sexta-feira, 29 de março de 2013

Para onde vai a Igreja Católica?

O grande Lawrence Auster faleceu nesta sexta-feira, há poucas horas. Estou muito triste. Era a minha leitura de todo dia. Agora, quem vou ler? É provável até que acabe com o blog (agora, a sério), afinal, não terei mais de onde copiar idéias.

Que Deus o tenha. Pouco antes de morrer, ele converteu-se ao Catolicismo. (De origem judia, era já convertido ao Cristianismo, só que ao Anglicanismo). Morreu na Sexta-Feira Santa. Ressuscitará ao terceiro dia? Pouco provável. Mas enfim. Requiescet in pace. 

Eu também sou Católico. Não muito praticante, é verdade. Mas ainda gosto da Igreja Católica. Quando estive na Itália, entrava em todas as Igrejas que podia. Às vezes, rezava. Deus não atendeu minhas preces, mas, é como diz aquele ditado russo, "reze, mas não deixe de remar." Eu muitas vezes não remei, fiquei à deriva. Remar cansa muito.

Tenho um "amigo" ateu no Facebook. Vive postando críticas à religião. O seu último post foi um cartum imbecil sugerindo que os religiosos não gostam de biologia, que são ignorantes, amantes do obscurantismo e inimigos da ciência. Repliquei comentando que isso não era verdade, e que o pai da genética, Gregor Mendel, era um padre católico. Desde então, ele não fala mais comigo.

Há algo de infantil no ateísmo militante. Tanto que a maioria das pessoas descobre o ateísmo na adolescência. Muitos até se vangloriam disso. "Deixei de acreditar aos doze anos!" Mas nessa idade ainda estamos em formação. Dá para levar a sério uma descoberta intelectual realizada nessa idade?

De qualquer modo, eu tampoco encontrei ainda a iluminação ou qualquer sinal de Deus. Simpatizo com a Igreja Católica, é tudo. Porém, não sei ainda o que vai acontecer com ela. Desconfio um pouco do novo Papa e sua humildade excessiva. Sim, sei que ele é Jesuíta e que é seguidor de São Francisco de Assis, mas mesmo assim. Argentino humilde é uma coisa muito estranha, não? Espero que ele não seja muito ligado ao pessoal do Leonardo Boff.

A verdade é que a Igreja Católica, como o Ocidente, está em crise. Em alguns casos, torna-se até parte do problema, com seus padres gays e sua teologia da libertação. É um alvo fácil dos esquerdistas. Criticar a Igreja Católica, hoje, é muito fácil. (Já criticar o Islã...)

A contribuição da Igreja Católica à arte Européia é inestimável (o protestantismo, por sua proibição de imagens, nem chegou perto). O Vaticano, para quem visitou, é um dos lugares mais impressionantes do mundo.

Mas o Vaticano também tem sua importância política, ainda que hoje esteja muito reduzida. "Quantas Divisões tem o Papa? perguntou uma vez Stalin, ironizando. Não se dava conta que o poder da Igreja é outro. Tanto que o Império Soviético foi derrotado, também, graças à ajuda de João Paulo II.

Desconfio que o destino do mundo ocidental, e em especial europeu, ainda estará ligado ao destino da Igreja Católica.

Descanse em paz, Lawrence Auster.

E Boa Páscoa a todos.




P. S. Para quem não conhecia o Larry Auster e não se atreve a ler em inglês com o Google Translator, existiam algumas traduções de seus escritos ao português. Lamentavelmente, a maioria era publicada pelo (também falecido?) Dextra, antes dele virar anti-Cristão, e sumiram para sempre. Um dos seus textos mais difundidos na língua de Camões é um sobre a inteligência e as raças, mas que na verdade está longe de ser o seu melhor trabalho. Sua obra-prima é "O Caminho para o Suicídio Nacional", um texto mais longo sobre a decadência dos EUA através da imigração. O melhor que ele fez, fora isso, foi a brilhante descrição da mentalidade progressista, em textos como a "Lei de Auster sobre relações entre maiorias e minorias", entre outros.  

De qualquer modo, eu acho que a importância de Auster está muito além dos seus escritos. Para muitos de seus leitores, que se encontram por toda a blogosfera, foi um mentor, um líder, uma pessoa com quem conversar. Tive a oportunidade de corresponder-me com ele por e-mail um par de vezes, e sempre foi simpático. Ao contrário de muitos blogueiros da chamada direita, uma das coisas chamativas em Auster era sua falta de ódio. Nunca escreveu com ódio contra minorias étnicas ou raciais, e nem mesmo contra esquerdistas, mesmo quando era duramente crítico destes. Acho que tinha um talento especial para fazer as pessoas pensarem em coisas que normalmente não pensariam, e para colocar em palavras o que outros pensavam, mas não sabiam expressar. Sua influência intelectual deve continuar através de seus seguidores.  

