quarta-feira, 27 de março de 2013

Dá para falar de raça sem racismo?

Tem aquelas pessoas que, quando são acusadas de racismo, dizem: "tenho um amigo negro." Bem, eu não tenho, não. Mas tenho uma conhecida negra. Bom, não a conheço pessoalmente, mas jogamos Palavras Cruzadas online. É muito inteligente, ou ao menos tem um ótimo vocabulário: sempre ganha, a maldita.

Tenho também uma amiga judia. Ao contrário do estereótipo, é loira, não é de esquerda e é bem politicamente incorreta. No outro dia ela me confessou que detesta ciganos. (Parece que os ciganos tem um lobby muito fraco, é bem mais aceito falar mal deles do que dos negros, dos gays, dos judeus ou dos índios, até a esquerda o faz).

Tenho também um, não diria amigo, mas conhecido mexicano que é mistura de tudo: parte índio, parte negro, convertido ao judaísmo, e algo me diz que é gay também. Apesar da fama de preguiçosos dos latinos, é muito estudioso e foi aceito para fazer pós em uma importante universidade americana.

Estou querendo dizendo o que? Nem sei. Acho que o seguinte: pela minha experiência no blog, a maioria das pessoas, nesse delicado tema, ou está num extremo ou em outro. De um lado, os que dizem que raça não existe, que não existe nenhuma diferença genética entre os povos, e que notar padrões de comportamento é racista. Ou seja, vêem só o indivíduo e não o grupo.

Do outro, estão aqueles que só conseguem ver o grupo sem separar os indivíduos, e afirmam que raça é o determinante de tudo, que os pretos isto, que os ciganos aquilo, que os japas e índios aquilo outro. Quase sempre aspectos negativos. Não conseguem ver pontos positivos, isolar o indivíduo do grupo ou entender que a cultura também é importante.

(Questão relacionada: o novo Papa é "latino"? Genéticamente italiano, culturalmente argentino, qual é mais importante para vocês?)

Bem, acho que sou um dos poucos moderados nesta história toda, que se encontram na metade do caminho. Para mim, a genética é um dos fatores desta vida, mas definitivamente não o único. E, de qualquer modo, mesmo a genética se modifica ao longo do tempo e das gerações. Cultura e genética estão constantemente influindo uma na outra, de modo que fica até difícil separar.

Quem veio antes, o ovo ou a galinha?

No mais, independente de tal ou tal comportamento e/ou tendência ser "cultural" ou "genético" (ou mais provavelmente uma mistura dos dois), acho que é bastante claro que existem diferenças de comportamento médio entre os grupos. E nesse sentido não falo apenas dos grupos raciais principais, mas mesmo de grupos intra-étnicos: há diferenças comportamentais entre alemães e italianos, turcos e árabes, japoneses e coreanos, etc. É verdade que os estereótipos étnicos (asiático estudioso, italiano corrupto,  etc) não vem aleatóriamente do nada: são meramente uma "média" meio caricaturizada do comportamento grupal. Mas isso não quer dizer que isso seja característico de todos os indivíduos, o tempo todo! Eu já conheci japonês burro e preguiçoso. Até alemão com senso de humor já conheci.

E, como eu disse, tudo muda. Pode até ser verdade que hoje não haja países africanos que tenham um alto nível de civilização. Mas quem sabe daqui a vinte, trinta, duzentos ou mil anos isso não vai mais ser verdade. Pode também que nós ocidentais degringolemos e os chineses nos superem de vez. Nada é certo nesta vida, fora os impostos e a morte.

O que quero dizer, basicamente, é que não se pode ser de todo dogmático, certo?

E viva a diversidade humana, que o mundo é belo porque é vário.

Casamento cigano (na verdade, travelers irlandeses).

22 comentários:

AF disse...

Mr. X:

Bem, acho que sou um dos poucos moderados nesta história toda, que se encontram na metade do caminho. Para mim, a genética é um dos fatores desta vida, mas definitivamente não o único. E, de qualquer modo, mesmo a genética se modifica ao longo do tempo e das gerações. Cultura e genética estão constantemente influindo uma na outra, de modo que fica até difícil separar.

Também sou assim e me parece que o dono do Blog do FireHead também é.

Negros conservadores, trabalhadores, pró-família, assim como judeus, japoneses, etc. tem todo o meu respeito.

Um negro como o Mussum, que era talentoso, bacana e muito cativante e um judeu de direita e politicamente incorreto como o Luíz Filipe Pondé, valem infinitamente mais do que essas branquelas feministas abortistas por aí e esses brancos progressitas.

Esses brancos assim são potencialmente perigosos e colaboram e muito para as coisas estarem assim na nossa sociedade.

