domingo, 9 de outubro de 2011

A World Without Jobs

O título deste texto era pra ser "Um mundo sem empregos", mas ficou em inglês porque não resisti a fazer um trocadilho infame. Dito isso, são dois fatos incontestáveis: Steve Jobs se foi, e os empregos do mundo estão sumindo. 

Steve Jobs está sendo chorado como poucas figuras da história recente, e como quase nenhum empresário jamais foi (empresários são quase sempre universalmente execrados). Por quê? Talvez por ter criado os aparelhos mais representativos da era atual: os iPhones e iPads, que nada mais são do que brinquedos para gente grande. Mas há algo mais aí: Steve Jobs, filho de um imigrante sírio, abandonado enquanto bebê, adotado por um casal de classe média-baixa sem curso superior, abandonando os estudos, virando hippie vagabundo de férias na Índia e mesmo assim no fim das contas chegando ao topo do topo, ele representa a máxima afirmação do "sonho americano", a "terra da liberdade" onde qualquer um pode chegar lá. E digamos a verdade: se Jobs tivesse crescido na Síria, será que teria qualquer possibilidade de jamais chegar a ser o que foi? 

Mas casos como o de Jobs são cada vez mais exceções. Sim, ainda há muitos jovens milionários e histórias de sucesso, a América ainda é a América, mas tudo está mudando cada vez mais.

A Europa, em crise econômica e sem empregos, está virando um parque temático. Sua função, se o crescimento populacional muçulmano por lá não impedir, será a de conservar seus monumentos em pé para que possam ser visitados por turistas de todo o mundo. O mundo muçulmano está se reduzindo à sua própria insignificância. China ainda cresce -- mas até quando? E mesmo os EUA estão com taxas de desemprego que parecem apenas aumentar. (Obama já é menos popular do que o vírus da febre suína). Enquanto isso, jovens americanos "ocupam Wall Street" e querem -- o quê? Provavelmente achar algum culpado fácil para tudo.

Em um de seus últimos posts, o marxista Sakamoto mostra mais uma vez que, como 99%, tá bom, 100% dos blogueiros de esquerda, não entende nada de economia. Ele quer que as empresas reduzam a jornada de trabalho sem reduzir o salário. Quer que o açougueiro, o padeiro e o cervejeiro trabalhem, não por interesse próprio, mas por benevolência. Leia Adam Smith, rapaz! Na verdade, tais trabalhadores devem agradecer aos céus que o desemprego no Brasil está baixo e que o mercado de trabalho ainda está em expansão.

Afinal, o grande problema do mundo moderno é que a globalização e a automação tornaram e ainda estão tornando grande parte das pessoas inúteis. O imenso número necessário de pessoas que eram necessárias para plantar, colher e transportar alimentos reduziu-se muito com a mecanização da agricultura. Paradoxalmente, hoje produz-se bem mais alimentos. Salvo algumas regiões da África e do Oriente Médio, os pobres hoje tem maior problema com obesidade do que com fome.

Bem, mas é claro que o fim do trabalho agrícola não significou o fim do trabalho. Muitos migraram para as cidades onde trabalhavam em fábricas, que logo passaram também pelo mesmo processo de automação. Robôs cada vez mais podem fazer o trabalho de humanos, e com muito maior eficiência, e sem reclamar. Sim, ainda há muitas fábricas com pessoas trabalhando, mas elas estão na China ou na Índia, e também ali eles trabalham sem reclamar.

Então então essas pessoas que saíram do campo para trabalhar nas fábricas agora trabalham nas cidades na indústria de serviços, ou então em alguma repartição pública. Não produzem nada, mas realizam serviços para aqueles que produzem, e portanto ajudam a fazer com que estes últimos produzam mais. Mas mesmo muitos desses empregos hoje em dia estão acabando graças à tecnologia. As grandes redes de livrarias americanas desapareceram graças à Amazon; as indústrias locais foram engolidas pela China, que tem muita gente e pode fabricar tudo mais barato (e não eram e são os iPods e iPads fabricados por lá?); os robôs no Japão já podem até cozinhar pratos simples; até alguns empregos que antes exigiam diploma hoje podem ser substituídos por um software. Até o fim deste século, que outros empregos desaparecerão? Talvez motorista: a Google já está experimentando com carros que se dirigem a si mesmos

Tudo isso é deveras maravilhoso, mas o que fazer com os milhões de pessoas tornadas redundantes na era da automatização, da globalização e da Internet?

A visão romântica é que viveríamos em um mundo de lazer e de crescimento espiritual. Num mundo sem empregos, as pessoas se dedicariam às atividades artísticas, intelectuais e de supervisão e gerência do mundo robotizado. Mas isso é fantasia. O fato é que, contrariamente ao que sustenta a teoria da tabula rasa, nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades, físicas, mentais ou psicológicas. Dito de outra forma, em um mundo supertecnológico no qual o QI e o conhecimento técnico são os valores mais importantes, grande parte das pessoas não estão e jamais estarão qualificadas para trabalhar naquilo que realmente importa, nas poucas atividades realmente produtivas. E mesmo pra criar arte seriam inúteis, pois tampouco são todos os que tem talento.

Nesse admirável mundo novo, seria o welfare a solução mais moral, ou a mais imoral? Sustentar os incompetentes, ou deixar que eles morram de fome? É possível também que, sem trabalho, algumas pessoas se dedicassem mais ao crime, ou ao menos essa é a desculpa dos esquerdistas para manter o sistema. Porém, como o welfare (isto é, ser pago apenas por existir) é socialmente e moralmente nocivo para o indivíduo, estimulando a preguiça, o ócio e os maus costumes, é preciso que exista um outro caminho.

Seria a solução então manter um tipo de welfare light, no qual empregos desnecessários são mantidos apenas devido à sua função social? O trabalho enobrece, já diziam os antigos. Penso por exemplo nos ascensoristas que ainda tem tal emprego em tantas repartições públicas no Brasil, quando são já de todo desnecessários, e talvez sempre tenham sido. Penso nos frentistas de posto de gasolina, que hoje já quase não existem mais nos EUA, mas que são mantidos na maioria de países latinoamericanos e europeus.

Não acho que a automação seja de todo boa. Por exemplo, detesto os números de telefone com gravações. Acho preferível quando há outra pessoa do outro lado da linha. Precisamos de interação com outros humanos; mesmo que seja possível, e até já existam, supermercados totalmente automatizados, não é melhor que exista alguém real recebendo o dinheiro e colocando os produtos nos pacotes?

Será então que os empregos serão mantidos apenas para que não morramos de solidão? Os robôs humanóides não tem dado muito certo, apesar de alguns estarem melhorando de aparência. Há certas coisas que os seres humanos ainda fazem melhor. O trabalho braçal tampouco está de todo extinto, e provavelmente não o estará enquanto um ser humano for mais barato (e mais eficiente) do que um robô.

Bem, quem pode dizer o que ocorrerá no futuro? Ninguém previu a Revolução Industrial, ninguém previu a Revolução da Informática, ninguém previu sequer o iPad - ou o teria inventado antes. Como dizia Daniel Defoe, só há duas coisas certas nesta vida, a morte e os impostos. Steve Jobs escapou de um, mas não do outro. Adeus, Steve Jobs, adeus. 

