segunda-feira, 12 de julho de 2010

O fim da era espacial

Um longo artigo (em inglês) no Brussels Journal fala sobre a decadência do programa espacial americano, que levou o homem à Lua e prometia levá-lo a Marte, mas que tem agora a maioria de seus projetos cortados por Obama, e cujo objetivo principal, nas palavras do atual diretor da NASA, é "aumentar a auto-estima dos muçulmanos". Longe das glórias passadas, a NASA virou agência de relações públicas e cabide de empregos multicultural.



Os motivos para a decadência, discutidos no artigo, são vários. Um deles é certamente o fim da corrida armamentista e tecnológica contra a finada União Soviética. Porém, por si este só não é um motivo suficiente: a China hoje está anunciando várias ambiciosas missões espaciais. Não poderiam os EUA competir contra o colosso asiático? 

Os outros dois motivos obervados pelo autor são mais curiosos e interessantes. Um deles é o crescimento cada vez maior do welfare-state. Com tanto dinheiro público sendo transferido para imigrantes, viciados, desocupados, "minorias oprimidas" e "saúde pública e gratuita para todos", sobra pouco para programas mais ambiciosos. Mas não é uma questão apenas financeira, é também uma questão ideológica. Quantas vezes não ouvimos a frase, "para que explorar o espaço sideral quando temos tantos problemas sociais mais graves para resolver na Terra?"

A pergunta institui uma falsa dicotomia. Em primeiro lugar, uma coisa não impede a outra. Em segundo lugar, os problemas sociais da Terra não serão resolvidos nem hoje nem amanhã, por mais bilhões de dinheiro que se desperdice, enquanto viajar para Marte é um objetivo concreto que poderia ser conseguido. Em terceiro lugar, a exploração espacial não é motivada apenas por vaidade, podendo ter motivos econômicos como a mineração ou a obtenção de energia.

Outro motivo alegado pelo autor do artigo seria a feminização do Ocidente. Dizem alguns que, por razões biológicas, as mulheres preferem a segurança e os homens a aventura. Deixando de lado essas teorias meio esquemáticas, é verdade que quem gosta de brincar com foguetes e naves espaciais, em geral, são os meninos. As meninas gostam de brincar de boneca e de casinha.

Essa observação, aplicada à sociedade atual, explicaria o crescimento do welfare-state (brincar de boneca e casinha) e o fim do programa espacial (brincar com naves espaciais). Seja ou não a tal feminização a causa, explicação simplista na minha opinião, é certo que vivemos em uma sociedade que prefere a segurança e a (busca da) igualdade à liberdade e à aventura.

Um pequeno passo atrás para os EUA, um grande passo atrás para a humanidade.


Atualização: Nos comentários, Bruno e Sandra oferecem um ponto de vista diferente e mais otimista: poderia ser o fim da exploração estatal do espaço, e o começo da iniciativa privada explorando o Universo.

E por falar em viagens espaciais, vou fazer um passeio em Saturno, portanto o blog deve parar por alguns dias. Até.

74 comentários:

Anônimo disse...

Dizem que a principal função das missões dos ônibus espaciais era o abastecimento dos satélites espiões. Um satélite comum costuma ter uma órbita definida e sua propulsão é utilizada apenas para corrigir desvios da órbita, assim o combustível é suficiente para cerca de 10 anos de operação. O satélite espião mudaria de órbita freqüentemente e teria de ser reabastecido a cada 2 ou 3 anos. Sendo isto verdade, é um tiro no pé.
Daniel

Augusto Nascimento disse...

Acho que há vários problemas com essa visão:
1) O programa tripulado americano está em má situação há muito tempo. O homem chegou à Lua em 1969, o programa tripulado não deu mais NENHUM passo novo desde então. Atribuir isso à feminização da Sociedade (Nixon, que cortou o orçamento depois da Apollo 11 não era exatamente feminista) é brincar demais com a ordem dos fatos. Os dois presidentes de nome Bush (nenhum deles feminista) prometeram iniciar a volta do homem à Lua, mas nada foi feito. O ônibus espacial teve sua prazo de validade ultrapassado sem que aparecesse uma alternativa ainda durante os anos de Bush Jr. Conseguir mandar um homem a Marte seria um projeto caríssimo e de longo prazo, mandar um homem à Lua de novo já seria um projeto caríssimo e de longo prazo. Não há nada que uma única administração possa fazer para reverter o atraso do programa tripulado, que foi acumulado nos últimos 41 anos.
2) O programa tripulado é um programa de prestígio que perdeu sua razão de ser com o Fim da Guerra Fria. Não há nenhum objetivo legítimo que não possa ser atingido por naves não-tripuladas. Os chineses estão atrás de um programa de prestígio que a América copncluiu com sucesso quarenta e um anos atrás, isso é uma medida do atraso deles, não do avanço. Só uma sede de sangue, um desejo incontrolado por uma nova Challanger ou um uma nova Columbia explicaria colocar o programa tripulado a todo vapor de novo quando a NASA nem sequer tem o substituto do Ônibus Espacial pronto.
3) As últimas duas administrações já gastaram o dinheiro que as futuras gerações ainda nem ganharam. Júlio de Castilhos ensinou que é necessário manter um orçamento equilibrado. Não há nenhuma razão para acrescentar ao Welfare, ao Corporate Welfare, ao maior orçamento militar do Mundo um novo programa estúpido, cientificamente inútil e militarmente inócuo.
4) O que o autor do texto do Brussels Journal chama de feminização talvez devesse ser chamado de civilização. O abandono de empresas aventureiras moralmente equivocadas e/ou dissipadoras de recursos como guerras de agressão, opressão colonial, escravidão (que alguns reputariam masculinas) e sua substituição por programas que melhorem a vida dos trabalhadores ("incorporar o Proletário à Sociedade") é um dos traços mais característicos de uma sociedade a se civilizar. Sinceramente, não imagino o que leva uma pessoa a formar um estereótipo da masculinidade baseado no desperdício de recursos materiais e humanos, na negligência no dever para com outros seres humanos ("viver para outrem") e na busca de prestígio custe o que custar. Talvez o articulista do Journal devesse conversar com um analista sobre os sentimentos dele para com o pai.

Chesterton disse...

http://i.imgur.com/Norrm.gif

complexo de inferioridade

Anônimo disse...

..e Woland, escreve: Calma lá. Custa muita grana colocar os caras lá em cima. lembro-me que, numa conversa com amigos, brincávamos sobre o programa aeroespacial do Paraguai, que mataria todos os paraguaios de fome mas eles chegariam lá ! Na Lua ! Só o PIB da NASA era maior que o do Paraguai... HA ! Ir à Marte... americano só tem cara de bobo. Mesmo voltar à Lua. Parecem que estão a retirar os onibus espaciais e voltar os foguetes. Sinal de economia...Já que os onibus já estão velhos e perigosos. E não ecomnomizaram tanto assim em relação aos foguetes. E, até hoje, o veículo espacial mais potente projetado pelo ser humano foi o Saturno 5. Aí, o segredo... para se livrar da Terra, de sua gravidade, só um foguetão mesmo ! Não acredito em fim da era espacial até porque NÓS não podemos parar. É da Humanidade. O que está chegando até esse cantinho esquecido na perifeira da galáxia Via-láctea( acho a história tão bonita... gregos, não ?), as " notícias " do Universo, é que ele é dificil pacas de ser conquistado ! Dustâncias SÃO enormes ! E ele está se expandindo, caramba ! Bom, enquanto nós estamos, aqui, em Pindorama, discutimos 2014 e 2016, os americanos, japoneses, chineses, russos, europeus( franceses, ingleses e alemães principalmente ) estão pensando, sim, em serem os bãbãbãs dos espaço. Diria, uma recuada estratégica americana, já que a crise tirou grana de circulação e a NASA vai junto mas ela tem projetos fantásticos como o estudo detalhado do Universo. Já viram ? Caramba... O treco é grande pacas... Dificil de mensurar. Pô, a Lua parece tão pertinho da gente... Tem galáxia doidona por aí voando a 1 milhão de quilometros por hora... UAL !

|3run0 disse...

X, eu pensei que vc fosse gostar do programa espacial do Obama! Fora as bobagems sobre aumentar a autoestima alheia, o que o Obama e o Bolden (o chefe da Nasa) fizeram foi a reformulação mais significativa e ´market-oriented´ do programa espacial americano desde sua criação.

A ideia é trasformar o acesso à orbita terrestre baixa em um mercado comercial normal, e focar a NASA na tecnologia (e, em particular, em tecnologias distuptivas) para ir além, para asteroides, a lua ou marte.

A alternativa, encarnada pelo programa Constelation, era repetir o programa Apollo, com praticamente a mesma tecnologia, e sair fincando banedeiras em corpos celestes vários. E mesmo isto era impossível no prazo e orçãmento disponíveis.

De fato, qualquer um com instintos mais austriacos ou chicagoenses não pode deixar de ficar feliz com a comparação entre os bilhões e 5 anos gastos pela NASA em um foguete usando tecnologia do onibus espacial (o Ares 1), que só resultou até agora em um teste suborbital meio fajuto; e as centenas de milhões utilizados pela SpaceX (uma empresa privada) para projetar, construir e lançar com sucesso um foguete equivalente (o Falcon 9).

A situação é comparável, alias, com o dinheiro que o governo federal americano gastou com os experimentos do Langley (que não resultaram em um avião funcional), e os sucessos muito mais em conta dos irmão Wright e do Santos Dumont.

Klauss disse...

"Quantas vezes não ouvimos a frase, "para que explorar o espaço sideral quando temos tantos problemas sociais mais graves para resolver na Terra?"

A pergunta institui uma falsa dicotomia."

Falsas dicotomias são as coisas que mais existem hoje em dia. Fé x Razão, Corpo x Mente, predestinação x livre arbítrio e eu, como artista, vejo muito o falso dilema da "arte comercial" x "arte autêntica".

No fim são todas amarras mentais impostas pelo próprio pensamento que, sempre tido como sinônimo de inteligência, passa a ser justamente o carrasco da inteligência. O que confirma o ditado de que "de pensar morreu um burro".

Infelizmente hoje já se acredita mais no que se houve falar do que no que se vê. E daí vem caras como esse Augusto Nascimento que não entendem o que está escrito, e ficam dizendo boagens em cima de erros de expressão da percepção. Ao fim, no meio de tanta coisa, o cara acaba é não percebendo mais nada...

Mr X disse...

Bruno,

Tem razão, faltou comentar esse lado, esqueci. Alguns saúdam o programa de Obama justamente por cortar gastos governamentais (ainda que cortar de um lado e aumentar exponencialmente do outro de nada serve), e por focar a exploração espacial na iniciativa privada. (A qual, por ora, serve apenas para turismo para milionários, mas quem sabe mais adiante).

