quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Você não construiu isso!

Ficaram célebres as palavras de um recente discurso de Obama, no qual ele disse: "Você não construiu isso. Alguém fez isso acontecer pra você."

Ele estava se referindo aos inventores e empreendedores, os quais, segundo Obama, não teriam feito nada sem a ajuda do governo... Obama continuou:

"O governo criou a Internet, e depois as empresas utilizaram ela para ganhar dinheiro."

Deixando de lado o fato de que a Internet não foi exatamente uma "criação do governo americano", mas um longo processo que envolveu cientistas, universidades, empresas privadas e instituições militares, o curioso é que, para Obama, é o governo que cria, enquanto os empreendedores são meros parasitas! Uma inversão total do que acontece no mundo real. Mas faz parte do pensamento de Obama, que cresceu entre comunistas, marxistas e islamistas, e portanto não consegue ver além do coletivismo mais rasteiro.

Há um novo documentário sobre Obama que está fazendo bastante sucesso nas telonas americanas. Produzido com apenas vinte mil dólares, já embolsou mais de dez milhões.

O sucesso se explica, acho, porque há muitas teorias conspiratórias sobre Obama -- que seja muçulmano; que não tenha nascido na América; que seu pai seja outro que não Obama Senior; que sua biografia tenha sido escrita por Bill Ayers; que não tenha ido a Harvard. Nunca saberemos direito o que é verdade ou não.

Mas talvez a mais conspiratória das teorias seja a de que não há nada de misterioso ou especial em Obama: que ele seja apenas um medíocre que chegou lá exclusivamente por ter tido a fortuna de estar no lugar certo na hora certa. Era bem o que os globalistas precisavam, um fantoche negro que terminou caindo nas graças do público. Pode ser que todo o mistério foi criado propositalmente, com a intenção de sempre manter a polêmica: "Falem mal, mas falem de mim". Obama é uma tela branca na qual cada um vê o que quer.

A Califórnia está quebrada e o déficit público americano só aumenta. O desemprego continua e Obama não cumpriu quase nenhuma de suas promessas. Ainda assim, ele não vai mal nas pesquisas e Romney, por ora, não convence: o mais provável é que Obama seja mesmo reeleito.

Obama e os Democratas não construiram a América, mas estão certamente ajudando a destrui-la...


15 comentários:

Anônimo disse...

A Internet e varias outras inovações nasceram de projetos financiados pelo departamento de defesa americano. O trabalho de pesquisa foi feito nas universidades e, posteriormente, houve esforço da indústria para padronizar e melhorar essas tecnologias. Não dá para ignorar o papel do governo americano em incentivar a inovação tecnológica, nem tão pouco dos empreendedores e investidores privados americanos que criaram o melhor ecossistema de negócio e inovação high tech do mundo: o Vale do Silicio. Outro papel crucial do governo americano foi na exploração espacial, várias novas tecnologias foram desenvolvidas pela NASA.

Mr X disse...

Não estou dizendo que o governo não possa ter um papel importante (muito embora nos dias de hoje esse papel seja quase sempre negativo - a NASA de Obama tem como uma de suas principais missões "melhorar a auto-estima dos muçulmanos"), mas o discurso de Obama minimizou totalmente o papel dos empreendedores e da iniciativa privada.

No mais, as universidades nos EUA, mesmo públicas, trabalham muito com a iniciativa privada, ao contrário do que ocorre no Brasil. Companhias como Xerox e IBM tiveram papel importante no desenvolvimento da Internet.

Quanto às tecnologias desenvolvidas pela NASA, verdade, mas também dizem que tem aquela história: os americanos gastaram milhões de dólares para criar uma caneta esferográfica que funcionasse no espaço. Os russos usaram um lápis...

Abs

Anônimo disse...

Obama é uma criação tanto quanto foi o maldito do Lula... e ele tbm vai voltar (se é que saiu!)...

Chesterton disse...

departamento de defesa é orçamento militar, exatamente o que Obama quer diminuir drasticamente.

Chesterton disse...

Estava ouvindo um comentario da Mirian leitoa na radio e ela estava incoformada com a margem de 10% de lucro das montadores, quando em outros lugares é 6-5-3%.
PQP! Os impostos levam 3 vezes mais que isso. Sem fazer nada!
Será que os socialistas fabianos desaprenderam matematica?

Chesterton disse...

os EUA são o que são POR CAUSA dos empreendedores. Quem gerou a riqueza da qual se tirou o imposto que possibilita obras "do governo"? Ora, esse Obama é mais idiota que o Lula, que é ladrão e não é bobo.

Mr X disse...

É só um chute, mas tenho a impressão que as montadoras no Brasil apostam numa margem de lucro um pouco maior *justamente* devido aos altos impostos, que aumentam muitíssimo o custo do carro. Não podendo ganhar com volume de venda, precisam ganhar com uma margem de lucro maior.

As coisas no Brasil em geral andam muito caras, mas carros são um absurdo.

Bem, eu sou pobre e paguei aqui 1500 doletas pelo meu carro usado.

Mr X disse...

Enquanto isso, lá na Muslimlândia... Lembram da garota que foi obrigada a casar com o estuprador para não manchar a honra da família? Pois é, se matou...

http://rederecord.r7.com/video/jovem-de-16-anos-se-suicida-apos-ser-obrigada-a-casar-com-proprio-estuprador-4f63d8f73d14e7d4eee70bdc/

Chesterton disse...

Aborto. A minha semana foi dominada por ele. Nos Estados Unidos, o republicano Todd Akin fez estragos na campanha de Mitt Romney com uma afirmação miserável sobre o tema: quando há violação, o corpo da mulher tem maneiras de resolver isso, rejeitando a gravidez.

