Devido à crise, o Japão está pagando para os os dekasseguis brazucas irem embora do país e não voltarem jamais. Há quem veja isso como uma afronta. O Brasil, afinal, acolheu milhares de imigrantes japoneses e jamais os mandou embora.
De fato, o país do sol nascente é, sob o ponto de vista da imigração, extremamente conservador. Eles preferem ter uma população de velhos do que do que trazer escumalha de fora, ainda que seja de origem japonesa.
Há vários anos li uma reportagem elucidativa sobre as diferenças entre Japão e Brasil, que lamentavelmente não está online. Mas dizia basicamente que as nossas qualidades eram as mesmas que os nossos defeitos, e que impediam que o Brasil se tornasse um grande Japão. O brasileiro é um povo alegre, informal, amistoso, aberto a tudo e a todos. Lamentavelmente, isso quer dizer que também é desorganizado, corrupto, incompetente, pouco confiável. O japonês é fechado, formal, tradicionalista, sério. Mas extraordinariamente eficiente.
Eis Hiroshima em 1945. Eis Hiroshima em 2009.
Eis o sertão nordestino em 1945. Eis o sertão nordestino em 2009.
(Por outro lado, os japoneses são meio pervertidos. Os brasileiros também.)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Não seja tão duro com o sertão. Na Paraíba, mais precisamente em Patos, eu cheguei a comer em restaurante chinês!
Mas o lugar mais miserável que eu já vi neste país (digo região, não favelas de metrópoles) foi o sertão da Bahia, num miolo entre o Cerrado no Oeste e a Chapada Diamantina. Vilas que de tão pobres nem tinham placa para indicar o nome da cidade. A estrada era a avenida principal,com duas lombadas, uma na entrada e outra na saída, onde ficavam crianças miúdas e sem camisa pedindo esmola. As crianças inspiravam pena, os adultos um certo desgosto. De tão pobres, não havia nem igreja evangélica para arrancar dízimo daquela gente.
Tem razão, na verdade, eu acho que o Nordeste melhorou sim de umas décadas pra cá.
Mas confesso que pouco conheço pessoalmente sobre o sertão nordestino fora dos filmes e vídeos.
Mas a pior pobreza é a espiritual.
Perdão mas a sua comparação entre Hiroshima e o sertão é injusta. Hiroshima só levou uma bombinha atômica. Nada comparado a Sarneys, Calheiros, Barbalhos, Collors e Gomes.
Este artigo foi extremamente interessante, especialmente porque eu estava à procura de ideias sobre assunto nesta quinta-feira passada.
Postar um comentário