15 comentários:

Autor Desconhecido disse...

Não conhecia esse Auster e por isso raramente acompanhei o seu blog, mas com certeza absoluta eu devo um bocado de agradecimentos a ele e ao pessoal do Legio Victrix que postaram o seu texto sobre as diferenças raciais. Eu ainda não conseguia compreender totalmente essas diferenças, é engraçado, porque já vivenciara desde a infância (como todos nós) essas questões e mesmo tendo a disposição um bibliografia virtual que simplesmente confirmava as minhas suspeitas, ainda assim, faltava um texto que demonstrasse por meio de relatos pessoais porém neutros essa realidade, pontuando diferenças cotidianas como por exemplo a maneira com que os negros africanos e até mesmo, os afro americanos tendiam a dar ênfase a uma palavra específica, sempre citando-a de maneira constante, provavelmente para não se perderem em seus próprios discursos e demonstrando uma tendência repetitiva para fixar ideias , uma prova empírica da dificuldade da média negra em compreender ideias abstratas (mesmo um bocado de brancos não conseguem compreender). Este texto, até mais do que os estudos de Richard Lynn e do Phillipe Rushton, abriram totalmente os meus olhos para a realidade. Não querendo desmerecer a importância fundamental que esses dois tem tido na luta contra a estupidez esquerdista e a pseudo ciência moralmente ideologizada, mas em um único e relativamente longo texto, Auster disse melhor que centenas de gráfico poderiam dizer. Não que não tenha a capacidade de compreendê-la mas assim como a maioria dos seres humanos, eu estou melhor habituado a entender internamente aquilo que eu eu consiga imaginar imediatamente depois de ler e este bom homem conseguiu isso, não só comigo mas acredito que com a maioria das pessoas que leram este texto.
Que descanse em paz. E que nos ajude a lutar contra as forças do mal que se apoderaram deste mundo.

Brancaleone disse...

Devemos ter paciência com comunistas e cristãos. Ambos os grupos baseiam suas idéias, objetivos, manias e intenções em livros escritos a muito tempo por pessoas que já morreram faz tempo e que nunca conheceram o mundo atual...

Mr X disse...

Quando eu comecei a ler o Auster, lá por 2006 ou 2007, talvez até um pouco antes, achei que ele era um tremendo racistão. Mas depois vi que não, e que mesmo ele tendo escrito muito sobre a criminalidade no gueto afro-americano, acho que ele sempre demonstrou uma rara capacidade de entendimento, ele era honesto e dizia o que pensava com claridade mesmo que isso incomodasse muitos. Até dos conservadores ele reclamou muito, perdia o amigo mas não fingia ou mentia por delicadeza.
Mas, como eu disse, ele nunca escrevia com ódio no coração. O que é raro em certa direita, que odeia todos.

AF disse...

Devemos ter paciência com comunistas e cristãos. Ambos os grupos baseiam suas idéias, objetivos, manias e intenções em livros escritos a muito tempo por pessoas que já morreram faz tempo e que nunca conheceram o mundo atual...

Comunistas tudo bem, mas cristãos?

Conta outra, vai...

Unknown disse...

Saco grande temos é nós cristãos a fim de suportar a burrice dos ateus.
Certas coisas são iguais ontem, hoje e serão idênticas amanhã. Inclusive o teu cu Sr. Brancaleone. Então, vá ...
Vá estudar um pouco. Sugiro:

http://www.youtube.com/watch?v=7uSlpdQKj7g

Harlock disse...

Salve. Em relação ao Lawrence Auster, nada a acrescentar as suas palavras, essa perda acaba sendo apenas nossa, "Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!" Mateus 25:21... amém.
O Papa, independentemente de sua austeridade pessoal e de sua opção pelo magistério junto aos pobres, me pareceu haver dado uma prova de fineza política ao escolher adotar o nome de Francisco:
Jesuítas e franciscanos passaram séculos se bicando, assim como presentemente se confrontam facções teológicas, conferências episcopais, movimentos missionários e a Curia.
Se Jesuítas e franciscanos podem superar, simbólicamente que seja, séculos de ofensas mútuas, então está lançado um chamamento à unidade da Igreja, tanto na doutrina, quanto na ação.
E, sim, o Ocidente tem como espinha dorsal o Cristianismo, e este tem na Igreja Romana sua mais identificável expressão. A consciência desse fato por parte dos revolucionários gera a necessidade de destruir os valores cristãos e a Igreja, e que front de batalha melhor do que a educação?
http://pjmedia.com/tatler/2013/03/25/jesus-stomping-professor-fau-story-continues-with-non-apology-then-apology-and-now-charges-filed-against-student-who-complained/2/
A autora ainda se pergunta, ante os bocejos da "imprença pogressista" em relaçaão ao caso, qual seria sua reação se o objeto da atividade acadêmica em questão fôsse Maomé ou o "bem-guiado" Obama... pergunta retórica, é claro, já sabemos a resposta...