Antônio,
Está certo, tem também a questão de exploração com robôs, mais barata e eficiente do que a arriscada e cara exploração com humanos.

"Júlio de Castilhos ensinou que é necessário manter um orçamento equilibrado"

Júlio de Castilhos?!? Ora, isso é dito desde o tempo dos antigos gregos, aliás é uma mera questão de bom senso.

Mr X disse...

Ops, é Augusto.

Augusto Nascimento disse...

Se o senso comum fosse tão comum, Reagan, os Bushes e Obama não teriam mergulhado a América no débito. Os gregos e os romanos gastavam rios de dinheiro em projetos de prestígio, welfare, privilégios para as classes dominantes. Os romanos foram pioneiros na desvalorização da moeda, no controle de preços e nos gastos públicos absurdos. Júlio de Castilhos, por sua vez, criou uma filosofia política que defendia o equilíbrio das contas públicas e uma legislação social avançada (os positivistas foram pioneiros no combate à escravidão, na defesa do salário-mínino e da educação dos pobres, que era desprezada pelo Imperador).

Sandra Angelo disse...

"Longe das glórias passadas, a NASA virou agência de relações públicas e cabide de empregos multicultural."


A Nasa sempre foi uma agência de relações públicas, instrumento de propaganda, e cabide de empregos, senão multiculturais, era monocultural ou bicultural, o que realmente não importa. A pesquisa espacial pode muito bem ser provida pela iniciativa privada, com mais eficiência, e sem extravagâncias e desperdícios. Só é preciso que as barreiras criadas pelos burocratas estatais sejam aniquiladas. E assim quem sabe daqui a alguns séculos, alguns raros traços genéticos meus contido em algum felizardo esteja num belo tour em algum balneário interplanetário.

Sandra Angelo disse...

"Longe das glórias passadas, a NASA virou agência de relações públicas e cabide de empregos multicultural."


A Nasa sempre foi uma agência de relações públicas, instrumento de propaganda, e cabide de empregos, senão multiculturais, era monocultural ou bicultural, o que realmente não importa. A pesquisa espacial pode muito bem ser provida pela iniciativa privada, com mais eficiência, e sem extravagâncias e desperdícios. Só é preciso que as barreiras criadas pelos burocratas estatais sejam aniquiladas. E assim quem sabe daqui a alguns séculos, alguns raros traços genéticos meus contido em algum felizardo esteja num belo tour em algum balneário interplanetário.

Rolando disse...

Nossa,

Julio de Castilhos descobriu a roda!

Augusto Nascimento disse...

Já o pessoal que acha que dinheiro público corrompe os pobres, mas é bom para os amigos do rei; que gastos estratosféricos são bons se o presidente é intolerante e supersticioso, mas ruins se não é, estes reinventaram a roda... quadrada.
Júlio de Castilhos sempre esteve do lado do Brasil: contra a família imperial, pela liberdade de consciência, pela abolição imediata sem compensação aos senhores de escravos, pela educação pública, por melhores condições de vida para o trabalhador. Basta comparar a brilhante Constituição de 14 de julho com a nossa ou com a americana, que permitia a escravidão. Basta comparar um sábio como Castilhos, criando a sã política baseada em sãos princípios, com o ignorante Lula, o desonesto Clinton, o populista Obama e os dois fanáticos Bushes (um criou o atoleiro no Iraque porque Deus mandou e outro avisou que não considerava ateus ameri- canos leais).

Anônimo disse...

....e Woland, escreve: Só acho que deveriam estudar um pouquinho mais a fundo sobre a Familia Imperial no Brasil. Não se deixarem levar por doutrinadores de História... quer dizer, professores. Não, por que, do jeito que se referem a tal familia, parecem uma familia de leprosos ! E o país, o Brasil, após chutá-los, é uma super hiper democracia não corruPTa, país extremamente desenvolvido ! Um Japão ! Ou uma Inglaterra... Cabeças feitas...

Anônimo disse...

Vídeo da Semana, Mídia Sem Máscara ! Achar no You Tube e passar adiante...


Woland

Augusto Nascimento disse...

"Não, por que, do jeito que se referem a tal familia, parecem uma familia de leprosos!"
Era uma dinastia estrangeira, imposta e mantida pelo terror, eram traidores que se banharam no sangue dos nossos mártires-Tiradentes, Líbero Badaró, os Farrapos por exemplo-, que fizeram tudo que puderam para impedir a Abolição sem compensação(concedida numa última tentativa de salvar a Monarquia do ódio do Povo), que sabotaram nossa indústria (leia sobre o Barão de Mauá), que perseguiram os brasileiros independentes (como o próprio Mauá, José de Alencar e outros), submeteram os estados a um centralismo absurdo, eram loucos supersticiosos que perseguiam os dissidentes religiosos, entregaram o Povo a uma Igreja corrompida pelo césaropapismo e desmoralizada pelos favores do Estado, quase sempre dócil a seus caprichos e conivente com seus desmandos, perseguiram os dissidentes políticos indo até o assassinato para calar quem os desafiava. O domínio imperial foi uma era de pobreza, exploração, crueldade e terror nunca mais igualados em nossa História. O maior erro da Revolução foi ter permitido que os inimigos da Pátria retornassem ao Brasil. D. Pedro I abandonou o Brasil para lutar por poder em Portugal, chamar essas pessoas de brasileiros é uma afronta ao sangue sagrado que patriotas verdadeiros derramaram na defesa da nossa Pátria.

Anônimo disse...

Impressionante! Tenho que confessar que nunca imaginei que isso existisse.
Gilberto Freyre, meu conterrâneo, chamava-nos de civilização lusitana tropical. Como se não bastasse sermos todos portugueses, sei que grande parte dos meus antepassados que viviam nos anos do Império pertenciam a mesma nação de D. Teresa Cristina e possivelmente, nem cogitavam a hipótese de vir ao Brasil. Acredite em mim, Sr., somos uma nação de estrangeiros: eu, vc, o Tiradentes, o Libero Badaró e o Angelo Agostini, aquele bom cartunistas que deu vivas a República até ser banido.
Sobre a Abolição, leia Joaquim Nabuco. Na minha modesta opinião, foi o mais belo movimento político da nossa história.
Tiradentes, os Farrapos e os nosso daqui da Confederação do Equador (que vc não citou), tinham um forte ponto em comum: todos separatistas. Bela nação para se defender, não é verdade?!
E de que sangue vc fala? Esse país talvez só tenha sido grande em Tuiuti. Certamente não se refere ao sangue de Canudos..
Ah... por que perco meu tempo?
Esse não é nem o assunto do post!

Mr X disse...

Pouco sei de história, mas minha impressão superficial é que ao menos Dom Pedro II era melhor governante do que os da República inicial, com suas lutas internas e seus banhos de sangue (alguém aí lembrou de Canudos).

Anônimo disse...

"Ah... por que perco meu tempo?
Esse não é nem o assunto do post!"

Você pergunta isso para mim? Só passo imaginar que, se uma velha canção debochada dizia que "Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo(além da sífilis, é claro)", você, com o sua submissão exagerada aos portugueses, tenha recebido mais que "your fair share" da sífilis e da demência. É a minha teoria no momento.
"Como se não bastasse sermos todos portugueses"
Sermos quem, cara pálida? Os negros que a Coroa até as vésperas do 13 maio tentava manter cativos (Deodoro, o proclamador da República, foi quem deu um basta à escravidão,dizendo à Coroa que o Exército não reprimiria mais os escravos)? Os imigrantes que dinamizaram nossa economia e elevaram nossa cultura, ajudando-nos a escapar da situação vexaminosa de país de analfabetos que nos legaram a opressão colonial e o desinteresse do Imperador pela educação do seu povo? Exatamente em quê o valor do elemento português-que também acabou por livrar a nossa antiga metrópole dos bandidos imperiais, proclamando a República- serve de desculpa para se submeter um povo a uma dinastia que nos conquistou pela força, pela mentira (D.Pedro I usou o rito azul da maçonaria para viabilizar a independência e, depois, partiu para a repressão aos maçõns; preferiu fechar o Parlamento e nos impor uma Constituição horrenda a aceitar a soberania dos brasileiros; preferiu ser deposto a formar um ministério de brasileiros leais), que nunca hesitou em derramar o sangue dos filhos mais bravos e generosos da nossa Pátria? Quanto a Tiradentes-cujo sangue vivo, diz o Hino da Proclamação, batizou este audaz pavilhão-, só um apátrida incapaz de qualquer amor à Pátria é capaz de achar melhor o Brasil inteiro sob o tacão da Rainha Louca e seus cortesãos do que pelo menos uma parte livre, mantendo a chama da resistência viva e brilhante. Só um apátrida desprezível preferiria ver o Brasil sob o jugo impiedoso de uma nação exploradora a vê-lo livre. Só covardes desprezíveis são capazes de atacar os símbolos sagradas da nossa Pátria, como a nossa bandeira ("sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor", como ensinou Bilac), cuja disposição das estrelas alude à imortal revolução do dia 15 de novembro. Só renegados da pior espécie seriam capazes de negar o "sangue vivo do herói Tiradentes". Brasileiros patriotas derramaram seu sangue sagrado na defesa de nossa Pátria, sua independência e seus símbolos, e nunca faltarão brasileiros dispostos a qualquer sacrifício para combater os inimigos internos e externos de nossa amada República.

Augusto Nascimento disse...

"... alguém aí lembrou de Canudos"
Por essa lógica, D.Pedro II foi ainda pior: afinal, foi sob a batuta dele que se desenrolou a atroz Guerra do Paraguai, que tanto nos custou em vidas e riquezas. Ou será que existe diferença entre defender a segurança da Pátria contra um inimigo externo e um inimigo interno? Os revoltosos de Canudos queriam a mesma coisa que Solano López: esmagar nossa Pátria, nos impor uma tirania insuportável, nos fazer recuar à selvageria em que viviam nosso irmãos paraguaios e os sequazes de Antônio Conselheiro. Tiveram o mesmo tratamento, que isso sirva de lição aos inimigos internos e externos da República.
Falando em Canudos, como perguntou um republicano histórico: como é possível que homens primitivos como Antônio Conselheiro, de baixa extração e sem recursos ou projeção como ex-escravos e outras figuras obscuras tenham levado grandes massas humanas atrás deles na luta contra o Brasil enquanto D.Pedro II, senhor absoluto do Brasil por quase meio século, só encontrou o desprezo e o abandono por parte de seus ex-súditos? Este é o destino dos traidores.

Mr X disse...

Os revoltosos de Canudos queriam esmagar a Pátria? Essa é nova.

Quanto a Dom Pedro II, era popular no Brasil sim, o povo não queria a República. "Traidor" pode ser considerado o Marechal Deodoro, que participou do governo de Dom Pedro II e depois realizou o golpe.

