quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Pior Pesadelo do Progressista

O que é um Progressista? Não é exatamente a mesma coisa que um Comunista, embora muitos tenham pulado direto do bonde vermelho para o bonde arco-íris do progressismo. Ambos têm em comum ideias igualitárias, mas variam as especificidades e o modo de implantação destas.

Os velhos Comunistas sabiam ser preconceituosos, brutais, canalhas e violentos. Discriminavam homossexuais e viciados em drogas. Eram contrários a religiosos de qualquer matiz, fossem cristãos, judeus ou islâmicos. Não tinha essa de minorias protegidas: quem não queria dividir sua riqueza e obedecer ao Partidão, levava chumbo. A idéia de igualdade se baseava apenas em conceitos de classe: a classe operária derrotaria a classe burguesa e tomaria o poder. A "redistribuição da riqueza" se daria na forma do controle estatal da propriedade e dos meios de produção. 

Os Progressistas, ainda que herdeiros dos comunas, são um outro bicho. Sua idéia de igualdade é mais abstrata. Não se refere somente à igualdade econômica (ainda que seja um de seus principais requisitos), mas sim à igualdade de resultados entre todos os grupos que formam uma sociedade. A igualdade visada pode ser, além de econômica, sexual, religiosa, intelectual, etc.



O pior pesadelo de um progressista é alguém observar que nem todos são iguais. Quando falei de minha preocupação com a possibilidade de um regime islâmico no Egito, logo veio um progressista afirmando que "todas as religiões são iguais". Quanto mais uma religião ou uma minoria parece violenta, mais se tentam encontrar desculpas para esse comportamento (lei de Auster). Quando as Torres Gêmeas desabaram, lá estavam os progressistas (e até alguns neocons) para garantir que "o Islã é uma religião da paz".

Outro exemplo: reza o credo que as mulheres devem ser iguais aos homens e, portanto, igualmente representadas em todas as áreas. Segundo essa ideologia, as mulheres podem até ser guardas de prisão em prisões masculinas, cuidando homenzarrões de dois metros, desarmadas. Afinal, todos sabem que são tão fortes quanto os homens. Pois é: eis uma vítima desse delírio de igualdade. (Bem, pode-se argumentar que o problema aqui mesmo foi o lobby anti-armas, pois o problema não era tanto ser mulher quanto estar desarmada. Mas, estando ambos igualmente desarmados, um homem em geral é mais forte do que uma mulher).

Um articulista do New York Time (a Bíblia dos Progressistas) ficou escandalizado ao descobrir que a maioria das pessoas que escrevem artigos na Wikipedia são homens. Mulheres, são apenas 15%. Ora, a Wikipedia é voluntária e colabora quem quer. Há menos mulheres porque as mulheres estão menos interessadas nisso, simplesmente. Mas o nosso articulista argumenta que "algo deve ser feito". Afinal, a igualdade em si não é o objetivo (qualquer um tem o direito de colaborar na Wikipedia), mas sim a igualdade de resultados. Eles querem 50% de homens e 50% de mulheres. E, se deixarem, vão instituir cotas raciais também.

Outro: os homossexuais devem ser "iguais" aos demais, e ter o "direito" de casar. Mas o casamento nunca foi algo "igualitário". Sempre foi e é realizado sob certas normas, que visavam acima de tudo a aliança entre famílias e a propagação da espécie. Não pode-se casar com um cachorro ou com a própria irmã.

Mas o delírio de igualdade total dos progressistas vai mais além, e chega até a negar que existam diferenças entre os sexos. "Gênero", nos dizem eles, "está apenas na sua cabeça".

Você sabia que há escolas nos EUA em que é celebrado o "Gender Bender Day", no qual garotos vestem-se de garotas e vice-versa? Que na Suécia há creches nas quais meninos brincam de boneca e meninas de carrinho? É natural que os adolescentes de hoje tenham ficado completamente confusos no que se refere à sexualidade.

Veja bem, afirmar que nem todos são iguais não significa que se deve perseguir os homossexuais ou que se deve escravizar os negros ou eliminar os judeus ou mandar os muçulmanos para campos de concentração. Não é por ser cético em relação ao casamento homossexual que vou sair por aí espancando travestis ou recusar-me a ver os filmes do Almodóvar. Não é por ser contrário à sha'ria que vou colocar fogo em mesquitas. (Em meios Progressistas, basta o sujeito observar que existem diferenças para ser chamado de nazista, fascista ou racista.) Ninguém quer violência e perseguição a minorias, ou pelo menos eu não quero. Significa apenas que não devem ser feitas leis de reforma social que exigem a "igualdade de resultados", como cotas raciais ou sexuais, obrigação de educação transsexual nas escolas, importação de hábitos islâmicos, etcétera.