Agora, esses negros que infelizmente viram bandidos ou são racistas e até atacam os brancos inocentes na África do Sul e nos Estados Unidos, junto com esses judeus esquerdistas (que infelizmente não são poucos) que vão para o quinto dos infernos, junto com esses brancos esquerdistas e o amarelo esquerdista do Sakamoto também.

Harlock disse...

Salve. Que o Papa seja um "carcamano", tudo bem... raça não é destino... mas "culturalmente argentino"?!? Valha-nos Deus! A Argentina é caso perdido para a Civilização Ocidental desde que a substituiu pelo culto peronista. O Papa é cultural e espiritualmente cristão, a opção seria vestir uma camiseta " las Malvinas son argentinas", bater bumbo e invocar o mana do totem ancestral, como faz a maioria de seus compatriotas.
Do jeito que segue firme e forte a infiltração chinesa na África até nem duvído, sim, que no próximo século o seu padrão civilizacional suba bastante, só que meio que dúvido que alguém mais vá falar em "continente negro"...

Mr X disse...

Olá Harlock,

Bem, na verdade não sei muito sobre o novo Papa, só vi essa foto que colocaram dele tomando chimarrão (mate) e fiz a associação.

Parece que ele era bem crítico da "Isabelita" Kirchner.

DIREITA disse...

(Questão relacionada: o novo Papa é "latino"? Genéticamente italiano, culturalmente argentino, qual é mais importante para vocês?)

o Papa não tem cara de Papa,tem cara de vô . o brasileiro tinha mais cara de Papa

Guilherme disse...

Já discuti muito com um amigo sobre a questão da inteligência relacionada à genética racial, argumentando que nunca foi feito um estudo sério sobre o assunto. Os estudos populacionais de desempenho em avaliações intelectuais (The Bell Curve) não provam nada sobre a genética, na minha opinião. Enquanto não forem apresentadas variações anatômicas claramente relacionada à capacidade intelectual e isoladas as influências ambientais, estaremos ainda no campo da especulação. O segundo passo, uma análise da distribuição dessas variáveis intra e inter populações levaria muito tempo e seria bem caro, mas provavelmente, após resolvido o primeiro problema, acabaria vindo à tona.

Meu chute: a distribuição da inteligência tanto dentro de grupos raciais quanto entre os grupos raciais não está relacionada à cor da pele, estrutura óssea ou características faciais. Os mais inteligentes não devem mais claros ou mais caucasianos ou asiáticos na mesma proporção. Creio que pessoas inteligentes têm probabilidade maior de ter filhos inteligentes, e uma seleção de parceiros baseada neste critério ou uma cultura de valorização da inteligência levam à manutenção e ao desenvolvimento dessa característica em gerações futuras. Criadores de cães e cavalos já sabem disso há séculos. Por falar nisso, acredito que não exista consenso sequer em um modelo animal de inteligência e sua correlação com uma estrutura anatômica, o que seria fundamental antes se de considerar o mesmo em relação às habilidades exclusivamente humanas.

Guilherme disse...

Já discuti muito com um amigo sobre a questão da inteligência relacionada à genética racial, argumentando que nunca foi feito um estudo sério sobre o assunto. Os estudos populacionais de desempenho em avaliações intelectuais (The Bell Curve) não provam nada sobre a genética, na minha opinião. Enquanto não forem apresentadas variações anatômicas claramente relacionada à capacidade intelectual e isoladas as influências ambientais, estaremos ainda no campo da especulação. O segundo passo, uma análise da distribuição dessas variáveis intra e inter populações levaria muito tempo e seria bem caro, mas provavelmente, após resolvido o primeiro problema, acabaria vindo à tona.

Meu chute: a distribuição da inteligência tanto dentro de grupos raciais quanto entre os grupos raciais não está relacionada à cor da pele, estrutura óssea ou características faciais. Os mais inteligentes não devem mais claros ou mais caucasianos ou asiáticos na mesma proporção. Creio que pessoas inteligentes têm probabilidade maior de ter filhos inteligentes, e uma seleção de parceiros baseada neste critério ou uma cultura de valorização da inteligência levam à manutenção e ao desenvolvimento dessa característica em gerações futuras. Criadores de cães e cavalos já sabem disso há séculos. Por falar nisso, acredito que não exista consenso sequer em um modelo animal de inteligência e sua correlação com uma estrutura anatômica, o que seria fundamental antes se de considerar o mesmo em relação às habilidades exclusivamente humanas.

Rovison disse...

