sensata (até por não poder depender da boa vontade do poder público e da inconstante generosidade dos mais afortunados) como não se pode realisticamente esperar que uma comunidade colocada à parte do resto do país pelo descaso do poder público, por um poder paralelo violento e arrogante e por sua própria pobreza não apresente desvios. Tais questões culturais não só não são só nossas como não são insuperáveis. O próprio Sowell liga características negativas da cultura negra americana às falhas da cultura sulista branca ("The cultural values and social patterns prevalent among Southern whites included an aversion to work, proneness to violence, neglect of education, sexual promiscuity, improvidence, drunkenness, lack of entrepreneurship, reckless searches for excitement, a lively music and dance, and a style of religious oratory marked by strident rhetoric, unbridled emotions, and flamboyant imagery. This oratorical style carried over into the political oratory of the region in both the Jim Crow era and the civil rights era, and has continued on into our own times among black politicians, preachers, and activists. Touchy pride, vanity, and boastful self-dramatization were also part of this redneck culture among people from regions of Britain where the civilization was the least developed."). Por outro lado, como lembrou Milton Friedman, fatores culturais pareciam garantir que o Japão seria para sempre um país pobre enquanto a Índia parecia pronta para decolar assim que o jugo inglês fosse destruído. Não foi o que aconteceu, entretanto: como relata Landes em seu monumental A Riqueza e A Pobreza das Nações, os japoneses instituíram um ensino público unificado para quebrar as tradições nefastas do passado e unificar o país na busca de influência política e militar enquanto os indianos simplesmente importaram as políticas fabianas, que estavam levando ao empobrecimento relativo da Inglaterra no pós-guerra. Também é difícil separar "nature" e "nurture" quando o Estado praticou por gerações um ativo abandono de largas parcelas da população , as quais acabaram privadas de oportunidades educacionais e mesmo alimentares e médicas que as classes mais afortunadas economicamente tomam por garantidas. Sem falar que, à medida que uma nação prospera, mesmo os percentis "menos inteligentes" da distribuição intelectual melhoram de vida, que se lhes torna mais segura, menos penosa, mais longa e mais agradável, e encontram função econômica compatível com seus talentos.

Augusto Nascimento disse...

Além disso, como ensinou Watson quando a América ainda era um país segregado racialmente: "Give me a dozen healthy infants, well-formed, and my own specified world to bring them up in and I'll guarantee to take any one at random and train him to become any type of specialist I might select – doctor, lawyer, artist, merchant-chief and, yes, even beggar-man and thief, regardless of his talents, penchants, tendencies, abilities, vocations, and race of his ancestors." O potencial da educação é praticamente infinito. As três soluções para os problemas do Brasil são educação, educação e mais educação ainda. Mais razões temos, portanto, para colocar em prática as ideias de Comte e dos pais fundadores de nossa República e garantir aos cidadãos do nosso país acesso a reais oportunidades de educação, alimentação e tratamento médico. Se para isso for necessário quebrar pela força o domínio do tráfico sobre as comunidades carentes, que seja. É simplesmente inaceitável que, 121 anos depois da Revolução, grandes quantidades de cidadãos estejam privados dos mais básicos direitos legais garantidos pelo império da lei, submetidos ora às arbitrariedades de bandidos, ora a arbitrariedades do poder público, que não parece distinguir ou se interessar em distinguir entre criminosos e cidadãos honestos.
"Por que será que pros pobres é tão fácil fazer filho, e pros ricos tão difícil?"
Além de melhor acesso ao planejamento familiar e a informações ligadas a ele, devem pesar fatores culturais (não é difícil imaginar que grupos ligados à economia de maneira diferente desenvolvam "superestruturas" diferentes) e considerações de capital humano: ter cinco filhos pode estragar a chance de um deles ser médico, ter dez filhos não estraga a chance de nenhum deles de ser flanelinha ou estudar em uma péssima escola pública; sem falr que é mais prático colocar mais água no feijão e no leite do que no caviar ou nas passagens para a Disney. Uma boa notícia é que não é necessário muito dinheiro para diminuir a média de filhos por mulher: a média brasileira já está em 2,19 (pouco acima, portanto, do nível de reposição), e, segundo o CEBRAP, bastava uma per capita domiciliar de entre 1/4 e 1/2 de salário mínimo para baixar a média a razoáveis 3 filhos por mulher. Mesmo o grupo mais prolífico de 2004, o de domicílios com per capita de menos de 1/4 de salário mínimo, "só" alcança média de 4,6 filhos por mulher, menos do que a média brasileira dos anos 40, 50, 60 e 70.

maisvalia disse...

Alguém já pensou que isto ocorre devido a previsão feita por Deus: Olha o Brasil não vai ter terremoto, nem furacão, nem maremoto, nem tsunami, nem ..., mas você vai ver o povinho que eu vou por lá. A qualidade do povo na banânia, pelo menos até hoje, é um cocô. Quando do cruzado até pipoqueiro cobrava ágio.Não falta só educação e Augusto Comnte, falta povo, heheheh

swedenborg disse...

Augusto, até concordo com o aspecto da falta de educação gerar este lumpem que por sua vez afunda cada dia mais o país no lodaçal.Mas administrar a educação preconizada pelo MEC (que agora persegue até Monteiro Lobato)é enfiar a cabeça do país de vez na lama.

Augusto Nascimento disse...

