quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É preciso poder falar mal das minorias -- para o próprio bem delas

Vou dizer algo surpreendente. Não gosto de racismo ou xenofobia. Não gosto de ver pessoas sendo criticadas exclusivamente pela sua raça, origem, religião ou etnia. Parece-me de mau gosto. Acho que há algo um pouco vulgar no racismo, remete a um tribalismo primário, a uma negação total das diferenças entre cada indivíduo, somada a um injustificado senso de superioridade independente de qualquer realização individual. Ou seja, é coisa de proletário!

Quem critica "os negros" ou "os judeus" ou "os índios" como um todo, como se se tratassem de grupos totalmente homogêneos, está comentendo um erro de generalização. Não que não haja alguma verdade nas generalizações, ou até nos estereótipos. George Orwell uma vez escreveu, citando um provérbio polonês, "confie numa cobra antes do que num judeu, num judeu antes do que num grego, e jamais confie em armênios." Não sei dizer sobre judeus ou gregos, mas quanto aos armênios, pode ser verdade! Um aqui me vendeu um carro usado cheio de problemas!! Por outro lado, eu não poderia a partir daí generalizar e afirmar que todos os armênios são sacanas. Deve ter alguns que são bem legais! Porém, turcos, judeus, árabes, persas, armênios e tais são originalmente povos mercantis, e pode ser daí que veio o estereótipo. 

Porém, generalizar é um erro grosseiro. Muitas culturas mudam com o tempo. Judeus, por exemplo, existem de vários tipos. Existem os que adoram Israel, os que estão pouco se lixando, os que praticam a religião, os que não praticam, os que são de esquerda (maioria, tristemente) e os que são de direita. Não gosto dos judeus ativistas comunistas, mas na verdade tampouco gosto dos gentios comunistas como o Sakamoto. Quanto aos negros, é um pouco mais complicado devido a vários fatores, mas tampouco podemos ser totalmente negativos com essa raça, com o perdão do trocadilho. Conheci negros trabalhadores e estudiosos, e seria injusto acusá-os de culpas que não têm. São gente boa e decente!

Mas tampouco gosto de mentiras. Hoje vivemos num momento em que não é que não se possa falar mal de "minorias" (negros, judeus, muçulmanos, asiáticos, mexicanos, imigrantes em geral, gays, mulheres, etc. -- enfim, qualquer um que não seja homem, branco e hétero) -- é que estas devem mesmo ser endeusadas, colocadas num altar. Assim, também não dá.

Por exemplo, uma coisa que incomoda, e muito, na mídia contemporânea, é a completa negação de que as minorias possam sequer cometer algo errado. Quando um negro ou um latino ou um muçulmano comete um crime, você muitas vezes não fica sabendo: fala-se em "jovens", em "adolescentes". Em alguns casos até se usam expressões em voz passiva, tipo, "Idoso morto por uma faca", como se a faca tivesse agido por conta própria.

Pior. Qualquer coisa que acontece que nem é negativa, mas que pode talvez quem sabe ser interpretada por alguém como negativa, por exemplo, uma cartilha sobre menores infratores que inclui um personagem negro, pronto, vira "racismo". Religiões com maus antecedentes tampouco são mencionadas: quando ocorre um ato terrorista, já nem se fala em Islã, usam-se eufemismos como "jovens" ou "rebeldes".

Até entendo a lógica por trás disso. Quer-se evitar o "racismo", portanto, chamar a atenção para os aspectos negativos poderia predispor as pessoas negativamente contra certa raça, religião ou etnia.

Mas isso, quando levado aos extremos, é insanidade. Os negros e os muçulmanos -- assim como os brancos -- são agentes morais. São seres humanos com capacidade de distinguir o bem e o mal. A mesma coisa me incomoda nas teorias de conspiração contra os judeus, por exemplo. Não que eles não possam ser criticados (podem e devem ser, como todos); porém, se "absolutamente tudo é culpa dos judeus", então o homem branco não tem culpa de nada, não é agente moral. Da mesma forma, se  "tudo é culpa do racismo do homem branco", da AIDS ao crime, então o negro não tem agência moral. É um mero joguete na mão do malvado homem branco...

Não; se fazem algo errado, isso precisa ser indicado. É o primeiro passo para o crescimento moral -- e para a resolução de problemas. Afinal, é bastante claro que algumas minorias são problemáticas! Mas discutir isso é impossível no ambiente de igualitarismo... Mas que digo? Não há igualitarismo, as minorias são intocáveis, consideradas superiores ao homem branco hetero cristão, a mais desprezada das criaturas.  

Vejam este caso que ocorreu na Inglaterra. Um garoto de 15 anos, inglês branco, foi atacado por uma gangue de "adolescentes". Qual raça, origem ou etnia? Não sabemos, o jornal não diz. Sabemos apenas que perguntaram se ele o menino era "racista", portanto só podem ser negros ou árabes (ou, vá lá, asiáticos ou indígenas, mas é pouco provável). O jovenzinho negou ser racista. Os outros "jovens" responderam dando-lhe tiros de chumbinho na testa. (Eu diria que essa seria uma boa razão para tornar-se "racista", mas tudo bem).

