sábado, 25 de fevereiro de 2012

Uma questão de classe

Charles Murray está de livro novo. Para quem não sabe, Murray escreveu, junto com Richard Herrnstein, o livro "A Curva do Sino", um dos mais badalados (perdão pelo trocadilho) livros de ciências sociais dos últimos vinte anos, e um dos mais criticados também. Herrnstein faleceu pouco depois da publicação, mas Murray continuou publicando e apresentando-se em congressos.

"A Curva do Sino" foi acusado na época de ser um livro "racista", mas o que ele sugeria é algo até mais grave e problemático: basicamente, que QI e classe social estão intimamente relacionados. Existiria uma relação entre a riqueza ou pobreza de uma pessoa e sua inteligência. Atenção: isso não quer dizer que os pobres sejam burros e os ricos sejam inteligentes: muitos filósofos e escritores inteligentíssimos viveram na pobreza, ou ao menos bem longe da riqueza, e existem muitos ricos imbecis que herdaram a fortuna de pais mais espertos e trabalhadores, assim como existem pobres inteligentes cujos filhos subiram na vida. Mas, estatisticamente, haveria uma correlação geral entre QI e classe social, formando uma pirâmide com QIs mais baixos na ampla base e QIs mais altos no diminuto topo. 

Talvez para evitar polêmicas, neste novo livro Murray dedica-se exclusivamente aos brancos americanos, mas continua interessado na temática da inteligência, da educação e da cultura. O livro chama-se "Coming Apart: The State of White America" (Algo como: "Em Separação: o estado da América Branca". Obs: Não li o livro ainda, portanto baseio-me apenas em críticas que li, é bem possível que esteja passando algumas idéias que não são exatamente do Murray). 

O que ele diz é que está havendo uma divisão cada vez maior entre os próprios brancos nos EUA, entre uma superclasse de ricaços inteligentes que vive em uma bolha culturalmente isolada e uma classe média/trabalhadora cada vez mais burra e mais entregue ao ostracismo. 

Tal divisão não seria apenas financeira, como querem os marxistas, mas principalmente intelectual, cultural e moral. E está se tornando um problema, pois a tendência é que os dois grupos se separem cada vez mais. 

Os neoricaços vivem em casas milionárias em bairros exclusivos. Vão à Ópera e a exposições de arte moderna e bebem vinhos seletos no jantar. Comem comida orgânica e são atléticos. Casam no papel. Seus filhos estudam em Harvard e em outras universidades da Ivy League, o que por si só já garante a entrada em um clube exclusivo. Formam, assim, uma elite hereditária, uma espécie de nova aristocracia, ainda que, em termos, meritocrática.  

Já os brancos proletários vivem em zonas cheias de imigrantes cada vez mais ameaçadas pelo crime e pelo desemprego. Assistem às corridas do NASCAR e ao Superbowl na TV. Bebem a cerveja Pabst Blue Ribbon ou, no máximo, uma Bud Light (Heineken é coisa de boiola). Comem porcarias e engordam. Casam cada vez menos e costumam ter filhos ilegítimos aqui e acolá. Tais filhos estudam (quando estudam) em Community Colleges de segunda categoria, mas jamais chegarão a Harvard. Muitos abandonam os estudos e ficam mais pobres, e assim o problema assim se propaga através das novas gerações.  

Os sites racistas adoram apontar o mau comportamento dos negros do gueto, mas é fato que há uma porção de brancos "white trash" que apresentam um comportamento igualmente abominável. (Crianças abandonadas? Filhos matando pais? Pais colocando crianças na máquina de lavar ou na de secar? Um homem matando um casal porque estes tiraram sua filha da lista de amigos no Facebook? Tem de tudo, é só escolher.) 

O que Murray argumenta é que a classe média americana estaria perdendo as virtudes que tornaram o país uma grande nação: basicamente, esquecendo a importância do casamento, da família e da moralidade convencional; esquecendo da independência e do empreendedorismo e dependendo cada vez mais do Estado assistencialista; e perdendo a corrida pela habilidade educacional e cognitiva, em um mundo em que esta se torna cada vez mais importante.  

Não sei se Murray está correto, talvez eu compre e leia o seu livro para saber. O que parece é estar havendo mesmo uma desconexão cada vez maior entre as elites e o povão. Bem, sempre foi assim na Velha Europa, onde a maioria da população vivia na pobreza e na ignorância enquanto os aristocratas formavam uma elite hereditária vivendo no bem-bom. Mas a América era para ser um país diferente, a tal terra da liberdade, onde "qualquer um" poderia "chegar lá". Aparentemente, "chegar lá" está ficando cada vez mais difícil.  



Obs. Comentários serão moderados. Evitem insultos e generalizações sobre grupos humanos. 

64 comentários:

Chesterton disse...

correleitchion isnot causeitchion. Pobreza pode ser estímulo, riqueza familiar pode gerar tédio. Como um coleguinha de meu filho na escola:
-professora, vou estudar para quê? Sou rico!

Mr X disse...

Sim, correlação não é causa, acho que tentei apontar isso no texto, mas não sei se ficou claro.

Também poderia se argumentar o contrário, que não é o QI a causa da pobreza, mas a pobreza (e se alimentar pior, estudar menos etc) é que é a causa do baixo QI. (Isso para quem não acredita que QI seja hereditário)

Mas a causa que Murray aponta é mesmo a do comportamento: a classe mais alta tem comportamentos positivos, a classe mais baixa tem comportamentos negativos. O livro é mais sobre a importância da moralidade e como esta se reflete nos respectivos resultados de vida.

Ah, outro aspecto que esqueci de mencionar, mas que ele comenta, é a perda da religião. As classes altas vão mais à missa do que as classes baixas! (É o contrário do que ocorre no Brasil).

Pobreza pode até ser estímulo, mas não é um "estímulo" que muitos queiram.

Aqui tem um artigo do próprio Murray que meio que resume a idéia do livro:

http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204301404577170733817181646.html

Mr X disse...

"-professora, vou estudar para quê? Sou rico!"

Esse comportamento se vê em alguns filhos de classe média alta por aqui, o que faz com que sejam suplantados pelos asiáticos, que estudam até de madrugada e muitas vezes nem dormem.

Chesterton disse...