Silvio disse...

"A contribuição da Igreja Católica à arte Européia é inestimável (o protestantismo, por sua proibição de imagens, nem chegou perto)."

Não sou religioso, mas se for para falar de arte em sentido amplo, bom, o Bach era luterano.

Sobre imigração e "multicult", há poucos dias assisti a um documentário sobre aquele rito hediondo da Ashura (inclusive com a participação de bebês!). Não sou de me impressionar com facilidade, mas me bateu um desânimo e pensei na famosa frase da Bíblia: esse mundo jaz no maligno.

Tonho disse...

na "democratica , livre e defensora dos direitos humanos " inglaterra...

Nacionalista inglês é preso por "incitação ao ódio" após protestar frente a escola em que Aaron Dugmore - garoto branco ,de 9 anos de idade, que cometera suicidio apos anos sofrendo bullyng racial - estudou.

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=447841678628258&set=a.444294288982997.1073741828.444175058994920&type=1&relevant_count=1

Tonho disse...


Como quase tudo na America atual ,o conceito de crime de ódio também é interpretado pelas autoridades de uma forma a prejudicar os brancos

http://www.facebook.com/photo.php?fbid=447557125323380&set=a.444294288982997.1073741828.444175058994920&type=3&theater

Anônimo disse...

Brancaleole, feliz Domingo da Ressurreição do Senhor. A que pessoa morta você se referiu em seu comentário?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rovison disse...

Conheci Lawrence Auster através do blog do Dextra. Fiquei maravilhado com suas ideias. Li vários textos dele sobre diferentes assuntos, mas os que mais me chamaram a atenção foram os que tratavam do tema tabu raça. O cara tratava da questão racial com a lucidez e realismo que o tema exige. Tinha uma inteligência fora de série. Que descanse em paz.

Anônimo disse...

"Brancaleone disse:-Devemos ter paciência com comunistas e cristãos."

Os comunistas tem contado com isso já a um século e tantos.

E parece que até agora (quase?) ninguém percebeu aonde o mágico enfiou a cartola e o coelho!

Aliás, DOIS COELHOS:

Um, o de ter conseguido enganar as almas do dito mundo livre fazendo com que estas apostem constantemente na respeitabilidade dessa MEEERRRDA, toda vez que os ditos comunistas são pegos com as calças-na-mão nos seus "ATOS-FALHOS" dissimulados, perversos e genocidas...

O outro, o de impregnar nas mesmas almas que o Cristianismo é tão nocivo quanto qualquer outra instituição humana (já que prega limitações morais e auto-controle... E isso me parece que soa como uma afronta as mentes libertárias, uma blasfêmia às leis do livre-mercado, um contra-senso ao hedonismo auto-sustentável atual).

Exercitarei minha resignação católica meia-bomba. Haja paciência!

Anderson Silva (o verdadeiro, sem muita paciência pra enfrentar o seu impostor num ringue de UFC Rsss)

autor desconhecido disse...

http://www.youtube.com/watch?v=day1J1zz2e4

O Olavo de Carvalho falando que os brasilóides são idiotas sendo ele mesmo um meio idiota é uma piada pronta e acabada, como este país varonil.

Anônimo disse...

"Há algo de infantil no ateísmo militante. Tanto que a maioria das pessoas descobre o ateísmo na adolescência."
"Esqueceu-se" de dizer que, apesar de todos os vitimismos dos talibanzinhos nacionais, as pessoas descobrem-no (o Ateísmo é como a América?)na adolescência porque o Cristianismo ainda É a ideologia oficial e favorecida do Ocidente, empurrada goela abaixo de crianças inocentes por todo tipo de madrassas e Komsomols, muitas vezes financiadas com dinheiro público (daí a grita de Severos, Razzos e Olavo de Carvalho contra o laicismo malvado, que quer acabar com as mamatas deles).