O futuro da automação.
O blogueiro Sakamoto em Wall Street.

114 comentários:

maisvalia disse...

Sakamoto sucks!

Rovison disse...

"A visão romântica é que viveríamos em um mundo de lazer e de crescimento espiritual. Num mundo sem empregos, as pessoas se dedicariam às atividades artísticas, intelectuais e de supervisão e gerência do mundo robotizado. Mas isso é fantasia. O fato é que, contrariamente ao que sustenta a teoria da tabula rasa, nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades, físicas, mentais ou psicológicas. Dito de outra forma, em um mundo supertecnológico no qual o QI e o conhecimento técnico são os valores mais importantes, grande parte das pessoas não estão e jamais estarão qualificadas para trabalhar naquilo que realmente importa, nas poucas atividades realmente produtivas. E mesmo pra criar arte seriam inúteis, pois tampouco são todos os que tem talento."

Perfeito, X. Gosto muito deste teu senso de realidade. O problema objetivo é o seguinte: a população dos países pobres, alguns bastante populosos, não pára de crescer e não há recursos materiais nesses países suficientes para atender às necessidades deste enorme contigente populacional, que não tem nada a oferecer de útil ao mercado e que por isso está alijado do consumo de massa. Resultado: uma parte dessa população vai morrer de fome, outra parte vai entrar em guerra com outros grupos humanos na disputa por territórios e recursos escassos e a outra parte vai migrar para os países ricos em busca de alguma oportunidade de trabalho, criando ou agravando conflitos com a população nativa. Parece que Malthus não estava muito equivocado na suas previsões extremamente pessimistas sobre o futuro da humanidade.

Mr X disse...

Há uma "solução", já usada outras vezes: utilizar esse pessoal como bucha de canhão, em guerras ou em revoluções. :-(

Dito isso, há também motivos para otimismo. A tecnologia aumentou a produtividade e as possibilidades.

Não tenho certeza quanto a Malthus: acho que se equivocou ao não prever que a produção de alimentos aumentaria muitíssimo, por exemplo, e que o planeta pode sustentar bem mais pessoas do que ele pensava.

O problema atual é que o trabalho braçal e repetitivo, típico entre as classes mais baixas e entre os jovens, está acabando ou ao menos diminuindo muito. O que estas pessoas vão fazer?

Claro que há outros problemas aí, por exemplo o fato de que nos EUA muitos jovens contraíram dívidas para pagar a universidade e agora descobrem que seu diploma em Ciências Políticas e Estudos Feministas não lhes garante coisa alguma no mundo ultra-competitivo de hoje... (São esses os garotos que estão protestando em Wall Street: uma das propostas é o perdão das dívidas com taxas escolares).

Chesterton disse...

Daquele post do japonês invejoso, esse é um alento, um colírio para a vista.

Mr X disse...

Ele agora implicou com os crucifixos...

Mr X disse...

Quer tirar as imagens de Jesus Cristo, mas e se fosse um poster do Che? Isso pode, no "Estado Laico"?

Chesterton disse...

bem lembrado.

Chesterton disse...

Chesterton disse:
O seu comentário está aguardando moderação.
09/10/2011 às 13:39
Cada um tem o “cristo” que merece…

http://4.bp.blogspot.com/_sN_G24XPP-0/Sq5nYqllpeI/AAAAAAAACNA/jXgbT8xiV2g/s400/Nany2030.jpg

Chesterton disse...

Nany2030.jpg

faltou esse pedaço do endereço

Dom Moleiro disse...

Como dizia a doce e meiga madre superiora : é phoda mano !!!!!!!

Mr X disse...

Às vezes me pergunto se o Saka é inocnte útil ou está só fingindo...

No mais, o Steve Jobs talvez tenha sido o último de uma raça, o empresário popstar. Ninguém gosta muito do Bill Gates nem do Zuckerberg, e os caras do Google são bem misteriosos.

Agora, vou ser sincero, não gosto tanto assim do iPad, porque não dá pra digitar direito, salvo que você compre um teclado extra, mas nesse caso não é melhor comprar um mini-notebook?

Mr X disse...

Esta aqui também é boa:

http://pics.kuvaton.com/kuvei/down_with_evil_corporations.jpg

Chesterton disse...

nunca tive um só produto da Aple.

Rovison disse...

"Não tenho certeza quanto a Malthus: acho que se equivocou ao não prever que a produção de alimentos aumentaria muitíssimo, por exemplo, e que o planeta pode sustentar bem mais pessoas do que ele pensava."

Certamente que Malthus errou feio ao afirmar que a população cresce numa progressão geométrica enquanto a produção de alimentos cresce numa progressão aritmética. A história provou a falsidade dessa assertiva, creio, porém, que a ideia básica subjacente à teoria malthusiana é correta, qual seja, a de que a oferta de rercursos naturais não cresce na mesma proporção do crescimento demográfico mundial. A oferta é menor que a demanda e essa diferença tende a aumentar. Além disso, mesmo que a oferta de recursos naturais aumentasse na mesma proporção do crescimento populacional, ainda assim, teríamos bilhões de pessoas sem acesso a esses recursos pois numa sociedade capitalista a aquisição de qualquer bem econômico se através da compra e para que alguém possa comprar alguma coisa precisa ter renda e para ter renda precisa ter algo de útil a oferecer ao mercado e boa parte desse pessoal não tem nada de interessante a oferecer ao mercado.

Ana Beatriz braga disse...

Olha, essa questao me interessa muito. Na Europa, certos empregos como ascensorista ou embalador de supermercado nao existem mais. Outor dia uma francesa me dizia que eh melhor que tais empregos nao existem ja que um ser humano nao pode se sentir plenamente realizado neles. Mas o que ocorre, na pratica, eh que as pessoas que so sao capazes de ter empregos que nao exijam muito delas intelectualmente ficam vivendo de esmola do Estado. Isso as deixa realizadas? Por outro lado, nao acho moral abandona-las totalmente a prorpia sorte. Teria que haver um meio termo.

Melo disse...

A propósito...

"Steve Jobs se foi" > http://www.businessinsider.com/the-death-of-steve-jobs-as-a-symbol-of-americas-decline-2011-10

"ocupam Wall Street" > http://www.businessinsider.com/down-with-email-corporations-2011-10

Chesterton disse...

porém, que a ideia básica subjacente à teoria malthusiana é correta, qual seja, a de que a oferta de rercursos naturais não cresce na mesma proporção do crescimento demográfico mundial.

chest- well, o problema é que a necessidade de recursos naturais é provida pelo genio humano. Eu já plantei alface no ar - hidroponia. A humanidade usa cada vez mais a natureza de modo eficiente. Não há limite à vista, ainda que teoricamente tenhamos que cultivar batatas em Marte. Enquanto o Sol existir temos energia abundante.

Rovison disse...

