sábado, 19 de dezembro de 2009

Ecologistas-melancia

Adoro a Europa, onde estou neste exato momento, mas lamentavelmente é o continente onde a ideologia progreçista e globalista calou mais fundo. Há algum tempo, o Fábio Marton falou que faltava uma tradução exata para a palavra patronizing. Só assim, como patronizing, pode ser compreendido o recente evento em Copenhague em que Chávez e Mugabe foram ovacionados por políticos e empresários europeus. Os megaloditadores criticaram violentamente o capitalismo, ao mesmo tempo em que exigiram milhões de dólares de ajuda dos países ricos capitalistas (dissonância cognitiva pouca é bobagem).

Ora, os europeus são espertos para jamais elegerem um tipo como Chávez em seus países. Porém, acham engraçado quando os macaquitos elegem um, e o aplaudem quando realiza políticas que jamais permiritiam em seus próprios países, mesmo na União Socialista Européia de hoje.

Mas o ecologismo é o novo socialismo. Se os socialistas latinoamericanos são insuportáveis, ainda piores são os socialistas do primeiro mundo, membros da elite globalista que utiliza a mentira da "aquecimento global" para tentar controlar o planeta. (Aliás, qual aquecimento? Aqui na Europa está nevando pra caramba, tanto que estou refugiado blogando em vez de passear).

Agora já teve ter ficado bastante claro, mesmo para a maior toupeira, que o que está por trás do "aquecimento global" nada mais é do que um esquema bilionário de transferência de riquezas. Perceba que ninguém nem ao menos disfarça. Ninguém fala em preservação: todos falam apenas em dinheiro. Obama já está prometendo 100 bilhões de dólares anuais aos "países subdesenvolvidos" - que, acredite, incluem a China. Ou seja, os EUA, que já estão devendo até as cuecas, vão pegar emprestado mais 100 bilhões dos chineses, para dá-los... aos chineses.

(Que papel joga a China no globalismo? Hum.)

No mais, esta é a era dos ecologistas-melancia, verdes por fora, vermelhos por dentro. Ou, como li em uma frase por aí:

The trouble with the greens is that they are too yellow to confess they are really red.

2 comentários:

Henrique Lima disse...

Os países em desnvolvimento querem ser ricos para dar as cartas e pobres para não pôr a mão no bolso!

A Europa é exatamente aquilo que Ortega y Gasset viu e previu. No mais, vou desligar a geladeira para proteger a camada de ozônio!

Chesterton disse...

Era para embarcar hoje para NY. Basta uma conferencia sobre aquecimento ocorrer que tempestades frias acabam com a festa.