Vamos então apavorar os Progressistas e afirmar algumas verdades anti-igualitárias:

1. Sim, as religiões são diferentes.
Não é o caso de afirmar que uma religião seja melhor ou pior do que outra, mas é claro que só o fato de que sejam diferentes entre si pode causar briga. Não se odiaram tanto católicos e protestantes, que no fundo seguem basicamente a mesma religião cristã? Não se odeiam xiitas e sunitas, que seguem ambos o Islã? Mais ainda no caso de religiões diferentes, monoteístas ou não. O islã pode ou não ser mais violento do que outras religiões, não sei, o fato é que antigamente expandiu-se pela espada e hoje expande-se pelo carro bomba, e no aspecto demográfico representa uma ameaça existencial, em especial à Europa pós-cristã. 

2. Não, as mulheres não são iguais aos homens nem querem ser.
Homens gostam de filmes de aventura, mulheres de comédia romântica. Homens gostam de carros, mulheres gostam de sapatos. Homens gostam de sexo, mulheres gostam de dinheiro. Ops, digo, de carinho. Homens gostam de nerdices, mulheres gostam de fofoca. Ouquei, são estereótipos, e é claro que muitos homens e mulheres não os seguem, mas estereótipos em geral refletem diferenças psicológicas e biológicas reais, e não adianta fingir que estas não existem.

3. Sim, existem diferenças entre as raças.
De novo, aqui a questão não é tratar de estabelecer raças superiores e inferiores, mas simplesmente observar que existem diferenças. É óbvio que há indivíduos geniais em todas as raças, culturas ou credos. Não é por eu ser contra a expansão do islamismo que vou ser contra o Averroes. Não é por acreditar que existam algumas diferenças que eu vou deixar de gostar da Ella Fitzgerald ou do Miles Davis. O quanto são diferentes é ainda uma questão. Sim, somos todos seres humanos, iguais em muitos aspectos, talvez na maioria. Porém, há algumas diferenças bem visíveis: asiáticos têm olhos puxados, negros têm pele escura, etc. São claramente diferenças genéticas visíveis, e se há diferenças visíveis, pode havê-las invisíveis também. São diferenças que ainda não se sabe se sejam de caráter genético ou cultural: etíopes costumam ganhar todas as maratonas, asiáticos costumam ir bem nas escolas onde quer que estejam, etc. Não é caso para polêmica, ou não deveria ser: a lei, de qualquer modo, deve ser igual para todos.  

4. Não, o gênero não é flexível. 
Você nasce com cromossomos XY ou XX. Você tem pênis ou vagina. Não existe isso de "terceiro sexo" ou "transgenders", o que existe são pessoas com um estilo de vida diferenciado mas que continuam tendo o mesmo sexo biológico, ou então pessoas confusas, perdidas, algumas das quais chegam a extremos e talvez necessitem tratamento psiquiátrico, e outras, apenas uma boa aula de biologia.  


22 comentários:

Augusto Nascimento disse...

"Mas, estando ambos igualmente desarmados, um homem em geral é mais forte do que uma mulher."
Para ser honesto, não simpatizo com a ideia de mulheres no serviço correcional ou na força policial, mas em cada par de homens uma metade é mais forte que a outra. Como a probabilidade do policial ser o mais fraco é de uns 50%(sem falar que criminosos violentos tendem a usar violência), talvez apostar a vida de uma agente e a segurança pública em um jogo de cara ou coroa não seja uma boa ideia para começar. E, talvez, para o futuro, a direção da prisão considere a ideia de impedir que os presos cheguem à capela desacompanhados (não é exatamente como se uma rebelião tivesse tomado o controle do presídio, um prisioneiro simplesmente escapou da vigilância).
"Biendl joined the Corrections Department in 2002. Teamsters 117 spokeswoman Tracey Thompson said Sunday that the officer had complained to her union shop steward and prison supervisors about being the sole guard working in the chapel. She worried about being there alone without anyone checking on her, Thompson said."
Imagino que a capela tenha justificado a sua existência: alguém encontrou Jesus. A pessoa errada e precocemente, mas dois milênios a mais, dois milênios a menos, a longo prazo estaremos todos mortos... e continuaremos mortos. Esquerda e direita contribuindo para destruir o Ocidente.