Chest, mesmo que a oferta de recursos naturais fosse infinita, ainda assim bilhões de pessoas não teriam dinheiro para ter acesso a esses recursos porque vivemos numa de mercado na qual os bens e serviços são obtidos através da compra. Não é possível implantar um Welfare State na África, no Sul da Ásia e outras regiões muito populosas e pobres da Terra.

Rovison disse...

corrigindo: porque vivemos numa economia de mercado.

Kryptonita disse...

Segregação, malthusianismo ... Está cada vez melhor! Depois, vêm me falar em "valores", "cultura", "civilização ocidental". Tá bom. X, my nigga, pelo nível dos comentários, não demora muito e você fará jus a um banner da Planned Parenthood.

Rovison disse...

Tá bom. X, my nigga, pelo nível dos comentários, não demora muito e você fará jus a um banner da Planned Parenthood.

Não defendo controle oficial de natalidade (tipo modelo chinês), não sou malthusiano nem neomalthusiano, apenas fiz uma constatação de fatos. A população mundial cresce (é bem verdade que num ritmo cada vez menor, mas cresce)e a oferta de emprego para boa parte dessa população não cresce na mesma medida. Em outras palavras, não há lugar no mercado de trabalho para boa parte desse imenso contigente populacional. Sem emprego e sem capital para montar um negócio próprio, fica muito difícil alguém obter dinheiro para poder consumir. Há hoje comida suficiente para alimentar uma população maior do que a Terra tem atualmente, mas não há renda para toda essa imensa população suficiente para que ela compre o alimento na feira ou no supermercado, compre ou pague o aluguel da casa que está a venda no mercado imobiliário, a roupa que está a venda nas lojas, etc. etc.

Krytponita disse...

Conversa fiada! Você dá como fato a estagnação da economia de mercado frente ao contingente populacional. Não foi objeto de sua análise da "realidade" a questão das ditaduras, do coletivismo ou da ausência ou mitigação do capitalismo em várias áreas do planeta. Chega mesmo a falar em welfare state! Francamente, sua análise não é nada econômica, é malthusiana mesmo, centrada na demografia. Ponto. Mas, claro, você é uma boa alma, não é? Nem defende o controle "oficial" de natalidade chinês ...

Rovison disse...

Então espera sentado aí, amigo, o fim "das ditaduras, do coletivismo ou da ausência ou mitigação do capitalismo em várias áreas do planeta" para que o problema do crescente desemprego no mundo seja resolvido.
Outra coisa: quando mencionei o Welfare State, obviamente, não foi para defendê-lo, apenas tentei simular o raciocínio de um esquerdista, que imagina que é possível resolver todos os problemas econômicos e sociais do mundo via intervencionismo estatal.
Outra coisa: a questão demográfica tem sim sua importância. Não é possível oferecer a todo mundo emprego e renda que lhe permita desfrutar de um bom padrão de vida, especialmente em países muito pobres, como os da África Subsaariana e do Subcontinente indiano, ou vc acha que basta essas regiões se tornarem mais capitalistas que todos os seus problemas materiais automaticamente serão resolvidos?
Estude um pouco mais sobre leis econômicas, especialmente, a lei da escassez.

Mr X disse...

Pessoalmente, sou pessimista em relação a quase tudo, mas não sou malthusiano, acho que sempre existem as pessoas que podem existir. Há uma espécie de equilíbrio trágico do planeta: Mais gente significa mais vítimas de furacões, epidemias, alagamentos, guerras, etc. No mais, é como disse o Chest, quando o planeta ficar pequeno sempre podemos ir para Marte, a tecnologia já existe, ou quase. Quanto à "pobreza", ela sempre vai existir, mas e daí? É óbvio que nem todos podem (nem devem) ser ricos. É também óbvio que as melhores coisas da vida não custam muito dinheiro. Embora a favor do regime capitalista, não sou materialista, não acredito no consumismo nem na aquisição de bens materiais como forma de felicidade.

Mr X disse...

Olá Ana Beatriz,

Outor dia uma francesa me dizia que eh melhor que tais empregos nao existem ja que um ser humano nao pode se sentir plenamente realizado neles.

Eu acho que isso não é verdade; acho que o trabalho, mesmo que simples, pode dar um senso de utilidade maior à vida. E como mínimo a pessoa conversa com os clientes, tem um contato que uma máquina não pode ter. Não sou ludita e gosto, muitas vezes, de coisas automáticas; porém posso ver os problemas decorrentes disso tudo.

No mais, pode ser que eles não se sintam "plenamente realizados", mas quem é plenamente realizado? Eu é que não.

Acho que também tem uma idéia falsa de que certos trabalhos pouco nobres não seriam desejados pelas pessoas. Será? É o mesmo discurso que valida a imigração mexicana nos EUA (e islâmica na Europa): "eles fazem os trabalhos que os americanos não querem fazer". Mas é mentira. Deixe a situação apertar (como já está apertando) e veja se não haverá milhares de pessoas dispostas a realizar esses trabalhos.

Rovison disse...

Grandes contigentes populacionais estão condenados a uma vida miserável, mesmo com a elevação da produtividade agrícola fruto do progresso tecnológico. A questão é que há milhões ou até bilhões de indivíduos incapazes de prover seu próprio sustento, não por insuficiência de bens e serviços no mercado, mas por insuficiência financeira.

Chesterton disse...

Chest, mesmo que a oferta de recursos naturais fosse infinita, ainda assim bilhões de pessoas não teriam dinheiro para ter acesso a esses recursos porque vivemos numa de mercado na qual os bens e serviços são obtidos através da compra. Não é possível implantar um Welfare State na África, no Sul da Ásia e outras regiões muito populosas e pobres da Terra.

chest-
1. o welfare state não é um meio adequado de gerir a economia

2. se não fosse por compra (dinheiro) seria por luta, logo você está apelando para o "nonsense"...

Krytponita disse...

Então espera sentado aí, amigo, o fim "das ditaduras, do coletivismo ou da ausência ou mitigação do capitalismo em várias áreas do planeta" para que o problema do crescente desemprego no mundo seja resolvido.

Se o problema não passa por aí, inclusive nos Estados Unidos e Europa, passa por onde?

Outra coisa: quando mencionei o Welfare State, obviamente, não foi para defendê-lo, apenas tentei simular o raciocínio de um esquerdista, que imagina que é possível resolver todos os problemas econômicos e sociais do mundo via intervencionismo estatal.

Você respondeu isso aí para o Chesterton. Ele é esquerdista?

Outra coisa: a questão demográfica tem sim sua importância. Não é possível oferecer a todo mundo emprego e renda que lhe permita desfrutar de um bom padrão de vida, especialmente em países muito pobres, como os da África Subsaariana e do Subcontinente indiano, ou vc acha que basta essas regiões se tornarem mais capitalistas que todos os seus problemas materiais automaticamente serão resolvidos?
Estude um pouco mais sobre leis econômicas, especialmente, a lei da escassez.


Pobres sempre haverá no mundo. Não é disso que se trata. Mas até agora não foi possível dimininuir a pobreza no mundo, a não ser pelo capitalismo. Você tem alguma outra proposta iluminada?

Chesterton disse...

