quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mulheres Guerreiras

Enquanto o famoso novo blog não vem (será que um dia virá?), comento duas notícias interessantes. Uma, a morte de uma correspondente de guerra americana em um bombardeio na Síria. Não conhecia a repórter. Provavelmente era de esquerda, mas escreveu um bom texto sobre a importância dos correspondentes de guerra.

Ela já havia perdido um olho em outra guerra, e desta vez entrou clandestinamente na Síria juntando-se a um grupo de militantes que protestavam contra o governo Assad, em meio a um momento de brutal repressão. Morreu junto a outros repórteres e fotógrafos estrangeiros, propositalmente atacados pelo regime. (Por muito menos, os americanos e franceses bombardearam Khadafi).

Bom, mas o conflito na Síria não me interessa aqui, apenas a psicologia da repórter. O que leva uma pessoa a arriscar a vida dessa forma? Ela explica algumas razões no discurso mencionado acima, mas não o essencial. Por que ela?

Fui procurar informações sobre sua vida pessoal. Americana, mas morando há muito na Inglaterra. Foi casada e divorciada duas vezes -- com o mesmo sujeito. Casou depois ainda uma terceira vez com um outro jornalista que por sua vez já fora casado outras quatro vezes e se suicidou, terminando a relação. Ela tinha cinqüenta anos. Não tinha filhos.

Não, não quero insinuar aqui, num momento de psicologia barata, que suas frustrações sentimentais a tivessem levado a participar desse tipo de vida -- aliás, é provavelmente o contrário. É certo que ter família e filhos tornaria mais difícil a participação em coberturas de guerra. Por outro lado, não sou como esses direitistas mais radicais que acham que mulher serve apenas para ter filhos e cuidar da cozinha. Sendo ela uma mulher independente sem filhos e sendo essa sua escolha de vida, não vejo muito problema. Acho até uma pessoa admirável. Só acho curioso.

Se mulheres correspondentes de guerra chamam a atenção, o que dizer de mulheres soldadas? Elas também existem, e em número crescente.

Não chegam a ser uma total novidade. É certo que sempre foram minoria, mas Joana do Arco liderou as tropas francesas quando ainda adolescente. Em países orientais como Índia e China várias mulheres guerreiras parecem ter tido importância histórica. Porém, na maior parte dos casos, a crença geral tem sido que as mulheres são demasiado preciosas para serem desperdiçadas como bucha de canhão.

O feminismo acredita que "homens e mulheres são iguais" e esteve por trás desse movimento que quer colocar mulheres na linha de frente das guerras -- e nem digo como repórteres, mas como soldadas mesmo. Porém, isso leva a situações bizarras, e aqui vem a segunda notícia que me interessou: leio que nos EUA, soldados americanos (homens), como parte de seu treinamento, são obrigados a utilizar barrigas e seios postiços para "empatizar" com as soldadas grávidas.

(Pausa para você recuperar o fôlego.)

Três perguntas surgem aí. A primeira é, "Hein?!". A segunda é, "O que mulheres grávidas estariam fazendo no exército?". A terceira é: "Xii, o que eles terão que fazer para empatizar com os soldados gays?"

É curioso: por um lado, dizerem que homens e mulheres são iguais, mas, por outro lado, para poderem acomodar mulheres em profissões perigosas (e tradicionalmente masculinas) como a de soldado, piloto ou bombeiro, dezenas de modificações tornam-se necessárias. Mas afinal, não eram iguais?

Alguns dizem que o verdadeiro interesse do movimento feminista não é o de equiparar as mulheres aos homens, mas sim o de feminizar os homens. Vendo o vídeo que acompanha a matéria sobre a empatia com soldadas grávidas, fico pensando que talvez eles tenham razão...


NOTA 1: post sobre temática racial serão sumariamente deletados. Há espaço para eles -- nos posts sobre raça (aliás, estou preparando um). Porém, não serão mais aceitos em posts que não falam do assunto.
NOTA 2: sei que prometi um blog novo, mas ainda não tive tempo; enquanto isso, vou postando ainda notas curtas por aqui, neste semi-moribundo blog.)

17 comentários:

AF disse...

Mr. X.,

Sobre essa mulher americana morta isso mostra o quanto a esquerda e o feminismo iludem a vida de uma pessoa. Não é o primeiro caso que tem assim, em que um esquerdista ingênuo morre e certamente não será o último.

Temos também o caso de um esquerdista italiano que foi a Israel ajudar os "palestinos mulçumanos oprimidos" e acabou assassinado pelos palestinos.

O bom de ser de direita é que às vezes a gente vê tanta coisa ingênua que a esquerda e o feminismo fazem, que a gente até se pergunta como existem gente assim e como tem gente assim no poder e lamentavelmente perguntamos também como as pessoas obedecem e não questionam as hipocrisias da esquerda. =/

Sobre a questão de mulheres soldados, tem um ponto que tem que ser ressaltado, Mr. X.: o que as feministas fizeram nos exércitos foi rebaixar o nível dos testes para elas poderem entrar, pois os testes para um homem entrar são bem mais rigorosos e as mulheres certamente não suportariam. Isso foi não só no exército, como na polícia e no corpo de bombeiros.

