segunda-feira, 11 de abril de 2011

Existe livre-arbítrio?

Neste blog que ainda tem uma frase lá embaixo sobre a liberdade, curiosamente jamais fiz um texto sobre a filosófica questão do livre-arbítrio, ou a capacidade de um indivíduo de decidir as próprias ações. Ele existe mesmo? 

Para os islâmicos, tudo, absolutamente tudo é resultado do desejo onipotente de Alá (inshallah), portanto o livre-arbítrio não existe. A religião cristã, me parece, conciliou melhor esse dilema, mas ainda assim é difícil distinguir o que seria resultado da ação divina do que seria meramente ação humana.

Para o budismo, somos escravos de nossos desejos. O desejo nos leva a sofrer, pois tudo é impermanente. Para obter a felicidade, precisamos eliminar o desejo. Ou seja, precisamos, na verdade, eliminar nossa própria individualidade. E o livre-arbítrio é só uma ilusão...

Mesmo para os que não acreditam em Deus, karma ou Destino, a questão é complicada. Afinal, de acordo com a teoria que você escolher, somos controlados por nossos instintos, nosso subconsciente, nossos genes ou nossa química cerebral. 

Dizem que o atirador de Realengo era psicótico. Isso quer dizer que não tinha controle sobre suas próprias ações? Pulsões obscuras e uma falta de equilíbrio químico em sua mente doentia o conduziram - e às suas vítimas - a um beco sem saída?

Não precisamos falar em psicopatas. Eu mesmo - como cada um de nós, certamente - já tive momentos em que me arrependi muito de ter feito certas coisas, e fiz outras sem entender bem o porquê. Destino, genes, desejos irrefreáveis, reações a nível molecular? 

É claro, de acordo com a maioria dos cientistas, o livre-arbítro não existe. Neste interessantíssimo artigo do New York Times sobre a questão, fala-se sobre um experimento científico no qual o indivíduo acredita ter livre-arbítrio, quando não tem: a decisão já tinha sido tomada antes, de forma inconsciente. O nosso cérebro estaria programado para nos fazer crer que temos livre-arbítrio, mesmo que não o tenhamos.

Um dos romances que trata sobre a questão é "A Laranja Mecânica" (O filme também é bom, mas o livro é melhor do que o filme). O jovem criminoso Alex é submetido ao "Tratamento Ludovico", uma nova técnica baseada nos reflexos condicionados que transforma o ultraviolento adolescente em um pacato cidadão de bem. Mas um padre, personagem importante do romance, é contrário ao tratamento: afirma que o homem deve ser livre para poder escolher entre o Bem e o Mal.

Mas e se essa escolha não fosse assim tão livre? Em 1971, por acidente, descobriram que a água na cidade de El Paso, retirada de poços subterrâneos, continha uma quantidade razoável de lítio, enquanto que a água utilizada na vizinha Dallas, tirada da superfície, não tinha. O lítio é um calmante e, segundo alguns estudiosos, era isso o que explicava que nível de crime violento em El Paso na época fosse bem inferior ao de Dallas. Era o calmante.

Claro, a diferença no crime poderia até ter outros fatores. Mas diga a verdade, se existisse uma droga pacificante que pudesse ser pulverizada por sobre todas as favelas do Brasil, e transformasse seus habitantes em mansos cordeirinhos, será que você não seria a favor? 

Ou se o método Ludovico funcionasse, será que não gostaríamos que ele fosse usado nos criminosos mais impenitentes, e dane-se o "livre-arbítrio" dessas bestas-feras?

O perigo, é claro, vem a seguir. Afinal, por que parar com o controle do comportamento criminoso? Se funciona, por que não controlar também o comportamento do cidadão comum? Já há cientistas que asseguram ser possível desenvolver uma pílula anti-racista. Certo, e depois disso, o quê? A pílula anti-homofóbica? A pílula para não discordar do governo? Tome uma no café da manhã, e não precisa mais se preocupar com pensamentos impuros ou politicamente incorretos...