Mais tarde, o jovem indicou para o pai na rua um dos agressores, um garoto de 14 anos. O pai levou-o à delegacia, acreditando estar cumprindo o seu dever. 

Adivinhem quem foi preso? 

Não, não o menor infrator, mas o pai da vítima! Acusado pela polícia de "racismo". Afinal, o jovem infrator inventou que teria sido ameaçado e chamado de feios nomes raciais. A polícia, em vez de acreditar no pai, acreditou no jovem infrator. Na Inglaterra atual, ser "racista" é o pior crime possível. 

Após passar sete horas na cadeia, o pai, cidadão exemplar enojado com o sistema judicial britânico, decidiu mudar-se com a família para Cingapura, onde jovem infrator leva chicotadas. A gangue de jovens infratores de origem certamente imigrante? Provavelmente continua nas ruas, contribuindo  para o bem-estar da Inglaterra!

Como disse certa vez Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto!"

É preciso ter o direito de poder criticar as minorias, nem que seja para não lhes negar a própria humanidade. Ser humano é poder escolher entre fazer o mal e o bem, não ser santificado sem qualquer mérito, e não ser protegido quando comete um erro ou um crime. Tá ligado, mano?


9 comentários:

dave disse...

Isso foi algo que senti ao ler os capítulos do livro "Guia politicamente incorreto da história da América Latina" sobre os indígenas e os negros. Ao apresentar os índios não como "anjos", "bons selvagens" ou "crianças ingênuas", mas sim como pessoas tão capazes de safadezas quanto aos brancos colonizados, o livro os humanizou. De certa forma, mostrá-los capazes de atos de traição, "imperialismo", covardia e outras falhas morais torna-os personagens mais "simpáticos".

Excelente post - e blog também!
Abraços.

autor desconhecido disse...

''Quanto aos negros, é um pouco mais complicado devido a vários fatores, mas tampouco podemos ser totalmente negativos com essa raça, com o perdão do trocadilho. Conheci negros trabalhadores e estudiosos, e seria injusto acusá-os de culpas que não têm. São gente boa e decente!''

Quando se fazem generalizações, nem sempre elas serão para o lado ''ruim'' da coisa, este é um exempl de generalização do ''lado bom'', que um número alto de pessoas usam, tolamente, quando um HBD fala de diferenças raciais em inteligência.
O problema principal não é o estereótipo, já fui desses de achar que o mesmo era preconceito, mas não, tem uma lógica sim. O principal problema é confundir indivíduo e coletividade. Quando falo que os negros tendem a ser menos altruístas que os brancos, primeiro, não falo de achismo, mas de pesquisas científicas E de minhas próprias observações, como quando vejo (várias vezes) uma mulher negra (e seu filho) negarem ou simplesmente desprezarem a presença de um idoso em pé no ônibus, esperando que alguém ceda o lugar aos seus pés naturalmente cansados.
o fato é que em média, a maioria dso negros são assim ou assado, mas maioria pode ser qualquer coisa, pode ser o esperado 90%, ou 50% ou até 30%. (Não acredito que seja neste caso uma % muito baixa). Depende de que variáveis está analisando e com que rigor...
O fato é que este discurso ''São gente boa e decente!'', encerra qualquer discussão civilizada sobre o assunto.
Infelizmente um povo que engrossa a fila de crimes, inclusive de motivação completamente banal, não me parece ''boa e decente'', coletivamente falando os negros não me passam essa impressão.

Anônimo disse...

Quando você falou do caso do pai inglês que mudou com a família para Cingapura eu fico imaginando se a saída para manter a homogeneidade racial não vai acabar sendo mesmo a mudança para outras paragens- o abandono do navio Europa (a ocidental) para que afunde com sua elite de merda abarrotada de southern brown people.Digo isso pois vi recentemente uma reportagem sobre os brancos que vivem em países da África relativamente estáveis como Quênia, Tanzânia, Zãmbia e Namíbia- por incrível que pareça eles mantém mais facilmente a homogeneidade racial, se casando entre si ou importando cônjuges brancos do Reino Unido, se comportam como os judeus nas nossas sociedades.No mínimo pagam propinas generosas aos políticos corruptos locais, mas vendo o que ocorre no Ocidente até que sai barato- aqui pagamos a elite branca filhadaputa para ela nos destruir (lá se vende proteção, aqui auto-destruição).Lógico que sempre há o risco de aparecer um Mugabe ou um governo comuna como da Africa do Sul, mas parece que isso está ficando mais raro, a tendência é cada vez mais para ditadores tipo empresário-corrupto e há uma incrível e crescente influência chinesa em tudo isso, e os brancos africanos parecem cada vez mais a ser o ponto de contato/intermediação dessa burocrratzia chinesa (chinês é racista paca, não gosta de preto).Então eu vejo que se isso funciona no pardieiro que é a África, imagina no Oriente Civilizado- Homg Kong, Taiwan, Cingapura, Macau, Coréia- viver em guetos- talvez seja a última esperança branca.

