segunda-feira, 29 de junho de 2015

Tudo que é sólido desmancha no ar

A frase é de Marx. Virou depois o título de um livro que foi moda nos anos 80 ou 90, hoje esquecido. Acho a frase bonita, e aplicável ao momento em que vivemos, no qual todas as certezas ocidentais parecem se dissolver.

Falo, naturalmente, do fim do casamento tradicional (da sociedade tradicional?) com a aprovação geral do casamento homossexual, bem como várias outras coisas que estão ocorrendo no nosso agora falecido Ocidente (requiescat in pace). 

Meu Facebook (o qual espero poder abandonar em breve, tendo descoberto que nada mais é do que uma usina de replicação de estupidez), recentemente amanheceu todo colorido. Celebração devido ao fato da Suprema Corte americana ter passado por cima dos direitos dos estados, e afirmado que o casamento homossexual é lei em todo o país, e dane-se a independência dos "Estados" Desunidos.

É bem estranho como em tão pouco tempo, a mídia conseguiu transformar algo tão marginal em um direito inalienável, que não pode sequer ser discutido. 

Quando eu era criança, nem faz tanto tempo assim, a tal cultura gay ainda era algo bem obscuro, longe do mainstream. Faziam-se piadas na televisão e na escola, e comentava-se baixinho nos salões, mas os casais gays estavam longe de ser considerados parte da sociedade tradicional. Acho que a mudança começou com a AIDS, que acabou dando maior visibilidade aos gays, e começaram a aparecer mais e mais nos filmes e nos sitcoms, de forma que se tornaram definitivamente parte da cultura geral.

Ainda assim, ainda considero incrível como, em meras duas ou três décadas, algo que não era sequer concebido (casamento entre dois homens ou duas mulheres) tornou-se um assunto quase indiscutível. Ser contra é ser contra o "amor". E quem é que pode ser contra o "amor", não é mesmo? 

(Digam o que quiserem sobre os africanos, ao menos eles parecem entender mais de anatomia e não engolem essa história de que o sexo entre casais gays é exatamente igual ao dos casais formados por um homem e uma mulher.) 

De qualquer forma, é impressionante como não apenas a mídia, como o governo e praticamente todas as grandes empresas americanas apoiaram e ainda apoiam maciçamente essa mudança social, criando um ambiente no qual se manifestar contra virou ser um pária ou um sujeito esquisito. Vejam:


Bem. Eu não sei o que vocês pensam sobre o assunto. Conheço vários gays, conheço até um transexual (acho que é um transexual, mas não tenho certeza!). São pessoas bacanas, eu acho, não tenho tanta intimidade. De qualquer forma, não acredito que devam ser perseguidos por seus atos sexuais ou suas preferências eróticas. O sexo heterossexual também tem suas esquisitices! E com lei ou sem lei, casais gays sempre existiram, sempre existirão. Houve naturalmente muitos gênios que eram gays. Bem, que continuem assim.

Confesso porém que não gosto da idéia de casais gays ou lésbicos cuidando de crianças; temo que seja uma forma de egoísmo que "objetifica" (para utilizar uma palavra esquerdista) a vida da criança.

Além disso, ocorre o risco de abusos. Mais de um casal gay abusou de crianças adotivas. Sim, sei que isso ocorre com muitos casais heterossexuais também, até ou especialmente casais com filhos biológicos. Porém, com o casamento gay, ficou mais fácil para predadores. Digamos por exemplo que João e Pedro gostem de comer criancinhas. Eles se associam em um "casamento" e adotam várias crianças, às quais passam a abusar sistematicamente.

Delírio? Pois vejam o famoso caso daquele casal gay australiano que adotou um menino russo para estuprá-lo e prostituí-lo, ou deste outro casal gay americano que adotou e abusou de algumas de suas nove crianças. Nove! Mas vocês sabem o quão difícil que é para um casal heterossexual americano adotar crianças? Leva anos e é uma burocracia infernal. E no entanto esses gays conseguiram adotar nove pimpolhos, tudo graças ao politicamente correto. 

Está certo, tais abusos são (quero crer) uma pequena minoria. E quanto aos casais sem filhos, que meramente querem o direito de poder passar ao companheiro de mesmo sexo seus bens, não seria isso justo? 