Dá sim, MrX, para discutir raça sem ser racista, mas apenas em blogs como o teu. Na grande mídia, isto é impossível. Para o pensamento mainstream e politicamente correto que domina a grande imprensa, universidades, escolas, parlamento, cinema, literatura, etc. qualquer menção a diferenças entre raças, especialmente, entre brancos e negros, já é visto como preconceito racista e, portanto, algo que não pode ser discutido, apenas combatido de todas as formas.

Chesterton disse...

http://townhall.com/columnists/walterewilliams/2013/03/27/are-we-equal-n1548400

Anônimo disse...

" o novo Papa é "latino"? Genéticamente italiano, culturalmente argentino(...)"
Não entendo esta distinção. Os italianos são os latinos originais (ou descendentes dos cidadão romanos). Os (latinos) americanos são uma mistura de espanhóis, portugueses, índios e sei lá mais o quê.

Anônimo disse...

Os italianos são os latinos originais (Império Romano). Os chamados latinos americanos são mais ameríndios com alguma influência ibérica(genética ou cultural).

Autor Desconhecido disse...

''Meu chute: a distribuição da inteligência tanto dentro de grupos raciais quanto entre os grupos raciais não está relacionada à cor da pele, estrutura óssea ou características faciais.''

Está sim, pelo que parece. Primeiro, que vários estudos populacionais já constataram isso. Eu falo de 3 décadas atrás. Agora com o advento da tecnologia, está sendo provado mais do que nunca (diria um apresentador famoso) que existem reais diferenças de inteligência entre as raças e que sim, muitos dos seus traços explicam essa discrepância. Existe uma ciência que estuda a relação entre traços físicos (por exemplo, testa alta, tipo de nariz, de boca) com traços comportamentais e cognitivos, se chama psicognomia. Claro que a relação não será de 100%, mas se superar 50%... A Bárbara me mostrou um link que dizia que os seres humanos que passaram a comer carne ''se tornaram'' mais inteligentes antes dos demais, porque para ter uma dieta carnívora teria sido necessário o desenvolvimento de habilidades cognitivas de caça, mais complexas e sofisticadas do que uma dieta basicamente composta por vegetais e frutas, onde o trabalho maior seria se pendurar numa árvore ou jogar pedras para apanhar as frutas, por exemplo. Esse processo poderia ter se relacionado com mudanças faciais onde os traços simiescos, como uma mandíbula proeminente teriam sido contra selecionados, a favor de uma mandíbula recuada e que isso teria ocasionado mudanças na localização do cérebro humano, também aumentando o seu espaço para o posterior desenvolvimento (lamarckismo e darwinismo juntos?).
E no mesmo link dizia onde essas mudanças teriam acontecido primeiro: Europa e Japão.
Barbs, me corrija se tiver passado alguma informação errada,kkkk






Os mais inteligentes não devem mais claros ou mais caucasianos ou asiáticos na mesma proporção. Creio que pessoas inteligentes têm probabilidade maior de ter filhos inteligentes, e uma seleção de parceiros baseada neste critério ou uma cultura de valorização da inteligência levam à manutenção e ao desenvolvimento dessa característica em gerações futuras. Criadores de cães e cavalos já sabem disso há séculos. Por falar nisso, acredito que não exista consenso sequer em um modelo animal de inteligência e sua correlação com uma estrutura anatômica, o que seria fundamental antes se de considerar o mesmo em relação às habilidades exclusivamente humanas.

Doc disse...

Bom, o papa é latino nos dois casos né. Como italiano, como argentino. Povos de cultura e língua Latina. E na verdade todo argentino é meio italiano mesmo.

Harlock disse...

Salve. "Questão relacionada: o novo Papa é 'latino'? Genéticamente italiano, culturalmente argentino"...
A Cultura é mais importante, se fosse depender da raça, os argentinos, enquanto italianos que pensavam que eram ingleses falando espanhol, estariam até bem encaminhados rumo à Civilização, se não jogassem tudo fora em favor do peronismo.
Estão nisso a 70 anos, racialmente a população pouco mudou, então o fracasso da nação argentina e o desastre humanitário que a aguarda derivam tão somente da sua opção por um conjunto de valores culturais estúpidos.

Mr X disse...

França rejeitando o presidente socialista?

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/03/28/o-presidente-da-franca-esta-no-fundo-do-poco-da-para-cair-mais-491410.asp

Sobre o Papa "latino", ora, é óbvio que quando escrevi "latino" me referia a "latino-americano", ao que se convencionou de chamar de "latino" nos EUA, embora englobe uma série de países bem diversos, do México à Argentina.

Mas claro, há semelhanças entre europeus do sul e sul-americanos, afinal eles nos colonizaram.

O que eu quis dizer, acho, é que ele não cresceu na Itália então tem (provavelmente) habitudes relacionadas mais com a Argentina do que com a Itália.

