O povo asiático é muito inteligente. Dizem que tem o QI médio mais alto do planeta, se não contarmos o judeu asquenazi como categoria à parte. É claro que QI não é tudo e talvez até seja super-valorizado em detrimento de outras qualidades, mas mesmo assim. Burros eles não são.
Gosto em especial do povo japonês. Eles são educados e fazem ótimos filmes de animação. Tenho menos admiração pela cultura chinesa, mas não nego que sejam certamente um povo de inteligência e cultura milenar.
Pois bem, os asiáticos estão lentamente dominando a costa oeste americana e canadense. Não em termos numéricos, é certo (esse troféu pertence aos mexicanos), porém aparecem em números cada vez mais expressivos nas estatísticas do ensino superior e no quadro funcional das empresas do vale do silício como Google e Facebook. Embora o que tenha chamado a atenção da mídia tenha sido a escassa participação de negros e latinos, ninguém mencionou que os asiáticos estão super-representados, formando quase 35% do total de empregados. E em algumas importantes universidades da costa oeste americana, os asiáticos já são mais de 50% dos estudantes.
Cultura exemplar, muito legal, etc e tal.
Uma coisa, no entanto, me intriga. Os asiáticos, e em especial os chineses (nota: nunca vi nada de semelhante nos japoneses, que por sinal amam os gatos), tendem a ser cruéis e insensíveis com os animais, e às vezes, até com as crianças.
Com os animais, bem, eu nem falo do hábito de comer cachorro ou outros animais que para nós são domésticos, mas da tendência em alguns casos de comer animais vivos ou recém-mortos, ou até de excitar-se com seu sofrimento. Também não vou falar do hábito de caçar impiedosamente os rinocerontes para fazer com seu chifre uma poção erótica de efeito duvidoso. Mas o que dizer, por exemplo, dos vídeos de crush? (Atenção, imagens fortes). Tais barbaridades parecem ocorrer em especial na China e Coréia, mas também houve algumas Filipinas envolvidas. E como explicar os cachorros perdidos mortos a pauladas em público, em vez de serem levados a um canil?
Quanto às crianças, bem, o vídeo da criança morta numa fábrica da China sem que ninguém desse bola foi viral há um tempo atrás, mas nem é disso que falo: mas sim do tradicional hábito supostamente asiático de ser ultra-exigente com as crianças e forçá-las a estudar matemática e praticar violino oito horas por dia, como a famigerada "Tiger Mom" Amy Chua. Pode ser que o método tenha sua valia, mas, considerando que inteligência e talento tem em grande parte origem genética, parece uma crueldade inútil. Afinal, a maioria dos pianistas famosos começou muito cedo quando criança, mas, quase sempre, por interesse próprio, e já demonstrando grande talento desde o início (Aliás, outra curiosidade interessante: os maiores compositores musicais da história são certamente os germânicos, com segundo lugar para os italianos, mas a maioria dos melhores pianistas são judeus ou eslavos; ultimamente tem surgido músicos asiáticos bons, mas parecem preferir o violino e outros instrumentos de corda). E, além disso, a criança também deveria ter o tempo de brincar e desenvolver a sua criatividade, não?
Enfim, apenas um post besta, pensando no que acontecerá quando os EUA forem de vez para a cucuia com seu multiculturalismo, e a China se tornar a principal potência mundial.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Sobre homens, mulheres e a Copa
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Acredito
que a Copa do Mundo esteja sendo um sucesso no Brasil. Nunca duvidei. Nunca
achei que o Brasil fosse tão ruim a ponto de não ser capaz de sediar um evento
de porte internacional. Alguns reclamam da corrupção e do desvio de dinheiro, o
que é lamentavelmente verdade, porém, isso não é prerrogativa exclusiva do
Brasil. Dos EUA à China tem muita corrupção também, e a própria FIFA é provavelmente
uma das entidades mais corruptas do mundo.
Outros falam que se o Brasil ganhar pode ajudar a reeleger a Dilma, mas esse risco hediondo existe com Copa ou sem Copa. E, depois, se for pela qualidade do time quem deve ganhar mesmo é Holanda ou Alemanha.
Outros
dizem, "o dinheiro da Copa poderia ter sido usado para educação e
saúde". Será? Primeiro que duvido que fosse mesmo, no máximo iria
igualmente parar no bolso de algum político, e, segundo, sou bem cético de que
investimentos em "saúde" e "educação" resolvam alguma coisa
no Brasil. A educação não é a panacéia que muitos acham que seja e, quanto à
saúde, o mais saudável para o Brasil seria provavelmente uma boa campanha de
planejamento familiar.
O
maior problema do Brasil é mesmo o da violência urbana. Uma coisa, até
tolerável, é você ter um povo pobre, burro e inculto que gosta de novela e
funk; outra bem diferente é ter um grande número de pessoas violentas e cruéis.
O Brasil não é um país de todo ruim para se viver, nem os países estrangeiros
são aquela maravilha toda. Canadá e Suécia podem ter instituições melhores, mas
são frios para cacete, e, além disso, lá vocêr não passa de mais um cucaracha a
ser explorado pela elite. Se o problema da violência urbana pudesse ser
resolvido, acredito que grande parte dos brasileiros morando no exterior
retornaria a seu país. Porém, na verdade o problema da violência está ligado
mesmo ao problema das drogas, já que 90% dos assaltantes estão drogados e usam
o que foi roubado para comprar "pedra", e os que não estão trabalham
para o tráfico.
Mas
estou me distraindo, pois não era nada disso que eu queria falar. Eu queria
falar de algumas matérias que saíram recentemente na mídia brasileira, sobre
garotas brasileiras excitadas com a presença de vários torcedores europeus e
australianos, e o ressentimento que isso está causando nos machos locais. De fato, alguns até tentaram se passar por estrangeiros para conseguir mulher.
Bem,
a excitação das moças é compreensível, eu também ficaria se o Brasil sediasse um encontro de patinação artística no gelo e o país fosse
invadido por multidões de mulheres escandinavas a fim de se divertir.
Cada
um que faça o que quer e eu nada tenho com isso. O que eu achei engraçado
apenas é que a defesa das mulheres, quando criticadas, é aquela velha que
"o homem quando come muitas é garanhão, mas a mulher quando dá para muitos
é vadia", como se houvesse medidas diferentes para homem e para mulher. De
fato, existem medidas diferentes, mas não é por injustiça.
Quem
controla o acesso ao sexo é a mulher. A mulher apenas escolhe entre os diversos pretendentes. Quanto
mais atraente a mulher, mais fácil seu acesso ao sexo, afinal terá zilhões de
homens atrás. Porém, mesmo uma moça menos atraente pode facilmente obter sexo
se assim quiser, afinal o homem tende a ser bem menos exigente em termos de
sexo do que a mulher. Se não tem a
gostosa, vai a gordinha mesmo.
(Alguém
observou uma coisa curiosa, não sei se é verdade: que o homem tende a ser pouco
exigente para a farra ou o sexo de uma noite só, e mais exigente com a moça com
quem vai namorar ou casar; já a mulher é o contrário, extremamente exigente com
aquele para quem vai dar na balada, mas menos exigente com quem termina
casando).
De
qualquer modo, para a mulher, a não ser que seja muito gorda ou velha ou
exigente, conseguir sexo é portanto muito fácil, ainda mais se se tratam de
estrangeiros enlouquecidos com a fama da “mulher sexy brasileira”. Já o homem,
para conseguir uma noite de sexo que seja, tem que lutar contra feras e dragões.
Portanto, há um certo legítimo mérito no “garanhão”, que teve que suar a
camisinha para conseguir várias mulheres (*) enquanto que a mulher que deu para
todos, apenas abaixou o seu preço.
(*)
Na verdade, isto também é relativamente falso, já que há alguns homens que,
seja pela beleza, pela riqueza ou pela fama, não precisam fazer esforço algum
para conseguir mulher, pois estas se atirarão sobre ele sem dó.
Em
resumo, é uma questão de oferta e demanda, e, na verdade, quem mais hostiliza
as mulheres “vadias” não são os homens, mas as outras mulheres, afinal trata-se
de uma forma de “concorrência desleal”. Homem não oprime mulher por ser vadia, aliás, é discutível que o homem "oprima" de qualquer forma a mulher (Aqui uma boa entrevista com, quem diria, um historiador militar falando sobre isso).