Augusto Nascimento disse...

"Quanto a Dom Pedro II, era popular no Brasil sim o povo não queria a República."
Quem disse? O Datafolha? Como saber o que queriam os brasileiros quando eles viviam aterrorizados por um tirano, as províncias sob o controle do governo central, o governo sob a tutela do Poder Moderador, o Parlamento formado ao sabor dos golpes e navalhadas dos capoeiras? Não deixa de ser sintomático que a Vacina tenha desencadeado um rebelião, Antônio Conselheiro tenha desencadeado uma rebelião, o aumento na tarifa dos bondes tenha desencadeado uma rebelião, os místicos Muckers tenham desencadeado uma rebelião, a insistência de D.Pedro I em prestigiar o elemento português em detrimento dos brasileiros tenha causado uma rebelião, as cartas atribuídas a Arthur Bernardes tenham desencadeado uma rebelião. Só a sorte do homem que governou o Brasil por meio século e do seu Regime não parece ter interessado muito aos brasileiros. As províncias, finalmente livres do centralismo imperial, saudarama Revolução.
"Os revoltosos de Canudos queriam esmagar a Pátria? Essa é nova."
Eles queriam derrubar a República e impor uma tirania teocrática, eram um Taliban "avant la lettre".
"Traidor pode ser considerado o Marechal Deodoro, que participou do governo de Dom Pedro II e depois realizou o golpe."
Ele deveria ter ficado bajulando um tirano senil-as reações dele quando ainda tentava organizar uma reação mostram que ele já estava completamente incapacitado mentalmente-, que apoiava um ministério de traição nacional, aterrorizava os cidadãos, perseguia os dissidentes, esmagava as províncias, mantivera a Escravidão por cinco décadas? Floriano, durante a Revolução, deixou claro que ele era um soldado da Pátria, não de ministros e reis. Deodoro fez o mesmo e salvou o Brasil do desastre. Temos uma dívida que nunca poderemos remir com os nobres heróis do 15 de novembro.

Anônimo disse...

Talvez sua teoria esteja correta e irresistíveis impulsos hereditários me levem a escrever aqui. Aparentemente, a minha demência não conhece limites, e aqui vou eu mais uma vez.
Pode lhe parecer estranho, mas todos os negros com os quais mantive contato até hoje eram falantes da língua portuguesa, cristãos e mantinham uma dieta que se aproxima bem mais da lusitana que a que meu pai experimentou na África. E como não apenas fatores étnicos, mas também, e principalmente, comportamentais é que definem a identidade cultural de um povo – e quem diz isso não sou eu, é o Milton Santos, que está longe de ser um ariano – mantenho o que disse (remetendo novamente a Gilberto Freyre): somos “lusitanos tropicais”. Não é por que eu quero, mas por ser a realidade. Seja isso bom ou ruim.
Quanto à popularidade do Imperador, com certeza o datafolha não poderá atestar a procedência. Mas a própria ausência de rebelião contra a sua autoridade durante 50 anos – o que vc absurdamente considera em seu desfavor – é forte indício dessa aprovação. Se não for suficiente, leia “Os Bestializados” e “Formação das almas” de José Murilo de Carvalho, que contém relatos interessantes a esse respeito.
Sou patriota. Louvo também a memória de grandes homens que heroicamente derramaram seu sangue na defesa da pátria. Por exemplo, Henrique Dias, que lutou na restauração pernambucana a frente do terço dos homens pretos. Quando o próprio rei de Portugal já dava por perdido o território do “Brasil Holandês”, os nativos se levantaram para manter a unidade nacional. Ao fim da guerra, Henrique Dias, negro, ingressou na Ordem de Cristo em reconhecimento ao seu valor. Digo isso para lembrar que a pátria não começou com Tiradentes, nem tampouco com a gloriosa revolução de 15 de novembro.
A reivindicação por maior autonomia das províncias me parece justa. Por isso mesmo é que por feliz disposição do destino o centralismo de Floriano deu lugar à política dos Estados. Uma vitória dos liberais paulistas sobre os positivistas loucos e supersticiosos, que atribuíam poderes cabalísticos a bandeira nacional. Bandeira essa, diga-se de passagem, feia. O que a representação errônea do céu de 15 de novembro tem a dizer ao nosso respeito? Somente fala da nossa ignorância astronômica. Aliás, podemos nos reaproximar do tema do post concluindo que é natural para uma República que não tem nem a capacidade de desenhar estrelas direito, não ter feito nenhum avanço significativo nessa área.

Anônimo disse...

Talvez sua teoria esteja correta e irresistíveis impulsos hereditários me levem a escrever aqui. Aparentemente, a minha demência não conhece limites, e aqui vou eu mais uma vez.
Pode lhe parecer estranho, mas todos os negros com os quais mantive contato até hoje eram falantes da língua portuguesa, cristãos e mantinham uma dieta que se aproxima bem mais da lusitana que a que meu pai experimentou na África. E como não apenas fatores étnicos, mas também, e principalmente, comportamentais é que definem a identidade cultural de um povo – e quem diz isso não sou eu, é o Milton Santos, que está longe de ser um ariano – mantenho o que disse (remetendo novamente a Gilberto Freyre): somos “lusitanos tropicais”. Não é por que eu quero, mas por ser a realidade. Seja isso bom ou ruim.
Quanto à popularidade do Imperador, com certeza o datafolha não poderá atestar a procedência. Mas a própria ausência de rebelião contra a sua autoridade durante 50 anos – o que vc absurdamente considera em seu desfavor – é forte indício dessa aprovação. Se não for suficiente, leia “Os Bestializados” e “Formação das almas” de José Murilo de Carvalho, que contém relatos interessantes a esse respeito.
Sou patriota. Louvo também a memória de grandes homens que heroicamente derramaram seu sangue na defesa da pátria. Por exemplo, Henrique Dias, que lutou na restauração pernambucana a frente do terço dos homens pretos. Quando o próprio rei de Portugal já dava por perdido o território do “Brasil Holandês”, os nativos se levantaram para manter a unidade nacional. Ao fim da guerra, Henrique Dias, negro, ingressou na Ordem de Cristo em reconhecimento ao seu valor. Digo isso para lembrar que a pátria não começou com Tiradentes, nem tampouco com a gloriosa revolução de 15 de novembro.
A reivindicação por maior autonomia das províncias me parece justa. Por isso mesmo é que por feliz disposição do destino o centralismo de Floriano deu lugar à política dos Estados. Uma vitória dos liberais paulistas sobre os positivistas loucos e supersticiosos, que atribuíam poderes cabalísticos a bandeira nacional. Bandeira essa, diga-se de passagem, feia. O que a representação errônea do céu de 15 de novembro tem a dizer ao nosso respeito? Somente fala da nossa ignorância astronômica. Aliás, podemos nos reaproximar do tema do post concluindo que é natural para uma República que não tem nem a capacidade de desenhar estrelas direito, não ter feito nenhum avanço significativo nessa área.

Anônimo disse...

Talvez sua teoria esteja correta e irresistíveis impulsos hereditários me levem a escrever aqui. Aparentemente, a minha demência não conhece limites, e aqui vou eu mais uma vez.
Pode lhe parecer estranho, mas todos os negros com os quais mantive contato até hoje eram falantes da língua portuguesa, cristãos e mantinham uma dieta que se aproxima bem mais da lusitana que a que meu pai experimentou na África. E como não apenas fatores étnicos, mas também, e principalmente, comportamentais é que definem a identidade cultural de um povo – e quem diz isso não sou eu, é o Milton Santos, que está longe de ser um ariano – mantenho o que disse (remetendo novamente a Gilberto Freyre): somos “lusitanos tropicais”. Não é por que eu quero, mas por ser a realidade. Seja isso bom ou ruim.
Quanto à popularidade do Imperador, com certeza o datafolha não poderá atestar a procedência. Mas a própria ausência de rebelião contra a sua autoridade durante 50 anos – o que vc absurdamente considera em seu desfavor – é forte indício dessa aprovação. Se não for suficiente, leia “Os Bestializados” e “Formação das almas” de José Murilo de Carvalho, que contém relatos interessantes a esse respeito.

Anônimo disse...

Sou patriota. Louvo também a memória de grandes homens que heroicamente derramaram seu sangue na defesa da pátria. Por exemplo, Henrique Dias, que lutou na restauração pernambucana a frente do terço dos homens pretos. Quando o próprio rei de Portugal já dava por perdido o território do “Brasil Holandês”, os nativos se levantaram para manter a unidade nacional. Ao fim da guerra, Henrique Dias, negro, ingressou na Ordem de Cristo em reconhecimento ao seu valor. Digo isso para lembrar que a pátria não começou com Tiradentes, nem tampouco com a gloriosa revolução de 15 de novembro.
A reivindicação por maior autonomia das províncias me parece justa. Por isso mesmo é que por feliz disposição do destino o centralismo de Floriano deu lugar à política dos Estados. Uma vitória dos liberais paulistas sobre os positivistas loucos e supersticiosos, que atribuíam poderes cabalísticos a bandeira nacional. Bandeira essa, diga-se de passagem, feia. O que a representação errônea do céu de 15 de novembro tem a dizer ao nosso respeito? Somente fala da nossa ignorância astronômica. Aliás, podemos nos reaproximar do tema do post concluindo que é natural para uma República que não tem nem a capacidade de desenhar estrelas direito, não ter feito nenhum avanço significativo nessa área.

Anônimo disse...

Que é Julio de Castilhos? Algum líder da revolta dos farrapos?

Mr X disse...

é natural para uma República que não tem nem a capacidade de desenhar estrelas direito, não ter feito nenhum avanço significativo nessa área.

Bem, tivemos o acidente de Alcântara, de rivalizar com qualquer Challenger.

Augusto Nascimento disse...

