sábado, 6 de outubro de 2012

O que fazer no lugar do welfare?

Todo mundo está cansado de saber que o "welfare state", ou estado de bem-estar social, ou mais especificamente o sistema que permite que alguns não trabalhem enquanto outros pagam a conta, está falindo, ainda mais com a imigração aumentando absurdamente o número de dependentes. Na Europa, nos EUA, onde for. Simplesmente o dinheiro está acabando. Não dá mais!

A questão é: o que fazer no lugar do welfare state

Charles Murray, autor de "A Curva do Sino", que já foi citado mais de uma vez aqui, certa vez sugeriu uma idéia radical. Ele disse: em vez de gastar tanto dinheiro na infra-estrutura que sustenta educação, saúde, bolsa-família, bolsa-telefone, bolsa-isto, bolsa-aquilo, façamos apenas o seguinte: acabamos com toda essa parafernália burocrática de assistência, e vamos dar dez mil dólares anuais para cada cidadão americano maior de 21. No fim das contas, sai mais barato do que o welfare, e cada um gasta o dinheiro como quiser.

A idéia não era ruim, mas, lamentavelmente, é impraticável. A verdade é que, assim como nem todos sabem ganhar dinheiro, nem todos sabem gastar dinheiro: alguns usarão o dinheiro sabiamente investindo em educação, casa, saúde, aposentadoria, enquanto outros gastarão tudo em cachaça, acessórios pros carros e tênis Nike. E aí, os pobres que gastaram mal seu dinheiro vão estar ainda mais pobres, e de novo vão estar precisando de ajuda...

O blogueiro Half-Sigma tem uma idéia parecida: esse negócio de querer dar educação e saúde para os pobres é, no fundo, coisa de progressista de classe alta. Não, vamos dar aos pobres o que eles realmente querem. Em vez de dar educação, comida saudável e trabalho, coisas nas quais a maioria deles no fundo não estão tão interessados, vamos dar tênis e roupa de marca, ingresso para show de funk, cerveja barata e comida do MacDonald's. No fim das contas, sairia bem mais barato, e no fundo eles não gastam o que recebem nessas coisas mesmo? Bastaria então apenas eliminar o intermediário (a burocracia estatal), reduzindo custos, e todos estariam felizes. Não gosto da idéia, pois não ensina bons valores, mas seria uma economia.

Outra solução que li por aí, aparentemente baseada no que ocorria no sistema comunista, é colocar os ex-dependentes estatais para trabalhar: recolhendo lixo, limpando graffitti, tirando erva daninha dos gramados públicos, e toda uma série de trabalhos que no mínimo melhorariam visualmente a cidade. Sou bem simpático a essa idéia, que seria ainda melhor se aliada a ensinamentos de moral cristã. O problema com ela é que, mesmo sendo um trabalho braçal relativamente simples, muitas dessas pessoas das camadas mais baixas não estariam preparadas, resultando que alguns iriam preferir o crime ou a vagabundagem, ou simplesmente não seriam tão eficientes no trabalho, então não daria certo, salvo que vivêssemos em um sistema de semi-escravidão, ou num estado autoritário ao modelo soviético.

Se tais pessoas não são capazes de realizar trabalhos úteis com eficiência, outra solução seria a de pagá-las para realizar trabalho inúteis.Tipo: em troca do pagamento de subsistência, eles teriam que fazer um trabalho sem utilidade prática, como cavar buracos e logo depois tapá-los (Half-Sigma sugere que sejam pagos para jogar videogame, mas eu discordo). Embora pareça uma coisa estúpida, acho que a idéia tem o seu gênio: a) ocupa o tempo dos marginais, reduzindo o crime (mãos ociosas são a oficina do Diabo); b) após oito horas cavando, os sujeitos estariam demasiado cansados para ficar fazendo baderna ou filhos, o que diminuiria o crime e a confusão nas cidades, além de reduzir a natalidade; c) o trabalho, ainda que sem utilidade prática direta, ao menos ensina valores e dá caráter; d) a vantagem de ser um trabalho inútil é que não importa se eles são ineficientes ou estúpidos: o importante apenas é ocupar o tempo e fazer com que valorizem o salário, obtido então em troca de trabalho duro e não da mera existência. Talvez seja uma solução.

Uma idéia mais radical seria a bolsa-esterilização, ou bolsa-sem-família: isto é, fazer o contrário do que faz o bolsa-família, e pagar aos pobres para que não tenham filhos. Alguns se escandalizam, mas, se for voluntária, qual o problema? A verdade é que hoje em dia os pobres têm mesmo muitos filhos, e os ricos, poucos, e, se não quisermos que no futuro todos sejam pobres, é melhor controlar isso mesmo. Essa idéia tem a vantagem de reduzir também o aborto, pois com a ligadura de trompas ou vasectomia não há a geração da criança.

A última opção? Bem, a última opção, e provavelmente a que acontecerá, é esperar que o sistema estoure, e aí, quando tudo for pro brejo, é cada um por si e salve-se quem puder.


6 comentários:

Chesterton disse...

Talvez esse seja o post mais importante que você já tenha feito.

autor desconhecido disse...

A coisa mais importante
PLANEJAMENTO FAMILIAR e isso consiste sim em esterilização,
esterilização voluntária não sei se irá funcionar plenamente pq muita gente realmente acha que faz um favor parindo meia dúzia.
No mais, uma das razões para a diminuição da pobreza nos países europeus e recentemente nos países asiáticos
a queda da fecundidade

A maioria dos pobres (isto inclui não somente classe social) ficariam muito mais felizes se não tivessem filhos, é evidente que a maioria não consegue constituir uma boa família...
Não estaremos matando, roubando ou estuprando...
pelo contrário, estaremos contribuindo pra reduzir consideravelmente a pobreza, a desigualdade social, o crime a cultura deletéria.

Davi disse...

Todos nós aqui sabemos qual é a verdadeira solução para impedir que os países civilizados da terra voltem para as cavernas ou virem um Brasil da vida, voltar a fazer o que era feito até os anos 1960, ou seja colocar aquele pobre povo primitivo que até não tem culpa de ser o que é e muito menos de estar aí, visto que foram para a América a força, em seu devido lugar, não é necessario maltrata-los, basta que sejam mantidos sob controle.
Outra parte da solução é impedir de uma vez por todas a imigração e tocar para seus paises miseraveis boa parte dos imigrantes (uns 90%)

Rovison disse...

É isso aí, Davi, concordo plenamente contigo.

Chesterton disse...

Davi é o Davi? Ou o Rovi? O Brasil está ficando velho antes de ficar rico, a populaçãos e estabilizou e parece que vai começar a encolher. Precisamos de gente. Para trabalhar, não para coçcar o saco.

Castro disse...

Eu quero muito viver os proximos 50 anos pra ver o que vai acontecer!

Nunca tantos povos e raças viveram com tanta informação antes e a diversidade nunca foi tão forte

Os proximos 50 anos vão ser interessantes!