quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lixowood II: Star Wars

Pediram-me que escrevesse sobre os estupros e assédios ocorridos na cidade alemâ de Colônia, mas escrever o quê? O que esperavam que acontecesse ao deixarem entrar centenas de milhares de bárbaros muçulmanos sem qualquer critério, e ainda por cima desse povo que abertamente acha que os alemães são uns nojentos comedores de carne de porco? Alguns vêem com esperança o fato de que estejam ocorrendo ataques contra imigrantes em supostas reações nacionalistas, mas ora, isto também é o esperado e o desejado pelas elites, elas querem mesmo ver o circo pegar fogo.

Então nem vou falar disso, mas sim de Star Wars. Mas, como talvez tenha alguns "spoilers" para quem não viu, segue depois do link.

Admita, o filme é bem fraco. Não chega a ser horrível, que digamos, mas não é tampouco bom. Nem é uma continuação, mas um remake piorado do episódio original.

Tem uma "estrela da morte" (só que maior e mais potente), um "Imperador", só que com outro nome (e maior também) - será que eles acharam que tornando tudo maior em tamanho conseguiriam enganar o espectador?  Bem, o pior é que conseguiram mesmo. "Ninguém jamais perdeu dinheiro subestimando a inteligência do público americano."

Tem um novo Império, que agora se chama "Primeira Ordem" e utiliza uma bandeira nazista, tem os Rebeldes, que agora se chamam "Resistência", enfim, tudo um lixo reciclado sem qualquer explicação do que aconteceu (ou mais bem deixou de acontecer) durante os 30 anos passados. 

A única diferença é que os personagens principais são um negro e uma mulher, com um hispânico como secundário. Diversidade (e não uma boa história) é que é o importante, não é mesmo?

Bem, a moça logo friendzona o negão, portanto aqueles preocupados com a miscigenação não precisam temer, e o personagem do negro é meio patético e, eu diria até, um estereótipo racista. Se não, vejam: o negro não é um dos mais temíveis guerreiros Stormtroopers, mas (descobrimos depois) um mero faxineiro do Império, digo da Ordem, e, pelo menos pelo visto no primeiro filme, não é nem muito corajoso nem muito esperto.

A moça, ao contrário, como boa feminista, é expert em pilotar naves espaciais, em artes marciais e até em utilizar um sabre de luz, tudo sem o menor treinamento ou conhecimento. 

O vilão é patético, um jovem "rebelde sem calça" que não assusta ninguém.

Os personagens originais são super mal aproveitados e quase não aparecem, com exceção de Han Solo, que morre de maneira ridícula e desnecessária.

O filme todo parece orientado para crianças e adolescentes. Até aí, nada de mais, o filme original também era orientado para esse mercado. Mas a história, embora filmada e produzida com competênciam é tola, cheia de furos, e sem a menor imaginação. (Nota: nunca vi as "prequels" dos episódios I, II e III, portanto não posso comparar; talvez a boa recepção a este filme seja por ter feito esquecer esta trilogia)

De uns anos pra cá, Hollywood começou a fazer isso: não apenas reciclar personagens, como histórias. A primeira vez que notei isso foi com uma nova versão do "Homem Aranha" que surgiu apenas alguns anos depois da anterior, e repetia mais ou menos a mesma trama de origem do personagem, só que com outro ator. "Jurassic World" é, também, uma espécie de remake de "Jurassic Park" só que com um tiranossauro maior.  Agora estão anunciando "Independence Day 2", que deve ser um novo lixo reciclado, pois já o original era muito ruim.

Houve um tempo, lá pelos anos 60 e 70, em que Hollywood ainda se interessava em fazer filmes para adultos. "O poderoso chefão", os filmes do Scorsese, entre outros. Mas hoje o cinema se infantilizou. Quase só saem filmes de super herói ou, então, dramas tolos e previsíveis.

O público, no entanto, está comprando. Por quê?