"Uma vitória dos liberais paulistas sobre os positivistas loucos e supersticiosos, que atribuíam poderes cabalísticos a bandeira nacional."
Ridículo, a autonomia dos estados sempre foi uma exigência positivista. Basta comporar com o Império, no qual o poder central nomeava os presidentes de províncias, sem que os tais "liberais paulistas fizessem nada". Foi a Revolução que libertou as províncias da tirania imperial.
"Digo isso para lembrar que a pátria não começou com Tiradentes, nem tampouco com a gloriosa revolução de 15 de novembro."
Tanto quanto a história americana não começou com os Pais Fundadores. A liberdade do país, sim. O mesmo vale para o Brasil: os bravos do 15 de novembro foram os autores da nossa liberdade, Tiradentes foi seu precursor.
"Quanto à popularidade do Imperador, com certeza o datafolha não poderá atestar a procedência. Mas a própria ausência de rebelião contra a sua autoridade durante 50 anos – o que vc absurdamente considera em seu desfavor – é forte indício dessa aprovação."
Deve ser por isso que a Guarda Negra atacava comícios republicanos e a polícia liquidava dissidentes, por causa da popularidade do Imperador, que como um descendente espiritual dele também muito popular, "não sabia". Houve mais rebeliões contra o Império (Farrapos, Praieira) do que especificamente contra a República nos últimos 120 anos. Ainda não se explica porque o Brasil assistiu indiferente à queda do Regime.
"Bandeira essa, diga-se de passagem, feia. O que a representação errônea do céu de 15 de novembro tem a dizer ao nosso respeito?"
Mentiras e mais mentiras, produzidas por um ódio cego à Pátria. Ela não é errônea, só um completo ignorante pode falar uma coisa dessas. Ela não usa a mesma convenção de representação astronômica usada nas outras bandeiras de países do nosso Hemisfério, por exemplo da Austrália. Não, a bandeira não é feia. Pelo contrário. Como muito bem escreveu Bilac, essa pena a serviço da Pátria, ela é o "lindo pendão da esperança, símbolo augusto da paz", que retrata em seu seio formoso
"Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul."
Essa é a bandeira sagrada da nossa pátria, batizada pelo "sangue vivo deo herói Tiradentes".
"Que é Julio de Castilhos? Algum líder da revolta dos farrapos?"
Júlio de Castilhos foi o escritor abolicionista (nos tempos em que a virtuosa família imperial queria que o Exército reprimisse os escravos fugitivos), líder republicano, governador do Rio Grande do Sul, autor da Constituição de 14 de julho, a constituição mais perfeita que já se fez no mundo.

Augusto Nascimento disse...

"Pode lhe parecer estranho, mas todos os negros com os quais mantive contato até hoje eram falantes da língua portuguesa, cristãos e mantinham uma dieta que se aproxima bem mais da lusitana que a que meu pai experimentou na África."
Interessante, e eu pensando que isso fazia deles brasileiros. Realmente, os negros brasilkeiros deveriam dar vivas a seus antigos senhores de escravos, seria o caso mais impressionante de Síndrome de Estocolmo de todos os tempos. Por essa sua lógica bizarra, os EUA seriam hoje uma colônia inglesa, umas Malvinas continentais. Ainda bem que os colonos tinham outros planos, e não toleraram a tirania do Rei George (cada país tem a Maria, a Louca, que merece), não dando bola para essa conversa mole de folclorista sobre dieta e língua. Não aceitaram o domínio inglês pela mesma razão que o heroico povo brasileiro não aceitou o "ministério português" do traidor Pedro I, não toleraram uma dinastia estrangeira pela mesma razão que o povo brasileiro nãoa ceitou uma dinastia estrangeira, não aceitaram a servidão a um governo central com pretensões à onipotência pela mesma razão pela qual o povo brasileiro se rebelou contra o ministério de traição nacional de Ouro Preto. Uma só razão: "Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda."

Mr X disse...

Eu acho a bandeira imperial mais bonita.

Augusto Nascimento disse...

Sério? O horrendo brasão dos Braganças brasileiros mais belo que o nobre círculo azul, que contém aquela bela galáxia formada pelas estrelas dos estados, cada uma com sua individualidade, todas juntas a iluminar o Mundo? Mais belo que o lema positivista "Ordem e Progresso" a nos conclamar à defesa intransigente da ordem e à luta sem tréguas pelo progresso ("Conservar, melhorando")? Mais belo que nossa bandeira da qual disse Bilac, "em teu seio formoso retratas este céu de puríssimo azul,
a verdura sem par destas matas,
e o esplendor do Cruzeiro do Sul?" e "salve, lindo pendão da esperaça, salve símbolo augusto da paz"? A bandeira dos tiranos mais bela que "a Bandeira idolatrada
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela
A brilhar"?
Gosto não se discute, imagino.

Montesinos disse...

“Ela não usa a mesma convenção de representação astronômica usada nas outras bandeiras de países do nosso Hemisfério, por exemplo da Austrália.”
Hum... Entendi. Acho que os australianos são adeptos das convenções tradicionais, arcaicas, o tipo de gente ignorante que vê as coisas como são, não como se fantasia. Quem sabe, na verdade, não seja mais um símbolo do lindo pendão da esperança. A chegada da nossa República seria o cumprimento de uma antiga profecia, e agora nós temos “novos céus e nova terra”, com um céu todo novo e todo nosso lá na bandeira.
Mas reconheço a sua vitória. Vc está certo. Agradeço por ter me removido o véu da demência lusitana que não me permitia ver a grandiosidade heróica do fabuloso 15 de novembro, no qual nossa pátria amada trocou a terrível tirania do senil e moribundo Pedro II, pela a graça, o viço e jovialidade de Deodoro da Fonseca. Sem falar daqueles sertanejos talebans que fizeram por merecer. Se tivessem sobrevivido por mais alguns anos, certamente jogariam o 14 bis contra o palácio do catete!
Não só estou plenamente convencido, como planejo traduzir Julio de Castilhos para a língua inglesa e enviar alguns exemplares da minha tradução para o injustiçado povo australiano, para que também eles tenham a felicidade de gozar do nosso formidável regime de governo, livres de toda a opressão odiosa e despotismo de uma dinastia estrangeira.
Mais uma vez, obrigado.

Augusto Nascimento disse...

1) Se você não sabe que mapas podem ter orientações diferentes (http://en.wikipedia.org/wiki/Reversed_map e http://en.wikipedia.org/wiki/Map#Orientation_of_maps), seguir convenções diferentes- cada uma com vantagens e fraquezas específicas (há a projeção de Mercator, por exemplo)- e tomar formas diferentes (globos e planisférios só para citar o óbvio), você é ainda mais ignorante que o monarquista comum. Dizer que a bandeira do Brasil precisa seguir a mesma convenção da Austrália (que, aliás, só usa uma constelação e uma estrela em vez das nossas nove constelações) é tão imbecil quanto dizer que a Europa fica no centro do Mundo porque ela está no meio do seu planisfério.
2) "Não só estou plenamente convencido, como planejo traduzir Julio de Castilhos para a língua inglesa e enviar alguns exemplares da minha tradução para o injustiçado povo australiano(...) livres de toda a opressão odiosa e despotismo de uma dinastia estrangeira."
Melhor: traduza o pensamento vivo do Imperador que tornou o Brasil o ÚLTIMO país do mundo civilizado a abolir a escravidão (o plano da monarquia era só aboli-la talvez, quem sabe, eventualmente em 1910!), que só permitiu a Abolição como fato consumado graças à rebelião do Exército influenciado por Comte e escritores ousados como Júlio de Castilhos. Traduza as razões dele para sabotar a industrialização do Brasil e para perseguir os dissidentes políticos e religiosos! Aproveite que já mergulhou no esterco imperial e traduza a sentença de D. Maria, a Louca, contra o mártir Tiradentes. Os australianos vão adorar!
Para que os australianos não pensem que só havia monstros como Pedro II no Brasil Imperial, traduza também Castro Alves ("os poetas são os legisladores não-reconhecidos do Mundo", escreveu Shelley, ele próprio poeta de gênio), que indignado com a escravidão e com a proteção dela pelo Império, escreveu que a bandeira imperial era um "manto impuro de bacante fria". Compare-se isso com a bandeira da República, que Bilac chamou "lindo pendão da esperança, símbolo augusto da Paz".
3) Aproveite e explique para um australiano o que eram o Poder Moderador, a Guarda Negra e os capoeiras. Depois, explique o que você vê de maravilhoso nessas instituições. Eles vão achar exótico. Só não fale das maravilhas da Escravidão e de como Deodoro e Júlio de Castilhos foram malvados em combatê-la porque aí já é caso de internação.
4) Se encontrar o rei da Suazilândia e suas 14 esposas por aí, lembranças minhas.

Anônimo disse...

A projeção de Mercator auxilia a navegação em razão seus ângulos retos. Se vc me disser a utilidade de uma convenção que represente a esfera celeste de uma perspectiva externa, sabendo-se que não faz sentido falar em esfera celeste tendo como referencial qquer. ponto do universo externo a terra, já que as 9 constelações não assumem configuração esférica, e que também não faz sentido se falar de uma noite de 15 de novembro vista deste mesmo ponto, tendo em vista que a sucessão de dias e noites do nosso calendário se baseia justamente no movimento de rotação da terra, vc ganha um doce.
Epa! Quem disse que sou monarquista? Na verdade, defendo que os processos de reforma, ainda que as mais necessárias, devam ser feitos com certo cuidado, de forma menos traumática, demolição tijolo a tijolo. Além de não ver glória alguma em banir um casal de velhos doentes, um surdo, uma mulher e três crianças. E até acho que o regime republicano seja o mais adequado para o Brasil. É o próprio Joaquim Nabuco quem diz que a dinastia brasileira não foi destronada, e sim arrebatada (no sentido cristão). Não somos bons o suficiente para manter um regime fundado na dignidade.
Muitos australianos lêem em francês. Poderão eles mesmos ler sobre o Poder Moderador em Benjamim Constant – refiro-me ao legítimo, a imitação nacional é de qualidade inferior e só traz dor de cabeça. E, amigo, não me leve a mal, mas francês por francês, o Augusto Comte é muito mais exótico.
[Vou parar de citar autores, pois desconfio que foi a mim a quem o Rolando se referiu ao falar de “papagaios de livros”]
Lamento quanto ao rei da Suazilândia, dificilmente irei encontrá-lo. Como disse, todos os negos que conheci até hoje eram falantes da língua portuguesa e cristãos. Mas o que sabemos nós do futuro, não é verdade? De qualquer maneira, se meu pai tiver que voltar àquele continente, pedirei que leve os cumprimentos ao seu amigo. Não será difícil identificá-lo, afinal é o único governante autoritário e depravado de toda a África.
Mr. X, espero que não se importe com a longevidade dessa caixa de comentários. Cada vez que volto aqui está mais divertido.

Gunnar disse...

Bom, eu, pessoalmente, acho uma pena. Estou com Poincaré, quando ele afirma que a exploração espacial (assim como o estudo da matemática pura ou da física teórica) é um fim em si, que não precisa de justificativas objetivas (do tipo resultados com aplicação prática), e que quem não enxerga isso tem muito a aprender sobre a natureza humana e o "sentido da vida".

Mas, mesmo assim, os resultados existem. Primeiro, por causa do imenso gerador de tecnologia que representa. Segundo, porque o que aprendemos em outros mundos nos ensina muito sobre o nosso próprio.

Apenas analisando a física e química em contextos diferentes é que podemos saber o que realmente são leis naturais e o que são conjeturas do ambiente terrestre.

Extrapolando um pouco, a exploração espacial pode, no longo prazo, representar a diferença entre a extinção (dada a hipótese de um colapso do nosso belo planeta azul) ou a sobrevivência da humanidade num novo lar além das estrelas....

