quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Multas reduzem acidentes?
Um recente estudo nos informa que novas leis banindo o uso do aparelho celular no carro não reduziram em nada o número de acidentes em vários estados americanos. Será que utilizar o celular não é assim tão perigoso, ou que a polícia simplesmente não está fiscalizando o suficiente? (Detalhe: falar ao telefone com bluetooth ou fone de ouvido, embora em geral permitido, distrai igualmente, tanto quanto segurar o telefone com a mão; mas há muitas outras atividades que também podem distrair tanto quanto telefones, como mudar a estação de rádio, olhar para o GPS, discutir com o companheiro do lado, etc, e que no entanto não são reguladas por lei.)
É claro que o uso do celular é uma questão menor. O que dizer de atitudes mais graves, como ir além da velocidade permitida, ou dirigir embriagado? Com a curiosidade atiçada, fui verificar os dados sobre a recente "lei seca" no Brasil, instituída em 2008. Para minha surpresa, descobri que ela não reduziu o número de mortes em acidentes de trânsito, ou, melhor: reduziu-os um pouco durante o primeiro ano, mas depois os números em quase todas as capitais voltaram ao seu nível "normal".
O que poderia significar isso? Que a lei relaxou, ou que as pessoas relaxaram? Que a polícia passou a ser menos eficiente, ou que, após o susto tomado pelo surgimento de uma lei mais rígida, as pessoas se habituaram ao "novo normal", e passaram novamente a beber e dirigir, embora o preço a pagar fosse maior? A segunda alternativa é possível, condiz com o comportamento humano observado em outras instâncias. Mas a primeira opção não pode ser descartada enquanto não tivermos outros dados. Por exemplo, alguns observam que, nesse mesmo período de três anos, o número geral de automóveis circulando nas estradas aumentou. Outros observam como as redes sociais passaram a ser utilizadas para identificar onde estão ocorrendo as blitze, e evitá-las.
Se não existissem multas de trânsito de qualquer tipo, será que o número de acidentes aumentaria ou permaneceria igual? Na Alemanha, em muitas estradas não há limite de velocidade; o país tem menor número de acidentes mortais do que muitos outros.
Ninguém quer ter acidentes, afinal danificam a propriedade ou a vida da pessoa. Naturalmente, portanto, mesmo sem qualquer tipo de multa, a probabilidade é que os acidentes jamais passem de um certo patamar. Porém, todos sabemos que existe um número -- por ora indeterminado -- de motoristas imprudentes, agressivos, desrespeitosos, imbecis, em suma, barbeiros filhos da puta. Eles são os responsáveis por 90% dos acidentes e, como parecem imunes a qualquer tipo de punição, os acidentes continuam a acontecer.
Alguns falam em educação como meio alternativo de redução de acidentes. Pode ser. Porém, como educar toda uma população? Uma questão curiosa é a da faixa de segurança, sobre a qual sempre há campanhas educativas, as quais no entanto não parecem surtir muito efeito. Parar ou não à sua frente para permitir a passagem de pedestres parece ser algo cultural, relativo ao caráter de um povo, independente do país ser de Primeiro ou Terceiro Mundo. Na Espanha, recentemente, observei que quase todos páram. Na França e na Itália, te atropelam. Nos EUA tendem a parar. Ouvi dizer uma vez que em Brasília uma campanha educativa teria conseguido o milagre de fazer motoristas brasileiros se deterem à frente da faixa, mas talvez sejam só boatos.
Multas reduzem acidentes? E, se não reduzem, mas são apenas meios para aumentar a caixinha do Estado, então qual seria o melhor meio para reduzi-los?
terça-feira, 24 de junho de 2008
Tinha que ser mulher ao volante!
Un estudio del Centro de Experimentación y Seguridad Vial (Cesvi) reveló que los conductores hombres son más peligrosos y agresivos que las mujeres, al participar en más del 96 por ciento de los accidentes en rutas, lo que se debe a que ellas son más pacientes y cumplen más las normas de tránsito.
Sobre un relevamiento de unos cinco mil accidentes graves en rutas, se determinó que los hombres concentran el 96,8 por ciento, mientras que en el caso de autopistas la participación femenina sólo asciende al 15 por ciento.
La cifra, de todos modos, se ve influida por la mayor cantidad conductores masculinos que constituyen las tres cuartas partes del total de automovilistas, además de que los choferes profesionales son casi todos hombres y provocan un tercio de los choques.
No obstante, si se calcula la participación femenina en los accidentes de acuerdo a la cantidad de mujeres con licencia de conducir, la tendencia se mantiene: sólo están involucradas en el 28,4 por ciento de los choques, mientras los varones superan el 70 por ciento, lo que los especialistas atribuyen a que son más agresivos al volante.
A investigação baseou-se na Argentina, mas não há razão para supor que seus resultados não sejam universais. Os homens são mesmo mais imprudentes.
(Um país no qual as mulheres causam zero por cento de acidentes é a Arábia Saudita, onde as mulheres são proibidas de dirigir, afinal assim ordenava Maomé no Corão.)