Será que estamos assistindo a um retorno do paganismo? Os antigos gregos também contavam e recontavam diversas versões de histórias de seus deuses e semideuses. Será que Star Wars, Harry Potter e similares viraram um tipo de mitologia para nerds ateus? Acho que poderia ser válido um estudo a respeito.

Eu não sei, alguns dirão que não é o cinema que piorou, que somos nós que estamos ficando velhos e cínicos.

Sim, pode ser, eu com certeza estou e quase não vou mais ao cinema, mas, revendo filmes antigos, noto que em grande parte pareciam mesmo ter mais personalidade. Podiam não ser muito bons tecnicamente, mas não tratavam o público necessariamente como um otário.

Talvez o assustador mesmo seja isso: que o que a elite que nos controla quer é apenas encher o planeta inteiro com uma massa enorme e ignóbil de pessoas de baixos instintos e baixo QI, mas não com um objetivo maligno e maquiavélico digno de vilões de Star Wars, mas simplesmente com o objetivo de ganhar bilhões de dólares vendendo ingressos para filmes tolos, brinquedos, maclanches e outras porcarias.

O mundo ocidental destruído, não por glória, ambição, ódio ou poder, mas simplesmente para criar um público cativo consumidor de lixo.


10 comentários:

Mr X disse...

"Os figurantes também são muito mais diversos, com caçadoras de recompensas e pilotos mulheres, comandantes asiáticos na Resistência, oficiais negras, sem forçação de barra, tudo de uma maneira muito natural, que reflete a diversidade de um mundo globalizado e misturado como o nosso.

Nada disso é por acaso, claro, e revela uma intenção ativa do diretor J.J. Abrams e da produtora Kathleen Kennedy, ambos preocupados em criar um universo que represente melhor a diversidade do mundo real.

E os haters que ainda não entenderam isso podem derramar suas lágrimas no Twitter à vontade, enquanto perdem o bonde da história."

http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2015/12/18/por-que-ter-uma-heroina-mulher-em-star-wars-o-despertar-da-forca-importa.htm

Como é que eu faço para descer do "bonde da história"?

Fábio disse...

Tudo depende de uma palavra: mercado.

Ter uma heroína pseudo-feminista funciona se - e somente se - existir tanta mulher nerd no mundo que sustente a franquia Star Wars, não para hoje, mas para o futuro. Se for apenas para ter uma Jedi no panteão, então é preferível assistir Jogos Vorazes, que é uma história completamente nova, para um século novo.

DD disse...

Bem, primeiro Hollywood destruiu indústrias cinematográficas importantes como as do Japão, da Alemanha, da Itália, do Reino Unido, do México, além de ter debilitado bastante o cinema francês (que sobrevive de modo artificial). Além deste, ainda há indústria cinematográfica na Índia e no Paquistão, mas se trata de um fenômeno puramente regional.

Desde pequenos, os espectadores de filmes são acostumados a um certo tipo de andamento, um certo tipo de diálogo, uma certa modalidade de desfecho. Quando adultos, dificilmente procurarão algo diferente.

Depois de dizimar todas as outras indústrias de cinema, Hollywood nos brinda com a sua visão de diversidade. Qual diversidade?

O bonde da história é, em primeiro lugar, monoglota.

Mr X disse...

DD,

ótimo comentário. Sim, uma das histórias não contadas deste século, e em especial das últimas décadas, é a da total e completa dominação de Hollywood. Os países europeus e asiáticos costumavam ter bons filmes. Até os anos 60, tínhamos ainda uma produção razoável de filmes B nesses países, além de alguns diretores geniais como Bergman, Ozu, Fellini, etc. O que aconteceu com tudo isso?

Certamente não foi coincidência, mas algo programado com este mesmo fim. Para ter um governo global, é primeiro preciso uma monocultura global.

Hoje não existe mais nada, é um panorama desolador. Até o pouco que restou do cinema europeu tenta copiar o pior de Hollywood. Mesmo nos EUA, gerou-se uma categoria separada e marginalizada de cineastas "independentes", que são os únicos que fazem alguns filmes um pouco fora do padrão. O resto são os blockbusters cada vez mais orientados para adolescentes sem memória.