Joca disse...

Mercator, Castro Alves, Benjamin Constant (dois), Olavo Bilac, Joaquim Nabuco, Shelley, o Imperador...
É uma discussão de baixo nível do mais alto nível!

Augusto Nascimento disse...

A que baixezas o ódio monarquista ao Brasil e aos brasileiros leva certas pessoas!
"Na verdade, defendo que os processos de reforma, ainda que as mais necessárias, devam ser feitos com certo cuidado, de forma menos traumática, demolição tijolo a tijolo."
Ser o último país a abolir a Escravidão, querer abolir essa chaga só no Século XX não foi cuidado o bastante?! Ou a Abolição não era uma reforma necessária? Viver o país por meio século sob a tirania imperia não foi o bastante?! Como ensinou Kennedy, aqueles que tornam a revolução pacífica impossível tornam a revolução violenta inevitável!
"Além de não ver glória alguma em banir um casal de velhos doentes, um surdo, uma mulher e três crianças."
O surdo foi o substituto de Caxias no Paraguai, fora oficial do Exército, consorte da herdeira do Trono, era a eminência parda do Império. A mulher era a herdeira do Trono e inimiga do Estado Brasileiro. Um dos velhos era o tirano do país: se era velho demais para ser exilado, era velho demais por nos ter oprimido por meio século (conta-se que logo que a Revolução triunfou, Benjamin Constant proibiu que se fuzilasse o Rei-compare-se isso com o que fizeram os ingleses, franceses, russos vermelhos, russos czaristas com os reis que depuseram ou com o que a Família Imperial fazia com os mártires brasileiros).As três crianças, uma das quais teve que renunciar à sua posição devido aos lamentáveis preconceitos da mãe, eram herdeiras do trono brasileiro extinto pela Revolução: a mãe exigiu que fossem com ela.
"Se vc me disser a utilidade de uma convenção que represente a esfera celeste de uma perspectiva externa"
A mesma que a da outra convenção: estética. A não ser que alguém pretenda voltar a 15 de novembro de 1889 e usar a bandeira como mapa, possibilidade evidente que, de algum modo, escapou aos geralmente previdentes fundadores da nossa República.
"É o próprio Joaquim Nabuco quem diz que a dinastia brasileira não foi destronada, e sim arrebatada (no sentido cristão). Não somos bons o suficiente para manter um regime fundado na dignidade."
Diga isso à Família Imperial, talvez eles acreditem e parem com a propaganga monarquista fascistóide deles. Falando em dignidade, não seja injusto: o Brasil Imperial, escravista, analfabeto, pobre, semi-feudal, em que a febre amarela fechava o Rio (a capital!) aos estrangeiros, era, no mínimo, tão digno quanto a bárbara Alemanha do Kaiser, o selvagem Japão fascista, a violenta Itália fascista, a genocida Bélgica de Leopoldo a matar negros no Congo, Portugal de D. Maria, a Louca, e outros regimes monarquistas solidamente fundados na... dignidade. O Imperador teve a sorte de ser arrebatado para Paris com todas as despesas pagas; sem dúvida, Tiradentes não teve tanta sorte.
A imitação nacional do Poder Moderador era ruim? Culpa de quem, de Júlio de Castilhos? Talvez, você queira nos dizer se é na Austrália que o Poder Moderador e outras bobagens fascistóides estão a fazer a felicidade dos povos.

Mr X disse...

Acho que o Chest tinha razão, o Augusto só pode ser a nova encarnação do Tiago.

Montesinos disse...

Não seja tolo. Acha mesmo que os Orléans e Bragança oferecem algum risco? A qual linhagem se refere, a dos cachaceiros ou dos carolas? Você a primeira pessoa que vi que se importa com a campanha deles e estou inclinado a pensar que vc é que o monarquista aqui e que não se assume.
Vc está correto quanto a Abolição, foi o cuidado bastante. Veja, nem um outro país do Ocidente dependia tanto da mão de obra escrava quanto nós. O Rio era a cidade com mais escravos na história desde a queda de Roma. Não preciso falar aqui do tratamento muy gentil que os argentinos deram aos seus negros tão logo aboliram a escravidão, nem da guerra que quase rachou o Estados Unidos. Lembre também que foi Portugal o primeiro reino a por a escravidão na ilegalidade na metrópole e na Índia, ainda no ano de 1761, no reinado de D. José, da estrangeira dinastia de Bragança, marido da Maria louca de quem vc tanto gosta, que deve ter visto alguma virtude na esposa, já que se casaram. Isso foi possível por que a abolição teria um impacto social menor nesses lugares. Nossa abolição foi feita lei a lei, não sem calorosos debates parlamentares, enxurrada de artigos apaixonados em jornais e até a bela poesia que vc citou (vejam só! Houve um tempo neste país que se fazia política com poesia, hoje estamos com o Lula! =D). Não é curioso que não tenhamos produzido qualquer lei no sentido da segregação racial, quando até bem pouco tempo os americanos tinham que usar banheiros, sentar e ir a escola em lugares distintos pela cor da pele do cidadão? Quando vc fala em Guarda Negra e capoeiras, não consigo imaginar uma gangue de estrangeiríssimos austríacos, uma espécie de guarda suíça do imperador, mas sim num grupo de negros que de tão devotos à dinastia, tratavam a pauladas aqueles que conspiravam o golpe. O que nos permite supor que estavam bem satisfeitos com o rumo que política imperial dera à sua causa. Talvez o processo de abolição tenha sido interrompido antes de sua conclusão, faltou a integração do negro nos setores mais destacados, na elite da nossa sociedade. Mas a dinastia certamente não poderá receber a culpa por isso. Basta lembrar que André Rebouças, nosso último cortesão, embarcou num exílio voluntário ao lado da família imperial e não consta que os príncipes tenham ficado ofendidos com a companhia de pele escura, antes dizem que gozava da amizade do imperador.
O mesmo pode-se dizer do longo processo de Independência, do qual o 7 de setembro não foi senão um episódio de menor importância, quase irrelevante; e também do processo de consolidação da unidade nacional. Podemos tratar destes e de outros assuntos, se vc quiser. Estou de férias da faculdade e tenho algumas horas livres. Talvez o Mr. X não queira que seja usado esta caixa de comentários, mas podemos falar por outra via. O que me diz?

Augusto Nascimento disse...

Ai, ai, e lá vamos nós de novo? Como é que era? uma feminista, um comunista, um antissemita, um positivista "fanático" e "prolixo". Faltou alguma coisa?
Associar República a comunismo é, no mínimo, dar mostras de uma estreiteza de visão das mais incompreensíveis. Lembra D. Pedro I, que- antes de decidir que lhe seria lucrativo declarar a independência- acusara de carbonários os defensores da independência.
O Positivismo é o contrário do Marxismo. Comte já prevenira que, se o Positivismo não fosse adotado, os trabalhadores empobrecidos e desesperados, desorientados pelo egoísmo das classes dirigentes e pelas superstições da Igreja, acabariam se jogando nos braços dos comunistas. Foi o que aconteceu. O Marxismo é o produto de uma sociedade egoísta, regida pela lei do mais forte. O Estado Positivista. por sua vez, coloca-se acima das classes sociais, presidindo a harmonia social, disciplinando a força de trabalho e dando função social ao Capita, tudo sob as orientações do clero positivista. Mas, claro, em vez de se instruir sobre a sã política, originada dos sãos princípios da verdadeira filosofia, melhor dizer que é tudo culpa do Obama e pedir orientações a Deus (deu tão certo no Iraque, né?)

Augusto Nascimento disse...

"Talvez o Mr. X não queira que seja usado esta caixa de comentários, mas podemos falar por outra via. O que me diz?"
A seu dispor.
"Quando vc fala em Guarda Negra e capoeiras, não consigo imaginar uma gangue de estrangeiríssimos austríacos, uma espécie de guarda suíça do imperador, mas sim num grupo de negros que de tão devotos à dinastia, tratavam a pauladas aqueles que conspiravam o golpe."
Só que esses marginais negros eram organizados e orientados pela polícia branca, tendo por objetivo matar dissidentes. Com os recursos do Tesouro ou a vista grossa das autoridades se pode fazer muito: que o digam os mensaleiros, traficantes e outros. Armar uns valentões para matar republicanos indefesos me parece mais uma prova de que o Trono não tinha sustentação popular do que o contrário. Aliás, Stalin também usava desordeiros para bagunçar comícios de seus adversários no partido, intimidar simpatizantes de Trotsky, etc. O Império Russo tinha os desoredeiros antissemitas das Centenas Negras. Hitler teve a SS e a SA. Os comunistas alemães tiveram a Frente Vermelha, citada como adversária em um hino nazista. Nazis e Vermelhos se envolviam em brigas de rua, como republicanos e Giarda Negra se envolviam no Brasil imperial, isso mostra até onde um homem pessoalmete decente, como o Imperador, teve que descer para segurar o poder.
"Acha mesmo que os Orléans e Bragança oferecem algum risco? A qual linhagem se refere, a dos cachaceiros ou dos carolas?"
Não se iluda, eles ficam influenciando as mentes fracas com a propaganda antibrasileira deles, osso é perigoso. As pessoas perderam o amor à Pátria, à "sagrada bandeira", à Revolução. Quando o entusiasmo popular se extingue, o regime vacila: foi assim com o Império de D. Pedro II, que acabou escorraçado sem que nenhum de seus aulicos fosse em sua defesa, foi assim como regime soviético, que resistiu a todos os absurdos bolcheviques, ms se despedaçõu quando o povo perdeu a fé na planificação e no partido. O regime está em risco e essas pessoas estão se aproveitando disso.

Augusto Nascimento disse...

Correção: "áulicos" e "isso".

Montesinos disse...

Ótimo! Escreva para mim e poderemos continuar a discussão.

cova.montesinos@gmail.com

Anônimo disse...