Embora a favor do regime capitalista, não sou materialista, não acredito no consumismo nem na aquisição de bens materiais como forma de felicidade.

chest- o capitalismo nasceu em sociedades religiosas e funciona melhor nelas.

Chesterton disse...

A questão é que há milhões ou até bilhões de indivíduos incapazes de prover seu próprio sustento, não por insuficiência de bens e serviços no mercado, mas por insuficiência financeira.

chest- não, é pelo governo.

Mr X disse...

A questão é que há milhões ou até bilhões de indivíduos incapazes de prover seu próprio sustento, não por insuficiência de bens e serviços no mercado, mas por insuficiência financeira.

Não acho que seja isso. Como é que eles viviam antes, quando eram caçadores e coletores ou agricultores? Não eram incapazes. O que aconteceu simplesmente foi que a medicina moderna e, em parte, o welfare state(*) geraram um crescimento maior da população, mas também aumentaram a quantidade de alimentos. Se a quantidade de alimentos diminuir (ou tiver o custo muito mais caro), a população voltará a diminuir, as pessoas terão menos filhos.

(*) Na verdade, não sei qual foi exatamente o impacto demográfico do welfare state. Na Europa parece ter ajudado a reduzir a população.

Mr X disse...

Ops. Eu quis dizer "ciência moderna" (o que inclui a medicina, mas não só ela)

Rovison disse...

Pobres sempre haverá no mundo. Não é disso que se trata. Mas até agora não foi possível dimininuir a pobreza no mundo, a não ser pelo capitalismo. Você tem alguma outra proposta iluminada?

É lógico, óbvio, evidente que não há saída fora do capitalismo. O que eu estou querendo demonstrar é que mesmo que o capitalismo laissez faire, que eu defendo, fosse adotado em todo o mundo, algo quase impossível, ainda assim, haveria centenas de milhões de miseráveis para os quais não haveria lugar no mercado de consumo. Concordo que com um capitalismo liberal é muito maior a chance de se reduzir a pobreza, porém é impossível eliminá-la.
Outra coisa: para que um capitalismo de livre mercado funcione plenamente é necessário ter uma grande quantidade gente talentosa, habilidosa, de espírito empreendedor, algo que me parece inexistentes na maioria dos países mais do mundo.

Rovison disse...

Corrigindo: algo que me parece inexistente na maioria dos países mais pobres do mundo.

Rovison disse...

A questão é como transformar indivíduos com uma mentalidade anticapitalista (África Subsaariana, por exemplo)em gente empreendedora e mão-de-obra altamente qualificada e disciplinada para ética do trabalho.

Rovison disse...

Não acho que seja isso. Como é que eles viviam antes, quando eram caçadores e coletores ou agricultores?

Só que hoje eles não são mais caçadores e coletores, X. Grande parte desse pessoal mora em cidades e depende de empregos gerados pela indústria e pelo setor terciário. A questão é que não há poupança suficiente nesses países para que haja os investimentos produtivos necessários para a geração de empregos que absorvam aquele enorme contigente de desmpregados ou subempregados.

Rovison disse...

Sem poupança interna ou investimento estrangeiro produtivo, não há como um país pobre sair do subdesenvolvimento. Agora quem estar interessado em investir em países da África Subsaariana, conhecendo a qualidade do capital humano daquela região?

Mr X disse...

Os chineses?

http://www.economist.com/node/18586448

Kryptonita disse...

Outra coisa: para que um capitalismo de livre mercado funcione plenamente é necessário ter uma grande quantidade gente talentosa, habilidosa, de espírito empreendedor, algo que me parece inexistentes na maioria dos países mais [pobres] do mundo.

Quantos Steve Jobs você conhece no mundo? Bobagem! Quando Adam Smith foi estudar o capitalismo, ele já existia há dois séculos, pelas mãos de pequenos agricultores, sapateiros, vidraceiros, etc. Você confunde capitalismo com "grande capital".

A questão é como transformar indivíduos com uma mentalidade anticapitalista (África Subsaariana, por exemplo)em gente empreendedora e mão-de-obra altamente qualificada e disciplinada para ética do trabalho.

O capitalismo é o sistema mais próximo da natureza humana. Não é preciso "transformar" ninguém. Qualificação é algo a pensar. "Disciplina para a ética do trabalho", muito prussiano e protestante para o meu gosto. O Japão era feudal até pouco tempo atrás. Sei que a África não é a mesma coisa, mas não exageremos. Ninguém precisa ser um gênio para cumprir 8 horas de trabalho e apertar alguns botões numa linha de montagem. É isso o que acontece na China hoje. Os chineses só não estão melhores porque o Partido fica com a maior parte. Mutatis mutandis, vale para o resto.

Rovison disse...

Chineses investem na África apenas nos setores que lhes interessam, especialmente mineração e petróleo, setores que não absorvem tanta mão de obra.
Mão de obra para apertar parafuso é fácil conseguir, o difícil é levantar capital suficiente para criar as indústrias que gerem aqueles empregos, além do desafio de se criar um mercado de consumo interno que compense tais investimentos.

Rovison disse...

Quantos Steve Jobs você conhece no mundo? Bobagem!

Não me referia a pessoas do nível de Steve Jobs. Estas são raríssimas em qualquer país do mundo. Fazia alusão a mão de obra qualificada para as atividades econômicas em expansão no mundo atual e o número razoável de capitalistas com capital suficiente para fazer os investimentos produtivos necessários para ocupar aquela população ociosa.

Microempresário disse...

Rovison, me esclareça uma coisa:

"Estude um pouco mais sobre leis econômicas, especialmente, a lei da escassez."

"...mesmo que a oferta de recursos naturais fosse infinita, ainda assim bilhões de pessoas não teriam dinheiro para ter acesso a esses recursos..."


Afinal, vc acredita ou não no modelo oferta-demanda? Se a oferta fosse infinita, o preço tenderia a zero, porque a demanda seria sempre inferior...

Rovison disse...

Afinal, vc acredita ou não no modelo oferta-demanda? Se a oferta fosse infinita, o preço tenderia a zero, porque a demanda seria sempre inferior..

Acredito sim na lei da oferta e da procura, mas há uma diferença fundamental entre existir uma grande quantidade de recursos naturais na Terra ou em qualquer outro planeta e o custo para transformar esses recursos em bens econômicos que serão consumidos pelas pessoas. Veja o caso da água. Ela é um recurso superabundante na Terra, mas a oferta dela para o consumo humano não é tão abundante assim, por isso que ela tem um preço. A Amazônia tem a maior reserva de água doce do mundo e há milhões de pessoas sem acesso à agua potável naquela região. Veja o caso da produção de alimentos. Hoje a produção global de alimentos daria para atender toda a população da Terra e ainda sobraria alimento, no entanto, milhões de pessoas passam fome no mundo. Quando disse que mesmo que a oferta de recursos naturais fosse infinita é óbvio que eu usei uma figura de linguagem. Todos nós sabemos que os recursos naturais existem em quantidade limitada na Terra e a medida que sua exploração aumenta, sua quantidade diminui, o que repercute no preço final dos bens de consumo. O que explica,por exemplo, a elevação dos preços dos alimentos nos últimos anos, apesar do aumento da produção?