De
qualquer modo, não culpo as jovens que estão se divertindo com estrangeiros, apenas seguem seu instinto. E
viva a Copa do Mundo no Brasil.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Morte por Facebook
Até onde você iria para obter "curtidas" no Facebook?
Um caso bastante curioso e até horrendo tem chamado a atenção da mídia americana. Ou melhor, na verdade não tem chamado tanta atenção assim, tanto que fiquei sabendo só recentemente por acaso. Mas é uma história que deveria chamar a atenção, pois nos faria questionar vários aspectos da nossa vida moderna, e em especial o uso das tais mídias sociais.
Em resumo: uma moça, mãe solteira de 26 anos, postava as fotos de seu pequeno filho doente no Facebook e em seu blog pessoal, ganhando a simpatia e as preces de milhares de pessoas. Era foto atrás de foto, até quando o filho já estava em coma. A criança finalmente morreu aos cinco anos de idade.
Pouco depois, descobriram que a criança, na verdade, não tinha doença nenhuma: era a mãe, ex-enfermeira, quem estava lentamente envenenando a criança com doses maciças de sódio, assimilado por via intra-venosa.
O que emerge então é o retrato de uma mulher desequilibrada e mentirosa compulsiva, disposta a tudo para chamar a atenção. De acordo com a reportagem, ela sofreria de "síndrome de Munchausen", pessoas que machucam a si mesmos ou a outros com o intuito de despertar pena ou simpatia.
Tudo começou antes do nascimento de seu filho: a moça publicava suas fotos com uma criança que dizia ser seu próprio filho. Mentira: era apenas o filho de uma vizinha, de quem ela às vezes cuidava.
Depois, a moça engravidou. Publicou um post dizendo que o pai da criança havia morrido tragicamente. Nova mentira: o pai estava vivo, e ela mentira também a ele, dizendo que a criança não era filho dele, mais de um outro.
O filho, de fato, parece ter sido gerado apenas como um apetrecho para que a mãe pudesse obter atenção. Desde o nascimento até os cinco anos de idade, o pobre Garnett era constantemente fotografado e mostrado no Twitter, Facebook e Blogger, dando à sua mãe a atenção que ela tanto queria.
A exposição à mídia social tornou-se um vício. Depois de um tempo, só mostrar fotos do filho brincando não foi mais suficiente. As curtidas começaram a escassear, e a mãe tomou uma decisão radical: fazer passar o filho por doente. Isso certamente garantiria maior atenção. E, de fato, foi o que aconteceu por um tempo. Porém, o comportamento obsessivo da mãe começou a gerar suspeitas. Nem no hospital, com o filho à beira da morte, ela parava de tirar fotos da criança.
Descobriu-se depois em sua casa uma bolsa com água e sal, comprovando que a mãe estaria envenenando a criança com sal e água através de um tubo.
O mais monstruoso: no hospital, em seus últimos dias, o filho reclamava de constante sede, e a mãe dava a ele água de uma garrafinha que ela mesma trouxera. Suspeita-se que a água também continha sódio.
Enfim, se for realmente verdade, trata-se do caso de uma doente mental que não nos deve levar a conclusões definitivas sobre as mídias sociais. Porém, é fato que a dependência excessiva a essa forma de exposição pública está causando muitos transtornos. Eu jamais gostei dessas pessoas que postam cada instante da vida de seus filhos online. Para quê? A quem interessa isso? E será que essa exposição toda é boa para a criança?
Os pais que colocam vídeos "engraçadinhos" de seus filhos no Youtube também, me parece, deveriam sofrer recriminação. Um filho não é um gato para ser exibido assim publicamente para que os outros façam piada.
A tecnologia moderna tem suas vantagens, é verdade. Mas também tem seu lado escuro. Onde será que isto vai nos levar?
P. S. Naturalmente, não dá para colocar a culpa de tudo nas mídias sociais. Embora estas estimulem o mau comportamento de algumas pessoas doentes, é possível que esta desvairada tivesse feito mal a seu filho com ou sem mídia social. Eis o caso de Marybeth Tinning, que matou não um, não dois, mas nove de seus filhos biológicos ao longo dos anos, e sempre com a desculpa de doenças ou acidentes. Afinal, quem iria suspeitar de uma mãe? De todas as formas de assassinato, a de uma mãe que mata seus próprios filhos pequenos nos parece a mais anti-natural, a que vai mais contra os instintos mais básicos. Mas é, na verdade, relativamente comum.
Um caso bastante curioso e até horrendo tem chamado a atenção da mídia americana. Ou melhor, na verdade não tem chamado tanta atenção assim, tanto que fiquei sabendo só recentemente por acaso. Mas é uma história que deveria chamar a atenção, pois nos faria questionar vários aspectos da nossa vida moderna, e em especial o uso das tais mídias sociais.
Em resumo: uma moça, mãe solteira de 26 anos, postava as fotos de seu pequeno filho doente no Facebook e em seu blog pessoal, ganhando a simpatia e as preces de milhares de pessoas. Era foto atrás de foto, até quando o filho já estava em coma. A criança finalmente morreu aos cinco anos de idade.
Pouco depois, descobriram que a criança, na verdade, não tinha doença nenhuma: era a mãe, ex-enfermeira, quem estava lentamente envenenando a criança com doses maciças de sódio, assimilado por via intra-venosa.
O que emerge então é o retrato de uma mulher desequilibrada e mentirosa compulsiva, disposta a tudo para chamar a atenção. De acordo com a reportagem, ela sofreria de "síndrome de Munchausen", pessoas que machucam a si mesmos ou a outros com o intuito de despertar pena ou simpatia.
Tudo começou antes do nascimento de seu filho: a moça publicava suas fotos com uma criança que dizia ser seu próprio filho. Mentira: era apenas o filho de uma vizinha, de quem ela às vezes cuidava.
Depois, a moça engravidou. Publicou um post dizendo que o pai da criança havia morrido tragicamente. Nova mentira: o pai estava vivo, e ela mentira também a ele, dizendo que a criança não era filho dele, mais de um outro.
O filho, de fato, parece ter sido gerado apenas como um apetrecho para que a mãe pudesse obter atenção. Desde o nascimento até os cinco anos de idade, o pobre Garnett era constantemente fotografado e mostrado no Twitter, Facebook e Blogger, dando à sua mãe a atenção que ela tanto queria.
A exposição à mídia social tornou-se um vício. Depois de um tempo, só mostrar fotos do filho brincando não foi mais suficiente. As curtidas começaram a escassear, e a mãe tomou uma decisão radical: fazer passar o filho por doente. Isso certamente garantiria maior atenção. E, de fato, foi o que aconteceu por um tempo. Porém, o comportamento obsessivo da mãe começou a gerar suspeitas. Nem no hospital, com o filho à beira da morte, ela parava de tirar fotos da criança.
Descobriu-se depois em sua casa uma bolsa com água e sal, comprovando que a mãe estaria envenenando a criança com sal e água através de um tubo.
O mais monstruoso: no hospital, em seus últimos dias, o filho reclamava de constante sede, e a mãe dava a ele água de uma garrafinha que ela mesma trouxera. Suspeita-se que a água também continha sódio.
Enfim, se for realmente verdade, trata-se do caso de uma doente mental que não nos deve levar a conclusões definitivas sobre as mídias sociais. Porém, é fato que a dependência excessiva a essa forma de exposição pública está causando muitos transtornos. Eu jamais gostei dessas pessoas que postam cada instante da vida de seus filhos online. Para quê? A quem interessa isso? E será que essa exposição toda é boa para a criança?
Os pais que colocam vídeos "engraçadinhos" de seus filhos no Youtube também, me parece, deveriam sofrer recriminação. Um filho não é um gato para ser exibido assim publicamente para que os outros façam piada.
A tecnologia moderna tem suas vantagens, é verdade. Mas também tem seu lado escuro. Onde será que isto vai nos levar?