Por exemplo, tenho um amigo de origem coreana (pais coreanos), mas que nasceu e cresceu no Brasil. Culturalmente ele é muito mais brasileiro do que coreano, inclusive fala português e não coreano, e se fosse pra Coréia provavelmente se sentiria um estrangeiro. Mas, geneticamente, é 100% coreano.

E aí?

DIREITA disse...

Harlock disse...
Salve. "Questão relacionada: o novo Papa é 'latino'? Genéticamente italiano, culturalmente argentino"...
A Cultura é mais importante, se fosse depender da raça, os argentinos, enquanto italianos que pensavam que eram ingleses falando espanhol, estariam até bem encaminhados rumo à Civilização, se não jogassem tudo fora em favor do peronismo.
Estão nisso a 70 anos, racialmente a população pouco mudou, então o fracasso da nação argentina e o desastre humanitário que a aguarda derivam tão somente da sua opção por um conjunto de valores culturais estúpidos.


isto não é verdadeiro,segundo meus...(CENSURADO)

Mr X disse...

.(CENSURADO)

Na verdade, eu apaguei um dos seus comentários sem querer querendo, apagando spam...

Mas respondendo aqui, achei seu comentário contraditório, primeiro que a Argentina não mudou taanto assim (de 70% a 40% branca? duvido.)

Eu acho que é possível que a composição étnica da Argentina tenha mudado um pouco (esteja mudando), visto que ultimamente tem um número não desprezível de imigrantes peruanos, bolivianos etc, fora seus próprios ameríndios que já habitavam faz tempo nas províncias mais distantes de Buenos Aires. (Patagônia, Salta, etc.)

Porém, a elite e a classe média sempre foram brancas, e o que determina o destino de um povo é mais a elite e a classe média do que o povaréu.

Aliás, vc mesmo admite isso quando fala da África colonizada, que era mais desenvolvida e tal.

Mr X disse...

E terceiro que a Argentina perdeu o bonde, é já de muito tempo que o país não se industrializou e desenvolveu, está certo, não chega a ser uma Zâmbia e nunca seria uma Suiça, mas podia ter sido uma Itália, uma Espanha. Bem, não que esses países estejam tão bem assim hoje... Mas enfim. Os problemas lá vem de muito longe, muito antes de qualquer imigração.

Autor Desconhecido disse...

''Mas enfim. Os problemas lá vem de muito longe, muito antes de qualquer imigração.''

Bem, mas os problemas que a imigração de pessoas pouco qualificadas (leia-se, baixo qi) já devem estar potencializando a longa decadência portenha. Ao menos eu tenho certeza de que a decadência da maioria dos países ocidentais e até mesmo, de alguns países menos ricos, se dá quase que diretamente por causa do influxo irresponsável porém premeditado de milhões de pessoas que são biologicamente disfuncionais em sociedades avançadas. (Mesmo em suas próprias sociedades eles já eram disfuncionais).

DIREITA disse...

Mas respondendo aqui, achei seu comentário contraditório, primeiro que a Argentina não mudou taanto assim (de 70% a 40% branca? duvido.)


bem,não ouvi isto só de uma pessoa.na verdade, é quase que uma unanimidade dentre os HDB argentinos



Porém, a elite e a classe média sempre foram brancas, e o que determina o destino de um povo é mais a elite e a classe média do que o povaréu.


deve ser por isto que a california, mesmo como uma elite branca ,mudou tanto com a mudança demografica dos ultimos 30-40 anos!


Aliás, vc mesmo admite isso quando fala da África colonizada, que era mais desenvolvida e tal.

não.oque eu afirmei foi que a cultura ,somente, não é responsável pelo sucesso ou fracasso de uma sociedade.


Ivan disse...

Se lembra do Sarkozy? Pois eh, ele eh descendente de judeus mas quis expulsar os ciganos da Bulgaria (país que faz parte da UE); se fosse contra latinos tinha até desculpa.

------

E tem estoria q ouvi de judeu nao aceitar negros em sinagogas.

----------

E pra lembrar: fizeram teste de DNA em parentes tios de Hitler, parece q ele tinha sangue negro e judeu.

----------

E há ainda hipotese de que judeus ASkhenazi nem sao judeus, seriam pessoas dum país (no Kazar) q se converteram ao Judaismo copiando a conversao do seu rei:

http://www.ibeipr.com.br/artigos.php?id_artigo=96

Ivan disse...

OLha isso do Wikipedia sobre povo Cazar convertido ao Judaismo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cazares

Ivan disse...

Apesar de nesse blog tem uma afirmação de que judeus sao raça sim:

http://epaubel.blogspot.com.br/2013/10/judeus-sao-uma-raca-revelam-os-genes.html