O que está em jogo, no entanto, é algo mais complexo. O que é o "casamento gay"? Seu valor é quase que exclusivamente simbólico. A maioria dos gays, mesmo tendo agora o direito, não casa nem casará. Muitos dos que casaram, já separaram-se.

De acordo com estimativas, o número de gays que casaram nos EUA (nos estados em que tal união já havia sido legalizada) foram 72 mil em todos os EUA, desde 2007. É pouco, se considerarmos que a população americana de gays adultos (se corresponder aos 3.8% de auto-declarados gays e lésbicas) deveria ser de pelo menos 12 milhões.

Mais: a imensa maioria dos casais de mesmo sexo que casaram é de lésbicas: mais de 50 mil desses 72 mil são casamentos entre mulheres, provando mais uma vez o clichê de que as mulheres tem uma maior necessidade (ou capacidade) para relações estáveis do que os homens. 

Então, por que tanta luta por um direito que nem eles procuram?

É simples. O que eles querem realmente é o símbolo da aceitação, a idéia de não haver nenhuma diferença em relação aos héteros. Não é que eles queiram casar, eles querem ser vistos como parte integrante da sociedade, sem qualquer tipo de censura. E para o progressista branco, que tem vários amigos ou conhecidos gays, isso é de certa forma natural.

Para outros, porém, o “casamento gay” é apenas a busca da dissolução do casamento tradicional, a pá de cal que faltava nessa instituição. Como disse um comentarista em outro site, é um tipo de "inflação do casamento": assim como imprimir mais dinheiro diminui seu valor, proporcionar o casamento a todos é um procedimento similar com conseqüências similares (e dar a residência ou cidadania a qualquer imigrante ilegal também inflaciona o falor da cidadania americana)

Além disso, é uma boa arma contra os cristãos, que são os únicos de fato opostos a isso (e ainda assim, nem todos: grande parte dos protestantes e até muitos católicos estãose dobrando ao casamento e adoção gay. Acredito que em breve teremos casamentos gays celebrados na maioria das Igrejas e Catedrais).

De qualquer forma, convenhamos, a idéia de transformar o que é essencialmente o fim da família tradicional em um direito de "igualdade" foi uma sacada genial.

O homem moderno está viciado em "igualdade". Não acreditanto mais em Deus, nem em pátria, nem em cultura, nem nos laços sanguíneos, tudo o que lhe resta é a crença na Humanidade.

Mas a Humanidade é um pobre substituto para Deus. Os "direitos humanos" não satisfazem a necessidade espiritual, e, sendo o homem por sua constituição um ser eternamente insatisfeito, será necessário avançar sempre mais e mais na "luta" por "direitos" imaginários.

O que virá depois do "casamento gay"? Senhores, façam suas apostas.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Esqueçam o que escrevi

É curioso. Toda hora que escrevo sobre raça acaba-se gerando uma discussão sem fim e, a meu ver, inútil e infantil, ainda que por vezes divertida.

Vamos lá. Até que gosto de antropometria, ou, mais exatamente, de tentar adivinhar a origem da pessoa a partir de seus traços faciais ou corporais. É uma brincadeira agradável, ainda que inconseqüente. 

Porém, não tenho interesse em discutir "pureza racial". Meu conceito de "branco" é simples, uma definição que tem servido por séculos, bem antes da descoberta dos genes: branco é quem tem pele branca. Depois, podemos explorar em mais detalhe sua etnia, sua origem, de quem ele puxou o nariz e com quem sua bisavó copulou.

E digo mais, até coloco na conta dos brancos alguns supostamente mais "escurinhos" como gregos e italianos do sul, devido às suas contribuições gerais às ciências e às artes, e por pertencerem inegavelmente à cultura européia (de modo que turcos, mesmo muitos deles sendo também de pele branca, não entrariam, mas deixo essa questão em aberto - afinal, a Europa é bem mais diversa do que pensamos.)

De qualquer forma, o curioso é que a tal pureza racial só vai para um lado. O simpático rapper Snoop Dogg tem certamente um pouco de sangue branco, além de sangue indígena (de acordo com este link, 71% de africano, 23% de nativo-americano, e 6% de europeu - eu diria que parece até mais). Porém ninguém chama ele de "misturado" ou de "mestiço", chamam ele de nigga mesmo. Questão de opinião, mas acho que o mesmo deveria valer para os brancos então. 