DEXTRA disse...

"Não gosto de racismo ou xenofobia.

...

[Isto] é coisa de proletário.

...

[Quem faz isto] está cometendo um erro de generalização."

Gostei deste segundo período servindo como conectivo lógico entre o primeiro e o terceiro.

Mr X disse...

kkkkkk rsrsrsrs
ta' certo...

Mr X disse...

"O fato é que este discurso ''São gente boa e decente!'',"

Eu estava me referindo a indivíduos específicos que conheci (muito superficialmente, é verdade). Em termos coletivos, é verdade que uma boa parte dos negros, em especial os do gueto ou da parte baixa da curva de Bell, tem um comportamento muitas vezes desastroso - para eles próprios, e para os outros.

Mas já falei sobre isso outras vezes; o ponto aqui é, acho, outro. Não nego que uma discussão honesta sobre o assunto terá que envolver, finalmente, a discussão de diferenças raciais/biológicas e culturais.

DIREITA disse...

quer dizer que o inglês é vitima de racismo por parte de invasores mirins,o pai - que zela pelo seu filho -pega o invasor e poupa a policia deste trabalho ,e oque ele ganha em troca é cadeia?!

obs;pelo que andei lendo em outras fontes o garoto inglês foi obrigado pelos invasores mirins a se ajoelhar e beijar os pés dos mesmos

DIREITA disse...

1 ) nacionalista hungaros de varias frentes partidarias marcham em budapeste pedindo a expulsão de ciganos do pais .vivem na hungria cerca de 1 milhão de ciganos

http://www.alertadigital.com/2012/08/29/organizaciones-nacionalistas-hungaras-desfilan-por-el-centro-de-budapest-para-pedir-que-se-expulse-a-los-gitanos-del-pais/#comment-115357
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2 ) na dinamarca gangues de origem imigrante invadem e trocam tiros dentro de hospital na cidade de Odense .cerca de 80 pessoas estiveram envolvidas no confronto que ocasionou a destruição de 1 um ambulância e 3 viaturas policiais.
segundo a policia o confronto começou em uma festa etnica onde -apos uma briga generalizada -um homem levou uma facada em uma das pernas e um tiro na outra.


http://www.alertadigital.com/2012/08/28/bandas-de-inmigrantes-asaltan-un-hospital-de-dinamarca-y-siembran-el-panico-entre-los-pacientes-y-el-personal-facultativo/
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3 ) frança,pela terceira noite seguida policiais são alvos de tiros de escopeta e cockteis molotov em onda de violência provacada por imirantes de segunda geração!

http://www.minutodigital.com/2012/08/30/francia-en-manos-de-la-violencia-inmigrante/
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4 ) Um prestigiado escritor francês, Richard Millet, aparentemente abanou o sistema ao defender publicamente que o massacre efectuado pelo Breivik esta relacionado com a imigração não europeia e o multiculturalismo de uma Europa decadente. O artigo é um pouco longo mas vale a pena ler. Entretanto ja se levantam vozes para que o editor do escritor rescinda o contrato existente entre ambos.
http://world.time.com/2012/08/28/french-essayist-blames-multi-culturalism-for-breiviks-norwegian-massacre/#ixzz24x4D3w1n
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5 ) jovem alemã, multiculturalizada ,de 26 anos, é morta a tiros por amante iraquiano

http://www.alertadigital.com/2012/08/27/la-prensa-germana-oculta-la-imagen-del-asesino-un-musulman-iraqui-mata-su-esposa-alemana-y-a-sus-dos-hijos-cerca-de-dusseldorf/
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6 ) Na Suécia, um adolescente indígena, Rudolf Moilanen, depois de sair de uma festa com os amigos, a 30 de Junho, em Jordbro, subúrbio de Estocolmo, adormeceu no ponto de onibus. Acordou a ser espancado por três negros , que lhe tiraram o celular e o casaco, sendo depois arrastado para uma zona arborizada, onde foi regado com um líquido inflamável e sentiu-se a pegar fogo.
uando gritou, um dos agressores pôs-lhe um pé no pescoço para não o deixar rodar no chão de maneira a extinguir as chamas.

http://www.alertadigital.com/2012/08/27/tres-somalies-atacan-brutalmente-a-un-adolescente-sueco-y-le-prenden-fuego/
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Nissim Ourfal disse...

Essa é para o DIREITA E DEXTRA.

( http://youtu.be/FPN0N_pt3NY )


Cortesia do beato neo-salu ( rsrsrs )