A miséria da frase não está no delírio acientífico do homem, nem sequer na sua recusa do aborto em casos de violação --uma posição tradicionalista, sim, que é possível entender (não por mim) e até respeitar (idem).

A verdadeira miséria está na defesa explícita de que há violações e violações. Se a violação é verdadeira, o corpo da mulher é uma espécie de nave espacial que se desvia dos meteoritos, impedindo que o espermatozoide faça a sua aterragem triunfal em solo ovular.

Se, pelo contrário, a violação é ambígua, ou "amigável", como sacrificar a vida de um inocente? Sobretudo quando esse inocente é o produto de uma violação-que-não-é-bem-uma-violação?

Já escrevi nesta Folha. Repito: sou contra a liberalização do aborto, exceto quando está em causa a saúde física e psíquica da mãe.

E imagino que uma mulher violada --a sério ou a brincar-- não fica propriamente no seu melhor estado anímico. As palavras de Todd Akin são, por isso, duplamente aberrantes.

Mas o aborto, e a minha semana a pensar no assunto, não veio dos Estados Unidos. Veio de Portugal.

Na imprensa lusitana, encontro notícia séria que merece reflexão séria: um pesquisador português, Jorge Martins Ribeiro, escreveu um estudo universitário sobre a paternidade.

Melhor: defendendo a possibilidade de um homem não reconhecer a paternidade de um filho nascido contra a sua vontade.

O pesquisador português baseia-se na mais pura igualdade entre gêneros. E invoca a liberalização do aborto no país (desde 2007) em socorro das suas teses: se, em Portugal, a mulher pode decidir abortar até as dez semanas de gestação, independentemente da posição do homem sobre o assunto, por que motivo o homem não pode recusar a paternidade de uma criança?

O raciocínio de Martins Ribeiro é exemplar --e exemplar porque parte da mesma noção de "autonomia" que está no centro das discussões progressistas sobre o aborto.

É a mulher grávida quem decide o que fazer com a criança. Sempre. A opinião do homem; os seus interesses; o desejo (ou não) de ser pai --tudo isso tem importância, digamos, conjugal ou sentimental.

Mas nada disso determina o fim do processo. Porque a "autonomia" da mulher é sempre soberana.

Nenhum homem pode obrigar uma mulher a abortar. No esquema geral das coisas, o homem não passa de um doador de esperma que, depois do serviço, é atirado para as bordas do prato, assistindo a um filme onde ele será apenas ator coadjuvante.

Como? Perfilhando (obrigatoriamente) a criança e sustentando-a, caso a mãe decida tê-la.

O pesquisador Jorge Martins Ribeiro, com impressionante sensibilidade paritária, inverte as premissas tradicionais do debate e conclui: se um homem não pode obrigar a mulher a abortar, não pode também ser obrigado pela mulher a perfilhar uma criança que ele não desejou.

E mais: nem a autoridade do Estado pode invadir essa esfera de "autonomia" (masculina). O Estado não pode determinar que uma mulher aborte uma criança.

Como pode desencadear uma averiguação oficiosa de paternidade? Se o pai não quer ser pai, o filho será, literalmente, filho da mãe.

Claro que, no meio do debate, algumas consciências progressistas acabarão por apelar para "os superiores interesses da criança".

Curioso: quando é para abortar, não há "superiores interesses da criança"; quando o homem ameaça fazer as malas, a criança passa a ter "superiores interesses".

Nada disso perturba o raciocínio do nosso pesquisador. "Superiores interesses da criança"?

Diz ele: um sistema que já acomoda o aborto livre até as dez semanas pode perfeitamente conviver com filhos sem atribuição da filiação paterna.

Eis, no fundo, a beleza da "autonomia" progressista: todos sabemos como ela começa; ninguém sabe como ela acaba.

Coutinho (o grande)

Mr X disse...

Uma coisa que acho curiosa é o seguinte. O pessoal que eu conheço por aqui é praticamente todo Obamista, e querem um segundo mandato. Mas não porque eles vejam alguma realização incrível que o Obama tenha feito, ou que tenha resolvido a economia, ou qualquer coisa. Simplesmente é que, para eles, Romney é um bicho-papão comedor de criancinhas; pareceria que, segundo eles, se Romney for eleito, gays serão executados na cadeira elétrica, imigrantes serão espancados e velhinhas serão deixadas para morrer nas ruas...

Ora, Romney é um Republicano-light. É muito pouco provável que ele detenha a insana marcha socialista. E, nos próximos anos, com maioria latina do país, aí sim que vai ficar impossível.

Anônimo disse...

Obama e um invenção da maquina politca de Chicago, o atual prefeito de Chicago e o Rahm Emanuel que tem dupla cidadenia Isrealense-Americana.

Eu acredito que cidades como Chicago e NYC e o que a Nova Ordem Mundial quer pro Mundo: Judeus mandando numa população miscegenada que tem uma cultura controlada pela midia como na Bahia de Jacques Wagner, na Grã-Bretanha de David Cameron e Ed Miliband ou ate mesmo São Paulo com os seus Levantinos como Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin.

Mr X disse...

Bom discurso do Clint Eastwood (sim, ele mesmo) na convenção Republicana:

http://www.youtube.com/watch?v=oTucyyBRMHY

Anônimo disse...

Que diabo voce ta fazendo na California MrX?

Chesterton disse...

Mr, agora eu parei de me preocupar com governos socialistas, pois amim pessoalmente atingem muito pouco. Que se ferra são seus próprios eleitores.

AF disse...

Mr, agora eu parei de me preocupar com governos socialistas, pois amim pessoalmente atingem muito pouco. Que se ferra são seus próprios eleitores.

Discordo de você, Chesterton... quando o bicho pegar de verdade... aí vai atingir a todos... e salve-se quem puder!