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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eu, Robô

Às vezes acho que eu deveria falar menos sobre política e fazer um blog só sobre ciência, tecnologia e comportamento. O texto sobre os seres alienígenas, afinal, foi o que terminou suscitando maior discussão ultimamente. Além disso, agora que o Mídia Sem Máscara passou a reproduzir alguns artigos daqui, confesso que, apesar de honrado e agradecido, começo a me sentir algo preocupado.

Jamais passou pela minha cabeça ser uma espécie de "porta-voz" do conservadorismo, da direita, ou qualquer coisa no estilo. A verdade é que, ao contrário de outros articulistas que já escrevem com certezas prontas, eu tenho cada vez menos certezas. Não sei nem mesmo mais qual é a minha ideologia. É por isso que, não sei se perceberam, grande parte dos títulos dos artigos aqui terminam com pontos de interrogação. São perguntas, não afirmações. Não sei de nada, e não tenho intenção de fazer propaganda ou de "conscientizar" ninguém de coisa alguma. Vejo-me, modestamente, mais como um simples observador atônito da loucura mundial, escrevendo para tentar entender.

Portanto -- robôs.

A ficção científica falou muito sobre eles, mas, hoje, eles são uma realidade. Ainda não são os andróides de "Blade Runner" ou de "O Exterminador do Futuro", mas pouco a pouco há avanços bastante impressionantes.

É no Japão, onde o envelhecimento populacional e a crise demográfica são um fato cada vez mais marcante, que os robôs apresentam maiores avanços. Eles se dão em dois tipos: os robôs "humanóides" e os robôs funcionais.

Já há restaurantes de fast-food no Japão em que robôs conseguem preparar o prato sozinhos. Imagine se essa moda chegasse nos EUA: não sobraria um único mexicano. A verdade é que, não tendo muitos imigrantes (legais ou ilegais), o Japão se arranja com tecnologia.

Mais fascinantes ainda são os robôs "atores", ou actróides. Robôs com características faciais humanas, projetados para se relacionar com o público. Já fiz um post, tempos atrás, sobre eles. Aqui um link para um desses vídeos, de uma andróide bastante sexy.

Finalmente, os japoneses também estão experimentando com o desenvolvimento da capacidade de aprendizado em robôs. Eis um vídeo bastante perturbador de um "bebê robô" que, em teoria, teria a inteligência de um menino de um ano e a capacidade de aprender.

Mas nem todos os avanços vêm do Japão. Dos EUA e de Israel vêm vários protótipos de robôs militares, prontos a ingressar no campo de batalha: o robô-cachorro, o Petman ou robô-caminhador, e o robô-cobra. Some-se a isso os UAVs (Unmaned Aerial Vehicles) controlados por controle remoto, e temos a possibilidade de atacar e destruir completamente um acampamento inimigo sem colocar em risco a vida de um único soldado humano.

Será que a existência de robôs cada vez mais sofisticados não vai trazer problemas também? É bem possível. Por um lado, reduzindo a oferta de emprego manual e mesmo na indústria de serviços, que cada vez mais será realizado por máquinas. Pelo outro, causando uma séria dependência tecnológica nas pessoas.

Afinal, já vivemos em um mundo em que dependemos massivamente de aparelhos eletrônicos. A nossa interação com a inteligência artificial, ainda que limitada, já existe, na forma de sistemas telefônicos automatizados ou de diversos tipos de software. Neste curioso mundo de hoje, muitas vezes, o virtual importa mais do que o real. Vejam por exemplo este triste caso de um jovem casal coreano: por terem ficado viciados em cuidar de um bebê virtual, terminaram negligenciando seu bebê real, que morreu de inanição.

Ainda estamos longe do tempo em que os robôs precisarão ser inculcados com o respeito às três leis da robótica. Mas talvez não tão longe assim.





Atualização: Não me entendam mal. Eu gosto do Mídia sem Máscara. Acho que eles realizam um serviço essencial, dar voz a uma causa que quase não tem voz no Brasil atual. E não sou necessariamente tão libertário, não tanto quanto já fui. Aceito grande parte do pensamento conservador, embora tenha algumas dúvidas. Talvez seja só modéstia, é só que eu não me vejo como um articulista "sério", não tenho formação em Filosofia ou História e muito do que escrevo aqui são "chutes", meras observações desde este país chamado USA. Mas gosto de escrever sobre qualquer coisa, sejam robôs, alienígenas ou política internacional, não sempre artigos que tenham a ver com o MSM ou sob uma ótica necessariamente conservadora. De qualquer modo, não é como se a MSM estivesse me pautando, afinal eles escolhem os artigos que mais tenham a ver com seu site, e eu continuo aqui escrevendo sobre tudo um pouco. Portanto, agradeço ao pessoal da MSM pela divulgação. É isso.