Não duvide que um dia aconteça. Se eles podem colocar flúor na água para a nossa saúde dental, por que não fariam algo similar "para a nossa saúde mental"?

28 comentários:

Anônimo disse...

É engraçado pensar na questão de ser ou não aceitável que o estado molde o comportamento das pessoas por meio de psicoativos, pois parece inevitável que no final acabemos por nos perguntas uma das mais fundamentais perguntas: qual é o sentido da vida?

Assumindo que seja possível "moldar o espírito" por meio de substâncias, como imaginam os escritores de ficção futurista, qual é o sentido de nos comportarmos roboticamente, sob a influência de certas substâncias, e não podermos pensar e agir por nós próprios? Que sentido teria a existência? Seria, de certa forma, a mais plena realização do ideal comunista, no qual só o que existe é o coletivo. Mas qual o propósito da existência desse coletivo de zumbis inconscientes, sem individualidade? O único propósito imaginável seria para servir de brinquedo a um líder ou a uma elite - estes, é claro, não sofrendo a ação de quaisquer substâncias, podendo usufruir do seu livre-arbítrio (seja lá o que for isso).

Henrique Santos disse...

Há sim livre-arbítrio.

"Mas diga a verdade, se existisse uma droga pacificante que pudesse ser pulverizada por sobre todas as favelas do Brasil, e transformasse seus habitantes em mansos cordeirinhos, será que você não seria a favor?"
Não seria a favor, absolutamente. Alías, já temos isto (docilização do povo), chama-se novelas.

Sobre a tragédia no Rio de Janeiro... Esta escola não tem professores, inspetores, serventes, etc? Como dentre os mortos temos somente crianças/adolescentes?
Malucos sempre existiram, mas covardia de todos, é coisa recente.Me parece que há uma certa covardia coletiva e que no Brasil esta é muito mais acentuada.

Para finalizar...
E quem disse que o flúor na nossa água é realmente para a nossa saúde bucal? (http://www.experienceproject.com/question-answer/Did-You-Know-Flouride-Was-Used-In-Nazi-Concentration-Camps-And-Soviet-Gulags-To-Keep-The-Pop-Docile/40621)

Aos amigos machos,

Se quiserem ser machos, parem de comer frango.

Anônimo disse...

É possível um cérebro compreender a si mesmo?

É possível um cérebro compreender a sua própria capacidade de compreensão, ou a de cérebros mais complexos (e não apenas a de cérebros mais simples)?

Anônimo disse...

O que é "compreender", "entender", etc?

krobs disse...

Esse post me lembrou o filme "Equilibrium", onde a sociedade foi domesticada por um Pai salvador que inventou uma droga que reprime os sentimentos e desejos hmanos. O resultado foi levar a zero a taxa de criminalidade, bem como a perda da individualidade e a criação de um estado policial para reprimir os "crimes de sentimento". Obviamente a cúpula governamental do Pai não se incluía nos domesticados.

Chesterton disse...

a decisão já tinha sido tomada antes, de forma inconsciente. O nosso cérebro estaria programado para nos fazer crer que temos livre-arbítrio, mesmo que não o tenhamos.

chest- em tese isso não elimina o livre arbítrio.

Chesterton disse...

"A verdadeira liberdade não é fazer om que der na telha, mas desejar fazer aquilo que você pode fazer"... ( B Milan) hummmm....ainda estou pensando no assunto....

Chesterton disse...

o que quis dizer com o primeiro comentario é o seguinte. Livre arbítrio tem um custo muito alto para ser usado no dia a dia. A maioria das decisões que tomamos, das escolhas que fazemos, é reflexa, baseada em repetições do passado, da rotina, porque pensar demais é custoso para o cérebro.
Tinha um amigo que fazia de cada ato do cotidiano um drama tão grande que foi apelidado de "trilemático".

Gunnar disse...

Antes de decidir se o livre-arbítrio existe, é preciso defini-lo.