Igualdade não existe nunca. Como vi num site, as mulheres soldadas, salvo raras exceções, só são superiores em uma coisa, comparadas aos homens: em ensaios fogográficos.

As feministas também nunca lutaram pelo direito de trabalharem em minas de carvão, britar asfalto, trabalhar em sol escaldante carregando um saco de 50 quilos de cimento numa grande construção, para serem pedreiras, serem estivadoras, subir essas favelas do Rio para enfrentarem traficantes, trabalharem dentro de tubulações de esgotos, etc.

AF disse...

Ah, só uma coisa: "semi-moribundo blog"?

Não diga isso, Mr. X., seu blog é excelente! Tem muitos questionamentos legais, conteúdo rico e muita coisa boa aí!

Sem contar que talvez seja um pouco de sua história, questionamentos, momentos, etc. Não o apague.

Ninguém agrada todo mundo e você tem seus amigos e leitores fiés aqui, pode ter certeza.

Abraços.

Chesterton disse...

As feministas acabaram de vez com a alegria das mulheres, e não conseguindo se transformar em homens, procuram transformar homens em mulheres. Alías, O Janner tem um artigo recente e bom sobre feminismo;
obs: essa de ser seletivo é uma boa idéia.
Essa reporter me lembra um amigo que tive que tinha atração pelo abismo...acabou caindo em um abismo. Vicio em adrenalina?

Mr X disse...

Há pessoas (homens ou mulheres) atraídos pelo risco, e que fazem disso um estilo de vida. Conheci um que foi ao Sudão na época dos conflitos, e nem por trabalho ou por uma causa política, mas por "diversão" mesmo.

E tem este guri aqui: http://www.ktla.com/news/landing/ktla-ucla-student-libya,0,4010646.story

Também lembrei da artista italiana que se vestiu de noiva e saiu pedindo carona pelo mundo, terminou estuprada e morta, não sei se nessa ordem. Mas nesse caso foi total ingenuidade mesmo:

http://www.liveleak.com/view?i=dae_1207992854

"Her dream was to demonstrate that someone can travel everywhere safely and relying only on other people's kindness and support."

Ora, vá ser ingênua assim na China! Mas não na Turquia ou em qualquer país muçulmano.

Autor desconhecido disse...

Individualmente falando parece ter sido uma mulher muito valente mesmo...
mas lutar pelos ''EUA'' de hoje é o mesmo que lutar contra nós, meros indivíduos dependentes de nossos governos corruptos.
Sinceramente, não acredito nem no ponto final dos repórteres sobre essas pseudo revoluções no mundo árabe. Uma coisa é não gostar deles, eu também não gosto, mas temos de admitir que do nada começou uma revolução-facebook nesses países.
De ditador pra ditador, nós temos os nossos, a diferença é que ao menos parece que os de lá parecem ser mais nacionalistas.

Autor desconhecido disse...

repórter é uma racinha sem vergonha na cara, só existem duas alternativas pra esse povo:
ou são muito, muito burros, cientistas políticos frustrados ou são qualquer outra coisa,menos profissionais imparciais e preocupados com a verdade.

AF disse...

"Her dream was to demonstrate that someone can travel everywhere safely and relying only on other people's kindness and support."

Ora, vá ser ingênua assim na China! Mas não na Turquia ou em qualquer país muçulmano.


Nossa!! Nem dá para acreditar.

Nos anos 80 e 90 era comum ouvirmos falar de crianças morrendo ou se ferindo gravemente por ingenuamente tentarem imitar personagens de desenhos animados. Hoje também se ouve falar, embora o foco tenha mudado um pouco.

A mesma coisa está acontecendo com pessoas mais adultas atualmente, que ingenuamente acreditm na esquerda e que "todos são iguais" acabam indo nesses países e morrendo terrivelmente.

Como o Autor Desconhecido falou, repórter é uma raça sem-vergonha. Em teoria não era para ser, pois o papel de um repórter é informar e ser imparcial, mas na prática, devido as aulas de marxismo-cultural e corretismo politico que recebem na faculdade, acabam sendo, pois fazem o oposto e acabam tendo a mente totalmente dominada e corrompida pelos valores esquerdistas, fazendo loucuras desse jeito.

Não só repórteres, mas a população como todo está sendo dominada pelo vírus do marxismo cultural e corretismo politico através da TV, novelas, rádios, jornais, etc.

Bárbara disse...

Posso fazer uma associação deste post com o outro?

Lá na Síria, a minoria cristã quer que Assad permaneça no poder, pois de acordo com estes, estarão protegidos dos furiosos muçulmanos se ele continuar no poder.

Achei interessante, mas vcs já deviam saber.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/506581-medo-faz-minoria-crista-na-siria-defender-permanencia-de-assad

Quanto ao feminismo: Acho estas feministas um bando de hipócritas. Elas só pregam a igualdade dos gêneros por conveniência. Não vi até agora, nenhuma delas lutando pela "obrigatoriedade" do serviço militar feminino.

Mr X disse...