Mr X disse...

O que explica,por exemplo, a elevação dos preços dos alimentos nos últimos anos, apesar do aumento da produção?

1) Crise e queimadas causaram redução de produção na Rússia, que exporta para o Oriente Médio, por isso os alimentos aumentaram pacas por lá, gerando a tal "Arab spring".

2) Aumento da demanda na China (as pessoas melhoram de qualidade de vida e comem mais, multiplique isso por um bilhão e meio).

Tudo tem explicação. E sim, é verdade que todo recurso natural precisa ser extraído, e isso tem um custo, mais ou menos barato dependendo da dificuldade. Ainda assim, continuo sem achar que o problema seja superpopulação, o furo é mais embaixo.

Rovison disse...

Tudo tem explicação. E sim, é verdade que todo recurso natural precisa ser extraído, e isso tem um custo, mais ou menos barato dependendo da dificuldade. Ainda assim, continuo sem achar que o problema seja superpopulação, o furo é mais embaixo.

Correto, X. O aumento da demanda fez com que o preço subisse. O que vc precisa entender é o seguinte: mesmo que a oferta de alimento aumente e o preço diminiua, ainda assim milhões de pessoas não terão renda suficiente para comprar esse alimento mais barato, pelo menos não na quantidade e qualidade desejáveis. Não podemos raciocinar em termos de total da oferta de determinados bens e o número de pessoas querendo consumir esses bens e sim em termos de volume de bens disponíveis no mercado e o número de pessoas querendo consumir esses bens e COM PODER AQUISITIVO PARA TAL. É esta última relação que interessa numa economia capitalista e não a primeira.

Chesterton disse...

Caraca, esse governo é uma anta, finalmente a CEF colocou um personagem mulato como Machado de Assis.

Mr X disse...

Mudando de assunto, será que Herman Cain vai ser o primeiro presidente afro-americano dos EUA?

(Lembrem que Obama é queniano... ;-) )

Em quem vocês votariam? A Michelle Bachman não parece ruim mas acho que candidata mulher não vai ganhar. O Romney é mórmon. O Perry é Bush II. Quem mais tem? Enfim.

Mr X disse...

Cristãos sendo massacrados no "novo", "democrático" Egito, what's going on?

Rovison disse...

what's going on?

É a "primavera árabe", meu caro Mr X. Imagine se fosse o inverno árabe?

Anônimo disse...

Bingo! Essa é a questão que os novordistas desde o séc XIX se perguntam: oq fazer com tanta gente?
Melhor eliminá-las via guerras, controle populacional, estimulo a uma vida sem família, etc etc.

DD disse...

"Quem mais tem?"

- Dr. Paul, hehehe.

Kryptonita disse...

Cain é o melhor, mas é um estranho no ninho e um durango kid. Para variar, o establishment deve fechar com o pior: Romney. Parecem dar como favas contadas que Obama já era. Se for Romney, sei não, periga dar Quênia de novo.

Mr X disse...

É mesmo, tinha esquecido do Ron Paul. Sinceramente, a esta altura é o meu candidato preferido. Ao menos alguém diferente do establishment. Mas enfim, eu não voto nos EUA, voto no Brasil, mas eleição no Brasil é algo tão deprimente.....

Rovison disse...

Se eu votasse nos Estados Unidos, votaria no Ron Paul.

Mr X disse...

E se Steve Jobs tivesse sido abortado?

E se tivesse sido adotado por um casal gay?

Chesterton disse...

11/10/2011 | 19:52
Ministra que quis censurar a beleza de Gisele Bundchen se sente 'censurada'

MIN. IRINY LOPES
A ministra Iriny Lopes (Secretaria de Políticas para as Mulheres) disse nesta terça (11) que a verdadeira censurada no caso da propaganda da Hope foi ela própria. A ministra considera a polêmica desproporcional, já que ela apenas usou uma ferramenta do “Estado democrático de Direito” ao levar para o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) uma representação contra a peça publicitária que, segundo ela, coloca a mulher, representada pela modelo Gisele Bündchen, numa posição de subalternidade. “O mérito do debate não foi feito. As pessoas podem concordar ou discordar da nossa opinião (...) ao invés disso optaram por um viés de discussão se é ou não censura. Eu, na verdade, me senti censurada”, disse. Informações do IG.

chest- acho que ovos e tomates arremessados seriam mais adequados.

Mr X disse...

Como alguém disse, essa tal Iriny Lopes é parecida com o cartunista Laerte quando ele se fantasia de mulher... Deve ser complexo. Não pode ser. Uma pessoa que trabalha no governo não é um cidadão qualquer, é óbvio que vindo do governo é tentativa de intimidação ou censura.

direita disse...

este vídeo abaixo é apenas um de milhares que nos ajudam a entender o porque da segregação racial ser tão necessária para o bem estar dos americanos brancos !

.
deficiente mental é covardemente agredida por "jovens"!
http://www.youtube.com/watch?v=p7KHmfFQkLY&feature=player_embedded
.
outra fonte:
http://www.worldstarhiphop.com/videos/video.php?v=wshhTtJkZ2NTp3Z0N4RX

Chesterton disse...

http://frontpagemag.com/2011/10/11/the-battle-that-saved-the-christian-west/2/

very important

DD disse...

Chest:

Bom artigo.

Faço uma ressalva, porém. O autor parece esquecer-se de que a cristãos reformados e versados em teorias progressistas (evolucionismos, racialismos, triunfalismos do futuro, etc.) a lembrança dos serviços prestados por uma coalizão hispano-italiana à civilização cristã europeia é insuportável. Eles estão demasiado acostumados a desprezar os meridionais. Não são todos os espanhóis bestas-feras cruéis e desalmadas, bárbaros fanatizados pela esperança de uma honra vã, como reza a leyenda negra? Não são todos os italianos rematados malandros, tratantes materialistas e sensuais, quase pagãos? Eppur si sono mossi.

A questão toda seria perguntar-se quando foi que cristãos reformados deram provas de sacrifício semelhantes às que se viram nos países católicos e ortodoxos ao longo dos séculos. Nem toda a erudição alemã seria capaz de dar uma resposta convincente a isso.

Mr X disse...

Não foi em Lepanto que Cervante perdeu uma das mãos?

A diferença é que hoje os europeus estão convidando os muçulmanos a virem de camarote para a Europa, com tudo pago pelo welfare state. E se os powers-that-be estão fazendo algo, é *contra* os nativos e os politicamente incorretos que não querem essa invasão.

Chesterton disse...

bárbaros?

Mr X disse...

Os bárbaros somos nós. Os poucos (ir)racionais que ficaram, que não acreditam na utopia islamomulticultural.

Enquanto na Europa muçulmanos são recebidos com cheques e apartamentos, no Egito, cristãos são massacrados...

Chesterton disse...

eu acho que essa coisa (fabricada por Obama?) do Irã matar sauditas em território americano vai dar uma virada na opinião pública, ou contra Obama ou contra o islamismo freak.