P. S. Naturalmente, não dá para colocar a culpa de tudo nas mídias sociais. Embora estas estimulem o mau comportamento de algumas pessoas doentes, é possível que esta desvairada tivesse feito mal a seu filho com ou sem mídia social. Eis o caso de Marybeth Tinning, que matou não um, não dois, mas nove de seus filhos biológicos ao longo dos anos, e sempre com a desculpa de doenças ou acidentes. Afinal, quem iria suspeitar de uma mãe? De todas as formas de assassinato, a de uma mãe que mata seus próprios filhos pequenos nos parece a mais anti-natural, a que vai mais contra os instintos mais básicos. Mas é, na verdade, relativamente comum.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
A humanidade pós-humana
A executiva mulher mais bem-paga dos EUA (38 milhões de dólares por ano) é um homem. Ou melhor, um transsexual, para maior bônus multicultural, casado/a com uma mulher negra. Antes da "mudança de sexo", que não sei se incluiu ou não o corte do pênis, eles tiveram quatro filhos, um deles chamado Jenesis, com J mesmo. Acho que é menina, mas não tenho certeza. Um outro de seus filhos é candidato a senador. É meio parecido com o Obama; talvez vire presidente um dia.
Martine (nascido Martin), além de ser CEO de uma empresa farmacêutica e militante em favor do transsexualismo, tem interesse na robótica e quer criar uma sociedade pós-humana, na qual os cérebros de seres humanos seriam escaneados e copiados para máquinas e robôs, permitindo a "vida eterna". Ele/a quer criar também uma "transreligião". Não sei bem o que é, mas seus lemas são "Eternidade Prazeirosa", "Unidade na Diversidade" e "A Beleza da Vida".
Se você achava que as mudanças do mundo paravam em "casamento gay", prepare-se, pois vem muito mais por aí.
Talvez o sonho da elite seja o de construir uma raça "pós-humana", na qual todas as diferenças antes existentes (entre raças, entre preferências sexuais, entre homem e mulher, entre o parto natural e o artificial, entre a família biológica e a família de dois gays com bebê de barriga alugada, entre o ser humano e a máquina) são eliminadas através de processos sociais e tecnológicos. Alguns desses processos estão acontecendo hoje, agora, em especial nos Estados Unidos da América, e no chamado Vale do Silício em especial.
O que para alguns é sonho, para outros é pesadelo.
Eu, pessoalmente, talvez por ter lido muita ficção científica quando adolescente e saber que quase nenhuma utopia termina bem, fico quase feliz que provavelmente não vou estar mais aí para ver esse "admirável mundo novo" (por sinal, parcialmente previsto por Huxley) que vem aí.
Vocês que são jovens e inocentes, divirtam-se.
Martine (nascido Martin), além de ser CEO de uma empresa farmacêutica e militante em favor do transsexualismo, tem interesse na robótica e quer criar uma sociedade pós-humana, na qual os cérebros de seres humanos seriam escaneados e copiados para máquinas e robôs, permitindo a "vida eterna". Ele/a quer criar também uma "transreligião". Não sei bem o que é, mas seus lemas são "Eternidade Prazeirosa", "Unidade na Diversidade" e "A Beleza da Vida".
Se você achava que as mudanças do mundo paravam em "casamento gay", prepare-se, pois vem muito mais por aí.
Talvez o sonho da elite seja o de construir uma raça "pós-humana", na qual todas as diferenças antes existentes (entre raças, entre preferências sexuais, entre homem e mulher, entre o parto natural e o artificial, entre a família biológica e a família de dois gays com bebê de barriga alugada, entre o ser humano e a máquina) são eliminadas através de processos sociais e tecnológicos. Alguns desses processos estão acontecendo hoje, agora, em especial nos Estados Unidos da América, e no chamado Vale do Silício em especial.
O que para alguns é sonho, para outros é pesadelo.
Eu, pessoalmente, talvez por ter lido muita ficção científica quando adolescente e saber que quase nenhuma utopia termina bem, fico quase feliz que provavelmente não vou estar mais aí para ver esse "admirável mundo novo" (por sinal, parcialmente previsto por Huxley) que vem aí.
Vocês que são jovens e inocentes, divirtam-se.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
#Yesallwomen e a cultura machista
Em geral tenho muito pouco interesse em entender a psiquê de assassinos. Parece-me uma perda de tempo. O caso de Elliot Rodgers foi uma exceção, pois acho que toca em muitos temas interessantes relacionados com o mundo contemporâneo. Não li sua autobiografia (meu interesse não chegou a tanto), porém acompanhei os posts do Lion citando alguns dos trechos mais interessantes, e gostaria de escrever mais sobre o assunto quando tiver tempo.
Mas o que eu queria falar agora é que acompanhei também o fenômeno #Yesallwomen e uma série de artigos informando que a "cultura machista" e a "cultura do estupro" é que eram as verdadeiras culpadas e coisa e tal.
O paradoxal é o seguinte: a maioria desses artigos cita o estupro e as cantadas na rua como alguns dos principais males que afetam as mulheres vítimas da tal "cultura machista". Porém, o problema de Elliot era exatamente o oposto: vítima de uma timidez patológica, é pouco provável que pudesse abordar uma mulher na rua, ainda mais com cantadas vulgares. Seu problema era que, longe de ser um machista que tratava as mulheres como objetos, ele era um "loser" que mesmo com um BMW e família pseudo-hollywoodiana, conseguiu ser rejeitado por 100% das mulheres.
É verdade que, tendo crescido em meio a uma cultura superficial baseada nas aparências e no status, e não tendo tido bons modelos nos adultos ao seu redor (tudo indica que seus pais divorciados e sua madrastra não eram os melhores adultos-modelo), terminou tendo um complexo monstruoso, que o fazia acreditar ter direito a sexo com mulheres loiras, quando, claramente, essa era uma impossibilidade técnica para alguém como ele. Por muito que se diga que muitas mulheres são materialistas só preocupadas com riqueza, minha impressão é que carisma e atração física (que não é necessariamente beleza, mas masculinidade) contam mais do que dinheiro, no fim. A um empresário rico mas sem demasiado charme como o Bill Gates, 9 entre 10 mulheres prefeririam o Brad Pitt, ou até um gordinho careca mas carismático como o Louis C.K. Ou não? Mas Elliot, coitado, achava que era só ter dinheiro que iria chover mulher, sem que ele precisasse fazer mais nada.
A outra coisa paradoxal é que, por todo o seu suposto ódio contra as mulheres, ele matou quatro homens e apenas duas mulheres. As mulheres, aparentemente, esqueceram totalmente esse fato, ou talvez as vítimas do sexo masculino nem importem. É aliás bem provável que, se ele tivesse matado apenas seus três colegas de quarto chineses, o evento nem teria saído de uma nota de rodapé no jornal, tão insignificantes tornaram-se os coitados.
Eu não sei se vocês notaram isso também, ou é um fenômeno apenas norte-americano, mas parece estar dando a impressão que, quanto mais a sociedade se feminiza, e quanto mais as mulheres avançam em termos de direitos, mais elas reclamam da "cultura machista". Se eu fosse machista, ou um psicólogo freudiano, diria que elas estão querendo mesmo é "um macho de verdade" que lhes dê um cala-te-boca. Como não sou nem um nem outro, fico meio sem entender esse ódio feminista cada vez maior, ao mesmo tempo em que mais aumenta a presença feminina em tudo.
Isso não quer dizer, é claro que o rapaz não fosse (ou não tivesse se tornado) misógino, ou até misantropo, já que odiava os homens que transavam com mulheres também.
Será que era inevitável que ele tivesse virado um monstro? Ao contrário de outros esquizofrênicos como Adam Lanza ou o maníaco do cinema, eu acho que, se ele tivesse tido melhores modelos adultos, uma educação longe da subcultura materialista hollywoodiana, e se tivesse desenvolvido amizades e hobbies, e um tratamento psicológico adequado, nada disso precisaria ter acontecido. Mas vai saber.
Rejeição é uma coisa difícil, mas raramente de todo traumática. Todo mundo passou por isso. Mas parece-me que as mulheres (ou as feministas de hoje) adoram ver-se como vítimas, mas parecem não entender que o homem também sofre - não com estupro, mas com o abandono, com a rejeição, com o bullying, com o ostracismo social, com a traição, com a perda de guarda de filhos, com as mentiras, etc, etc, etc.
Eis um quadrinho desonesto, do tipo "todo homem é um assassino e estuprador em potencial":
De todos os ismos, o feminismo sempre me pareceu o mais falso de todos, simplesmente porque tendo crescido cercado por mulheres fortes (que eram as que realmente mandavam na família), parecia-me absurdo conseguir enxergar as mulheres como meras vítimas indefesas dos homens malvados.
