domingo, 25 de julho de 2010

Poema do domingo

Súplica

Agora que o silêncio  é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga (1907-1995)

8 comentários:

Kct disse...

Um dos melhores que você já publicou aqui. Parabéns Mr X!

c* disse...

:-(

Mr X disse...

É a história da minha vida. :-)

Mr X disse...

E aí KCT, há quanto tempo! Voltou a postar?

DD disse...

Olhem ISTO: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/07/23/anistia-para-quem-abandonar-trafico-pelo-menos-tres-candidatos-defendem-perdao-como-forma-de-estimular-jovens-deixar-comercio-de-drogas-917232719.asp

I-na-cre-di-tá-vel!

Kct disse...

Ainda não! Estou enrolado em minha vida e este poema parece traduzir alguma coisa dela. rsrs

Sandro P disse...

Sensacional!

Chesterton disse...

cadê todo mundo?