Então, a chave é "comportamentos", fica circular como a teoria do Darwin, (ou Spencer?). Sobrevivencia do mais apto, mas porque ele é mais apto? Porque sobreviveu....ora, pois (lusitana essa).
O que me incomoda é que esses testes são parte de um programa estatal em escolas públicas e que determinam "policy recomendations". Aí já viu, muda o governo e a recomendation vira 180 graus. Termina como ?
grupo A é mais burro que o outro, logo:
1. elimina o grupo A - eugenics ativo, passivo, etc...

2. dá uma bolsa para o grupo A (pensão, abono, etc) - welfare state.

Em suma, sempre acaba em distorção do curso natural dos fatos.

Chesterton disse...

Single parenthood:
- o Darlymple já falava desse fenômeno na Inglaterra (enquanto os ricos na revolução sexual "take a walk in the wild side", os pobres tem bebês (porque querem a cham que podem criá-los sozinhos, de modo "alternativo").

Marriage
- para mim é o marxismo cultural com sua derivada feminismo. A mulherada de classe média e baixa quer o rala-e-rola muito mais que nas classes mais altas e educadas. Saudades de POA (as gurias tão tri-a-fim)

Industriousness:
- de novo, cultural. Eu tinhas que tirar algumas notas mais baixas para não ser discriminado como cdf, crente, etc...e ainda tinha que aguentar comentários de que eu só estudava e trabalhava para amealhar bens materiais...hoje esses idiotas pastam. Hoje nas revistas e programas de TV (femininos) só se houve falar em qualidade de vida, contra o excesso de trabalho, astirizam os workaholics.
Lembrei dum sujeito que comprou o armazen do seu A. em frente a minha casa em POA. Solicitado aguardar um exemplar de jornal para o vizinho, que pagaria antecipadamente, falou que não estava lá para paparicar burgueses.....e abriu o armazem no meio da burguesia para o que, então?

Religiosity: isso nem se fala, a luta contra o cristianismo é aberta.

crime; de novo os revolucionários que pretendem ter nos criminosos aliados contra a burguesia

Rovison disse...

Se foi isso mesmo que o Murray escreveu, eu concordo integralmente. Eu já havia tido uma ideia parecida com essa do Murray sobre as causas da decadência cultural e econômica dos Estados Unidos. Na minha opinião, a perda de valores morais e religiosos cristãos pela maioria do povo norteamericano nos últimos 60 anos é uma das principais causas, se não a principal, do lamentável estado em que se encontra boa parte da população americana.
Outra coisa, é mais fácil o mal, o ruim, o de péssima índole influenciar e modificar o de bom comportamento do que o contrário. Observo isso em sala de aula, quando poucos bons alunos vivem cercado de alunos de péssimo comportamento, os primeiros acabam sendo contaminados pela indisciplina dos bagunceiros.
Para bom entendedor, meia palavra basta.

Mr X disse...

A questão do sexo, eu não sei bem. Os ricos também amam, rss. Quer dizer, também têm amantes, e os aristocratas da era antiga tinham suas cortesãs.

Acho que a diferença é que (salvo no caso de um taradão como o DSK), tudo se faz com maior discrição, e evitam ter filhos ilegítimos (Se bem que o Arnold Schwarzenegger fez um com uma empregada mexicana...).

O que a revolução sexual fez foi complicar a vida principalmente das classes médias e baixas, que não lidam bem com isso tudo, além de alterar a relação entre homens e mulheres, no geral, pra pior. Mas o pior mesmo foi para os filhos. Single-parenting, em geral desastre com certeza. Mesmo com uma que outra J. K. Rowling como exceção. Sim, saudades de POA, aqui nos EUA as gurias não tão tri a fim, rss, são cheias de não-me-toques e exigentes pra caramba. É o feminismo.

Rovison disse...

Não acredito que pobreza seja causa de baixo QI, a não ser extrema pobreza na infância de modo a afetar o desenvolvimento normal do cérebro. Nasci numa família pobre; cresci numa pequena cidade onde pouca gente tinha aparelho de TV e outros eletrodomésticos que hoje são banais, frequentei escolas públicas fraquíssimas até o ensino fundamental.Por conta da fraca e inadequada alimentação que recebi nos primeiros meses de vida e as péssimas condições de saneamento das residências onde cresci, sofri com doenças durante toda minha infância. Era uma criança subnutrida e que não recebia nenhum tipo de afeto por parte do pai. Mesmo assim, sempre despontei como o aluno mais inteligente da turma e das escolas onde estudei. Na universidade a mesma coisa. Em quatro concursos públicos que fiz para professor semprei fui o primeiro colocado. Não estou dizendo isto para me exaltar, apenas para demonstrar que fatores genéticos ou hereditários têm um peso muito grande na determinação do comportamento e das realizações de um indivíduo.

Mr X disse...

Não pode ser pior do que os outros estudantes que são regularmente aprovados, e provavelmente melhor do que muitos cotistas:

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5629546-EI8266,00-Aprovado+no+vestibular+aluno+com+Down+da+UFG+rompe+preconceito.html

Mr X disse...

Rovison,
Se você tivesse um irmão gêmeo desconhecido que cresceu em meio a uma família rica, talvez pudéssemos ter um estudo mais exato sobre isso...

Murray é libertário, acredita em um governo menor, com o mínimo de interferência. Governo quando interfere é quase sempre pra pior...

Rovison disse...

Também sou simpático a várias ideias libertárias, Mr X. Sou defensor de um governo mínimo (minarquia) e de uma economia de mercado totalmente livre.
Sou radicalmente contra qualquer tipo de política governamental que se proponha a eliminar ou reduzir as diferenças entre os indivíduos. Sou a favor de que cada pessoa tenha liberdade para desenvolver o máximo que puder o seu potencial.
Tenho um irmão e uma irmã, ambos viveram no mesmo ambiente que eu, aliás, minha irmã durante boa parte da infância morou com a minha avó paterna que lhe porporcionou um padrão de vida melhor do que eu e meu irmão tivemos em casa com meus pais. No entanto, nenhum dos dois conseguiu chegar a universidade. Minha irmã não tem emprego, vende produtos da Natura, o que proporciona uma renda ínfima e ainda mora com meus pais aos 35 anos de idade; meu irmão (29 anos)é funcionário da prefeitura de uma cidadezinha do Pará onde eu vivi a maior parte da minha infância e ganha pouco mais de dois salários mínimos. Não tem casa própria, tem uma filha que é criada pela minha mãe e não tem grandes perspectivas de melhoras profissionais. Em resumo: três irmãos e apenas um conseguiu fazer um curso superior e atingir um padrão de vida de classe média-alta.
Como vc explica isso, X?