Mr X disse...

Nada contra mulheres policiando mulheres, ou mesmo contra as belas mulheres policiais passeando pela rua. Mas policiando prisões masculinas?

De qualquer modo, homem um mulher, deixar sozinha e desarmada entre prisioneiros violentos é covardia. (O acusado tinha cometido vários estupros e até colocado fogo em uma de duas vítimas).

Imagino que a capela tenha justificado a sua existência: alguém encontrou Jesus.

Não entendi, caro AN. Não deveria haver capelas na prisão? Talvez devessem colocar uma Igreja Positivista, para educar os criminosos sobre a Suprema Verdade, e torná-los cidadãos de bem...

Harlock disse...

Salve.
Nem pelo interesse da preservação da espécie me sujeito a assistir filmes do Almodovár!
E aos do Bergmann também.
Sou vizinho de um batalhão da PM/RJ, por sinal dos mais estratégicos, entre os "comprexos" do Alemão e o do Cruzeiro, e tenho reparado no grande número de políciais femininas recentemente destacadas para essa unidade, o que configura um ineditismo.
Sinceramente... o quadro de pessoal anda desfalcado sim, mas não vejo por que se priorizar a admissão de mulheres na PM, ainda mais para serviço externo que, fora enfeitar a paisagem, não percebo qual seja.
Pelo menos o Bope ainda não se curvou à vontade do Cabralzinho de rebaixar seus critérios de admissão de modo a poder incorporar mulheres...

Augusto Nascimento disse...

"Não deveria haver capelas na prisão?"
Definitivamente, não. A separação entre poder espiritual e Estado é a base do verdadeiro regime republicano.
"(O acusado tinha cometido vários estupros e até colocado fogo em uma de duas vítimas)."
Mas ele tinha bom comportamento, quem poderia ter previsto que ele não deveria ficar zanzando por aí?

Anônimo disse...

Discordo em apenas um ponto: o estereótipo de que mulher não gosta de sexo. De onde você tirou isso? Talvez minha amostra tenha sido sortuda ou então você é que está topando mulheres meio reprimidas, mas até onde sei, mulher em geral gosta e MUITO de sexo.

Esse estereótipo não vigora mais. Não hoje em dia. Essa idéia pode até sobreviver em alguns círculos muito restritos, mas não é mais a regra.

Augusto Nascimento disse...

"Talvez minha amostra tenha sido sortuda ou então você é que está topando mulheres meio reprimidas, mas até onde sei, mulher em geral gosta e MUITO de sexo."
A Ciência provou que, em média, as mulheres sentem menos e mais frequente desejo que os homens. A Natureza não parece se importar muito com a opinião das feministas e dos tarados em geral.

Mr X disse...

"mulher em geral gosta e MUITO de sexo."

Bem, era mais uma brincadeira. Há mulheres que gostam muito de sexo sim, ainda mais na era pós-feminista:

http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/howaboutthat/3685314/Young-women-have-more-sexual-partners-than-men.html

Há uma frase de não lembro qual filósofo sobre isso, que na média talvez o desejo sexual seja menor, mas em casos individuais o desejo sexual feminino é muito maior.

E ainda:
"Toda feitiçaria parte da luxúria carnal, que nas mulheres é insaciável". (Malleus Maleficarum)

Ah ah ah!

Mr X disse...

E igualdade na educação? É mesmo uma necessidade? Vídeos apavorantes:

http://veradextra.blogspot.com/2011/02/videos-por-que-e-uma-perda-de-tempo.html

Augusto Nascimento disse...

Sim, Auguste Comte mostrou que deve haver igualdade de oportunidades educacionais para pobres e ricos (pois é necessário incorporar o Proletariado à sociedade industrial) e para homens e mulheres (já que cabe à mulher dar as primeiras noções morais e intelectuais aos futuros cidadãos da República). Uma sociedade só é funcional quando todas as classes têm acesso ao tesouro espiritual da Humanidade e estão igualmente libertas da ignorância. A função da educação é justamente libertar os cidadãos da ignorância, da superstição religiosa e, especialmente, das doutrinas filosóficas, ensinando-lhes que apenas o positivo, isto é, o real importa. Também cabe à educação destruir ou sufocar os instintos egoístas do indivíduo, preparando-o para viver sob os lemas "Viver para outrem", "Ninguém tem direito algum além do direito de cumprir seus deveres" e "Cansa-se de agir e até de pensar se cansa; só não se cansa de amar e nem de dizer que se ama".