Kryptonita disse...

Interessante o comentário do DD. Há algum tempo atrás, li um ensaio muito bom que rastreava o "progressismo", certas modas culturais e esquisitices várias para todos os gostos, e fazia uma relação com a "ética" forjada a partir da Reforma, e também com formas judaizantes do "cristianismo". Mas perdi-o, não me lembro do autor. Alguma referência?

Anônimo disse...

Kryptonita, que excelente comentário! Foi bastante esclarecedor.
Outra coisa: ou é "há algum tempo" ou é "algum tempo atrás" porque "há algum tempo atrás" é uma espécie de pleonasmo vicioso.

Kryptonita disse...

Grato pela correção, Anônimo.

Mr X disse...

Ainda não entendi esse negócio do plano de iranianos de materem um saudita nos EUA? Hein?

E Israel trocando um soldado por 1000 (mil) terroristas? Loucura. De tão contente, o líder do Hamas já anunciou publicamente que vai sequestrar mais.

Mr X disse...

O que seriam as formas judaizantes do cristianismo, o "Jews for Jesus"? Já que os judeus não acreditam que Jesus seja o messias.

Kryptonita disse...

São filhotes do ecumenismo, penso eu, formas de trazer para dentro da Igreja Cristã os judeus, sem que necessariamente se convertam. Uma tentativa de harmonizar as duas confissões, de forma a ver as Alianças do Antigo Testamento como ainda válidas perante o Novo. Com isso, os judeus são vistos ainda como povo eleito, certas celebrações, como a Páscoa, seguem ritos e costumes da tradição judaica, e por aí vai.

DD disse...

Kryptonita:

Chesterton e Belloc dão umas dicas nesse sentido. Só não vão mais a fundo porque, além de católicos, eram patriotas e não podiam desancar tudo quanto tinha sido a cultura inglesa até a sua época.

Leia On heroes, de Carlyle, e veja um calvinista pelando-se por tudo quanto não é romano, inculindo-se aí o paganismo germânico e Maomé.

Quanto à demonização dos espanhóis, veja o clássico La leyenda negra, de Julián Juderías y Loyot.

Tudo em domínio público.

Kryptonita disse...

Obrigado, DD.

Mr X disse...

Muito bom, DD.

Realmente, é interessante esse conflito entre a Europa do Norte e do Sul, que tem replay agora com os problemas econômicos da Grécia, Itália, Espanha.

Pessoalmente e culturalmente sinto mais afinidade com os mediterrâneos. Serão talvez menos eficientes no atacado, mas Cervantes, Velázquez, Dante, Michelangelo, Pessoa não surgiram à toa.

Anônimo disse...

este vídeo abaixo é apenas um de milhares que nos ajudam a entender o porque da segregação racial ser tão necessária para o bem estar dos americanos brancos !

.
deficiente mental é covardemente agredida por "jovens"!
http://www.youtube.com/watch?v=p7KHmfFQkLY&feature=player_embedded
.
outra fonte:
http://www.worldstarhiphop.com/videos/video.php?v=wshhTtJkZ2NTp3Z0N4RX
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OU REAGEM AO MULTIRRACIALISMO OU TERÃO O MESMO DESTINO QUE AS GRANDES CIVILIZAÇÕES EGÍPCIA, LÍBIA,PERSA...ETC!

Anônimo disse...

Caraca, esse governo é uma anta, finalmente a CEF colocou um personagem mulato como Machado de Assis.
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NEM PARDO ERA,MACHADO DE ASSIS!
O NEGRO QUE O REPRESENTOU ESTA TÃO LONGE DE SUA IMAGEM QUANTO O ATOR ANTERIOR!
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(*)BEM QUE HOLLYWOOD PODERIA SEGUIR O EXEMPLO (AINDA QUE FALHO)BRASILEIRO E PARAR DE RETRATAR BRANCOS COMO VILÕES E NEGROS COMO CIENTISTAS OU SALVADORES DO MUNDO!

Mr X disse...

Não estava sabendo desse comercial, assisti agora. Polêmicas à parte, nenhum dos dois se parece com Machado, não dava pra ter encontrado alguém remotamente parecido? O segundo ator, negro, é pior. Machado de Assis era claramente mais branco do que negro (talvez apenas 1/8 de ascendência negra).

Uma coisa que noto cada vez mais, é que nem é mais são os governos que viraram ultrapoliticamente correto, o próprio povo policia quem não segue a linha. Impressionante!

Anônimo disse...

Mudando de assunto, será que Herman Cain vai ser o primeiro presidente afro-americano dos EUA?
.
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ELE É SÓ MAIS SIONISTA QUE ,SE ELEITO,AFUNDARA MAIS AINDA OS EUA EM DIVIDAS CONTRAÍDAS EM NOVAS GUERRAS POR ISRAEL ,BEM COMO COM A AUSÊNCIA DE POLITICAS SÉRIAS PERANTE A IMIGRAÇÃO.
ALEM DISTO ,A IDEIA DE UM NEGRO SER NOMEADO CANDIDATO OFICIAL Á PRESIDÊNCIA PELO PARTIDO REPUBLICANO NA SEQUENCIA DA NOMEAÇÃO E ELEIÇÃO DE UM NEGRO DEMOCRATA -MOSTRARIA QUÃO SUPERFICIAL SÃO AS DIVERGÊNCIAS ENTRE AMBOS OS PARTIDOS!

Chesterton disse...

o negão no papel machadiano está melhor que o "austríaco" de antes.

http://www.osimpublicaveis.com.br/wp-content/uploads/2011/05/machado1.jpg

Mr X disse...

Sim, austríaco não era... Esta é a foto em que o Machado parece mais "afro":

http://www.listal.com/viewimage/360604h

Mãe portuguesa (50% branco), pai mulato (50/50?), ou seja, é 75% branco, dependendo da porcentagem afro do pai.

Não que nada disso faça a menor diferença! Mas, se era pra colocar um ator, que colocassem alguém parecido. Nenhum dos dois o era.

De qualquer jeito, porque não pode colocar um ator branco pra representar um negro ou mulato? Não fizeram até um Karate Kid negro agora?

Rovison disse...

Bárabara, cadê vc? Estou sentindo sua falta, especialmente dos seus ácidos comentários. Este blog sem vc fica meio chato.

Chesterton disse...

Barbara arrumou um namorado mulato.

Mr X disse...

Ou índio.

Mr X disse...

Japonês?

Mr X disse...

Só espero que não seja o Sakamoto...

iconoclastas disse...

X,
acho que é da tua alçada, sobre capitalismo e judaismo. não é novo, mas vale.

;^)

agora inatamente modificado ante a última participação...

Edu disse...

Pessoal, sinto muito, não to com tempo de ler todos os comentários. Aí vai o meu:

O problema para mim é mais matemático do que social.

A matemática prejudicará sempre aqueles que são cultos, possuem bom-senso e são pessoas equilibradas.

O fato (não tenho estatísticas para comprovar) é que provavelmente essas pessoas terão menos filhos do que as pessoas doidas, ignorantes, desequilibradas.