...e Woland escreve: sem saco prá ler o que o Augusto Nascimento, um doutrinado, isso é óbvio - não.. todos nós fomos( e somos. A esquerda não perde esta mania...) mas, num certo momento, a gente procura duvidar do que foi dito por doutrinadores e escrito nos livros da escola. Livros ótimos escritos por bons historiadores mudam essa esquerdice toda. Não que a Familia Real não tivesse lá os seus erros mas muito foi feito de bom. Boas coisas para o Brasil. o que foi "plantado". E naquele tempo. Não vou aqui dizer quais mas se procurem acharão. Direi uma que contém duas. Cês sabiam que Dom Pedro é considerado um dos 1º ecologistas que se tem notícia ? Quem vier ao Rio, em direção ao Tunel Rebouças, verá o Maciço da Tijuca. Lá, os 1ºs pés de café foram plantados. Não deu certo e pro vale do Paraíba o café foi. Depois, São Paulo onde eles, os pés, adoraram ficar mas como o café gosta de altura, Colômbia dominou muitos anos depois e, para os colombianos não plantarem " outra planta ", EUA compra o café deles. Mas até o Fittipaldi no capacete usava " Café do Brasil ". Item FORTE de exportação por várias décadas... Mas, o Maciço da Tijuca e a ecologia. Ficou todo peladinho o lado do maciço onde fica bairro da Tijuca ! Aquelas arvores, agora derrubadas para as "comunidades", foi ele, Pedrão II, quem plantou ! Com alguns escravos e funcionários, claro. Vai ver o tamanho da criança, o Maciço ! O Augusto de pensar: " ele ia com personal trainner... Fazia aquilo prá perder uns quilinhos..." Tô brincando. Ecologista era o Pedrão ! Bom, e a República, a nossa, não merece, hoje, taaaannnnta consideração assim, né, Augusto Nascimento ? Bom, só prá sentir se o pessoal manja da coisa mesmo porque manjo muito pouco... Direi uma contribuição da Familia: Jardim Botânico. Babaquice? Pronto, veremos se o Augusto e os que xingam a familia são bãos. Prá mim são esquerdas na pele de nacionalistas. Darei um a dica: Pfizer. É ! Jardim Botânico mil e oitocentos e domjoãocarequinha ( e comedor de coxinhas...) com Pfizer 2010 !

Augusto Nascimento disse...

"sem saco prá ler o que o Augusto Nascimento, um doutrinado, isso é óbvio - não.. todos nós fomos( e somos. A esquerda não perde esta mania...)"
O Positivismo, fundador da nossa República, da liberdade da nossa Pátria, nobre inspirador da nossa bandeira ("lindo pendão da esperança, símbolo augusto da paz", "sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor", como escreveu o grande Bilac) não é de esquerda, ele se coloca acima dos interesses estreitos das classes sociais, na defesa da harmonia e colaboração sociais sob o lema "Viver para outrem".
"Livros ótimos escritos por bons historiadores mudam essa esquerdice toda."
Esses "historiadores" são a versão brasileira dos revisionistas do nazismo e do Holocausto. São idiotas que prostituem sua profissional em defesa de uma ieologia mesquinha e assassina. Mas realmente em quase 500 anos de domínio absolutista, a Família Real criou o Jardim Botânico os brasileiros que têm alma de botocudo ou de macaquinho de imitação da "metrópole" devem vibrar com tanto verde para suas estripulias.
Que até hoje nossa Pátria e nossa bandeira despertem o ódio dos maus brasileiros, dos traidores, dos áulicos, dos carolas, dos exploradores, dos defensores da Escravidão é uma prova incontestável da vitalidade dos ideais dos revolucionários de 1889.
"Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!"

Anônimo disse...

500 anos?!
tá, jurava que os positivistas eram bons com a matemática... e cai um mito!
1889 - 1640 = 500!

arredondou, né!

Augusto Nascimento disse...

Nem todos: Comte, Constant, Rondon, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira certamente eram muito bons com a matemática.
Eu tinha englobado no conceito de "Famíla Real" todas as dinastias, porque, actually, cada uma delas é a "Família Real" (o rei espanhol quando da formação da União Ibérica era descendente de D. Manuel, o Venturoso). São quatro séculos (quinhentos anos, segundo, Lula é o tempo do PSDB no poder). Realmente, digitei errado, são quase quatro séculos (1500-1889), mais tempo que os EUA têm de independentes.
Mas, claro, nesse meio tempo, eles criaram o Jardim Botânico, despojaram um herdeiro do Trono por causa de preconceitos familiares, tornaram o Brasil o último país a abolir a Escravidão e talvez o primeiro a abolir o tráfico de escravos duas vezes (a primeira de mentirinha, a segunda sob pressão da Marinha da Rainha), sufocaram revoltas independistas e autonomistas... Enfim, tudo valeu a pena por causa do Jardim Botânico.

Anônimo disse...

...Para Comte, o Positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). .. E Woland, escreve: Pode ter um jacobino escondido por aí...

Horacio Livelton disse...

Toda essa invenção de heróis nacionais, bandeiras, símbolos, hinos é bem típico do Positivismo, eu pensava que socialistas, ambientalistas, feministas e similiares já eram o bastante para os dias de hoje, mas aí ressurge o cádaver de Comte pra fazer número no circo.

Augusto Nascimento disse...

"E Woland, escreve: Pode ter um jacobino escondido por aí"
Se você não fosse um ignorante, saberia que Comte queria evitar a violência revolucionária (culpa da Igreja e dos nobres, que insistiram em seus privilégios absurdos) e conciliar a moral da Idade Média com o progresso científico contemporâneo sob a liderança de um clero livre das superstições e corrupções do clero católico (alguém aí disse Teologia da Libertação, pedofilia e acobertamento?). Rondon conta em suas memórias que Benjamin Constant ensinava a seus alunos que o terror jacobino não era o caminho para a regenração social!
"eu pensava que socialistas, ambientalistas, feministas e similiares já eram o bastante para os dias de hoje, mas aí ressurge o cádaver de Comte pra fazer número no circo."
Nem fale, bons são os nazi-fundamentalistas, que recebem ordens de Deus para meter o país em um atoleiro militar, torram o dinheiro das futuras gerações em corporate Welfare para os ricos e influentes-mas Deus nos livre de que os pobres recebam alguma ajuda pública, no entanto!- e suspendem as liberdades civis porque estão com vontade.
"Toda essa invenção de heróis nacionais, bandeiras, símbolos, hinos é bem típico do Positivismo"
É por isso que os americanos, esses positivistas, têm uma bandeira nacional, bandeiras estaduais, Pais Fundadores, presidentes reverenciados como Lincoln, datas e acontecimentos lembrados como o Álamo, Pearl Harbor, etc. Ah, eu tinha esquecido: os gringos podem ter heróis e amar suas pátrias, nós não. Os traidores parecem incapazes de entender que um brasileiro possa amar sua pátria, seus símbolos sagrados, seus heróis e seus santos mártires. Tiradentes era reverenciado antes da Revolução, nem mesmo o Império conseguiu conter a espontânea devoção do povo brasileiro por seu herói.
"Se é mister que de peitos valentes,
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes,
Batizou este audaz pavilhão.
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos,
Heis de ver-nos lutar e vencer."

Horacio Livelton disse...

Augusto Nascimento, os nazi-fundamentalistas também estão inclusos nos similares dos socialistas, ambientalistas e feministas, tanto faz. Se queria me como comover com toda essa estória de "os gringos podem ter heróis e amar suas pátrias, nós não", não estou nem aí pra qualquer símbolo, bandeira ou herói nacional, sejam eles brasileiros, norte-americanos ou europeus, se nos EUA há os que veneram seus 'símbolos', são tão estúpidos quanto os brasileiros que fazem o mesmo.

Os símbolos já começam a receber o rótulo de sagrado: "Os traidores parecem incapazes de entender que um brasileiro possa amar sua pátria, seus símbolos sagrados, seus heróis e seus santos mártires", e quem não compactua com a idiotice é traídor.

"Se é mister que de peitos valentes,
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes,
Batizou este audaz pavilhão.
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos,
Heis de ver-nos lutar e vencer."

O que falar mais? ¬¬'


Realmente não sei em que dimensão você vive, se um dia você se percebesse como o idiota alienado que é, aposto que além do choque, também caíria na risada.

Augusto Nascimento disse...

"nos EUA há os que veneram seus 'símbolos', são tão estúpidos quanto os brasileiros que fazem o mesmo."
Ué, não eram os positivistas malvados" que ficavam inventando símbolos, heróis, etc? Pelo visto, um Comintern positivista se compraz em fazer isso em todos países e eras-antes ainda do nascimento de Comte: quem diria, os positivistas dominam a viagem no tempo!
"Os símbolos já começam a receber o rótulo de sagrado"
Eles não começam, eles são sagrados. O Hino da Proclamação da República, do qual você tão levianamente zomba, é mais velho que a Revolução; a bandeira nacional foi chamada por Bilac de "sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor"; Tiradentes é o amado Patrono Cívico da nossa Pátria.

Anônimo disse...

" Se você não fosse um ignorante, saberia que Comte queria evitar a violência revolucionária (culpa da Igreja e dos nobres, que insistiram.... " e Woland, escreve: blábláblá e blábláblá e mais blábláblá. Augusto Nascimento, um espelho lhe cai bem. Chamar o girondino Woland de ignorante não me parece vir de pessoa inteligente e sim desesperada, que escreve muito mas não convence. Aí, com a simples palavra "ignorante", vejo tratar-se de um esquerda em pele de sei lá o quê. Talvez, um nacionalista de araque ! E todos nós sabemos: O nacionalismo de esquerda é uma fraude ... http://www.olavodecarvalho.org/semana/refugio.htm... e, do mesmo texto do Olavo: " Nunca, na História, houve patriotas a quem se aplicasse tão exatamente, tão literalmente e com tanta justiça a observação de Samuel Johnson, de que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas ". Mas acho, sinceramente, que não sejas um canalha. Não tens inteligência para isso. És um inocente útil. Comandado. Alguém deve mandar na sua mente.

Augusto Nascimento disse...

Chamar de jacobino quem por princípio de opõe ao jacobinismo ou é ignorância ou é má-fé!
Claro, patriota mesmo é o Olavo de Carvalho e toda a patota que está preocupada com as contas públicas depois de apoiar 8 anos de gastança criminosa e que usa o terrorismo como desculpa depois de meter a América em um atoleiro militar e amarrar as mãos das Forças Armadas em DUAS guerras estúpidas e perdidas, com consciências nefastas para todo o Ocidente, Brasil incluído. Patriota como Silvério dos Reis!

Anônimo disse...

.. e Woland, escreve: UAL ! Tu é rápido no gatilho, hein, mermão ? Não sou muito desconfiado mas se fosse, diria ser o dono do blog. É uma característica, essa rapidez toda... Mas curioso sou. E, me desculpe, usei uma isca. Ainda acho que os afetadinhos, e que se acham muito inteligentes, são jacobinnos. Substimam a inteligência dos outros e quando pegos na própria ignorância xingam, usam de sarcarmos e são bem pedantes. Apesar que sou um pouquinho sarcástico. De vez em quando... sabe ? Ou saem cortando cabeças ! Tentam assim ganhar o debate ! Mas, Augusto Nascimento, gostas do passado, como eu, mas, realmente, gostaria de saber do que voce pensa sobre o futuro. Do país, Brasil, o nosso ! Se fosse presidente do Brasil, eleito, o que voce faria para melhorar realmente a nossa situação ? Sabia que o Brasil só participa de 1% do comércio mundial ? Que República... E ninguém viu conexão dos Jardin Botanicos com a Pfizer... é, sou um inguinoranti mesmo.