Mr X disse...

> "Como vc explica isso, X?"

Maior esforço pessoal? Sei lá, há várias possibilidades.

Na verdade, o fato de que vocês sejam irmãos e tenham tido destinos tão diferentes pareceria ser contrário à teoria biológica. Irmãos não deveriam ser parecidos?

Veja o caso do Steve Jobs e sua irmã: mesmos pais, mas Jobs foi adotado, ela não. Ela viveu na riqueza, Jobs com pais adotivos de classe média baixa. Ela entrou em excelentes universidades como Columbia, ele abandonou o college mediano no qual seguia aulas e teve uma educação mais básica.

No entanto, ambos se deram bastante bem, ela uma autora conhecida, ele, bem, não preciso demonstrar que Jobs era ultra-inteligente...

Anônimo disse...

Os topicos estao sendo inteligentemente debatidos. Que prazer. Mr x, esclarece ai: os nazis dormiram no ponto ou vc ta cortando as porcarias que mandam?

Mr X disse...

Por incrível que pareça, por ora eles estão se comportando bem, ainda não tive que cortar nada... Ou pode ser o fuso horário: recém agora amanhece em Berlim. ;-)

Autor desconhecido disse...

Acho que vc poderia e DEVERIA mudar o seu título de ''uma questão de classe'' para ''uma questão de genética'' ou também ''uma questão de raça'' (ambos se intercorrelacionam perfeitamente), porque (supostamente) a matriz dos problemas de uma população não é e nunca foi o seu meio, é só notar o nível de resistência dos mongóis, das comunidades siberianas na Rússia ou dos beduínos (em ambientes extremamente hostis), a matriz dos problemas de uma população se encontram dentro da mesma (dentro,literalmente). A herança genética,racial, é a responsável (a principal responsável)pela maneira como o ambiente (social,cultural e natural) será trabalhado.
A foto dos ''brancos'' que vc pegou dos EUA, são um pouco suspeitas, é impressão minha ou o casal e sua família parecem (principalmente o rockeiro do interiorzão americano e seu filho) ter alguma mistura racial??.Sugiro ao mister x procurar por ''racial passing'', será realmente que 1/3 dos americanos brancos tem mistura racial?? Olha, eu sinceramente não duvido... é extremamente plausível, principalmente durante o período colonial.
Eu não sei se os testes de qi realizados nos países do norte da Europa foram realizados somente com os nativos étnicos ou também com os ''novos moradores''... Poderia pressupor que essas nações apresentam o mesmo qi que os do nordeste asiático, caso as minhas suspeitas forem confirmadas algum dia.
Também tem a questão da mistura racial nos EUA, me desculpem os nazi puristas mas é bem difícil acreditar que 99% dos americanos brancos são depurados ou ''puros'', muito difícil acreditar nisso. O resultado dessas misturas raciais podem ter incidido em uma divisão muito mais profunda em inteligência dentre os americanos brancos do que na Europa, principalmente na ocidental.
Com relação ao ambiente cultural extremamente hostil à educação e a inteligência nos EUA...primeiro: eu faço parcialmente as palavras do Rovison as minhas também, eu não vivi em um ambiente muito bom para educação, não que a escola pública que estudei tenha sido muito ruim, mas estando no Brasil dificilmente seria o extremo oposto. Eu sempre gostei de estudar, não o que o corpo docente me apregoava mas o que me interessava na hora, ainda me lembro dos tempos em que viajava nos meus livros antigos de geografia, dos anos 70, formidáveis... ainda tenho a maioria deles aqui e quando dá pé volto a vê-los. Na faculdade eu aprendi: ''quem faz a faculdade é o estudante'', concordo plenamente... o mesmo na escola, na sociedade... logo mais uma vez, o ambiente nada mais é do que a manifestação genética de uma população em sua respectiva construção sócio-cultural.
coontinuando no caso americano... vou usar palavras figuradas para não cair em tentação

Autor desconhecido disse...

''Também poderia se argumentar o contrário, que não é o QI a causa da pobreza, mas a pobreza (e se alimentar pior, estudar menos etc) é que é a causa do baixo QI. (Isso para quem não acredita que QI seja hereditário)''

Completamente errado, na minha opinião claro, como eu disse antes, na maioria das vezes é o qi baixo (hereditário) que constrói (ou destrói) o ambiente. É o baixo qi que ocasiona a pobreza, muito simples assim. Pessoas com alto ou médio qi geralmente se preocupam com coisas básicas (totalmente coerentes com a nossa maneira de pensar) como escolher a pessoa certa, escolher a hora certa para ter filhos, procurar estudar por bel prazer mas também para aumentar as chances de um bom emprego, não roubar (não fazer aquilo que não gostaria que fizessem comigo).São coisas simples que uma parte da população brasileira faz de olhos fechados, mas que parecem testes de qi complexos para as populações ''carentes''. Em um mundo onde todas as desculpas para a pobreza já não fazem sentido (como desinformação) as únicas alternativas que sobraram foram: raça e genética. Raça porque existe uma relação muito forte com pobreza e riqueza, no mundo todo é assim, é generalizado, mesmo quando citam o exemplo por exemplo da pobreza albanesa existe uma explicação pra isso, de ordem racial. Genética porque pode e geralmente acontece de pessoas da mesma família, em um mesmo ambiente se tornarem completamente distintas uma da outra (ex, um traficante vs uma professora universitária), ou seja, não existe nenhum fator que possa explicar isso do que a herança genética. Eu percebo que pessoas mais inteligentes são mais preocupadas com o outro, com o coletivo do que as estúpidas.

Chesterton disse...

Avô rico, pai nobre e filho pobre. Dinheiro demais atrapalha a inteligência, conta-se que o avô de minha mulher acendia cigarrilhas com notas de dinheiro. Morreu pobre.
Há nesses trabalhos uma tendencia em usar a renda familiar como parâmetro nivelador, quando na verdade há mais coisas escondidas. E nem todo mundo que defende o estado mínimo é libertário (sei que não foi isso que disseram), falando nisso, alguem viu o filme da Tatcher, ela era metodista.
Um amigo meu (pobrista) falava que não ia juntar dinheiro pois não tinha sido ele a espalhá-lo.
Mas pelo artigo do Murray, ele praticamente implora que as pessoas se comportem como se comportavam quando eram religiosas sem ser religiosas. Não pensei muito no assunto, mas a primeira vista me parece no mínimo difícil. Botar o genio na garrafa à força é tarefa impossível, já aprendemos nos desenhos animados do Shazam.

