domingo, 20 de dezembro de 2009

Poema do domingo

O último poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira (1886-1968)

Um comentário:

Anônimo disse...

Viva o Povo, pois dele é o Reino, o Poder e a Glória.
Tiago