Mr X disse...

Caro AN,
Percebo em você um ódio feroz e eu diria até anormal à Igreja Católica... Fiquei pensando, será que você não está "endemonhado"?

http://en.wikipedia.org/wiki/Anneliese_Michel

Augusto Nascimento disse...

O ódio é igual com relação a todas superstições religiosAs e desvios filosóficos- o papismo é só o mais influente entre nós.
"Fiquei pensando, será que você não está 'endemonhado'?"
Deve ser. Quem estava tocado pelo Espírito Santo era Urbano VIII, que queria impedir a Terra de se mover na marra, era João Paulo II, que dava o maior apoio aos pedófilos, era a turba cristã que torturou e matou Hipácia (afinal, uma misoginia sempre cai bem na opinião de Roma), eram os inquisidores, que, claro, só torturavam os hereges para o bem deles. Enfim, Tutti buona gente. Nesses casos de possessão, fico com a sábia opinião de Karl Kraus: "o diabo é um otimista se acha que pode tornar as pessoas piores do que já são".

Mr X disse...

Isso lá é. Talvez Karl Kraus tenha razão. E isso que ele nem chegou a ver a II Guerra e seus horrores.

A Igreja sabe-se imperfeita. E o positivismo?

Augusto Nascimento disse...

"A Igreja sabe-se imperfeita."
Os comunistas também. Eles reconhecem seus "desvios" do passado e sempre prometem que da próxima vez que tiverem poder absoluto vai dar tudo certo. Do mesmo jeito, Roma: "Estávamos errados sobre o movimento dos astros, a origem das espécies, os direitos dos camponeses, a liberdade espiritual, os judeus, os protestantes, a liberdade de imprensa, Mussolini, Vargas, o Vietnã, mas fora isso..."
"E o positivismo?"
Vai bem, obrigado.

Mr X disse...

Vargas não era positivista? Há boatos a respeito.

Augusto Nascimento disse...

"Vargas não era positivista?"
Deve ser por isso que ele sus- pendeu a constituição positivista do Rio Grande, acabou com o domínio do PRR, positivista, no Rio Grande, acabou com o Federalismo (uma das principais exigências dos revolucionários de 1889)-no que foi entusiasticamente apoiado por Roma-, deu início ao culto estatal de Nossa Senhora Aparecida, implantou um regime fascista que foi criticado por todos os positivistas... O fato de que não havia positivistas no governo dele, especialmente durante o Estado Novo, mas havia montes de antipositivistas- Góis Monteiro é um exemplo- é outro indício do "positivismo" de Vargas. Mas quer tirar a dúvida? Leia as memórias de Samuel Wainer e de Rondon. Ah, e Vargas em seus discursos sempre declarava que estava defendo as tradições cristãs do Brasil. Ou seja, Vargas era um "positivista" que governava em nome de Roma, se cercava de romanos no governo e, de quebra, avançava os interesses de Roma (como Mussolini, o primeiro líder da Itália unificada a ser reconhecido pela Igreja, essa defensora da liberdade e da dignidade humanas). Com isso, Comte não contava...

Mr X disse...

A cabeça de AN vai explodir com a última coluna do Olavão:

"Obama, que teve sua carreira apadrinhada por um príncipe saudita pró-terrorista,"

"O governo americano sabe disso e vê com bons olhosa ascensão da Irmandade, provando uma vez mais que Barack Hussein Obama trabalha de caso pensado em prol dos inimigos do Ocidente."

"Mesmo unificado em torno do projeto do Califado Universal, o Islã não representaria grande perigo estratégico de curto prazo para o Ocidente, mas nada do que acontece no mundo islâmico está isolado da grande estratégia "eurasiana" que hoje orienta os governos da Rússia e da China."

Augusto Nascimento disse...