Num mundo onde a taxa de natalidade do grupo mais favorecido por assim dizer é inferior à taxa de natalidade do grupo menos favorecido, a sociedade do primeiro grupo está fadada ao fracasso porque:

1) Pela democracia, estará sempre sujeita à parcela "pior" da população.
2) Terá que carregar essa parcela menos favorecida nas costas eternamente.

Em minha modesta opinião, a equação não fecha nunca. A menos que haja uma padronização do regime político do mundo inteiro e da educação no mundo inteiro. Sabem quando isso ocorrerá?! Pois é.

Mr X disse...

O fato (não tenho estatísticas para comprovar) é que provavelmente essas pessoas terão menos filhos do que as pessoas doidas, ignorantes, desequilibradas.

Isso já foi comprovado por diversos estudos científicos. As pessoas mais inteligentes costumam ter menos filhos, e vice-versa.

http://en.wikipedia.org/wiki/Fertility_and_intelligence

Idiocracy é o futuro!

Mr X disse...

Eu, por exemplo, não tenho filhos. Kkk. Bárbara, cadê você?

Chesterton disse...

Isso é determinismo genético, na teoria é lindo, mas na prática, não acontece.
Nossa filosofia é muito vã para explicar essas coisas.

Chesterton disse...

...mesmo porque muitos gênios tem filhos que são de uma imbecilidade à toda prova.

iconoclastas disse...

"Isso já foi comprovado por diversos estudos científicos. As pessoas mais inteligentes costumam ter menos filhos, e vice-versa."

então é melhor continuarem estudando.

Rovison disse...

Concordo com vc, Edu.

Rovison disse...

Renovo o apelo: apareça, minha querida Bárbara. Estou com saudades de vc. O que aconteceu com vc? Depois do seu último comentário, o nível dos comentários aqui neste blog caiu bastante. Volte logo a dar o ar da sua graça aqui neste blog.

Mr X disse...

Desista Rovison, a Bárbara achou um namorado mulato e juntou-se à Nação Mestiça.

muitos gênios tem filhos que são de uma imbecilidade à toda prova.

"Reversal to the mean"? (Google it). A maioria dos filhos dos gênios não são gênios também, mas isso também pode ser complexo, não querer viver à sombra dos pais, etc.

Também tem gênios que nascem de pais idiotas.

Mas, no geral, a inteligência é mais ou menos hereditária. O estudo faz o resto. (Pode-se treinar o cérebro).

Rovison disse...

"Mas, no geral, a inteligência é mais ou menos hereditária. O estudo faz o resto. (Pode-se treinar o cérebro)."

É isso aí, X. Inteligência é determinada mais por fatores hereditários do que por fatores ambientais, não que estes não tenham importância mas não são os fatores mais importantes.

Kryptonita disse...

Vamos combinar uma coisa, bastante óbvia, por sinal. Para se falar com algum conhecimento de causa sobre inteligência, e sob o ponto de vista aqui exposto (resultados), é necessário, no mínimo, algum conhecimento de conseqüência, está certo? Pelo que já li na caixa de comentários deste blog, meu caro Rovinson, você é um professor de Geografia, de níveis fundamental e médio, no glorioso interior do arquiiluminado Pará, não é isso? O mundo é realmente injusto! Essa inteligência toda e para quê? Essa terra de mamelucos pouco inteligentes! Tsk, Tsk ... Deve ser vocação, por certo! Você pode até se consolar com o "em terra de cego, quem tem um olho é rei", mas não me culpe se der uma boa risada.

Mr X disse...

Inteligência é determinada mais por fatores hereditários do que por fatores ambientais,

Sim, mas ainda assim é um mistério. Por exemplo, um casal pode ter mais de um filho, nem todos terão a mesma inteligência (embora em teoria o material genético seja o mesmo). Também houve casos de pais de inteligência medíocre que tiveram filhos gênios, e o que é bem mais comum, o oposto, gênios cuja descendência jamais se distinguiu (há no entanto casos de filhos e netos que sim seguiram o caminho dos pais com altos níveis de inteligência).

Portanto, a verdade é que não sabemos muito sobre tudo isso ainda. Quando soubermos, talvez saibamos também como aumentar.

Kryptonita disse...

Por que será que os gênios raramente falam de inteligência e, quando falam, o fazem em um nível muito acima do das faculdades pouco mais que simiescas? Hmmm ...

É realmente notável o poder da projeção. Determinada estatística revela isso ou aquilo, sujeito se identifica com assim ou assado, e já sai por aí sentindo-se mesmo como um assim, quando no fundo não passa de um assado! Nenhuma realização pessoal, nada no balaio, exceto os frutos da sua risível autoilusão. É mesmo de dar pena.

Um gênio pode ter dez filhos, ao passo que um idiota por ter apenas um. Ter filhos decorre da natureza. Já criá-los é um desafio à inteligência. Embora trágico, não deixa de ser divertido perceber como os extremos se encontram: os autoproclamados inteligentes com os mais rematados idiotas. Uns fogem do desafio, outros nem sequer o reconhecem. No meio, estão aqueles que fazem o máximo para que seus filhos sejam, mesmo que no mais ínfimo, melhores do que eles próprios. São esses os que se superam na descendência, são esses que, sem perceber e sem serem percebidos, fazem a humanidade ir à frente.

Kryptonita disse...

Correção (é a pressa!): "No meio", não. Leia-se: Para fora, para além deles.

Mr X disse...

Kryptonita,

Confesso que não entendi onde quer chegar. Os pobres e menos instruídos costumam ter mais filhos do que os ricos, é fato. Pobres e menos instruídos não quer dizer necessariamente menos inteligentes, mas, ricos e mais instruídos em geral são ao menos um pouco inteligentes (não todos, concordo, especialmente os que apenas herdaram). De qualquer modo, o que o artigo da Wikipedia que eu linkei diz é que existe uma correlação inversa entre fertilidade e inteligência. Por exemplo, estudos mostram que pessoas que não completaram sequer o primário tem mais filhos do que aquelas que completaram o segundo grau; os que completaram um grau universitários têm menos filhos ainda. Os PhD, nem quero saber.

E a razão é (a meu ver) simples, quem estuda seriamente tem menos tempo para ficar fazendo filhos que não pode sustentar.

Não estou falando nada contra quem tem ou quem não tem filhos, nem criando uma teoria geral da inteligência a partir disso.

Kryptonita disse...

Équis, o que pretendi mostrar nas entrelinhas é que a relação inteligência/reprodução é, para falar o mínimo, torta. Pode parecer um fato hoje, por questões econômicas e culturais, mas isso não tem nada a ver com inteligência. Bach e Mozart eram estúpidos? Pense nos seus próprios antepassados, principalmente se você acredita na hereditariedade. Quantos filhos tiveram os seus avós? E os seus bisavós? A sua geração, por acaso, seria a única herdeira do fogo de Prometeu? Nesse caso, onde foi parar a hereditariede? Aliás, se a inteligência for uma vantagem comparativa, hereditariamente transmissível, limitar os filhos seria sinal não de inteligência, mas de burrice, do ponto de vista biológico. A relação só parece fazer sentido, quando se leva em conta algo como, pode-se deduzir, "padrão de vida". Logo, não é uma relação direta, senão aparente e mediada. Mesmo assim, seria uma confissão de incapacidade, não de superação. Que inteligência estranha essa, a depender do número de filhos que se pudesse ter, e vice-versa!