Tem um livro, escrito nos anos 70 por uma mulher, chamado "O Homem Domado" (acho que existe versão em português em pdf) que tem um argumento interessante: tudo isso é truque. A mulher manipula constantemente o homem para obter benefícios e para ser sustentada. Talvez o livro seja um pouco exagerado, mas tem alguns momentos válidos. Quem jamais foi manipulado por alguma namorada, ou até por uma mulher desconhecida querendo um drinque gratuito em troca da vã (e quase sempre falsa, nesses casos) promessa de sexo?
Talvez o problema dos dias de hoje seja que, não existindo demasiados casos de real preocupação para as mulheres no primeiro mundo (não, ao menos, da mesma forma que existe opressão e até perigo de vida em países como a Arábia Saudita, o Iêmen ou a Índia), elas tendam a exacerbar "first world problems".
No outro dia, por exemplo, alguma moça no meu Facebook reclamou sobre artigos de jornal que falavam sobre o penteado da atriz X ou o vestido da cantora Y, e disse que tais artigos de "machistas". Observei que tais artigos não podiam ser "machistas" já que, além de raramente serem escritos por homens, o público que tinha interesse em saber sobre o penteado ou o vestido de mulheres famosas, era formado por 90% de mulheres (e os outros 10% de gays). Ela ficou sem saber o que responder. Acho que me deletou do Facebook.
Mas é verdade que, como informam as notícias, os casos de (homens) perdedores no mercado sexual matando mulheres parece ser um triste fenômeno em aumento, e nesse sentido não posso criticar de todo as feministas pela sua preocupação. De fato, trata-se de uma preocupante reação de homens (de alguns homens) contra o feminismo.
Minha interpretação, no entanto, não é que isso tenha a ver com o "patriarcado" (ou tais assassinatos seriam bem mais comuns nos anos 50 ou antes, época de "patriarcalismo" maior), ou nem mesmo com o ódio as mulheres ou à desigualdade tendo crescido na sociedade, mas com o fato de que, após o fim do tal "patriarcado" e da revolução feminista, existem alguns homens que saíram ganhando, e outros que saíram perdendo. Quando antes o normal era que quase todo o mundo terminasse casando, ainda que não com a mulher ou os homens dos sonhos (salvo os muito esquisitos, mas esses seriam internados, ou talvez encontrariam consolo na religião), hoje em dia existem alguns homens de maior sucesso que obtém mais mulheres, e outros que ficam sem nenhuma. Sempre foi assim, na verdade; tanto que algumas culturas, como a islâmica, até são polígamas, e alguns acreditem que a poligamia seja mais "natural" para o ser humano do que a monogamia (certamente a poligamia é comum no reino dos primatas).
Sempre vai existir esse desequilíbrio. A vida é injusta, etcétera e tal. Algumas culturas solucionaram esse problema com os casamentos arranjados, que ainda são comuns na Ásia ou na Índia. O Ocidente europeu foi quem introduziu a idéia do amor romântico, a idéia de que, para toda pessoa, existe uma alma gêmea, da busca do amor como ideal, associado ao casamento monogâmico.
Talvez agora estejamos migrando para algum outro modelo, quem sabe?
Mas o que eu queria falar agora é que acompanhei também o fenômeno #Yesallwomen e uma série de artigos informando que a "cultura machista" e a "cultura do estupro" é que eram as verdadeiras culpadas e coisa e tal.
O paradoxal é o seguinte: a maioria desses artigos cita o estupro e as cantadas na rua como alguns dos principais males que afetam as mulheres vítimas da tal "cultura machista". Porém, o problema de Elliot era exatamente o oposto: vítima de uma timidez patológica, é pouco provável que pudesse abordar uma mulher na rua, ainda mais com cantadas vulgares. Seu problema era que, longe de ser um machista que tratava as mulheres como objetos, ele era um "loser" que mesmo com um BMW e família pseudo-hollywoodiana, conseguiu ser rejeitado por 100% das mulheres.
É verdade que, tendo crescido em meio a uma cultura superficial baseada nas aparências e no status, e não tendo tido bons modelos nos adultos ao seu redor (tudo indica que seus pais divorciados e sua madrastra não eram os melhores adultos-modelo), terminou tendo um complexo monstruoso, que o fazia acreditar ter direito a sexo com mulheres loiras, quando, claramente, essa era uma impossibilidade técnica para alguém como ele. Por muito que se diga que muitas mulheres são materialistas só preocupadas com riqueza, minha impressão é que carisma e atração física (que não é necessariamente beleza, mas masculinidade) contam mais do que dinheiro, no fim. A um empresário rico mas sem demasiado charme como o Bill Gates, 9 entre 10 mulheres prefeririam o Brad Pitt, ou até um gordinho careca mas carismático como o Louis C.K. Ou não? Mas Elliot, coitado, achava que era só ter dinheiro que iria chover mulher, sem que ele precisasse fazer mais nada.
A outra coisa paradoxal é que, por todo o seu suposto ódio contra as mulheres, ele matou quatro homens e apenas duas mulheres. As mulheres, aparentemente, esqueceram totalmente esse fato, ou talvez as vítimas do sexo masculino nem importem. É aliás bem provável que, se ele tivesse matado apenas seus três colegas de quarto chineses, o evento nem teria saído de uma nota de rodapé no jornal, tão insignificantes tornaram-se os coitados.
Eu não sei se vocês notaram isso também, ou é um fenômeno apenas norte-americano, mas parece estar dando a impressão que, quanto mais a sociedade se feminiza, e quanto mais as mulheres avançam em termos de direitos, mais elas reclamam da "cultura machista". Se eu fosse machista, ou um psicólogo freudiano, diria que elas estão querendo mesmo é "um macho de verdade" que lhes dê um cala-te-boca. Como não sou nem um nem outro, fico meio sem entender esse ódio feminista cada vez maior, ao mesmo tempo em que mais aumenta a presença feminina em tudo.
Isso não quer dizer, é claro que o rapaz não fosse (ou não tivesse se tornado) misógino, ou até misantropo, já que odiava os homens que transavam com mulheres também.
Será que era inevitável que ele tivesse virado um monstro? Ao contrário de outros esquizofrênicos como Adam Lanza ou o maníaco do cinema, eu acho que, se ele tivesse tido melhores modelos adultos, uma educação longe da subcultura materialista hollywoodiana, e se tivesse desenvolvido amizades e hobbies, e um tratamento psicológico adequado, nada disso precisaria ter acontecido. Mas vai saber.
Rejeição é uma coisa difícil, mas raramente de todo traumática. Todo mundo passou por isso. Mas parece-me que as mulheres (ou as feministas de hoje) adoram ver-se como vítimas, mas parecem não entender que o homem também sofre - não com estupro, mas com o abandono, com a rejeição, com o bullying, com o ostracismo social, com a traição, com a perda de guarda de filhos, com as mentiras, etc, etc, etc.
Eis um quadrinho desonesto, do tipo "todo homem é um assassino e estuprador em potencial":
De todos os ismos, o feminismo sempre me pareceu o mais falso de todos, simplesmente porque tendo crescido cercado por mulheres fortes (que eram as que realmente mandavam na família), parecia-me absurdo conseguir enxergar as mulheres como meras vítimas indefesas dos homens malvados.
Tem um livro, escrito nos anos 70 por uma mulher, chamado "O Homem Domado" (acho que existe versão em português em pdf) que tem um argumento interessante: tudo isso é truque. A mulher manipula constantemente o homem para obter benefícios e para ser sustentada. Talvez o livro seja um pouco exagerado, mas tem alguns momentos válidos. Quem jamais foi manipulado por alguma namorada, ou até por uma mulher desconhecida querendo um drinque gratuito em troca da vã (e quase sempre falsa, nesses casos) promessa de sexo?
Talvez o problema dos dias de hoje seja que, não existindo demasiados casos de real preocupação para as mulheres no primeiro mundo (não, ao menos, da mesma forma que existe opressão e até perigo de vida em países como a Arábia Saudita, o Iêmen ou a Índia), elas tendam a exacerbar "first world problems".
No outro dia, por exemplo, alguma moça no meu Facebook reclamou sobre artigos de jornal que falavam sobre o penteado da atriz X ou o vestido da cantora Y, e disse que tais artigos de "machistas". Observei que tais artigos não podiam ser "machistas" já que, além de raramente serem escritos por homens, o público que tinha interesse em saber sobre o penteado ou o vestido de mulheres famosas, era formado por 90% de mulheres (e os outros 10% de gays). Ela ficou sem saber o que responder. Acho que me deletou do Facebook.