Rovison disse...

"Na verdade, o fato de que vocês sejam irmãos e tenham tido destinos tão diferentes pareceria ser contrário à teoria biológica. Irmãos não deveriam ser parecidos?"

Parecidos mas não iguais. Geneticamente temos muita coisa em comum, mas há também diferenças e, creio eu, é aí que está, em parte, a explicação para destinos tão diferentes. Ínfimas diferenças genéticas podem significar muita coisa. Você sabe disso, X.
O fato é que tenho facilidade para aprender, semprei gostei de estudar, de ler, o exato oposto dos meus irmãos. Detalhe: meus pais nunca me incentivaram a ler ou a estudar. Sempre fiz isso por iniciativa própria.

Mr X disse...

Putz, essa coisa de moderação é um SACO! Acho que vou ter que achar outro método.

Bom, esclareço, o fato de que eu libere comentários aqui não quer dizer que eu concorde com eles! Mas é que fico na dúvida. Por exemplo, o Desconhecido achar que, se alguém se comporta mal, é por "mistura racial".

É por isso acho os nacionalistas brancos um pouco ridículos, não consigo levar a sério. Os brancos jamais fazem nada errado, se fazem é culpa de alguma mistura racial não-detectada, ou então, claro, dos sionistas que lavaram o cérebro do coitadinho... Na boa, assim não dá. É uma visão extremamente caricatural, além de querer inocentar completamente uns e culpar totalmente outros.

No mais, não somos robôs programados pela genética e, mesmo que fôssemos, há variação, poxa, se os irmãos do Rovison tem tanta diferença de vida (e são nascidos da mesma combinação genética), como esperar que todos os membros de um grupo tenham a mesma inteligência e mesmo comportamento? Alguém aqui não leu ou não entendeu o que significa "média".

Mr X disse...

"Há nesses trabalhos uma tendencia em usar a renda familiar como parâmetro nivelador, quando na verdade há mais coisas escondidas."

Uma coisa que acho é que é um *certo* tipo de inteligência que leva a pessoa a ficar rica ou ao menos de classe média alta, talvez seja menos importante a inteligência em si (será que algum gênio da física, da filosofia ou das matemáticas ficou milionário?) do que a capacidade interrelacional, ser bom em fazer contatos e influenciar pessoas, entre outros fatores.

Além do esforço pessoal, é claro, que deve ser levado em conta. A motivação e a ambição podem levar uma pessoa muito adiante, mesmo que em termos de inteligência concreta não tenha tanta assim. Conheço pessoas assim, que se deram bem através da perseverância, do esforço diário e dos contatos pessoais, muito embora sejam meio limitados quanto à inteligência, e limitadíssimos em quanto à cultura e educação.

Tinha aquele cara (Howard Gardner) que escreveu sobre a "inteligência emocional" e vários outros tipos de "inteligência", achei que era meio abobrinha para vender livro, mas na realidade acho que ele tem um pouco de razão. Talvez "inteligência" não seja o melhor termo, mas as pessoas têm habilidades diferentes. Além disso, alguns usam seus talentos, outros não. Por exemplo, eu fico perdendo meu tempo escrevendo neste blog em vez de, sei lá, escrever um livro idiota de auto ajuda ou com gimmicks de marketing e ganhar rios de dinheiro.

Fico pensando em filósofos como Nietzsche ou Schopenhauer que, apesar de gênios inegáveis, não se pode dizer que tenham tido uma vida muito bem sucedida. Joyce também viveu pobre, será que isso significa que era menos inteligente do que o Donald Trump? Duvido.

Rovison disse...

Exatamente, X, quando nos referimos a características grupais estamos falando de média e não, obviamente, de características presentes em todos os membros do grupo. É óbvio que há grandes diferenças entre os membros de um mesmo grupo humano até mesmo de uma família. Há características do conjunto e das partes e uma pessoa lúcida consegue diferenciar muito bem isto.

Rovison disse...

Há pessoas inteligentes que não ligam muito para acúmulo de bens materiais. É o caso de muitos cientistas, filósofos e escritores, mas isto ocorre, penso eu, porque tais pessoas buscam maximizar seu bem-estar não com riquezas materiais, mas com status, fama, admiração das pessoas ou então por levarem um estilo de vida hedonista e perdulário que não lhes permite acumular bens.

Mr X disse...

Olhem só, esse negócio de moderação é difícil e faz perder meu tempo, por ora não estou liberando alguns comentários que poderiam ser classificados como "antisemitas" e "anticristãos". Alguns podem achar que seja rendição ao politicamente correto, mas não, é mero respeito aos leitores de tais persuasões religiosas, e também porque não têm nada a ver diretamente com o post. Quando tiverem, publicarei. (Para ser honesto, tem alguns que eu poderia ter publicado, por isso que digo que moderar é uma coisa complicada, parece que você termina ficando mais responsável por aquilo que acaba sendo dito pelos outros, é como se desse um selo de aprovação, quando não é bem assim)

Também quero evitar publicar comentários que sejam diretamente insultuosos a negros, chineses, japoneses ou finlandeses. Acho que tudo pode ser discutido, mas quero evitar os problemas que tivemos antes aqui no blog. Quem não gostar, pode criar seu próprio blog "sem censura".

Dito isso, vou fazer um novo post sobre a questão racial, aguardem, é sobre uma campanha de racismo "anti-branco" que pintou por aqui, e sobre a dificuldade que é discutir questões raciais num mundo politicamente correto.

Rss, talvez eu mesmo já esteja ficando meio politicamente correto também, é a idade. Não quero incomodações.

Mr X disse...

Bom, tem alguns comentários que talvez eu publique mais tarde, mas tenho que sair, à noite quando voltar publico, e os novos que surgirem também.

Este negócio de moderação está sendo um experimento, mas não sei bem, talvez o melhor seja, ou permitir tudo, ou não permitir nada (sem comentários).

Até.

Mr X disse...

Enquanto isso, para alegrar e amenizar, vejam isto:

No Canadá, homem é preso por "porte de arma" porque sua filha de quatro anos no colégio o desenhou segurando uma pistola (e atirando em monstros).

Sério, vejam o vídeo:

http://pjmedia.com/richardfernandez/2012/02/25/the-party-line/

Chesterton disse...

Pronto, racializaram o tópico. Para essa gente o determinismo genético é insuperável. O determinismo é um dos pilares da insanidade intelectual de nosso tempo, a genética, imutável no individuo, o torna escravo eterno de sua matriz protéica. O ser humano é mais que isso, até os ateus o sabem.