Mas aí alguém disse que Elon Musk tampouco é branco. A informação surpreendeu-me. É verdade que ele tem uns olhos que parecem meio maoris, mas parece ser 100% branquelo, que nem o assassino de Charleston, mas com um QI nitidamente maior. Alguns dizem que Elon seria judeu: sua mãe tinha o sobrenome Handelman. Mas tudo indica que seja mesmo holandês da gema, e protestante.
(Incidentalmente, estive lendo sobre o divórcio de Elon e sua primeira esposa, e achei bem interessante; talvez escreva sobre isso um dia. Os dois me pareceram insuportáveis, ele um maníaco e ela uma vadia que gasta 20 mil por mês da pensão milionária apenas em roupas e sapatos. Fitzgerald tinha razão, os ricos de fato são diferentes. Eles vivem, nós dormimos!) 

Bem, mas onde eu estava? Até esqueci...

Enfim, um outro comentarista disse que eu fico "só no papo". Acho que fui mal compreendido, que pena. Jamais tive outra intenção do que a de ficar "só no papo". Não tenho vocação para mártir ou revolucionário, para soldado nem para herói, e nem mesmo para ideólogo ou propagandista. Não sou nenhum homem de ação, ao contrário, sempre fui pouco mais do que um observador desinteressado. Gosto de observar e discutir. Querem mais? Procurem outro lugar; não faltam psicopatas na web.

Aliás, querem saber? Estou me lixando para a "causa branca". Estou me lixando para os nacionalistas brancos e seus sonhos insanos. Também não quero saber de conservadorismo ou anti-petismo. Não votaria no Bolsonaro nem muito menos no Aécio. Não sou nem mesmo religioso. Se pudesse, seria um hippie progressista, liberal e vegetariano, mas, ai de mim, perdi também essas ilusões. Acho que não tenho ideologia nenhuma, fora a de que devemos tentar seguir um certo bom senso em tudo, e tentar ser um pouco melhores uns com os outros neste vale de lágrimas. Eu não quero (nem poderia se quisesse) "salvar o Ocidente". (Aliás, às vezes eu acho que quero mais é ver o circo pegar fogo, só para poder escrever aqui, não fosse que um certo nível de conforto é essencial para poder viver e escrever.) 

Digo mais: simpatizo com os negros e os índios, especialmente aqueles que mantiveram as suas culturas pré-ocidentais, embora também goste de sincretismos como o jazz, o samba e a bossa nova. Mas enfim, adoro aquelas pinturas e máscaras africanas, bem como alguns artefatos indígenas ameríndios; o índio ou negro que sai da sua cultura tradicional e vira um favelado sub-ocidental é que é triste. Mas nesse caso,  de quem é a culpa, de quem quer meramente sobreviver, ou de quem subjuga e escraviza e quer transformar o Outro na sua imagem? O negro realmente não tem culpa das lutas entre branquelos liberais e branquelos de direita, nem o imigrante tem culpa de que os Wasps e judeus ricos queiram usá-lo como mão de obra barata, ou para ferrar com a classe média trabalhadora... É, os antigos católicos é que estavam certos, o importante não é o que está na cabeça, mas o que está no coração... Ah, e contrariando a teoria geral, às vezes penso que o problema demográfico, no Brasil e nos outros países, em termos de criminalidade, não são negros e muito menos índios, mas os mestiços e os mulatos. Ou seja: o problema é o sangue branco, que transformou o nobre selvagem em um criminal... Mas deixo essa teoria para outros mais lombrosianos desenvolverem.

Bem, mas eu fico nessas e aí leio que devido a essa matança na igreja, um articulista, não contente com banir a bandeira da Confederação Sulista (que eu acho graficamente mais bonita do que a americana), quer também banir o filme "E o Vento Levou...", só por mostrar os sulistas de forma positiva. (Talvez os sulistas tenham razão, e o maior preconceito nos EUA não seja contra negros, mas dos yankees contra os sulistas, mas essa é outra história.)