Mas é verdade que, como informam as notícias, os casos de (homens) perdedores no mercado sexual matando mulheres parece ser um triste fenômeno em aumento, e nesse sentido não posso criticar de todo as feministas pela sua preocupação. De fato, trata-se de uma preocupante reação de homens (de alguns homens) contra o feminismo.
Minha interpretação, no entanto, não é que isso tenha a ver com o "patriarcado" (ou tais assassinatos seriam bem mais comuns nos anos 50 ou antes, época de "patriarcalismo" maior), ou nem mesmo com o ódio as mulheres ou à desigualdade tendo crescido na sociedade, mas com o fato de que, após o fim do tal "patriarcado" e da revolução feminista, existem alguns homens que saíram ganhando, e outros que saíram perdendo. Quando antes o normal era que quase todo o mundo terminasse casando, ainda que não com a mulher ou os homens dos sonhos (salvo os muito esquisitos, mas esses seriam internados, ou talvez encontrariam consolo na religião), hoje em dia existem alguns homens de maior sucesso que obtém mais mulheres, e outros que ficam sem nenhuma. Sempre foi assim, na verdade; tanto que algumas culturas, como a islâmica, até são polígamas, e alguns acreditem que a poligamia seja mais "natural" para o ser humano do que a monogamia (certamente a poligamia é comum no reino dos primatas).
Sempre vai existir esse desequilíbrio. A vida é injusta, etcétera e tal. Algumas culturas solucionaram esse problema com os casamentos arranjados, que ainda são comuns na Ásia ou na Índia. O Ocidente europeu foi quem introduziu a idéia do amor romântico, a idéia de que, para toda pessoa, existe uma alma gêmea, da busca do amor como ideal, associado ao casamento monogâmico.
Talvez agora estejamos migrando para algum outro modelo, quem sabe?
segunda-feira, 26 de maio de 2014
A vingança dos nerds
Santa Bárbara. Belíssimo lugar. Estive mais de uma vez. Estive também no campus da UCSB. Não é tão bonito quanto o de outras universidades americanas (arquitetura moderna, feia), mas a faculdade tem fama de ser uma das melhores dos EUA -- não academicamente, mas para festas, sexo e drogas.
Alguns falam em controle de armas, outros em doença mental, mas poucos discutem o fato de que a sociedade americana de hoje seja um lugar difícil para jovens homens brancos (se bem que ele era filho de mãe asiática e pai branco, como tantos casais hoje na Califórnia), ou ao menos, certo tipo de jovem homem mais nerd (e brancos e asiáticos são os mais nerds), e de que há algo terrível na sociedade moderna que leva a um aumento cada vez maior destes casos.
Falarei mais sobre este caso em breve, pois é representativo de uma mudança terrível. Fiquem por ora com esta boa descrição dos eventos e comentário sobre o perfil do assassino, ou leiam o iSteve e o Lion of the Blogosphere, onde estão os melhores textos sobre o assunto.
P. S. Só pra esclarecer. Sempre que ocorre um desses casos de tiroteio, já saem as pessoas declarando que "foi por causa de x" ou "foi por causa de y", como se pudesse existir uma causa única que, se resolvida, acabaria com futuros tiroteios no instante. A esquerda fala em "ódio racista, sexista, etc" e a falta de controle de armas, já a direita critica a crise de valores, a violência nos videogames, etc.
Não é bem assim, é claro. O mero fato de existirem possantes armas de fogo e indivíduos perturbados já garante que eventos desse tipo poderão acontecer. Quanto ao motivo, bem, os loucos ou paranóicos tendem a aderir à moda do momento e seus motivos declarados não devem ser levados tão a sério.
Eu não estou dizendo que seja por causa do "feminismo". Porém, tendo lido um artigo que declarou que a culpa era da "sociedade patriarcal", confesso que me irritou. Pois afinal, se a culpa fosse da "sociedade patriarcal", então pela lógica tais eventos seriam muito mais comuns nos anos 1950 do que hoje, quando a tal sociedade patriarcal estava no auge na América. Só que é o contrário: eram extremamente raros nessa época, e hoje acontecem a cada semana.
Tudo bem, não há uma causa única, mas seria demais imaginar que a desintegração da família, o aumento dos divórcios, a liberação sexual, a diversidade, e todos os problemas criados pelo radicalismo dos anos 60 (e que continua até hoje) não teriam nenhuma influência em tudo isso que vemos aí?
Eu não li a sua autobiografia, mas o Lion leu e publicou uns trechos. O jovem tinha pais divorciados que não deram muita bola para ele; uma família problemática, uma madrastra estúpida e um pai ausente; era bi-racial (asiático com europeu) e sentia-se conflituado por isso; era viciado em videogames. Etc, etc.
Por outro lado, o garoto tinha certamente problemas psicológicos profundos e, em algum momento, virou um monstro do egoísmo. Criticava a mãe por não ter tido um segundo casamento com um homem rico; culpava o pai por não ser um figurão maior de Hollywood em vez de gastar dinheiro em um documentário medíocre; criticava as mulheres loiras por "rejeitá-lo", como se ele tivesse direito a elas apenas por existir e dirigir um BMW.
O que sim acho que é parte do problema é essa mentalidade vitimista (gerada em parte pelo politicamente correto) em que todo mundo se vê como vítima inocente de um mundo injusto e cruel. Ele sofreu bullying, é verdade, e pode não ter tido uma vida ideal, mas quem é que teve? Comparado à maioria de nós, ele era um privilegiado, mesmo que não pudesse ver isso. Enfim, de forma alguma é um modelo para o que quer que seja.
Porém, o fato de que estejam acontecendo tiroteios com extrema freqüência, e quase sempre por homens jovens ou adolescentes perturbados e socialmente isolados, leva a pensar que existe algo de errado na sociedade que os leva a isso. Talvez num passado nem tão remoto, a religião ocuparia o vazio de suas vidas. Ou talvez ser virgem aos 22 anos não seria algo tão terrível, considerando que ser virgem até o casamento era comum para muitas pessoas. Ou talvez ele apenas se mataria, sem sentir a necessidade de levar junto outros consigo. Eu não sei, realmente. Sei que antes não acontecia, e agora acontece com assustadora freqüência, e isso é um sintoma de uma sociedade claramente doente. E dizer que é culpa das "armas" ou do "patriarcado" (ou, está certo, do "feminismo") é simplificar demais tudo.
Alguns falam em controle de armas, outros em doença mental, mas poucos discutem o fato de que a sociedade americana de hoje seja um lugar difícil para jovens homens brancos (se bem que ele era filho de mãe asiática e pai branco, como tantos casais hoje na Califórnia), ou ao menos, certo tipo de jovem homem mais nerd (e brancos e asiáticos são os mais nerds), e de que há algo terrível na sociedade moderna que leva a um aumento cada vez maior destes casos.
Falarei mais sobre este caso em breve, pois é representativo de uma mudança terrível. Fiquem por ora com esta boa descrição dos eventos e comentário sobre o perfil do assassino, ou leiam o iSteve e o Lion of the Blogosphere, onde estão os melhores textos sobre o assunto.
P. S. Só pra esclarecer. Sempre que ocorre um desses casos de tiroteio, já saem as pessoas declarando que "foi por causa de x" ou "foi por causa de y", como se pudesse existir uma causa única que, se resolvida, acabaria com futuros tiroteios no instante. A esquerda fala em "ódio racista, sexista, etc" e a falta de controle de armas, já a direita critica a crise de valores, a violência nos videogames, etc.
Não é bem assim, é claro. O mero fato de existirem possantes armas de fogo e indivíduos perturbados já garante que eventos desse tipo poderão acontecer. Quanto ao motivo, bem, os loucos ou paranóicos tendem a aderir à moda do momento e seus motivos declarados não devem ser levados tão a sério.
Eu não estou dizendo que seja por causa do "feminismo". Porém, tendo lido um artigo que declarou que a culpa era da "sociedade patriarcal", confesso que me irritou. Pois afinal, se a culpa fosse da "sociedade patriarcal", então pela lógica tais eventos seriam muito mais comuns nos anos 1950 do que hoje, quando a tal sociedade patriarcal estava no auge na América. Só que é o contrário: eram extremamente raros nessa época, e hoje acontecem a cada semana.