O problema de moderar o blog, mister , é justamente ter que ler toda coisa que aparece escrita. Que belo destino você se arrumou, hein ? (rsrsrs)

Chesterton disse...

Mr, há uma grande diferença entre ser politicamente incorreto e "right out" canalha.

Kryptonita disse...

Baixei o kindle do novo livro em 31 de janeiro, mas a fila é longa e, provavelmente, não o lerei tão cedo. À primeira vista, pareceu-me que Murray reviu algumas inconsistências francamente gritantes do Bell Curve, sem necessariamente dizer que as estava revendo. De qualquer maneira, o ponto em comum entre os dois livros é a tese de que o problema não é econômico, nem tampouco de renda. Qualquer política pública tendente a ver a solução pelo lado dos subsídios governamentais está equivocada. O novo livro, além disso, abre o espectro para a constatação, aliás secular, de que a inteligência, em termos estatísticos relevantes, não frutifica em condições socioculturais desfavoráveis. Isso, por sí só, já é o suficiente para bater de frente com o conventional wisdom da academia e, fora dela, com o tip-top dos darwinistas sociais de esquerda ou de direita.

Mr X disse...

Voltei. Alguns dos comentários "censurados", não censuro mais, tão aqui:


"PORCARIAS" QUE NINGUÉM ,AQUI NESTE BLOG, TEM A CAPACIDADE PARA REBATER . FICA FÁCIL DEBATER SEM OS "NAZIS" SÓ ASSIM PARA OS "DEBATEDORES INTELIGENTES"- QUE FICAM BURRINHOS BURRINHOS QUANDO CONFRONTADOS PELOS NAZIS- DAR AS CARAS!

A CLASSE MÉDIA BRANCA AMERICANA COMEÇOU A CAIR COM INTEGRAÇÃO FORÇADA (PRINCIPALMENTE NAS ESCOLAS) E COM AS AÇÕES AFIRMATIVAS!( AGORA É SÓ VOLTAR NO TEMPO PARA VER QUAL FOI O GRUPO HUMANO QUE ESTEVE POR DETRÁS DISTO TIDO)

O ambiente cultural e intelectual americano não foi um fenômeno da natureza que apareceu de sopetão. Ele faz parte das estratégias das serpentes (aquelas que molham as mãos de democratas e republicanos) que hoje representam 40% dos bilionários americanos em dividir para conquistar os EUA.


Bom, nos últimos posts eu estive propositadamente tentando evitar temas que dessem margem a discussões sobre raça. O Murray, aliás, fez a mesma coisa. Justamente para evitar distrações raciais, ele limitou o grupo de estudo (ele mesmo diz) a "brancos não-hispânicos". Mas não deu certo, certas pessoas não conseguem pensar fora de certos limites, ou mesmo *interessar-se* por outros temas que não seja a questão racial ou os judeus.

Se eu publicar amanhã um poema aqui, pode ter certeza que vai aparecer alguém para dizer que se trata de uma metáfora racial, ou que o autor foi manipulado por alguma conspiração sionista…

Acho que é o seguinte, há três modos de ver a questão racial. Há aqueles que dizem que "raça é tudo", e nesses se encontram tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda. Os primeiros em um absoluto determinismo racial pró-branco, os segundos também, embora este seja racialismo anti-branco, no qual os negros, índios e outros são eternas "vítimas" dos brancos malvados e precisam ser constantemente ajudados por acções afirmativas. Ambos são racialistas, só que em campos diferentes. (Mas confesso que às vezes o anti-branquismo me incomoda, sendo 95% branco... Ih ih)

Depois há aqueles que dizem que "raça não é nada", no qual se incluem tanto pessoas de direita quanto de esquerda, ainda que por motivos diferentes, pois usam esse discurso para propor coisas completamente diversas (uns cotas raciais, outros a negação desta, uns o coletivismo, outros o individualismo).

E finalmente estão aqueles raros como eu, que não acham que "raça é tudo" mas tampouco pensam que "raça não é nada", isto é, aceitam que exista um aspecto genético na condição humana, mas que somado a este existam muitos outros fatores dignos de atenção. (Não gosto muito da palavra "raça" por toda a sua bagagem, mas é o que temos).

Só que, em termos de política, não acho que isso deva ter muitos efeitos práticos, acho que todos devem ser tratados igualmente pela lei e fazerem o melhor que puderem. A função dos governos não é tornar ninguém igual a ninguém, só tratar igual (se merecerem). O único tópico no qual para mim esse tema é relevante é na questão da imigração. Aí sim acho que os governos deveriam ter o direito de limitar quem entra em seu país, e que certa homogeneidade é recomendável, pois se não cai-se no tribalismo -- poxa, a Iugoslávia caiu em guerras tribais, e isso que (fora os albaneses kosovares) são todos eslavos, só mudando a religião. É parte da natureza humana também.

Bom, acho que era isso, no mais eu prefiro debater outros assuntos, como filosofia ou arte, o problema é que ninguém tem interesse nisso, rsssssss. A idéia do novo blog era justamente falar mais sobre esses temas e menos sobre política. Mas a esta altura nem sei mais se vai mais sair o novo blog ou não. Talvez comece a escrever um blog em inglês, na verdade.

Mr X disse...

"O problema de moderar o blog, mister , é justamente ter que ler toda coisa que aparece escrita."

Sim, antes era só pular ou ignorar os comentários que não interessavam. Bá, não sei se vou continuar com a moderação. Nem com o blog. Está ficando cada vez mais chato fazer isso... Um blog sem comentários, quem sabe? Perde-se a democracia, ganha-se o silêncio.

Mr X disse...

Aliás, amanhã não terei tempo de publicar comentários até tarde, então tenham paciência. Como é que o Reinaldo Azevedo faz, com tantos comentaristas?

Autor desconhecido disse...

Recapitulando, espero que meus comentários sejam aceitos, não estou sendo mal educado estou? posso não estar sendo extremamente gentil com vc, mas não estou a usar de palavrões e ataques...