Por outro lado, vejo agora que os próprios nacionalistas brancos detestam os sulistas por considerá-los "misturados", então, realmente não há muito o que fazer. Mas, ironia por ironias, a maioria dos "nacionalistas brancos" não são mesmo misturados? Os nórdicos "puros" parecem mais preocupados com outras coisas, mais abstratas...

(E os russos, são brancos? Gosto tanto dos russos. Dos eslavos em geral, mas dos russos em particular.) 

Enfim, acho que os brancos sobreviverão, e se não sobreviverem, paciência, os chineses e judeus certamente sobreviverão, e levarão adiante a tocha da humanidade... E se não forem eles, serão os africanos, indianos e muçulmanos, que vencerão no número, ou então alguma outra raça futura, que ainda não nasceu... Ou talvez o Unabomber e outros anti-tecnólogos é que tinham razão, e quem vencerá mesmo serão os robôs que nos escravizarão.

Enfim, acho que não estarei aqui para ver, mas tenho fé que (lamentavelmente) a humanidade continuará.

OK, desculpem este amontoado de bobagens e o excesso de ironias: é que cansei um pouco deste tema. A partir de agora, se quiserem saber sobre raça, genética e HBD, leiam o blog do Santoculto, que é muito mais variado, se bem que acho que ele também desistiu de escrever sobre isso e só escreve poesia... É como eu digo, é um tema que esgota facilmente... E, em alguns casos, leva mesmo à loucura... 

Bem, acho que farei o mesmo e agora falarei apenas de arte. Talvez até publique meus poemas. Violets are red, roses are blue... Hum, pensando bem, esqueçam. 

Esqueçam tudo o que escrevi.

Cuidem-se e sejam felizes.

Bye bye wiggers.

sábado, 20 de junho de 2015

Guerra racial

O sonho da grande mídia finalmente aconteceu: um jovem branco racista entrou em uma igreja e matou vários negros inocentes.

Tudo é tão horrivelmente perfeito que parece até filme de Hollywood, desde as motivações do assassino, a seu nome (Dylan Storm Roof? Por que não Dylan Storm Front?), às suas bandeirinhas da Rodésia e da Confederação Sulista, às suas declarações insanas de que odiava negros por que eles estariam "estuprando nossas mulheres" -- o que mulheres de meia-idade em uma igreja teriam a ver com isso, não foi explicado.

Porém, mesmo se for real, o crime não é de todo inusitado. A maioria dos assassinos de massa ataca os indefesos e os inocentes, e é bem estúpida mesmo, até clichê, em suas intenções.

Uma vez me perguntei por que não poderia surgir um assassino de massa que matasse Hillary Clinton, George Soros, David Cameron, Madeleine Albright, e outros vilões da elite global; ou, se isso fosse muito difícil, por que não matar criminosos ou terroristas, em suma, ser uma espécie de justiceiro à la Charles Bronson que realmente matasse pessoas do mal, e não apenas inocentes indefesos.

A resposta, além do óbvio fato de que matar os superprotegidos políticos da elite ou criminosos armados é bem mais difícil, é que matar inocentes vulneráveis causa mais escândalo, portanto, de um jeito torto, dá mais ibope. E o que os assasinos em massa mais querem é ibope, fama, notícias, além de celebridade para sua "causa". 

Mas por que as idéias desses assassinos de massa são quase sempre tão banais?

Há na verdade uma explicação lógica para isso. Num ensaio chamado "O Perdedor Radical", Hans Magnus Erszenberger escreveu algo interessante, que a maioria das pessoas não tem imaginação para criar teorias da conspiração verdadeiramente interessantes, e portanto simplesmente replicam o que lêem ou vem em outro lugar. Aplicam seus ódios e frustrações a idéias que flutuam no ar. Eles acham que estão matando em nome de uma idéia, mas é o contrário: eles já têm ódio no coração e querem destruir; a causa aparece depois. Alguns matam por Alá, outros por anti-feminismo, outros por racismo, e outros ainda por anti-racismo.

É possível que o clima hostil criado pela mídia, enfatizando o ódio de negros contra brancos, tenha aumentado o ressentimento entre as duas raças na América. Crie ódio suficiente, e alguns celerados, sejam brancos, sejam negros, vão reagir de forma violenta.