Tudo bem, não há uma causa única, mas seria demais imaginar que a desintegração da família, o aumento dos divórcios, a liberação sexual, a diversidade, e todos os problemas criados pelo radicalismo dos anos 60 (e que continua até hoje) não teriam nenhuma influência em tudo isso que vemos aí?
Eu não li a sua autobiografia, mas o Lion leu e publicou uns trechos. O jovem tinha pais divorciados que não deram muita bola para ele; uma família problemática, uma madrastra estúpida e um pai ausente; era bi-racial (asiático com europeu) e sentia-se conflituado por isso; era viciado em videogames. Etc, etc.
Por outro lado, o garoto tinha certamente problemas psicológicos profundos e, em algum momento, virou um monstro do egoísmo. Criticava a mãe por não ter tido um segundo casamento com um homem rico; culpava o pai por não ser um figurão maior de Hollywood em vez de gastar dinheiro em um documentário medíocre; criticava as mulheres loiras por "rejeitá-lo", como se ele tivesse direito a elas apenas por existir e dirigir um BMW.
O que sim acho que é parte do problema é essa mentalidade vitimista (gerada em parte pelo politicamente correto) em que todo mundo se vê como vítima inocente de um mundo injusto e cruel. Ele sofreu bullying, é verdade, e pode não ter tido uma vida ideal, mas quem é que teve? Comparado à maioria de nós, ele era um privilegiado, mesmo que não pudesse ver isso. Enfim, de forma alguma é um modelo para o que quer que seja.
Porém, o fato de que estejam acontecendo tiroteios com extrema freqüência, e quase sempre por homens jovens ou adolescentes perturbados e socialmente isolados, leva a pensar que existe algo de errado na sociedade que os leva a isso. Talvez num passado nem tão remoto, a religião ocuparia o vazio de suas vidas. Ou talvez ser virgem aos 22 anos não seria algo tão terrível, considerando que ser virgem até o casamento era comum para muitas pessoas. Ou talvez ele apenas se mataria, sem sentir a necessidade de levar junto outros consigo. Eu não sei, realmente. Sei que antes não acontecia, e agora acontece com assustadora freqüência, e isso é um sintoma de uma sociedade claramente doente. E dizer que é culpa das "armas" ou do "patriarcado" (ou, está certo, do "feminismo") é simplificar demais tudo.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Putinhas feministas, ou: Quantidade versus qualidade
Com vocês, as "Putinhas aborteiras", novo sucesso feminista-progressista nas paradas:
Nem vou comentar do conteúdo, bizarro além de propositalmente ofensivo, uma tentativa pobre e atrasada de imitar as "Pussy Riot" ou as "Femen", coisa tão batida que nem as feministas aguentam mais. Porém, se analisarmos apenas a música, o ritmo, a dança e as vestimentas das moças, enquanto elementos estéticos ou artísticos, dá uma tristeza imensa.
Um leitor abaixo observou que quantidade e qualidade são em geral opostos, e que com o aumento da quantidade de pessoas no mundo, a qualidade do que é produzido tende a piorar. É verdade: a grande mídia apela para o mais baixo denominador comum.
Esse não é apenas um problema do Brasil. Digo até que, em termos de lixo cultural, a TV brasileira não é muito pior do que a americana ou européia de hoje. (Existe uma TV de maior qualidade feita em canais exclusivos como HBO ou BBC, para um público um pouco mais seleto, mas é em quantidade infinitamente menor à maioria do lixo e "reality shows".)
Com a crescente "terceiromundização" do "primeiro-mundo" (acho, aliás, que esses termos estão completamente defasados e deveriam ser substituídos), somado ao emburrecimento progressivo da população, é provável que isso continue a piorar ainda mais.
Veja bem, as massas sempre foram ignorantes. Houve tempos em que o pessoal se divertia queimando gatos ou assistindo briga de gladiador.
Porém, por mais baixo que fosse o povo, havia ao menos uma busca da beleza por parte das elites e daqueles mais inteligentes. Hoje nem a elite procura mais a beleza, e a arte virou lixo, tanto que, vez por outra, surge alguma notícia sobre alguma faxineira que jogou fora uma "obra de arte" contemporânea. Ué, se foi confundida com lixo, então será que não seria mesmo lixo? Nenhuma faxineira jamais pensou em jogar fora a Vênus de Boticelli. Esse é o problema da arte moderna: quando Duchamp colocou um urinol no museu, ele achou que estava transformando o urinol em arte, mas na verdade estava, ao mesmo tempo, fazendo o contrário: transformando a arte em urinol. (Sobre esse assunto, assistam a "Por que a beleza importa", do Roger Scruton, aqui com legendas em português).
Mas a arte, moderna ou clássica, Bela ou anti-Bela, é um jogo para poucos. A cultura pop massiva é o que realmente influi na população.
Eu não sei se o gosto popular já foi melhor. Eu acho que foi. Vendo a lista dos vídeos mais populares do Youtube, não dá muita esperança. Gangnam Style em primeiro, e até o melhorzinho. Os outros são Justin Bieber, Miley Cyrus, Lady Gaga, e até (em décimo primeiro lugar) o brazuca Michel Teló.
Penso no Brasil: houve um tempo em que no morro fazia-se samba com letras românticas. Hoje faz-se funk. O que mudou? Não acho que foi o povo quem perdeu o bom-gosto, pois o povo apenas imita, mas a classe média e as elites.
Fico por aqui. Ainda não decidi o que fazer com o blog, mas contarei pra vocês, mas é que eu precisava compartilhar as "Putinhas aborteiras" (P. S. Achei mais divertida esta versão paródica que alguém fez; nos links há também um outro funk feminista que, acredito, seja paródico. Chama-se "Vou cortar sua pica".)
Divirtam-se, e até um outro dia, se Deus quiser.
Nem vou comentar do conteúdo, bizarro além de propositalmente ofensivo, uma tentativa pobre e atrasada de imitar as "Pussy Riot" ou as "Femen", coisa tão batida que nem as feministas aguentam mais. Porém, se analisarmos apenas a música, o ritmo, a dança e as vestimentas das moças, enquanto elementos estéticos ou artísticos, dá uma tristeza imensa.
Um leitor abaixo observou que quantidade e qualidade são em geral opostos, e que com o aumento da quantidade de pessoas no mundo, a qualidade do que é produzido tende a piorar. É verdade: a grande mídia apela para o mais baixo denominador comum.
Esse não é apenas um problema do Brasil. Digo até que, em termos de lixo cultural, a TV brasileira não é muito pior do que a americana ou européia de hoje. (Existe uma TV de maior qualidade feita em canais exclusivos como HBO ou BBC, para um público um pouco mais seleto, mas é em quantidade infinitamente menor à maioria do lixo e "reality shows".)
Com a crescente "terceiromundização" do "primeiro-mundo" (acho, aliás, que esses termos estão completamente defasados e deveriam ser substituídos), somado ao emburrecimento progressivo da população, é provável que isso continue a piorar ainda mais.
Veja bem, as massas sempre foram ignorantes. Houve tempos em que o pessoal se divertia queimando gatos ou assistindo briga de gladiador.
Porém, por mais baixo que fosse o povo, havia ao menos uma busca da beleza por parte das elites e daqueles mais inteligentes. Hoje nem a elite procura mais a beleza, e a arte virou lixo, tanto que, vez por outra, surge alguma notícia sobre alguma faxineira que jogou fora uma "obra de arte" contemporânea. Ué, se foi confundida com lixo, então será que não seria mesmo lixo? Nenhuma faxineira jamais pensou em jogar fora a Vênus de Boticelli. Esse é o problema da arte moderna: quando Duchamp colocou um urinol no museu, ele achou que estava transformando o urinol em arte, mas na verdade estava, ao mesmo tempo, fazendo o contrário: transformando a arte em urinol. (Sobre esse assunto, assistam a "Por que a beleza importa", do Roger Scruton, aqui com legendas em português).
Mas a arte, moderna ou clássica, Bela ou anti-Bela, é um jogo para poucos. A cultura pop massiva é o que realmente influi na população.
Eu não sei se o gosto popular já foi melhor. Eu acho que foi. Vendo a lista dos vídeos mais populares do Youtube, não dá muita esperança. Gangnam Style em primeiro, e até o melhorzinho. Os outros são Justin Bieber, Miley Cyrus, Lady Gaga, e até (em décimo primeiro lugar) o brazuca Michel Teló.