Augusto Nascimento disse...

"Sabia que o Brasil só participa de 1% do comércio mundial ?"
Sabia que, entre a queda do tirano D.Pedro II e os anos 80, o Brasil foi um dos países que mais cresceram no Mundo? Isso dá a medida de quão palpérrimo o Brasilera sob a tirania imperial.
É necessário restabelecer a pena de morte (Comte ensinou que ela deve ser usada de forma parcimoniosa, mas não deve ser abolida), restabelecer a Constituição de 14 de julho, equilibrar o Orçamento, reestabelecer a disciplina no ensino público, introduzir o ensino em tempo integral, prestigiar a autoridade policial, restabelecer a Educação Moral e Cívica (se não me engano, um ministro da educação japonês disse que seu objetivo era que os filhos dos japoneses pudessem ser japoneses de novo, livres da doutrinação do vencedor americano; o que nós devemos querer é que nossos filhos possam ser brasileiros de novo, criados para amar nossa Pátria e seus símbolos), dissolver as organizações patronais e sindicais, moralizar a Previdência Social, continuar aumentando as reservas cambiais do Estado, abandonar o TIAR, o Mercosul e a OEA, buscar novos mercados, reafirmar o poder brasileiro.

Augusto Nascimento disse...

me desculpe, usei uma isca. Ainda acho que os afetadinhos, e que se acham muito inteligentes, são jacobinnos.
Mentira! Isso não é como se tivesse comparado o comunista com um jacobino, por conta do radicalismo de suas posições (os próprios marxistas o fazem ao falar em "Termidor"). Você associou Comte à Revolução francesa como se ele apoiasse o terror jacobino. Isso é uma mentira monarquista.

Anônimo disse...

... e Woland, escreve: Augusto Nascimento. Nada disso. Eu não associei nada. Eu disse que tinha um jacobino por aqui. " Anônimo disse...
...Para Comte, o Positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). .. E Woland, escreve: Pode ter um jacobino escondido por aí...

16 de julho de 2010 20:47 ". E, se voce se contenta com 1% do comércio mundial... Parabéns ! Não precisamos de cabeças iluminadas como a sua. Voce só pode estar me zoando. Voce está falando da Constituição Rio Grandense de 1891 ? Conhecida como a " Ditadura Republicana " ? Que deu em Vargas e Estado Novo ? O fascista... Vargas ? Tu és de esquerda mesmo... Faça o seguinte: Faça isso no Rio Grande do Sul, tchê ! Que lá vire um país ! Cês, estão ferrados ! E, para o seu ministro da agricultura, chame o Stédile ! Bah !

Augusto Nascimento disse...

Não me contento com 1%, mas me contento menos ainda com a Escravidão, o assassinato de dissidentes, a tirania e a pobreza de dimensões africanas que o Imperador nos legou. O rei-filósofo que nos governou por mais tempo que Castro em Cuba nos legou uma população noventa por cento analfabeta. É o tipo de regime que os traidores tanto amam...
"Conhecida como a 'Ditadura Republicana ' ? Que deu em Vargas e Estado Novo ? O fascista..."
Vargas suspendeu a Constituição Castilhista e destituiu o republicano Flores da Cunha para implantar o fascismo no Brasil. A implantação do fascismo, a queima das bandeiras estaduais e o fim do Federalismo (o Federalismo foi ardentemente defendido pelos positivistas) foi apoiado pela Igreja Católica, já os positivistas (como Lindolfo Collor) romperam com Vargas quando ele restringiu a liberdade de Imprensa, ainda antes do golpe fascista). História não é seu forte, né?

Augusto Nascimento disse...

Ah, correção: "paupérrimo"

Anônimo disse...

.... E Woland escreve: Bom, História não é o meu forte porque tem que ser muito pedante para se achar um mestre em História. E, aliás, História = Positivismo ? Poxa, Augusto Nascimento, como voce é fera em História... Abraão conheceu o Positivismo de Comte... Aliás, Deus mandou o sumério embora de Ur por causa de Comte ! Com medo que o Patriarca fosse ficar igual ao Augusto Nascimento, obcecado pelo Positivismo ! Comte, para o senhor do Blog do Mister X, é Deus ! Cabral descobriu o Brasil devido a D.Manuel, o positivista ! Na China, Confúcio, muitos dos seus princípios é dedicado a Auguste Comte, o Antiliberal ! Olha, leva essa velhacaria ideológica prá longe, Augusto ! Comte outra ! Voce parou no tempo ! Mau negócio, mermão. Cadê o " A Pátria " ?

Augusto Nascimento disse...

Não preciso ser mestre em História para saber que a relação entre Comte e Vargas que você inventou é totalmente obtusa, do mesmo modo que não preciso de um doutorado do Instituto de Matemática Pura e Aplicada para conhecer a tabuada do 4.
Augusto Comte não era Deus, ele foi um gênio, a maior mente desde Aristóteles. Comte está para os estudos sociais como Pasteur está para a Medicina: o homem que pôs uma área dominada pela superstição em bases realmente científicas.
"Cadê o ' A Pátria ' ?"
Deve estar escrevendo no Mídia Sem Máscara, defendendo padres pedófilos e coisas do gênero!

Anônimo disse...

...e Woland, escreve: Não inventei, não... Augusto, cá entre nós, um gênio pouco lembrado ultimamente, não é verdade ? Isso quer dizer que, quem o venera, não sabe "passar" a sua grande genialidade... Mas, não é isso que quero lhe dizer. Isso agora eu vou dar nome e livro prá voce. Ele é gaúcho e tenho vários livros dele. E é historiador. Eduardo Bueno. Livro " Brasil: uma História - a incrível saga de um país ". Toma a editora, Àtica. Olha só o que ele escreveu, levando-se em conta a Revolução de 1891 .... PÁG 255, O RIO GRANDE INSURRETO " .... Após fraudes escandalosas em duas eleições e uma sucessão de assassinatos políticos Júlio de Castilhos assumiu a presidência do Rio Grande do Sul em 25 de janeiro de 1893 ( olha a data...). Uma semana depois, em 2 de fevereiro, a GUERRA CIVIL rebentou. Contra Castilhos se ergueram não só os federalistas de Gaspar Silveira Martins, mas também MONARQUISTAS, perseguidos e descontentes em geral E ATÉ MESMO REPUBLICANOS( tanto a tendência parlamentarista quanto presidencialista ) que o sectarismo do DITADOR havia afastado do partido.... " no final, temos isso ... " O Rio Grande do Sul, no entanto, seguiria violento e dividido até 1930 " ! Vargas já dava os seus pitacos, não dava ? http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_de_Castilhos...." ... Júlio de Castilhos exerceu influência singular sobre a política gaúcha. A constituição estadual de 1891, elaborada por ele, inspirava-se muito fortemente no positivismo do filósofo francês Auguste Comte e garantia ao governante os meios legais de implementar a política de inspiração positivista...." Dá uma olhadela em "SEGUIDORES", por favor. Ah... Como bem disse, história não é o meu forte mas sou extremamente curioso. Mentiroso ? Todos somos ! Inclusive voce.

Anônimo disse...

Mais do mesmo: " ....Matriculou-se em 1904 na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, atual da UFRGS. Bacharelou-se em direito em 1907. Trabalhou inicialmente como promotor público junto ao fórum de Porto Alegre, mas decidiu retornar à sua cidade natal para exercer a advocacia. A orientação filosófica, como muitos de seu estado e de sua época, era o positivismo e o castilhismo, a doutrina e o estilo político de Júlio Prates de Castilhos. Coube a Getúlio, que se destacara como orador, fazer o discurso, em 1903, nos funerais de Júlio de Castilhos. Na Juventude Castilhista, fez amizade com vários jovens da elite do estado, que se destacariam na revolução de 1930, entre eles João Neves da Fontoura e Joaquim Maurício Cardoso. Como castilhista, Getúlio vê a vida pública como missão, e assim sintetizou o seu governo em 1950: " A missão social e política de meu governo não foi ideada pelo arbítrio de um homem, nem por interesses de um grupo; foi-me imposta, a mim e aos que comigo colaboram, pelos interesses da vida nacional, e pelos próprios anseios da consciência coletiva!". Ai, ai ... Se rompram depois com Vargas... " Mas mamaram, não mamaram "? Positivistas... HA !

Augusto Nascimento disse...

Todas essas suas mentiras foram desmascaradas há muito tempo. Vocês, monarquistas, precisam inventar umas mentiras novas! "Mentiroso ? Todos somos ! Inclusive voce." Pelo menos, você diz a verdade sobre si mesmo... é o paradoxo do mentiroso cretense ao vivo. Pena que julgue o caráter dos outros pelo seu.
1) Uau, os monarquistas e parlamentaristas (disfarce dos monarquistas, que sabiam que o governo central não aceitaria que impusessem a monarquia no Rio Grande do Sul), defensores da Escravidão, se levantaram contra o Partido Republicano Rio-grandense e contra Júlio de Castilhos, defensor da Abolição? Isso prova o quê, além de que os monarquistas são traidores, inimigos da Pátria? Por que os perdedores nas eleições não aceitaram o resultado das urnas, preferindo a guerra civil a respeitar a vontade do povo? Esses monarquistas eram os mesmos sujeitos que achavam maravilhosas as fraudes eleitorais e a violência política nos tempos do Império.
2) Os positivistas não apoiaram a Revolução de 30 ou a de 22 (quando Rondon- se não me engano, em 22, perguntou a Borges de Medeiros se ele tinha autorização para participar da Revolução, Borges de Medeiros respondeu que estava agindo à revelia da Igreja Positivista, pois esta continuava legalista). Rondon foi preso em 30 por continuar legalista (é isso que os traidores monarquistas chamam de "mamar", se arriscar por suas convicções? Logo eles que mamaram o quanto quiseram o sangue do povo na Monarquia e, depois, não tiveram nem coragem de defender o trono e o Velho?) Aliás, se a Revolução era positivista, por que os maragatos, que combatiam o castilhismo, participaram dela? Tomaram vergonha na cara de repente? Maragatos varguistas como Brizola são positivistas também?
3) Quantos positivistas havia no governo Vargas quando houve o golpe em 1937? Havia mais antipositivistas radicais-Góis Monteiro é um exemplo-e católicos (a Igreja apoiou entusiasticamente o golpe e abençoou a queima de bandeiras) do que positivistas. Por que Vargas seria positivista quando os poucos positivistas que havia em seu governo foram embora ainda antes do golpe, e não católico quando ele favoreceu a Igreja e recebeu o apoio dela para governar ditatorialmente até o fim? Como a Igreja concilia seu teórico amor ao próximo com seu prático amor ao fascismo? Se Vargas era positivista- isso é, contra as superstições religiosas e pela liberdade de consciência- por que ele apoiou o ensino religiosos forçado e declarou Nossa Senhora Aparecida padroeira do Brasil? O que esta estúpida superstição tem a ver com o positivismo?
4) Continuo esperando uma resposta: se Vargas era positivista, por que ele eliminou a constituição castilhista e destituiu o governador republicano do Rio Grande? Por que positivistas, como Rondon, se opuseram a Vargas e se aproximaram da oposição anti-fascista, incluindo a Sociedade de Amigos da América? Por que o Clube Positivista se colocou contra o golpe fascista,que foi apoiado pela Igreja?
5) Se Vargas era castilhista, por que eliminou o PRR? Aliás, por que nomeou militares em vez de políticos castilhistas para governar o Rio Grande?
6) "Isso quer dizer que, quem o venera, não sabe 'passar' a sua grande genialidade... "
Já os católicos passaram muito bem o "amai-vos uns aos outros" quando apoiaram o fascismo varguista e as torturas e assassinatos de dissidentes... Quando acobertam os padres pedófilos, passam ainda melhor.