Não que esses filmes não possam ter também um lugar, como sempre tiveram. Mas eu prefiro a diversidade dos vários cinemas mundiais do que a "diversidade" fake de Hollywood.

Mr X disse...

Fábio,

Eu não sei, acho que existem várias mulheres nerds, ou ao menos fãs de Star Wars. Não achei a personagem Rey de todo ruim. O que não sei é se os garotos, que são e serão sempre a maioria de espectadores vão achar sempre tão interessante assistir às aventuras de uma garota, ainda mais com os futuros romances que certamente virão.

Por outro lado, s saga Alien funcionou bem tendo a tenente Ripley como principal. E não tinha romance, nem mesmo lésbico.

Ainda assim, acho que o futuro de Star Wars dependerá de atores brancos carismáticos, o que por ora não tem no filme. Achei o Kylo bem ruim, ao menos como vilão. Tem o tal Oscar Isaac, om guatemalteco quase branco, mas ele tinha um papel relativamente menor, talvez aumente nas próximas edições.

Não sei: não penso assistir. Para mim Star Wars agora virou uma série tipo Harry Potter, que você assiste, até se diverte, mas cinco minutos depois esquece quase toda a história do filme.

Alguém disse que mais do que filmes estas produções de hoje são como uma montanha russa em um parque temático, no qual você já sabe todo o trajeto, e eu acho que é por aí mesmo o caminho.

Fábio disse...

Sem ter medo de parecer machista, eu te digo: filmes nerds com heroínas pseudo-feministas não agradam ao público masculino. Aquelas mulheres que cativaram a ambos os públicos foram aquelas que se universalizaram - como a própria Ripley, cujo personagem, se fosse um homem, teria agido da mesma forma (assim como a moça da série Resident Evil, andrógina em sua essência).

Quanto ao Star Wars, está dando certo por um motivo: é Star Wars. Ponto. Não levou, contudo, indicações grandiosas para o Oscar, que em essência é a mesma premiação masculinizada de sempre ("Carol", o romance lésbico politicamente corretíssimo, passou longe da indicação).

Mr X disse...

É mesmo, a única que eu gosto é a Ripley. Acho que porque ela é mais crível (diz-se assim?) do que as heroínas atuais que fazem tudo, desde pilotar uma nave a lutar contra homens duas vezes o tamanho. Tudo, menos pilotar o fogão.

AF disse...

Creio que toda essa decadência Ocidental se reflete nas séries, filmes, animes, desde coisas que mal conhecemos até clássicos como Star Wars.

Já tivemos personagens gays nas séries da Marvel e filmes cada vez mais promovendo o politicamente correto, então, nem surpreende coisas assim não.

Até nos vídeo games isso está acontecendo: quem curte a série Megaman X, sabe o quanto essa série é clássica e teve uma boa história, conquistou fãs, teve tantas aventuras, uma trilha sonora muito boa e personagens como o Zero que doavam a vida para salvar o mundo de forma épica, mas com essa decadência Ocidental, nem o próprio Megaman X escapou e em um jogo (Megaman Zero) ele acabou morrendo de forma patética nas mãos de um robô gay chamado Elpizo.

Se você curte Megaman X, não recomendo que veja o vídeo dele morrendo de forma patética nas mãos de uma bicha de um robô, é gráfico: https://www.youtube.com/watch?v=wKlTLc0ulV0&t=0m42s

:(

direita disse...

Engraçado o fenotipo do hipânico ;ora se assemelha a um italiano , ora se assemelha a um arabe saido de dentro de uma caverna qualquer .

Anônimo disse...

" sem forçação de barra, tudo de uma maneira muito natural, que reflete a diversidade de um mundo globalizado e misturado como o nosso.

Nada disso é por acaso, claro, e revela uma intenção ativa do diretor J.J. Abrams e da produtora Kathleen Kennedy, ambos preocupados em criar um universo que represente melhor a diversidade do mundo real."

Agora países brancos é = a mundo ...desconheço toda esta diversidade e globalização fora desse "mundo".