Penso no Brasil: houve um tempo em que no morro fazia-se samba com letras românticas. Hoje faz-se funk. O que mudou? Não acho que foi o povo quem perdeu o bom-gosto, pois o povo apenas imita, mas a classe média e as elites.
Fico por aqui. Ainda não decidi o que fazer com o blog, mas contarei pra vocês, mas é que eu precisava compartilhar as "Putinhas aborteiras" (P. S. Achei mais divertida esta versão paródica que alguém fez; nos links há também um outro funk feminista que, acredito, seja paródico. Chama-se "Vou cortar sua pica".)
Divirtam-se, e até um outro dia, se Deus quiser.
terça-feira, 13 de maio de 2014
A heróica mulher barbada contra o Putin do mal
Um homem barbudo vestido de mulher, e apelidado de Conchita Wurst (Conchita pode ser uma gíria para vagina, e Wurst significa salsicha em alemão) ganhou recentemente o concurso musical Eurovision. Não acompanho muito, mas parece que o concurso sempre foi uma celebração de tudo que é trash, kitsch e gay, portanto isso nem é tanta novidade.
De qualquer modo, chama a atenção o gosto da mídia internacional pelo grotesco cada vez maior -- e nós ainda temos que achar isso lindo ou emocionante. Provavelmente sempre houve gays ou pessoas de vida sexual alternativa no show business, mas precisa ser tudo tão exagerado e tão feio? A Miley Cyrus mostrando a língua e se esfregando em dançarinos no palco. O Justin Bieber grafitando. Agora uma suposta mulher de barba. E depois, o que mais irão inventar?
Aparentemente, a tal Conchita é apenas um personagem criado pelo cantor Tom Neuwirth, que provavelmente descobriu que hoje em dia fazer parte de uma "minoria", lutar contra a "homofobia" ou outra causa célebre e tentar ultrapassar os limites do bom gosto valem muito mais do que qualquer talento, real ou imaginário.
O que é curioso é que parece que o público, incentivado pelo apresentador, vaiou a Rússia durante a apresentação. Hoje a Rússia de Putin é acusada de ser uma tirania por tentar proibir a propaganda gay para menores, prender as vandaloucas do Pussy Riot e por ser talvez o único país do mundo (fora o mundo árabe e africano, mas esses são queridinhos da esquerda e não se pode criticar) onde o tal casamento gay ainda é tabu.
Putin é ainda acusado de interferir na Ucrânia; curiosamente, o fato de EUA e União Européia terem interferido anteriormente e apoiado um golpe contra o presidente anterior, jogando o país no caos, é considerado irrelevante. Chega a ser quase cômico que depois de bombardear Iraque, Líbia e Afeganistão, os EUA acusem a Rússia de "imperialismo".
Mas há quem ganhe com esse requentamento da "Guerra Fria" sob o eixo dos "direitos dos gays". Deve haver, ou não haveria tanta confusão com o destino da Ucrânia. Talvez tenha a ver com o controle sobre o gás que vem da Rússia e aquece a Europa, ou com as férteis terras ucranianas, não sei; mas desconfio que tem muito mais aí do que o mero descontentamento com a "homofobia" dos russos, ou uma preocupação sincera pelo povo da Ucrânia ou da Criméia (a qual, até bem pouco atrás, a maioria dos americanos e provavelmente até o Obama, nem sabia onde ficava no mapa).
Devo confessar que ultimamente até que tenho uma certa simpatia pelo Putin, embora pode ser que ele tampouco seja flor que se cheire (será que algum líder é?). Talvez seja apenas que nos últimos tempos, por puro reflexo, tudo o que a grande mídia é contra, eu tendo a ser automaticamente a favor. Mas talvez também seja um erro: conheço pouco sobre a Ucrânia para opinar mais do que estas poucas inúteis linhas.
Até mais, pessoal.
De qualquer modo, chama a atenção o gosto da mídia internacional pelo grotesco cada vez maior -- e nós ainda temos que achar isso lindo ou emocionante. Provavelmente sempre houve gays ou pessoas de vida sexual alternativa no show business, mas precisa ser tudo tão exagerado e tão feio? A Miley Cyrus mostrando a língua e se esfregando em dançarinos no palco. O Justin Bieber grafitando. Agora uma suposta mulher de barba. E depois, o que mais irão inventar?
Aparentemente, a tal Conchita é apenas um personagem criado pelo cantor Tom Neuwirth, que provavelmente descobriu que hoje em dia fazer parte de uma "minoria", lutar contra a "homofobia" ou outra causa célebre e tentar ultrapassar os limites do bom gosto valem muito mais do que qualquer talento, real ou imaginário.
O que é curioso é que parece que o público, incentivado pelo apresentador, vaiou a Rússia durante a apresentação. Hoje a Rússia de Putin é acusada de ser uma tirania por tentar proibir a propaganda gay para menores, prender as vandaloucas do Pussy Riot e por ser talvez o único país do mundo (fora o mundo árabe e africano, mas esses são queridinhos da esquerda e não se pode criticar) onde o tal casamento gay ainda é tabu.
Putin é ainda acusado de interferir na Ucrânia; curiosamente, o fato de EUA e União Européia terem interferido anteriormente e apoiado um golpe contra o presidente anterior, jogando o país no caos, é considerado irrelevante. Chega a ser quase cômico que depois de bombardear Iraque, Líbia e Afeganistão, os EUA acusem a Rússia de "imperialismo".
Mas há quem ganhe com esse requentamento da "Guerra Fria" sob o eixo dos "direitos dos gays". Deve haver, ou não haveria tanta confusão com o destino da Ucrânia. Talvez tenha a ver com o controle sobre o gás que vem da Rússia e aquece a Europa, ou com as férteis terras ucranianas, não sei; mas desconfio que tem muito mais aí do que o mero descontentamento com a "homofobia" dos russos, ou uma preocupação sincera pelo povo da Ucrânia ou da Criméia (a qual, até bem pouco atrás, a maioria dos americanos e provavelmente até o Obama, nem sabia onde ficava no mapa).
Devo confessar que ultimamente até que tenho uma certa simpatia pelo Putin, embora pode ser que ele tampouco seja flor que se cheire (será que algum líder é?). Talvez seja apenas que nos últimos tempos, por puro reflexo, tudo o que a grande mídia é contra, eu tendo a ser automaticamente a favor. Mas talvez também seja um erro: conheço pouco sobre a Ucrânia para opinar mais do que estas poucas inúteis linhas.
Até mais, pessoal.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Um país de selvagens
A triste história de Fabiane Maria de Jesus.
No Brasil há uma média de 3 a 4 linchamentos por semana.
Mas, todos sabemos, a culpa é da Rachel Sheherazade.
No Brasil há uma média de 3 a 4 linchamentos por semana.
Mas, todos sabemos, a culpa é da Rachel Sheherazade.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Um possível retorno (e a farsa do mundo continua)
Olá amiguinhos. Tem ainda alguém aí?
Quase um ano depois, estou aqui ainda tentando fazer um blog novo...
Agora finalmente o novo projeto está quase pronto, porém alguns outros inconvenientes pessoais interromperam o caminho.
No meio tempo, o mundo anda ficando cada vez mais ridículo, o que por vezes me faz sentir falta de ter um lugar onde postar artigos para rir dessa palhaçada toda. Por tanto, por ora, posto aqui mesmo.
No Brasil li que fazem uma bizarra campanha "anti-racismo" com bananas e surge um grupo identificado como g0ys. Sim, escrita com um zero em vez de um o, imagino que para não confundir com a palavra "goy" que para mim sempre significou o termo que alguns judeus usam para identificar os não-judeus. Esses g0ys são outra coisa: "homens que se relacionam entre si mas não se consideram gays", seja lá o que isso quer dizer. (No meu tempo, um mero trejeito das mãos já era sinal claro de viadagem). Entendo que existam homossexuais que agem de forma mais masculina, sem afinar a voz, mas de qualquer jeito, é esquisito.