"Obama, que teve sua carreira apadrinhada por um príncipe saudita pró-terrorista,"
Mas aí é que está: um príncipe saudita-logo o amiguinho de Obama- é pró-terrorista? Os outros são membros da Renovação Carismática, Testemunhas de Jeová, Jews for Jesus? O Departamento de Estado disse que os sauditas são a principal fonte financeira do terrorismo sunita. Como é possível que essa gente-exceção feita à ovelha negra corajosamente denunciada pelo filósofo- seja amiga do governo americano, inclusive nos tempos de W.? Mais importante: qual é o problema de um desses príncipes ter financiado a educação de Obama (a não ser que Obama também tenha usado o príncipe para fazer campanha-nada rende tantos votos no Bible Belt quanto o apoio de um príncipe maometano...) quando os Bushes já estão na folha de pagamento dos sauditas há duas gerações? Aparentemente, o filósofo só descobriu, agora, que os sauditas são terroristas (como o pessoal que descobriu que o Irã é uma teocracia detestável, mas ainda está para fazer descoberta equivalente com relação à Arábia Saudita) para ter o prazer de falar mal de Obama (como quando ele descobriu que o défice americano disparou durante os anos 80-quem era o presidente naqueles tempos?-e responsabilizou por isso... Barack Obama!). Estou com preguiça de conferir no livrinho que Olavo escreveu em parceria com Schopenhauer-meu vizinho garante que Schopenhauer quer se aproveitar da fama do astrólogo, mas eu não acredito nisso-, mas tenho quase certeza que há um nome latino para essa manobra erística. Argumentum ad cafajestum, se eu não me engano. "Como vencer um debate sem precisar ter razão". Ele ralmente seguiu à risca o conselho que se dá a aspirantes a escritor: Write what you know.

Augusto Nascimento disse...

O que me lembra: o cara da foto também é terrorista?
http://www.slate.com/id/2117535/
É difícil de acreditar que só Obama se destaque pelas más companhias.

Mr X disse...

Ora meu caro, mas Obama é um NEGRO, portanto naturalmente merece mais críticas!!! :-P

Ah ah ah. Just kiddin. Mas falando sério, você tem razão, o Bush apesar da má fama não era nenhum conservador, gastou muitíssimo dinheiro federal, criou programas sociais, era a favor da imigração, afirmou que o Islã era da paz e como você mesmo observa tinha relações incestuosas com os sauditas.

Mr X disse...

No fundo, Obama e Bush talvez sejam como Lula e FHC. Os dois se odeiam mas no fundo nem são tãão diferentes, e um continuou várias políticas do outro, apesar de viver criticando. (Bem, para ser justos, Obama e Lula são bastante mais comunistas.)

Augusto Nascimento disse...

Agora, você entendeu minha crítica a Olavo de Carvalho e aos outros straussianos. O problema é menos a ideologia, que se pode discutir, e mais o cinismo de fingir que acham que Obama inventou a tática de destruir o dólar, vender o jantar para pagar a sobremesa do almoço no restaurante mais caro da cidade, explodir o défice (foram justamente os neocons que deram origem a isso, alegremente acompanhados pelos democratas, que não precisam de desculpa para o bom e velho "tax and spend") e apoiar ditadores que, nas sombras, agem contra a América. Nem o racismo mais doentio, nem o partidarismo mais mesquinho explicariam a lógica olaviana. Só pode ser um caso de loucura das mais furiosas.
"Bem, para ser justos, Obama e Lula são bastante mais comunistas."
Mas ambos estão na fase NEP (e admito que, apesar das insuportáveis cafajestadas, o talento que Lula mostrou para se apropriar de tudo que se fez no Brasil desde o Descobrimento quase me faz simpatizar com o sujeito-claramente, ele é o "gênio da raça", e-como diria Rubem Braga- "ai de ti, Copacabana"). Essas NEPs me lembram do Anthony Sutton relatando as ótimas relações das empresas americanas com a URSS. Quem gosta de livre mercado é intelectual, plutocrata gosta de um mercado cativo e um Estado agradecido.

Anônimo disse...

Sobre a questão da raça. Estas opiniões sobre diferenças raciais tendem a ser simplistas e nada históricas. Contento-me com um exemplo: hoje em dia, frente ao período que se estende do final do século XVIII ao início do XX, tendemos a pensar nos alemães como um povo de filósofos, escritores, músicos etc.. Agora, se isso é natural aos genes deles ou ao que quer que seja, pergunte ao escritor romano Tácito quando escreveu sobre os bárbaros germanos. Agora pense o que um grego diria sobre os romanos de Tácito na época da fundação de sua cidade (que seria considerada tão bárbara como qualquer uma não-grega). Quero dizer: a alta cultura, como a conhecemos, não tem nada a ver com raça, mas sim com interesses e costumes estabelecidos historicamente. Sem o contato histórico com os gregos, dificilmente os romanos teriam chegado no que chegaram e, sem os romanos, os germânicos, francos, anglos e todos os outros povos europeus provavelmente ainda viveriam em sociedades tribais: seus genes caucasianos ou indo-europeus não ajudariam em nada a desenvolver a alta cultura.