No sentido estrito do termo, o livre-arbitrio não existe: todo pensamento sempre deriva de outro anterior, e essa cadeia sempre vai chegar a uma combinação de informações pré-existentes, sejam elas do meio ou da genética. Sempre há algo "antes". A única forma de uma decisão ser totalmente "livre", reductio ad absurdum, é sendo totalmente aleatória...

Nesse sentido, eliminada a aleatoriedade, e possível afirmar que, possuindo um ser onisciente todas as informações do universo em dado instante, ser-lhe-ia possível predizer o instante seguinte. Em outras palavras, o universo é uma grande e complexíssima engrenagem que segue uma linha traçada rumo a um destino inevitável.

Esse determinismo absoluto no plano "técnico" da coisa, no entanto, não elimina a noção moral de livre-arbítrio, na qual se baseia todo o nosso sistema de justiça. Como somos todos humanos e estamos todos "presos" na mesma teia, esse determinismo se torna irrelevante, pois nenhum de nós está acima dele. Essa noção é necessária pois é dela que deriva a noção de responsabilidade individual.

Acho que o grande problema dos coitadistas de plantão, que preferem enxergar criminosos como "vítimas do sistema", é que confundem essas duas noções.

Achando que estão anulando a noção de culpa individual ao transferirem-na para o "sistema", os pogreçistas no final das contas apenas estão invertendo toda a noção de responsabilidade. Afinal, não é possível manter a culpa no "sistema", pois, como eles bem sabem, o sistema não tem endereço nem CPF. Então passa a se procurar os responsáveis pelo sistema, e aí chegamos nas elites, nos burgueses, etc.


Engraçado é eles não perceberem que, se o traficante da favela pode ser considerado "vítima" de um sistema que o levou a ser como é, então por quê o burguês opressor não pode? Culpa individual não existe, exceto se você for rico / cristão / branco / ocidental? Esse é talvez um dos aspectos mais doentios da mentalidade esquerdista.

Mr X disse...

Culpa individual não existe, exceto se você for rico / cristão / branco / ocidental? Esse é talvez um dos aspectos mais doentios da mentalidade esquerdista.

Mas é isso mesmo. Criminosos / minorias / pobres / não-ocidentais / etc, para a esquerda/progressistas, não são atores morais. São apenas joguetes que reagem às provocações dos outros.

Sobre essa coisa do traficante ser "vítima do sistema" e ser "forçado ao crime", isso não leva em conta que grande parte dos criminosos gosta de cometer crimes, que mesmo tendo a opção jamais escolheriam um trabalho honesto.

Uma das razões pela qual não gostei do Tropa de Elite 2 foi justamente por essa crítica geral ao "sistema", o que diabos é o "sistema"?

Mr X disse...

Mais um louco aqui:

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/04/11/homem-diz-que-matou-irmas-em-cunha-porque-adolescentes-cacoavam-dele-924202629.asp

A culpa é do "bullying"? A culpa é das meninas porque caçoavam dele?

(E aliás, por que essa mania de usar palavras como bullying e copycat, quando há palavras equivalentes do português?)

Mr X disse...

Islamismo?

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-preciso-investigar-sim-se-assassino-do-rio-tinha-vinculo-com-terrorismo-islamico/

Augusto Nascimento disse...

"Se quiserem ser machos, parem de comer frango."
Foi o que disse Evo Morales. E, aqui, os extremos mais uma vez se tocam: comunistas, fascistas... qual é a diferença mesmo?

Mr X disse...

Não entendi essa do frango. Há algum produto colocado nele para tornar os homens menos masculinos?

Ah sim, achei aqui:

http://www.guardian.co.uk/news/blog/2010/apr/22/chicken-causes-homosexuality-evo-morales

Chesterton disse...

usa estrogenio para engordar rapido, mas desaparece rápido.

Riva disse...