''No mais, não somos robôs programados pela genética''

Está afirmando isso?? Muita coisa sobre genética ainda não foi plenamente descoberta, cedo demais para afirmar isso... No mais, tudo tem levado a entender que fatores como inteligência e comportamento (personalidade) são predominantemente genéticos. Quando as pessoas falam do fator ambiental, na verdade não estão,acredito eu, querendo dizer que ''o ambiente influencia o comportamento x'' mas '' o ambiente pode influenciar em um comportamento já herdado geneticamente'', em outras palavras, o comportamento não é criado pelo ambiente, é a interação entre hereditariedade e fatores ambientais que desencadeiam o tipo de comportamento médio que desenvolveremos, nada cái do céu. Talvez sejamos realmente programados pela natureza.


''mesmo que fôssemos, há variação, poxa, se os irmãos do Rovison tem tanta diferença de vida (e são nascidos da mesma combinação genética), como esperar que todos os membros de um grupo tenham a mesma inteligência e mesmo comportamento?''

Olha, tô fazendo um esforço para não ser mal educado, Mister xxxx... ''mesma combinação genética''?? Rovison, vc tem mais dois irmãos gêmeos???
Se existem diferenças dentro das famílias, com combinações genéticas mais semelhantes (principalmente se não forem mestiços) quiçá entre grupos separados por 100 mil anos.
O Rovison e sua família é a prova do que eu estou falando... a lógica do ''environmental fact'' cai por terra só de botar esses exemplos bobos e EVIDENTES... para fazer sentido deveria ser assim: pessoas criadas nas mesmas condições apresentam comportamentos semelhantes e/ou idênticos... me diz onde isso acontece?? talvez em um país monorracial como Japão, que pode se aproximar dessa possibilidade.

''Alguém aqui não leu ou não entendeu o que significa "média".''

Vc.

Autor desconhecido disse...

''O ambiente cultural e intelectual americano não foi um fenômeno da natureza que apareceu de sopetão. Ele faz parte das estratégias das serpentes (aquelas que molham as mãos de democratas e republicanos) que hoje representam 40% dos bilionários americanos em dividir para conquistar os EUA.''

Disse alguma coisa sobre eeeles????
Não tem nenhuma palavra que começa com j neste comentário, isso é ser anti-...??????
Mister x,
de boa, faça outra coisa, pelo seu próprio bem, vc não quer cair em tentação pc???
ao menos faça um esforço mesmo que mínimo...
admito que muitos milhões de brancos são molóides em acreditar em contos de foo'a'da multiculti...
Eu posso cair na tentação pc assim:
''os povos moradores da África subsaariana apresentam disfuncionalidade cognitiva, mas são adaptados ao seu ambiente''

''jovens rebeldes praticam atos impensados em St Louis''

vai ficar feliz no dia que não mais encontrar meus comentários extensos?
(detalhe:ainda bem que não comprei seu livro)

DIREITA disse...

"Sugiro ao mister x procurar por ''racial passing'', será realmente que 1/3 dos americanos brancos tem mistura racial?? Olha, eu sinceramente não duvido... é extremamente plausível, principalmente durante o período colonial."
.
.
bem se você aceitar o conceito de branco usado no censo americano -onde, hispânicos ,médio orientais,sul asiáticos,norte africanos são considerados brancos-
dai é bem possível que 1/3 dos americanos brancos sejam misturados!

DIREITA disse...

"Putz, essa coisa de moderação é um SACO! Acho que vou ter que achar outro método. "

aceite todos os comentários,depois através da busca por palavras chaves (sub-raça,macaco.parasitas...etc) exclua os que não tolerar!

Chesterton disse...

A mulher dele faz isso, então você tem que casar (rs)

Rovison disse...

"E finalmente estão aqueles raros como eu, que não acham que "raça é tudo" mas tampouco pensam que "raça não é nada", isto é, aceitam que exista um aspecto genético na condição humana, mas que somado a este existam muitos outros fatores dignos de atenção. (Não gosto muito da palavra "raça" por toda a sua bagagem, mas é o que temos).

Só que, em termos de política, não acho que isso deva ter muitos efeitos práticos, acho que todos devem ser tratados igualmente pela lei e fazerem o melhor que puderem. A função dos governos não é tornar ninguém igual a ninguém, só tratar igual (se merecerem)."

Por que tu não falaste isto antes, Mr X? Se tivesses falado isto antes teria evitado muita discussão inútil.
Concordo integralmente com a tua posição: raça não é tudo mas também não pode ser considerado um fator sem nenhuma importância.
Penso que um meio-termo entre determinismo biológico e ambientalismo seja a posição mais sensata. O fato de eu ter enfatizado o fator racial na maioria dos meus comentários no teu blog, X, não é por achar que raça é tudo e sim para confrontar esse pensamento atualmente dominante que diz que raça não existe ou que não tem a menor importância para o comportamento dos indivíduos.

Chesterton disse...

http://www.libertyforall.net/?p=7310


chest- interessante, luz no fim do tunel

Anônimo disse...

Meio off-topic, mas acho que vocês vão "gostar" disso:

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,mpf-quer-tirar-de-circulacao-o-dicionario-houaiss,841177,0.htm

"O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça Federal em Uberlândia (MG) para tirar de circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o MPF, a publicação contém expressões "pejorativas e preconceituosas", pratica racismo aos ciganos e não atendeu recomendações de alterar o texto, como fizeram outras duas editoras com seus dicionários."

Mr X disse...

Olá a todos,
Bem, publiquei alguns comentários, outros não. Tentando manter um equilíbrio, e tirar aqueles não relacionados diretamente com o tema. A Bárbara pediu para eu não publicar o texto dela, mas agradeço. O que você vai estudar, Barbs?

Respondendo ao Desconhecido, Não, este não é um texto "racialista", é um texto "classialista" (rs). O interesse de Murray (e neste caso o meu) é no aspecto de classes, que é uma coisa diferente.
A Inglaterra, sociedade que foi mais "classista", foi historicamente sempre formado por classes, a divisão nada tinha a ver com raças e (suspeito) que tampouco muito por QI, mas meramente por nascimento e origens familiares. Mas alguns podiam casar dentro da aristocracia também. E havia nobres que empobreciam.
Bem, em todo caso, foi só recentemente que o marxismo, que antes era exclusivamente de "luta de classes", virou este marxismo racial que estamos vendo. Marx era racista e detestava negros e judeus (mesmo sendo um).

Bom, o fato é que o livro atual de Murray não fala NADA sobre raça, propositalmente escolhe se concentrar só em um grupo. Sim, o livro anterior "A Curva do Sino" era mais "racialista", mas esse foi escrito junto com Herrnstein (judeu. ué!?)