Chesterton disse...

É isso aí, X. Inteligência é determinada mais por fatores hereditários do que por fatores ambientais, não que estes não tenham importância mas não são os fatores mais importantes.

chest- ninguem sabe ao certo. M uito chute.

Por exemplo, um casal pode ter mais de um filho, nem todos terão a mesma inteligência (embora em teoria o material genético seja o mesmo)

chest- não, pois há gens recessivos e gens sem expressão que podem se manifestar em condições ainda não esclarecidas.

Chesterton disse...

Krypto, estou relendo Hereges do GK, pela nona vez (para ver se aprendo alguma coisa) e ele justamente fala disso, de como nos tornamos uma sociedade de especialistas, de "cientifistas" e o que perdemos no processo.
É isso inteligente?

DD disse...

Eu não entendo essa obsessão com a inteligência dos meus contemporâneos ilustrados (não há ironia nenhuma nestes termos). Se apenas os inteligentíssimos tivessem alguma chance na sociedade, estaríamos todos numa pior. Ninguém aqui é Aristóteles ou Leibiniz. Sendo-se inteligente ou não, é preciso dar de comer aos filhos, certo?

E, no entanto, as sociedades todas não estão erigidas de modo a privilegiar unicamente a inteligência. Não existe uma relação direta entre inteligência e capacidade para enriquecer e dar-se bem na vida. Não existe nem mesmo um argumento racional para justificar que os mais inteligentes devam deixar de lado os estudos filosóficos, científicos, artísticos e religiosos para dar-se à vida crematística. Se o cara for inteligente mesmo, vai dar de ombros para o luxo porque sabe que a recompensa verdadeira da vida, vista como uma aventura intelectual, é aquilo que ele aprende. Ou acaso vocês diriam que Creso era mais inteligente do que Sócrates?

Os grandes professores, em geral, foram tipos de posses modestas. Que tenham sido procurados pelos ricos é algo que apenas reforça a ideia de que viveram em épocas em que houve uma elite de fato. Uma elite verdadeira sabe que não pode prescindir dos mais inteligentes, estejam eles onde estiverem. A atividade intelectual de Lourenço, o Magnífico, por exemplo, não é nada se comparada à dos eruditos que ele chamou para trabalhar em sua biblioteca. Carlos Magno procurou cercar-se dos homens mais sábios que havia na época, apesar de sempre ter lido e escrito com bastante dificuldade. Mas é louvável o esforço desses poderosos por ilustrar-se. Isso mostra que foram inteligentes o suficiente para saber que havia pessoas mais inteligentes que eles.

Tenhamos um pouco de fé nos benefícios da educação, que não supõe inteligências excelsas em todos, mas que, ainda assim, procura levar o indivíduo a obter o melhor de si. E o que mais importa não é o exercício da inteligência, que no final das contas pode ser uma atividade estéril, e sim a formação do caráter.

Ser uma pessoa decente é algo que está ao alcance de todos. Se não acreditarmos nisso, vamos passar a acreditar em quê?

DD disse...

Pergunta:

O blogueiro Sakamoto é hipster?

Rovison disse...

"Pelo que já li na caixa de comentários deste blog, meu caro Rovinson, você é um professor de Geografia, de níveis fundamental e médio, no glorioso interior do arquiiluminado Pará, não é isso? O mundo é realmente injusto! Essa inteligência toda e para quê? Essa terra de mamelucos pouco inteligentes! Tsk, Tsk ... Deve ser vocação, por certo! Você pode até se consolar com o "em terra de cego, quem tem um olho é rei", mas não me culpe se der uma boa risada."

Não entendi seu comentário. Vc poderia ser mais explícito?

Rovison disse...

Sobre essa questão de saber se inteligência é ou não determinado, principalmente, por fatores hereditários é algo que no momento não dá para provar cientificamente. Por outro lado, é incontestável o fato de que pessoas inteligentes o são independentemente das condições econômicas da família onde cresceram. Por exemplo, é muito comum irmãos que cresceram juntos com os pais exibirem graus de inteligência bem diferentes. Ou seja, deduz-se, por esse exemplo, que o fator ambiental pouca influência teve para a formação da inteligência dos indivíduos. Como explicar pelo viés ambientalista que irmãos que receberam a mesma educação, a mesma alimentação, os mesmos cuidados por parte dos pais apresentem níveis de inteligência tão díspares?
Na minha opinião, existe algum fator inerente ao indivíduo (não sei se de origem biológica ou espiritual) que torna sua inteligência superior a de seus irmãos e pais.

DD disse...

Rovison:

Você está supondo que a inteligência dependa quase unicamente de uma potencialidade inata. Há crianças excepcionalmente inteligentes que se tornam adultos medíocres (no sentido antigo e nobre do termo).

A inteligência tem uma relação misteriosa com a experiência, para a qual não contam apenas os acontecimentos da infância.

Rovison disse...

DD, de fato é um mistério saber porque pessoas que compartilham os mesmos ascendentes e receberam os mesmos estímulos ambientais produzam ao longo da vida resultados tão desiguais em termos de sucesso escolar e profissional.

iconoclastas disse...

"Você está supondo que a inteligência dependa quase unicamente de uma potencialidade inata."

esse rapaz tenta justificar a própria mediocridade com aquilo que vê(?) em sua ascendência. mas é muito mais por preguiça.

Rovison disse...

Tem gente que comenta aqui neste blog que precisa fazer um curso básico de redação para poder expor com um mínimo de clareza suas ideias. Ou o estilo reflete a própria confusão mental: ideia embaralhadas geram textos confusos.

Sobre as causas da inteligência nos indivíduos, o que podemos afirmar com certa segurança é que fatores genéticos parecem ser mais importantes o que fatores ambientais. Agora, saber com precisão qual a porcentagem do fator genético na determinação da inteligência é ainda um mistério.
Agora há certos indivíduos que já nasceram com um cerébro tão disfuncional que não há nenhum estímulo ambiental que consiga reduzir a deficiência. Parce ser o caso deste tal de "iconoclasta". O cara não fala coisa com coisa. Imbecil, aprende a se comunicar primeiro antes de postar tuas merdas aqui neste blog.

Rovison disse...

Corrigindo: ideias embaralhadas geram textos confusos.

Mr X disse...

Não briguem, amigos.

Todos temos o que recebemos quando nascemos; não menos, não mais.

Anônimo disse...

"Mas, no geral, a inteligência é mais ou menos hereditária. O estudo faz o resto. (Pode-se treinar o cérebro)."

O QI é quase que somente ,se não totalmente, hereditário.
foram feitos estudos que analisaram o desempenho intelectual em crianças sob o estimulo de técnicas que visavam a potencialização cognitiva.tais estudos comprovaram que os estímulos alteraram muito pouco por pouco tempo QI !