Se assim fosse não haveria poesia, nem música, nem arte alguma, nem curiosidade para inventar ou descobrir coisas alguma, o homem seria um automato a bater com a cabeça nas pedras, dia após dia. A intenção por trás destas experiências é acabar com qualquer valor ético, moral,e reduzir tudo ao utilitarismo, escancarando as portas do fornos crematórios mais uma vez.

Mr X disse...

Se pode ser feito com os frangos, pode ser feito com os humanos diretamente.

Temo que o uso de substâncias psicoativas sobre as massas, e mesmo o uso da engenharia genética por Estados autoritários se torne uma realidade no futuro.

Vocês não leram Brave New World?

Emerson disse...

É bem ao estilo Admirável Mundo Novo essa questão de drogas para controlar os indivíduos, a Soma está mais real que nunca. Sobre o flúor nos dentes, me veio imediatamente a lembrança do herói Questão na liga da justiça, vale a pena ver o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=gTvFMX-R-9w&feature=related

Chesterton disse...

o Soma...

Mr X disse...

Outra previsão interessante para o futuro foi a de H.G. Wells em "A Máquina do Tempo", com a divisão da sociedade em Elois e Morlocks. Tem algo disso no ar, também.

Henrique Santos disse...

Ao Augusto Nascimento,
De fato não sabia que o Evo Morales tinha dito aquilo. A opnião dele não me importa e a minha não depende (diretamente ou inversamente) à dele. Então, continuo com o meu conselho. Vou melhorá-lo (o anterior veio num momento de raiva por tamanha covardia dos "adultos" do colégio Realengo): comam menos frango, principalmente os industrializados. Prefiram carnes vermelhas e peixes. O frango (galinha) industrial tem muito estrogênio, em decorrência de sua alimentação para fazê-lo engordar mais rápido.
Podem achar que sou paranóico, mas coisas como codex alimentarus, fluoretação de toda a água (até a mineral!), vegetarianismo, etc, são mais para controle social do que para saúde/prevenção de doenças. Mesmo que criem uma droga pacificadora, sem nenhum efeito colateral, e todos a utilizem (inclusive os dirigentes, como no filme Equilibrium), sou contra. Prefiro o guerra na liberdade que a paz na escravidão.

Ao Mr. X,
Também não gostei do Tropa de Elite 2. Aliás, a entrevista de Braulio Mantovani na ulltima Dicta & Contradicta entrega que o Tropa de Elite 1 não saiu do jeito que eles (ele e o padilha) quiseram. O Tropa de Elite 2 é o filme que eles queriam fazer e fizeram.

Anônimo disse...

A questão "determinismo versus livre-arbítrio" é uma falsa questão, que só serve para manter o emprego dos professores de filosofia. O determinismo e a livre-arbítrio coexistem no ser humano. Nossa cor, sexo, aptidões físicas são determinadas pelos genes e não poderemos alterá-las sem nos transformarmos, às vezes, em monstros da ciência, como o Michael Jackson. Já outras características, principalmente psicológicas, são fruto dos condicionamentos culturais. E existe a consciência individual, que vai tomar suas decisões dentro dos limites estabelecidos por estes parâmetros. O livre-arbítrio ou o determinismo em termos absolutos não existem, o que existe é um contraditório "livre-arbítrio controlado". E os progreçistas, obviamente, querem limar o "livre" desta equação.

Silvio disse...

Opa, X. Você mencionou o processo Ludovico, do 'Laranja Mecânica'. Existe um livro, hoje absurdamente esquecido, chamado 'Nós', do russo Yevgueni Zamiatin, praticamente o pai de todas essas distopias modernas. Algumas passagens e principalmente o desfecho do badaladíssimo '1984', de Orwell, foram obviamente copiados dele. Publicado em 1922, trata-se de uma ficção científica inspirada no regime comunista e autoritário (chega a ser redundante escrever isso) que se instalara recentemente na Rússia. Tem uma parte em que o protagonista folheia o jornal estatal e lê a seguinte nota:

"A fantasia é um verme que carcome e imprime sulcos negros em vossas frontes, é uma febre que os impulsiona a seguir correndo adiante e cada vez mais adiante, ainda que este avançar comece ali onde acaba vossa felicidade. A fantasia é o último obstáculo no caminho até a felicidade.
Alegrai-vos, pois este obstáculo foi eliminado.
A ciência estatal fez um grande descobrimento recentemente: o centro da fantasia é um diminuto nódulo na base cranial. Uma tripla irradiação aplicada sobre esse nódulo... e para sempre podereis ficar curados da fantasia. Para sempre!
Sejam perfeitos, sejam como máquinas, e o caminho para a felicidade perfeita abrir-se-á. Compareçam aos auditórios para deixar-se operar. Viva a grande Operação e viva o Estado único! Viva o Benfeitor!"

Sim, e o Grande Irmão (Big Brother) foi baseado no Benfeitor. Acredito que sempre existirá essa tentação de querer controlar cada vez mais aspectos da sociedade, "para o nosso próprio bem". Pense no pt e o ontrole "social" da imprensa, pense no serra e as restrições ao fumo. O que fazer? Acho que não muito. Orar e vigiar.

Edu disse...

Por que não mudamos a pergunta para: nós podemos ter o controle sobre nossas ações?

Livre-arbítrio, pelo que li nos comentários, é filosófico demais para se chegar a alguma conclusão útil. Já o controle que nós temos pelas nossas ações sim.

Vc pode escolher tomar um café ou um chá. Vc pode escolher não beber hoje ou beber e continuar um alcólatra e assim por diante. Se cada decisão dessas for conseqüência de outros pensamentos, força divina, labirintos mentais maliciosos, etc é outro ponto.

Não podemos ser julgados pelo que pensamos, mas devemos ser julgados pelo que fazemos, porque está nas ações o limite entre nossas loucuras e o resultado social dessas loucuras. Aí, socialmente, eu concordo que nossa liberdade seja limitada, o caso é que aprendemos "na marra" a nos comportarmos.

Mas todos têm que se comportar, não podemos apelar ao "motivo de força maior", ainda que seja o pobre sistema...

Brancaleone disse...

Livre arbítrio? Claro que existe. Sem ele as religiões monoteistas não existiriam!!!
Este artifício sacro legal é a base do cristianismo e do islamismo.
É graças ao livre arbítrio que a enjambração de jirico do deus único persiste entre os humanos.
A idéia básica é - Quando tudo dá certo, é (algum) deus agindo e quando tudo dá errado é o humano exercendo o livre arbítrio...
Mais sofisticadamente falando, não existe livre arbítrio na medida em que o meu arbítrio de sair pelado pela rua (uma visão do inferno!!!) é inconcientemente sufocado pelas regras que sem querer eu me submeto.
Claro que uns e outros vão postar comentários muitíssimos bem enunciados, cheios de citações filosóficas, recorrendo a filósofos de todas as épocas, uns citando até Freud sem se preocuparem em dar palpites próprios.
Não existe livre abítrio. Os humanos são bichos demais para se livrarem de padrões, normas e instintos. Sempre e toda a vida vai ter alguma regra, norma lei ou limite instintivo que nos limitará, nos impedirá (FELIZMENTE) de exercermos o livre arbítrio. Mesmo quando achamos que estamos fazendo o que bem entendemos e achamos correto ( execção aos psicóticos...) ainda assim estamos limitados a regras e normas que não percebemos.
É isso.

Iconoclasta disse...

"ainda assim estamos limitados a regras e normas que não percebemos."

sei, mas essas normas não teriam, por acaso, sido criadas por humanos, né?

;^?

Anônimo disse...

