A dentista não tinha uma vida fácil. Além de ter pouco dinheiro no banco:
"Solteira, a dentista morava no mesmo imóvel do consultório (montado em 2003) com os pais e uma irmã de 42 anos com necessidades especiais -- que dependia de Cinthya para se manter."
Já os bandidos não pareciam ser assim tão pobretões. Além de ter dinheiro para drogas, chegaram em um Audi de propriedade da família de um deles, não sei se obtido por meios lícitos ou ilícitos.
Ah, mas de que lado você acha que a esquerda vai ficar? Bem, fui lá conferir no blog do Sakamoto e, que dúvida. Eis o que ele diz:
Reafirmo, contudo, que, sim, 93% dos paulistanos (que são favoráveis à redução, pela pesquisa Datafolha) estão errados e, considerando que a lei dificilmente mudará, o melhor seria que todos contribuíssem para buscar soluções que atuem nas causas do problema. Ou alguém acha que uma pessoa capaz de entender o valor da vida ou que teve sua vida respeitada pela sociedade botaria fogo em alguém?Vamos analisar por partes. Primeiro, Sakamoto diz que "93% dos paulistanos estão errados". Ele, o iluminado, é o único certo. Ele também fala em "causas do problema". Poderia estar se referindo à psicopatia presente em vários elementos das subclasses brasileiras, ou ao deficiente sistema penal e judicial brasileiro? Não. Lemos mais adiante que o bandido "não entendia o valor da vida" (da dos outros, pois parece bem entender o valor da sua) e "não teve sua vida respeitada". Respeitada por quem, mané? Ele teve as mesmas oportunidades que todos, ou até mais, se for verdade que não vinha de família tão pobre. E, de mais a mais, ser pobre ou ter tido uma vida difícil justifica colocar fogo em alguém?
E, no entanto, esse é o discurso não só do Sakamoto mas de toda a esquerda brasileira, que odeia a redução da maioridade penal e que vive com pena de bandido.
(Brasileira? Que nada, a esquerda é assim em todas partes. Também no caso do terrorista checheno que atacou nos EUA, já tem articulista esquerdo-americano escrevendo que a culpa é da América por ter demorado demais a lhe dar a cidadania, e não pagar um auxílio-desemprego decente -- sim, o vagabundo nem trabalhava e era sustentado pela esposa).
Ah: em todo o post do Sakamoto, não há uma única menção, uma única palavra de compaixão para a dentista barbaramente assassinada.
Eu não sei para vocês, mas, para mim, quem defende psicopatas é psicopata também.
De quem você tem mais pena?
Se você escolheu "a", parabéns: você é um psicopata de esquerda!