Anônimo,
ótima essa história sobre o dicionário Houaisss, rss, onde iremos parar? Aqui nos EUA teve recentemente uma polêmica com a expressão "chink in the armor" (fissura na armadura) que foi usada em relação ao jogador asiático-americano da NBA, Jeremy Lin, acontece que "Chink" é também gíria pejorativa para "chinês". Bom, daqui a pouco vamos ter que nos comunicar por mímica, pelo jeito.

Mr X disse...

Se "cigano" como "trapaceiro" é ruim, acho que vão ter também que acabar com as palavras e expressões como "judiar", "ladino", "denegrir", "presente de grego", "indiada", "programa de índio", "branquelo", etc.

Rovison disse...

"Bom, acho que era isso, no mais eu prefiro debater outros assuntos, como filosofia ou arte, o problema é que ninguém tem interesse nisso, rsssssss."

Eu tenho muito interesse em filosofia, aliás é a área do conhecimento de que mais gosto. Já arte é uma coisa que não me chama a atenção, exceto o tipo de arte que se produzia até o século XIX, porque chamar de arte essas bizarrices criadas do século XX para cá, na minha opinião, é um equívoco.

Mr X disse...

Ué, que aconteceu com a inferface do Blogger?

Aqui uma crítica ao livro:

http://www.vdare.com/articles/charles-murray-gets-readmitted-to-polite-society-at-a-price

Tem um quiz do Charles Murray que pode ser feito aqui, para você saber a qual classe você pertence e o quão isolado você está da "working class", se você vive numa bolha ou não:

http://www.scribd.com/doc/77349055/Coming-Apart-by-Charles-Murray-Quiz

Será que algum leitor quer fazer? Mas temo que só seja relevante para os americanos mesmo, as referências são muito locais. Eu fiz, embora adequando algumas perguntas ao Brasil, tirei 28 pontos, aparentemente para o Murray isso significa que eu sou da "zé lite". Mas sempre fui classe média, média brasileira é claro, jamais me considerei upper-class. Mas tampouco nunca fui do povão working class, devo reconhecer. E os leitores?

Se houvesse um teste similar para o Brasil, seria interessante.

Abs!

Mr X disse...

Pelo que vejo por aqui, o Rovison é mais de origem de classe trabalhadora na infância mas que subiu na vida, o Chesterton acho que também (ou não), eu sou de segunda geração de classe média (meus avôs eram mais "classe trabalhadora" do que meus pais, e os bisavôs eram imigrantes). Os outros leitores devem ser todos da "zé lite".

Rovison disse...

De fato, X, sou de família pobre mesmo. Até os onze anos de idade, morava numa pequena casa de madeira com mobiliário muito simples numa pobre cidadezinha do litoral do Pará. Tinha pouquíssimos pares de roupa, um ou no máximo dois pares de sapato e aos oito anos de idade já ajudava minha mãe na venda de frutas e peixe em casa. A situação financeira dos meus pais só começou a melhorar no início da minha adolescência (1991 em diante) quando meus pais montaram uma pequena loja de confecções, o que possibilitou que eu viesse estudar em Belém a partir de 1993. Atualmente meus pais apenas sobrevivem pois o que ganham só dá para os gastos essenciais. Graças a Deus, atualmente desfruto de um bom padrão de vida com renda familiar superior a quase totalidade dos meus parentes conhecidos e se meus planos derem certo pretendo me tornar empreendedor do ramo da construção civil e chegar ao meu primeiro 1 milhão de reais em até cinco anos.

Autor desconhecido disse...

''bem se você aceitar o conceito de branco usado no censo americano -onde, hispânicos ,médio orientais,sul asiáticos,norte africanos são considerados brancos-
dai é bem possível que 1/3 dos americanos brancos sejam misturados! ''

Sinceramente, não creio que os pesquisadores americanos tenham realizado esses estudos também com base nesses povos, considerados como brancos (caucasóides, parcialmente eles são). No mais, é só somar metade dos hispânicos (autodeclarados brancos)7.5%; do médio oriente, 1 a 1.5%;norte-africanos, menos de 1%? e ''sul asiáticos'' ou indianos, 1%?... soma e vê se dá 30%.

Mr X disse...

Bem, quem é de origem valoriza mais a riqueza, quem é de família rica é que às vezes costuma desvalorizar.

Os ricos de origem humilde são os que mais entendem disso, pois sabem o esforço envolvido. Já quem herda, não tanto. Esse o problema das empresas familiares, o filho herda e... muitas vezes dá m...

Mr X disse...

Ops, eu quis dizer "quem é de origem humilde" valoriza mais a riqueza.

Médio-orientais e norte-africanos (árabes, judeus, armênios, libaneses, etc.) são brancos por qualquer categoria que você escolher. De qualquer modo, para efeitos práticos, branco é quem tem fenotipo de branco, independente do genotipo. A não ser que você seja hispânico, aí mesmo sendo branco consegue um desconto. Os cubanos de Miami são quase todos brancos de origem europeia.

Tá, mas por que estamos falando disso mesmo? O post é sobre classe!! CLASSE!! ! ! !!! !!! ! !!! !!! ! ! !!! ! !

Mr X disse...

Putz, não posso mais comentar no Sakamoto... Lá tá sendo moderado também! Kkk. E pior, só podem quem tem cadastro no Uol.

Autor desconhecido disse...

Eu sei que é um texto classicista, não precisa fazer chilique... um texto classicista PRAATICAMENTE não tem nada a ver com raça, genética, qi.

''As classes altas vão mais à missa do que as classes baixas! (É o contrário do que ocorre no Brasil). ''
Eu li isso aqui e achei meio piada,rsrs... será que os ricos vão a igreja com a mesma crendice que os pobres do cinturão bíblico???

Anônimo disse...

(Mas confesso que às vezes o anti-branquismo me incomoda, sendo 95% branco... Ih ih)
.
.
este 5% não brancos se refere a qual raça ?

DIREITA disse...

Aí sim acho que os governos deveriam ter o direito de limitar "quem entra em seu país, e que certa homogeneidade é recomendável, pois se não cai-se no tribalismo -- poxa, a Iugoslávia caiu em guerras tribais, e isso que (fora os albaneses kosovares) são todos eslavos,"

na verdade albaneses são mestiços de eslavos com turcos ,isto se reflete em no DNA e aparência dos mesmos.kosovares de origem albanesa são ainda mais misturados com eslavos dai a possuírem um fenótipo mais próximo aos eslavos!

Chesterton disse...