"Quando do cruzado até pipoqueiro cobrava ágio.Não falta só educação e Augusto Comnte, falta povo, heheheh"
Pode ser (se bem que a culpa do ágio me parece ser mais dos autores do Cruzado, que desorganizaram a economia, que do pipoqueiro), mas povos (e elites) não não surgem prontos e armados da cabeça de Zeus como Atenas. Na Inglaterra, o povo teve que se acostumar ao que Blake chamou de "satanic mills" para que o país se tornasse uma potência industrial. O Japão era um conjunto de feudos rivais sem senso de propósito e de nacionalidade: os estadistas da era Meiji usaram a educação para formar um exército e uma mão-de-obra que logo assombrariam o mundo. O que era Singapura há umas poucas décadas? A liderança do PAP salvou o país da pobreza. Quando um país tem problemas, é mais provável que seja por falta de elites do que por falta de povo!
"Mas administrar a educação preconizada pelo MEC (que agora persegue até Monteiro Lobato)é enfiar a cabeça do país de vez na lama."
Repare que eu falei em "educação de qualidade" (realmente, em boa perte dos casos, o MEC é parte do problema, não da solução).

Augusto Nascimento disse...

"(e elites) não não surgem prontos e armados da cabeça de Zeus como Atenas."
Correção: "(e elites) não surgem prontos e armados"

Tsuyoshi Hatari disse...

Em primeiro lugar, sua frase: "Ainda bem que existe a gentil população do asfalto, sempre disposta a ajudar", foi simplesmente genial...
Ainda irei usar essa frase no meu blog rs
O máximo!
Eu não estou ai, só vejo algumas notícias na internet ou conversando com amigos, mas nas duas vezes que estive ai a passeio posso dizer que não sei se sentia mais medo da polícia ou dos bandidos...
A maisvalia disse que lugar de bandido é na prisão. Tá certo, concordo com ela, mas teria que ser outro tipo de prisão... Preso tinha que trabalhar, ocupar o tempo, estudar...
Li os comentários de todos. Vou ser sincero, nem sabia dessa UPPs... rs
O que penso é que o problema é bem maior do que se imagina...
Aqui, do outro lado do mundo, onde o Brasil todo se mistura praticamente um lugar só, tive a oportunidade de conhecer pessoas que provavelmente nunca conheceria no Brasil.
Lembro-me que a alguns anos atrás conheci uma família que meu tio nomeou de "Os Buscapés".
Eram 3 integrantes: Mãe e seus dois filhos...
Não tomavam banho, não escovavam os dentes e mal sabiam escrever o nome.
Sabe uma vez o que a mãe me disse sobre o estudo?! "A eu vivi até hoje sem ler, pra que eles precisam disso?"...
Eu acredito que para o Brasil melhorar, deve-se investir em educação...
Povo inteligente, com cultura, educação gera um outro tipo de pais...
eu acho...

Mr X disse...

"A eu vivi até hoje sem ler, pra que eles precisam disso?"

Isso explica muita coisa... Mas como culpá-los, quando o exemplo vem do próprio presidente da nação?

E esta é pro pessoal do MST:

http://articles.latimes.com/2010/nov/21/world/la-fg-south-africa-farms-20101121

Reforma agrária fracassa na África do Sul, pois 90% das terras foram dadas a pessoas que não sabiam nada de agricultura.

Esse é o problema, o pessoal acha que trabalhar na roça é fácil, "em se plantando tudo dá". Ou então só quer bagunçar mesmo.

Mr X disse...

Hum. A coisa tá pegando mesmo né? :-/

Chesterton disse...

A coisa vai preta.

Ana Beatriz disse...

Vocês viram as imagens da fuga dos bandidos (200 deles) fugindo por uma passagem entre duas favelas? Naquele momento não havia população inocente por perto, era longe das casas, só havia mesmo bandidos fortemente armados fugindo. Seria uma ótima oportunidade para abatê-los todos sem risco para a população. Mas eu entendo porque a polícia não fez isso: jornalistas, artistas e defensores de "direitos humanos" que fazem a cabeça do brasileiro chamariam a ação de chacina. Não defendo a barbárie, mas e agora, quantas pessoas vão acabar morrendo nas mãos daqueles traficantes?

c* disse...

hallow chose

eu ia pro rj esses dias mas vou ficar por aqui mesmo !
"por aqui mesmo" ainda nao tem upp, mas semana passada rolou ate decapitacao, crianca assassinada dentro de casa por bala perdida,etc...e ter que circular "em circuitos fechados"nao era bem o que queria pra essas ferias...

odeio ler isso, mesmo com a advertencia de que e politicamente incorreto :

"o problema mesmo é que muitas pessoas (não todas nem a maioria, mas várias) que moram em favelas, guetos ou similares tem um comportamento que não os ajuda muito. Ou não são naturalmente muito inteligentes (ou são muito ignorantes, mas é quase o mesmo)..."

e os comentarios de chesto sobre "o povareu"...

mas putain, o fato e que o pessoal nao tem nenhuma civilidade, joga lixo ao lado da lixeira, fura fila na cara de quem esta esperando, rouba e tripudia sem vergonha, ensina os filhos serem "espertos" e nao perderem ocasiao de pisar no proximo !

ninguem quer fazer sua parte pra melhorar a coletividade...foda-se o caos que isso provoca

bem, vou pra praia...:-((

(nao consegui localisar os acentos no teclado do macbook )

c* disse...

( chose, bota um emily d. pra mim amanha )

Chesterton disse...

Conffa, já ouviu falar de um tal Haussman? Imagine se meus planos forem colocados em prática e daqui a cem anos no alemão existir o Boulevar Chesterton....