Penso que o livre-arbítrio realmente não existe. Todas as decisões de um ser são tomados no 'momento presente em que a situação se apresenta' a este ser. E este momento está inserido num contexto de vida desta pessoa. Portanto pensar que a decisão que uma pessoa toma naquele momento tem escolha é completamente inviável. Pense em qualquer situação que se apresente pra vc neste momento. E pense também na escolha que você fez desta situação (escolha A). Então, agora mude mentalmente pra outra opção, aquela que você não escolheu (escolha B) e pense se ela é viável 'neste momento' pra você. Tente seguí-la então!!! Vc seguirá por A. Não conseguirá ir por B, pois já tomou a outra decisão mentalmente. Agora... tempos depois... é obvio que, poderá se arepender de ter seguido por A, pois está num tempo e numa conjuntura diferentes daquela que se apresentava pra você no momento em que seguiu pelo caminho A ou B. A escolha é determinada pelo contexto ATUAL em que a pessoa a toma (e somente neste pode ser julgada). E, neste contexto, somente uma das opções é viável mentalmente pra pessoa. Tente convercer alguém de sua teoria X ou Y. No momento em que vc está tentando convercer a pessoa ela já tem uma posição sobre o que vc está lhe apresentando. A decisão dela já está tomada. Talvez, num outro contexto, num momento futuro, ela esteja no momento de vida de seguir pelo caminho que vc seguiu. Ou não. Os tempos das pessoas são diferentes. O destino, realmente, já está traçado. E tudo que vivemos, 'no momento em que o vivemos', era a única escolha que a mente pode aceitar e viver. A outra, não se viabilizava. Tudo tem o momento e o dia pra acontecer. Se arrepender de algo, significa que num momento futuro ao qual vc tomou uma decisão, vc pensa diferente do que pensava no momento passado. Não era escolha. Tudo é devido ao momento presente e somente nele é que o destino vai ser apresentando pra gente. Está traçado por leis universais. Não tem necessariamente a ver com religião. É uma lei do universo acredito. E fazemos parte do universo. Este universo caminha pra algum lugar. Nós vamos juntos. Quem somos nós pra podermos alterar o destino do universo?

Anônimo disse...

Penso que o livre-arbítrio realmente não existe. Todas as decisões de um ser são tomados no 'momento presente em que a situação se apresenta' a este ser. E este momento está inserido num contexto de vida desta pessoa. Portanto pensar que a decisão que uma pessoa toma naquele momento tem escolha é completamente inviável. Pense em qualquer situação que se apresente pra vc neste momento. E pense também na escolha que você fez desta situação (escolha A). Então, agora mude mentalmente pra outra opção, aquela que você não escolheu (escolha B) e pense se ela é viável 'neste momento' pra você. Tente seguí-la então!!! Vc seguirá por A. Não conseguirá ir por B, pois já tomou a outra decisão mentalmente. Agora... tempos depois... é obvio que, poderá se arepender de ter seguido por A, pois está num tempo e numa conjuntura diferentes daquela que se apresentava pra você no momento em que seguiu pelo caminho A ou B. A escolha é determinada pelo contexto ATUAL em que a pessoa a toma (e somente neste pode ser julgada). E, neste contexto, somente uma das opções é viável mentalmente pra pessoa. Tente convercer alguém de sua teoria X ou Y. No momento em que vc está tentando convercer a pessoa ela já tem uma posição sobre o que vc está lhe apresentando. A decisão dela já está tomada. Talvez, num outro contexto, num momento futuro, ela esteja no momento de vida de seguir pelo caminho que vc seguiu. Ou não. Os tempos das pessoas são diferentes. O destino, realmente, já está traçado. E tudo que vivemos, 'no momento em que o vivemos', era a única escolha que a mente pode aceitar e viver. A outra, não se viabilizava. Tudo tem o momento e o dia pra acontecer. Se arrepender de algo, significa que num momento futuro ao qual vc tomou uma decisão, vc pensa diferente do que pensava no momento passado. Não era escolha. Tudo é devido ao momento presente e somente nele é que o destino vai ser apresentando pra gente. Está traçado por leis universais. Não tem necessariamente a ver com religião. É uma lei do universo acredito. E fazemos parte do universo. Este universo caminha pra algum lugar. Nós vamos juntos. Quem somos nós pra podermos alterar o destino do universo?