Já nos EUA, o neo-sovietismo progressista segue a todo vapor. Depois da demissão de Brendan Eich, CEO do Mozilla e co-criador do Firefox por, hã, ter doado míseros 1,000 dólares para uma campanha perfeitamente legal de apoio ao casamento "tradicional" (isto é, à única forma de casamento conhecida por mais de três mil anos de história humana) e da demissão do CEO de outra empresa do Vale do Silício (Github) devido às reclamações de uma pseudo-feminista que tinha tido um bate-boca com a mulher desse mesmo CEO, agora a história da vez é a de Donald Sterling, bilionário judeu dono do time de basquete L.A. Clippers, acusado de "racismo" em uma clara armação.
Vejam vocês, Sterling é tão "racista" que tem uma amante metade negra e metade hispânica (e alguns dizem que também parte filipina), que comanda um time formado majoritariamente por negros. Porém, foi gravado ilegalmente pela própria amante (que seguia ordens do seu advogado, ou talvez de outros tubarões maiores) enquanto pedia a ela para não colocar fotos posando com atletas negros em seu Instagram.
A fofoca do dia é a seguinte: Sterling, que tem 80 anos e por mais Viagra que tome nem sempre pode dar conta do recado, não tinha problema em ter sua namoradinha transando com outros, até mesmo com negros. Porém, após ela ter postado uma foto agarrada em Magic Johnson (que, como todos sabem, tem AIDS há mais de vinte anos), alguns conhecidos de Sterling começaram a comentar. A amante, seguindo ordens do seu advogado, gravou uma conversa no qual tenta coagir o bilionário senil a falar palavras racistas, mas o máximo que conseguiu obter foi a informação de que em Israel tem racismo também.
Obviamente, o tal "racismo" é mera desculpa, tudo cheira a uma grande esquema realizado por alguns outros bilionários que querem por algum motivo ferrar com Sterling, ou tomar controle do seu time de basquete. Assim como na União Soviética, quando uma mera acusação podia mandar alguém para a Sibéria, a acusação de "racismo" ou "homofobia" ou "sexismo" pode acabar com a carreira de qualquer um nos EUA, até mesmo a de milionários ou bilionários. Não é estranho, então, que alguns poderosos estejam começando (começando) a usar isso como arma.
A única coisa estranha, mesmo, é que a maioria do povão leve mesmo a sério essas bobagens de acusações de "racismo" e "homofobia" e "sexismo", e ache que seja por isso mesmo que alguns figurões estão terminando na lama, e ainda aplauda de pé a perda da liberdade de expressão.
Fico por aqui, mas aguardem novidades, em breve. Ou não.
Abs.
Quase um ano depois, estou aqui ainda tentando fazer um blog novo...
Agora finalmente o novo projeto está quase pronto, porém alguns outros inconvenientes pessoais interromperam o caminho.
No meio tempo, o mundo anda ficando cada vez mais ridículo, o que por vezes me faz sentir falta de ter um lugar onde postar artigos para rir dessa palhaçada toda. Por tanto, por ora, posto aqui mesmo.
No Brasil li que fazem uma bizarra campanha "anti-racismo" com bananas e surge um grupo identificado como g0ys. Sim, escrita com um zero em vez de um o, imagino que para não confundir com a palavra "goy" que para mim sempre significou o termo que alguns judeus usam para identificar os não-judeus. Esses g0ys são outra coisa: "homens que se relacionam entre si mas não se consideram gays", seja lá o que isso quer dizer. (No meu tempo, um mero trejeito das mãos já era sinal claro de viadagem). Entendo que existam homossexuais que agem de forma mais masculina, sem afinar a voz, mas de qualquer jeito, é esquisito.
Já nos EUA, o neo-sovietismo progressista segue a todo vapor. Depois da demissão de Brendan Eich, CEO do Mozilla e co-criador do Firefox por, hã, ter doado míseros 1,000 dólares para uma campanha perfeitamente legal de apoio ao casamento "tradicional" (isto é, à única forma de casamento conhecida por mais de três mil anos de história humana) e da demissão do CEO de outra empresa do Vale do Silício (Github) devido às reclamações de uma pseudo-feminista que tinha tido um bate-boca com a mulher desse mesmo CEO, agora a história da vez é a de Donald Sterling, bilionário judeu dono do time de basquete L.A. Clippers, acusado de "racismo" em uma clara armação.
Vejam vocês, Sterling é tão "racista" que tem uma amante metade negra e metade hispânica (e alguns dizem que também parte filipina), que comanda um time formado majoritariamente por negros. Porém, foi gravado ilegalmente pela própria amante (que seguia ordens do seu advogado, ou talvez de outros tubarões maiores) enquanto pedia a ela para não colocar fotos posando com atletas negros em seu Instagram.
A fofoca do dia é a seguinte: Sterling, que tem 80 anos e por mais Viagra que tome nem sempre pode dar conta do recado, não tinha problema em ter sua namoradinha transando com outros, até mesmo com negros. Porém, após ela ter postado uma foto agarrada em Magic Johnson (que, como todos sabem, tem AIDS há mais de vinte anos), alguns conhecidos de Sterling começaram a comentar. A amante, seguindo ordens do seu advogado, gravou uma conversa no qual tenta coagir o bilionário senil a falar palavras racistas, mas o máximo que conseguiu obter foi a informação de que em Israel tem racismo também.
Obviamente, o tal "racismo" é mera desculpa, tudo cheira a uma grande esquema realizado por alguns outros bilionários que querem por algum motivo ferrar com Sterling, ou tomar controle do seu time de basquete. Assim como na União Soviética, quando uma mera acusação podia mandar alguém para a Sibéria, a acusação de "racismo" ou "homofobia" ou "sexismo" pode acabar com a carreira de qualquer um nos EUA, até mesmo a de milionários ou bilionários. Não é estranho, então, que alguns poderosos estejam começando (começando) a usar isso como arma.
A única coisa estranha, mesmo, é que a maioria do povão leve mesmo a sério essas bobagens de acusações de "racismo" e "homofobia" e "sexismo", e ache que seja por isso mesmo que alguns figurões estão terminando na lama, e ainda aplauda de pé a perda da liberdade de expressão.
Fico por aqui, mas aguardem novidades, em breve. Ou não.
Abs.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Obrigado aos leitores
Olá,
Agradeço aos leitores pelo prestígio durante todos esses anos em que o blog esteve ativo. Peço desculpas mas ultimamente não tive a menor inspiração para escrever aqui, e algumas outras mudanças em minha vida fizeram o resto.
Também confesso que não estava gostando muito do caminho pelo qual o blog estava indo, meio que um caminho sem volta em direção ao pessimismo, ao radicalismo e outros ismos.
É bem possível que volte a escrever, mas acho que se fizer será em outro blog e com outro nome. De qualquer forma, comunicarei por aqui.
Um abraço ao Chesterton e à Confetti, e a todos os outros.
X.
Agradeço aos leitores pelo prestígio durante todos esses anos em que o blog esteve ativo. Peço desculpas mas ultimamente não tive a menor inspiração para escrever aqui, e algumas outras mudanças em minha vida fizeram o resto.
Também confesso que não estava gostando muito do caminho pelo qual o blog estava indo, meio que um caminho sem volta em direção ao pessimismo, ao radicalismo e outros ismos.
É bem possível que volte a escrever, mas acho que se fizer será em outro blog e com outro nome. De qualquer forma, comunicarei por aqui.
Um abraço ao Chesterton e à Confetti, e a todos os outros.
X.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
A volta dos que não foram
Atualização: alguns perguntaram sobre versão digital do livro, haverá em breve.
Protestos no Brasil, protestos na Turquia, protestos na Bulgária, protestos, protestos. Mas protestos pelo quê? Nem os próprios manifestantes sabem, às vezes.
Porém, há uma nítida sensação de mal-estar no planeta, e a vaga ideia de que governos, organizações multinacionais, bilionários globalistas, grandes corporações, illuminati, _________________ (complete como quiser) estão de alguma forma transformando o mundo em algum lugar pior.
Bem, eu por enquanto ainda não tive tempo de parar e me dedicar a escrever sobre esse tema, mas, para quem tem saudade do blog, que tal comprarem o livro com os melhores posts e mais alguns textos inéditos, que agora está custando apenas 7 dólares na Amazon? Dois leitores já compraram, o que me rendeu a milionária cifra de 10 dólares. Se todos os 183 assinantes comprarem, eu ganharei a astronômica cifra de... 250 dólares. O que não é nada. Mas enfim. É só uma sugestão.
Mas não se preocupem, voltarei em breve, para desgosto dos bem-pensantes.
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