Nunca fui pobre, meus 2 avôs, um fez fortuna na industria e comercio de grãos e outro era médico conceituado em POA que não fez fortuna. O que ficou rico era bisneto de imigrante alemão que veio para cá em 1824, esse sofreu miséria. Já o avô médico ficou órfão aos 9 anos de idade e trabalhou desde os 12 anos de idade se formando médico por único e exclusivo esforço proprio. Minhas idéias vêm mais do avô capitalista acho eu.

Anônimo disse...

CONFERÊNCIA DE NEGÓCIOS ÁRABE APELA À DISCRIMINAÇÃO ÉTNICA EM PROL DOS ÁRABES
Fonte: http://islamversuseurope.blogspot.com/2012/02/arabs-urged-to-racially-discriminate.html
Durante uma conferência de negócios árabe, realizada em Doha, Qatar, apelou-se aos governantes árabes para que fortalecessem a sua cooperação económica, se garantissem boas condições para negócios e... para que se substituíssem os trabalhadores estrangeiros por trabalhadores árabes...

DIREITA disse...

veja o absurdo ,X:


(...)Cerca de trezentos nacionalistas de todo o País participaram na acção de solidariedade para com Stringer. Cerca de três mil panfletos partidários foram distribuídos. Muitos dos habitantes locais tornaram-se militantes do BNP. No mesmo dia, manifestou-se também, como já foi aqui noticiado, a Liga de Defesa Inglesa (EDL), que teve também o apoio da família Stringer.
A população local acolheu bem os militantes nacionalistas e aproveitou para lhes contar vários casos de abusos e ataques cometidos contra os indígenas por alógenos, bem como atitudes de polícias que chegaram ao ponto de prender e ameaçar autóctones agredidos para que estes não denunciassem à imprensa as violências cometidas por imigrantes de que tinham sido alvo.
A dada altura, um inspector da polícia foi ter com Nick Griffin, presidente do BNP, para lhe dizer o seguinte: «Os muçulmanos (que estavam a bloquear a estrada a uns quantos metros de distância) queixaram-se de que as vossas bandeiras os ofendem. Podem por favor baixá-las?»(...)

http://gladio.blogspot.com/2012/02/manifestacao-nacionalista-do-bnp-em.html

Edu disse...

Muito interessante o post X, acho que me enquadro nesse grupo que acredita que somos uma sopa de tudo o que está dentro de nós + tudo o que nos cerca.

Acredito que a proporção dos ingredientes varia de indivíduo mais de acordo com o nível de consciência do indivíduo e sua vontade do que qualquer outra coisa. Acho que vc entende, mas um exemplo nunca é demais: se tenho um histórico familiar de viciados em cigarro, ou se eu vivo num ambiente onde todos os meus amigos fumam e não conseguem parar, eu tenho consciência de que, se eu fumar, poderei ter sérios problemas para parar, no entanto, experimentar um cigarro, seguir fumando, e ainda ficar viciado ou ter força de vontade para parar só dependem de mim. Por isso acho válidas do ponto de vista metodológico quaisquer tentativas de isolar variáveis para analisar cientificamente tudo isso, mas ainda muito distantes de serem definitivas.

Meu score foi 33, second generation. A pesquisa, mesmo adaptada aos padrões brasileiros me parece fazer sentido.

To com preguiça de escrever mais.

Mr X disse...

Não estou publicando por ora vários comentários sobre porcentagem de "DNA branco" (!?!?) que alguém deve ter para ser considerado "branco", por serem meio irrelevantes em relação ao tema que, repito, é o livro do Murray e suas observações sobre classe entre a população americana.

Só comentando um link odioso enviado pelo Desconhecido, que não publiquei, sobre um diplomata holandês imbecil que afirma que os povos da Europa do Leste (em sua maioria eslavos) não são "brancos" e que nada contribuíram à "cultura européia". Ora, os russos são (na maioria) eslavos, e dizer que Tostói, Dostoyevski, Andrei Rublev, Nabokov, Puchkin (que tinha avô africano), etc, em nada contribuíram, é ridículo. Sérvios? O genial Nikola Tesla, rival de Thomas Edison, entre outros. Poloneses? Que tal Joseph Conrad, nascido Józef Teodor Konrad Korzeniowski.

No mais, esse negócio de quem "contribuiu" mais é uma grande besteira, uma forma de onanismo mental. Coisa de quem não tem o que fazer, e que provavelmente não "contribuiu" nem para a própria família! Qual a "contribuição" desse idiota holandês?

Isso me lembra que no outro dia alguém aqui, não lembro quem foi, afirmou que "Einstein era uma fraude", bem, gostaria de ver os seus cálculos explicando os erros da teoria da relatividade, ou quem sabe, com todos os seus conhecimentos de Física, oferecendo-nos alguma teoria alternativa!

/rant off

Mr X disse...

Aliás, declaro, para os devidos fins, que este blog, por motivos que não vem ao caso, é filoeslavo, filo-tcheco, filo-italianos do sul, filoespanhol, filo-judeus não comunistas, filo-indianos não muçulmanos, filo-cantoras negras americanas dos anos 30-60, e filo-porque qui-lo. ;-)

Volto à noite local. Até mais.

Chesterton disse...

Já eu sou é filoeslavA, filo-tchecA, filo-italianAs do sul, filoespanholAS, filo-judIAS não comunistas,

DIREITA disse...

"Não estou publicando por ora vários comentários sobre porcentagem de "DNA branco" (!?!?) que alguém deve ter para ser considerado "branco", por serem meio irrelevantes em relação ao tema que, repito, é o livro do Murray e suas observações sobre classe entre a população americana. "

sobre o meu comentário sobre "brancura" foi uma resposta a postagem do autor desconhecido !

...se não quer que desvirtuem o tópico, porque então aceitou o comentário anterior do autor desconhecido o qual busquei responder?

Rovison disse...

Mr X, quando é que vc vai publicar textos sobre filosofia? Gosto muito dessa área.

Mr X disse...

Filosofia, não sei, por ora deixo isso para o Olavo de Carvalho...

Edu,
33 é? Pois é, achei o teste legal, acho que válido adaptando algumas coisas para o Brasil.

Será que mais alguém fez?

Rovison disse...

O Olavo de Carvalho é muito bom. Para mim é o maior filósofo brasileiro da atualidade. Tenho no meu computador mais de duzentos artigos do OC. O cara é muito bom mesmo. Dá gosto de ler os textos dele.

Cahê Gündel Machado disse...

Uma aristocracia sempre faz bem para um país.