Anônimo disse...

... e o Barão Woland de Copacabana, morrendo de rir, escreve: Mamar nas tetas do pudê, meu caro ! Os positivistas gostam... Além de mentirosos( e corruPTos) serem também. Como eu. Voce é muito inocente. Militares positivistas existem ! Militares de esquerda, também. No Brasil ! Que católicos, tú és doido ? Meu amigo... Claro que, quando uma figura poderosa se firma, até o Dobermannn vira Pinscher... Se cavucar acha até judeu apoiando Hitler ! Pedófilo não existirá um positivista sequer ? Ahhh, claro, hoje é mais fácil encontrar um torcedor do São Cristovão do que um positivista.... Qualé... Bom, senhor positivista Augusto Nascimento. Gostei do papo, apesar de achar que voce é de esquerda ! Reeleia seus comentários e verás que, se não és de esquerda, está fazendo muita força para ser ! E é enrustido( Sem duplos sentidos, por favor. Gostas de um vermelho... de uma foice e um martelo... mas sentes vergonha ). Quem sabe, Comte não esconde algo mais... Lerei com mais atenção o Positivismo. Procurarei nomes. Depois te passo. Nobre amigo... êpa ! Nobreza não dá. Amigo... soa falso. Caro Adversário ideológico, leia mais sobre a Familia Real. Só isso. Eu sou um real conservador ! Com um nobre viés liberal ! Mas gostaria de ter um título... " Visconde Woland De Itaipava( ou Copacabana ) "! Imagine voce como ficaria bonitinho( me perdoe mas não sei de onde és...): Barão Augusto do Nascimento da Lagoa dos Patos ! Duvido que o senhor tivesse peito de declinar, em frente e ajoelhado perante o Imperador Pedrão, o Segundinho, de tal honraria... Levava uma espadada na cabeça e saíria se achando... Lullalá é povão mais adora travesseiros em algodão egípcio....

Augusto Nascimento disse...

"Barão Augusto do Nascimento da Lagoa dos Patos ! Duvido que o senhor tivesse peito de declinar, em frente e ajoelhado perante o Imperador Pedrão, o Segundinho, de tal honraria..."
Como muito bem escreveu Thomas Paine, isso é coisa de afeminados, a República se preocupa com coisas mais viris do que fúteis títulos de nobreza, ela se preocupa com o bem-estar geral.
" Claro que, quando uma figura poderosa se firma, até o Dobermannn vira Pinscher..."
É o que fizeram João Batista diante de Herodes, Jesus diante de Pilatos, Estevão diante dos seus apedrejadores, Pedro e Paulo diante de Roma, Tiago diante dos judeus, Daniel diante de Nabucodonosor. Espere aí, não é, não...
"Gostas de um vermelho... de uma foice e um martelo... mas sentes vergonha ). Quem sabe, Comte não esconde algo mais..."
Augusto Comte ensinou que deve-se buscar a harmonia social, deve-se criar uma sociedade-usando-se a famosa frase de Kennedy- em que os fortes são justos, os fracos estão seguros e a paz, preservada. Acusações de radicalismo são um velho truque dos monarquistas, que defendiam que a Escravidão chegasse ao século XX e acusavam de radicais os defensores da Abolição.
"Pedófilo não existirá um positivista sequer?"
Talvez existam, mas não são protegidos pela Igreja, pelos blogueiros, pelas autoridades, etc. Não têm a sorte de ter dois papas evitando que eles recebam a justa punição. Além disso, a visão católica da sexualidade é doentia, forçando mentes mais fracas a cair em uma vida de baixezas, como a pedofilia.

Anônimo disse...

... e Woland, escreve: Tá. Mas, bicha, eu ? Olha, sabia que tem um certo pessoal que habita a parte mais meridional do nosso território que se acha, seus homens, macho pacas! Pelo incrível que pareça, dessa região prá cima, da divisa de Santa Catarina e fazendo fronteira com outros países e até as 200 milhas náuticas, o pessoal que não mora lá adoooora fazer piada com esse povo. Não, afeminados existem em todos os lugares, aqui no Rio - daqui mesmo e "importados") mas eles, dizem que lá, na parte mais meridional do nosso território, isso lá não existe ! Prá que ! HA ! É piada direto com voc... eles ! Vou mandar uma, para voce, tchê, não ficar chamando os outros de afeminados: Do... capitão Rodrigo( lá, sempre existe um. Positivista, não sei...) ! " Ia um biriva orelhano pela estrada, lá perto de Pelotas, perdido das tropas... quando surge um homem calvagando o seu bagual ! Barroso !Imponente ! O homem empinado, reto, decidido ! Pára diante do rapaz que já espera uma queréla com o gaudério. Assustado, com tanta força nos movimentos... hummm... exageradamente viris, do homenzarrão domando o redomão, o guapo fica quieto, olhando-o, petrificado. " Sou o Capitão Rodrigo..." diz o joão grande dos pampas bravios mas, sem deixar o rapaz franzino se identificar, emenda rapoidamente ... " mas pódi mi chamar de Claudinétchiii..." HA ! Sobre Jesus, João Batista, Santo Estevão e Daniel vejo que voce é um covarde... Coragem meu amigo. Ataque Maomé. Ou Allah, O Misericordioso.. mais fácil atacar a Igreja Católica ou os judeus, não ? São mais democráticos... Coragem, não sejas um gaudério falsificado...

Augusto Nascimento disse...

Eu não ataquei Jesus, Estevão, etc, analfabeto. Pelo contrário, eu disse que eles não fizeram o que VOCÊ disse que todo mundo faz, não cederam ao despotismo (Estevão foi apedrejado pelos judeus, Tiago foi assassinado pelos mesmos, Paulo e Pedro foram liquidados pelos Romanos, etc.). Se a Igreja diz seguir as ideias dessas pessoas e deriva disso seu prestígio e seus privilégios, ela deveria seguir o exemplo dessas pessoas, não abençoar a implantação de um regime fascista!

Anônimo disse...

..." " Claro que, quando uma figura poderosa se firma, até o Dobermannn vira Pinscher..."
É o que fizeram João Batista diante de Herodes, Jesus diante de Pilatos, Estevão diante dos seus apedrejadores, Pedro e Paulo diante de Roma, Tiago diante dos judeus, Daniel diante de Nabucodonosor " " ... e Woland, já desanimmado, pois conversa com um doido dissimulado, escreve: ... Sua besta, voce é um caso sui generis ! Escreve e precisa de aulas de interpretaçãopara o texto que acabou de escrever...... eles não viraram pinscheres, seu mané ! Nem Dobermanns eram.

Augusto Nascimento disse...

Eles não se renderam diante da opressão, ao contrário da Igreja. Você justificou a cooperação da Igreja com o fascismo getulista (ao qual os positivistas se opuseram desde o começo) dizendo que todo mundo faz isso, se render aos déspotas. Eu mostrei que os homens que essa Igreja considera seus exemplos morais e dos quais ela diz derivar sua autoridade nunca fizeram isso, nunca se renderam.

Augusto Nascimento disse...

Medeiros e Albuquerque

(Por ocasião da partida de D. Pedro II)

"Pobre rei a morrer, da velha raça
dos Braganças perjuros e assassinos,
hoje que o sopro frio da desgraça
leva os teus dias, leva os teus destinos
do duro exílio para o longe abrigo,
hoje, tu que mataste Pedro Ivo,
Nunes Machado e tantos mais valentes,
hoje, a bordo da nau, onde, cativo,
segues, deixando o trono hoje tu sentes
que enfim soou a hora do castigo!

Pobre rei a morrer, - de Sul a Norte,
a valorosa espada de Caxias
com quanta dor e quanta nobre morte
da nossa história não encheu os dias,
de sangue as suas páginas banhando!
Digam-no dos Farrapos as legendas!

Digam-no os bravos de 48!
Falem ainda as almas estupendas
de 17 e 24, afoito
grupo de heróis, que sucumbiu lutando.

Alma podre de rei, que, não podendo
ganhar amigos pelo teu heroísmo,
as outras almas ias corrompendo
pela baixeza, pelo servilismo,
por tudo quanto a consciência abate,
- alma podre de rei, procura em volta
do teu ruído trono desabado
que amigo te ficou, onde a revolta
possa encontrar indômito soldado
que lhe venha por ti dar-nos combate.

De tanta infâmia e tanta covardia -
só covardia e infâmia, eis o que resta!
A matilha, a teu mando, que investia
contra nós, - nesta hora tão funesta,
volta-se contra teu poder passado!
Rei, não se ilude a consciência humana...
Quem traidores buscou - acha traidores!
Os vendidos da fé republicana,
os desertores de ontem - desertores,
hoje voltam do teu pra o nosso lado!

Vai! Que as ondas te levem mansamente...
Por esse mar, que vais singrar agora,
- arrancado a um cadáver ainda quente -
anos há que partiu, oceano a fora,
o coração do heróico Ratcliff.

A mesma vaga que, ao levá-lo, entoava
do livre mar eterno o livre canto,
como o não redirá, sublime e brava,
ao ver que passa no seu largo manto,
da monarquia o lutuoso esquife!"
Vivam o Povo, o Exército e a Armada! Viva a República!

Anônimo disse...

PESSOAL, TEM GENTE VAGUEANDO PELA ÁREA DA RELIGIÃO, ENQUANTO O ASSUNTO É COMPLETAMENTE OUTRO (ACORDEM!):Os americanos pararam porque "manter a barriguinha cheia" é mais importante do que ficar mandando ônibus espaço a dentro!!!
Eles estão pifados... e não têm porcaria de retorno nenhum em tudo isso!!... e quando tem uma festa e a entrada pela porta custa 60 contos (e eu não posso dispor)... fico fora da festa, oras!!!