As minorias cristãs estavam mais protegidas com Mubarak no Egito e provavelmente as da Síria também estejam melhor com Assad. Mas, além disso, Assad e seu grupo são alauitas, que parece ser mais uma divisão entre os muçulmanos, portanto se Assad cair os alauitas estão ferrados. Os sunitas querem acabar com a raça dos xiitas e alauitas, provavelmente depois de acabarem com os cristãos, que ambos odeiam.

Não que o Assad seja grande coisa, está mesmo massacrando muita gente. Talvez esses países só possam mesmo ser governados por ditaduras seculares? Sei lá.

Depois da Guerra Civil no Líbano muitos cristãos de lá vieram para a América Latina, talvez o mesmo ocorra agora depois da "primavera árabe".

Autor desconhecido disse...

''Não que o Assad seja grande coisa, está mesmo massacrando muita gente. Talvez esses países só possam mesmo ser governados por ditaduras seculares? Sei lá.''

Com qi baixo??Sim. (eu sei, não estamos numa discussão racialista mas o meu comentário me parece ser apropriado, engraçado que a Síria não parece ser dos países do oriente médio, mais ''estúpidos'')

''Depois da Guerra Civil no Líbano muitos cristãos de lá vieram para a América Latina, talvez o mesmo ocorra agora depois da "primavera árabe".''

Agora,essas ''revoluções'' de facebook????? huuuuuuummm.

Kryptonita disse...

A caolha não era nenhuma guerreira. Era só uma idiota, meio esquerdopata, querendo aparecer. Saiu na chuva e se queimou.

Feminismo não é igualdade entre homens e mulheres. Se fosse, o pressuposto seria a dignidade de uns e outras. Que digninade, que valor há aí? Só há bizarrice de todos os lados. Bizarro o travestismo, bizarra também a representação da gravidez - barriga e peitos. Nada mais. Empatia por barriga e peitos? É claro o ódio contra homens e mulheres. O ideal feminista é, simplesmente, o androginismo.

Se nem homens nem mulheres importam muito para a feminista, o que a move então? O poder. O exemplo é típico de um ataque a uma tradicional instituição e é só isso o que fica no final.

Cuspo na cara do comandante que permitiu uma coisa dessas.

PS/: Deixa de perfumaria! Deixa de famoso novo blog! :>)

Bárbara disse...

>"A caolha não era nenhuma guerreira. Era só uma idiota, meio esquerdopata, querendo aparecer. Saiu na chuva e se queimou."

Isso eu concordo plenamente. Estes jornalistas são todos uns escrotos idiotas. Não tenho qualquer piedade pela morte deles.

Anônimo disse...

Uma coisa é não gostar deles, eu também não gosto, mas temos de admitir que do nada começou uma revolução-facebook nesses países.

NO FACEBOOK ,SEI! UM POVO MISEREVEL QUE NÃO TEM NEM COMIDA EM CASA SE COMUNICANDO ATRAVÉS DA INTERNET ,MAS DE QUE JEITO?

DIREITA disse...

TEM UM VÍDEO DE 2007 EM QUE UM GENERAL AMERICANO ,EM UMA ENTREVISTA DADA UMA TV ALEMÃ,DIZ TER RECEBIDO UM RELATÓRIO COM O CRONOGRAMA DAS 5 (CINCO)PRÓXIMAS INTERVERSÕES QUE AS FORÇAS ARMADAS AMERICANAS TINHAM QUE CUMPRIR ATE 2012 .ESTES PAÍSES ERAM IRÃ,EGITO, LÍBIA,SOMALIA E SÍRIA

Mr X disse...

Olá Direita,

Você tem link pro vídeo desse general? Pelo jeito faltou a Somália, Síria e Líbia, se bem que ainda falta até o fim de 2012, vamos aguardar.

No mais, peço que não escreva em Caps Lock, algumas pessoas não gostam.

As revoltas não foram por Facebook (mesmo que hoje em dia até o mais miserável tem celular, e portanto acesso ao mesmo), foram devido à crise de alimentos, ao islamismo, e à insatisfação política mesmo. Mas na boa, não precisa muito pra esse povo protestar, veja o que estão fazendo agora lá no Afeganistão por causa de uns "Corães" queimados por acidente. Quer promover um quebra-quebra ou revolta em país muçulmano, é bem fácil.

DIREITA disse...

Olá Direita,

Você tem link pro vídeo desse general? Pelo jeito faltou a Somália, Síria e Líbia, se bem que ainda falta até o fim de 2012, vamos aguardar.

não tenho.quando o assisti ,ano passado, postei o vídeo em algumas comunidades do orkut ,mas não lembro sob qual titulo!

Stheff Mattos disse...

Nossa, pra mim ficou bem claro que nenhum dos leitores desse Blog nunca leu nada sobre feminismo, quando ignorancia senhor! As feministas querem desconstruir a ideia de genero, não de sexo.As características de genero são construidas socialmente, não tem nada de biológico, e suprimem as personalidades individuais. Pra mim quem afirma que as feministras querem transformar-se em homens ou transformar os homens em mulheres é um bando de homossexual enrrustido que não tem coragem de assumir sua sexualidade, tamanho é seu preconceito.