O curioso é que os negros não representam nenhuma ameaça à América. São uma minoria que, bem ou mal, faz parte da história do país. Sem os negros, a América seria mais tranquila, mas talvez também mais aborrecida. A ameaça demográfica vem mesmo dos mexicanos e dos asiáticos, que são os grupos que mais crescem nos EUA, e em breve irão suplantar o homem branco.

Aqui, um parêntese.

O escritor Scott Fitzgerald diz logo no início de O Grande Gatsby que "o teste de uma inteligência superior é a habilidade de ter duas idéias opostas na mente ao mesmo tempo e ainda manter a capacidade de funcionar."

Muitas pessoas, mesmo aqui neste blog, não conseeguem compreender a diferença entre o indivíduo e os grupos. O progressista liberal anti-racista vê apenas o indivíduo e, portanto, não consegue fazer diferenciações baseadas em características grupais. O racista é o contrário: vê apenas o grupo, e atribui a todo indivíduo as características do grupo ao qual pertence.

Dando um exemplo mais claro: no meu trabalho atual, tenho colegas armênios, turcos, árabes, mexicanos, sul-americanos, asiáticos, judeus, negros, indianos. É um verdadeiro zoológico humano. No entanto, são pessoas legais. (Com exceção do argentino, que é um mala).  Todos convivem e trabalham bem juntos.

A partir daí, eu poderia pensar, "isto funciona, por que o mesmo não ocorre no resto da sociedade?" Mas aí é que está a questão. O que funciona numa escala pequena, nem sempre funciona na grande escala. A dinâmica e o comportamento das massas é bem diferente do comportamento individual. Tenho um amigo chinês, um sujeito bacana. Nem por isso me sentiria confortável vivendo exclusivamente no meio de chineses. 

Mas qual seria a solução?

1. Assimilação?


Isto não dá certo, pois no fundo, quem é que se assimila a quem? A muçulmana de burca da foto virou "americana" mesmo, ou é a América que perdeu a sua identidade? A tal "assimilação", no fundo, cria na verdade uma cultura superficial, baseada apenas no materialismo e no consumismo. Nada mais têm em comum entre si os diversos grupos e indivíduos que formam a nação.

2. Miscigenação? 


Pode funcionar no nível individual, mas tende a criar gerações de pessoas confusas e, por vezes, ressentidas. Muitos citam o Brasil como um país com maior harmonia racial do que os EUA devido à sua mistura, mas, francamente, um país com 50 mil assassinatos por ano não pode servir de exemplo para ninguém.

3. Segregação? 



Além de injusta com os indivíduos, a segregação pode agravar o ressentimento sentido por alguns, e em geral tem um equilíbrio precário. Sociedades artificialmente segregadas tendem a durar pouco tempo e exigir autoritarismo para se manter.

4. Deixar tudo como está? 

Fora algumas exceções, em geral negros, brancos, mexicanos e asiáticos tendem a se separar naturalmente nos EUA. Apesar de uma convivência superficial, no trabalho, na rua, na fila do supermercado, em sua vida privada cada grupo segue sua vida. Asiáticos tendem a viver e se relacionar com asiáticos, negros com negros, mexicanos com mexicanos, muçulmanos com muçulmanos, e brancos com brancos. Porém, isso cria uma sociedade fragmentada, sem união e sem ideais. Além de ocasionalmente ocorrerem conflitos como o de membros de um grupo matando os de outro, como vimos acima.

Qual a solução, então?

Acho que não existe. A humanidade tende a criar conflitos mesmo onde eles não existem, e quando não é por motivos raciais, ocorre por motivos religiosos ou ideológicos. Em resumo, estamos ferrados e mal pagos.

"Com a madeira torta da humanidade, nada de direito pode ser criado." (Kant)

sábado, 13 de junho de 2015

Você acredita no Amor?

A campanha do Dia dos Namorados do Boticário tem causado alvoroço nas redes sociais, supostamente por mostrar um casal de gays e outro de lésbicas.

Não achei nada de mais, mas enfim, as redes sociais são ótimas em manufaturar falsas polêmicas e tempestades em copos de água.

Se teria uma reclamação, seria que o casal lésbico era demasiado bonitinho. A realidade dos casais lésbicos é mais parecida com esta aqui:


Por outro lado, a verdade é que a maioria dos casais héteros também não são as belezas dos comerciais, e estão em média mais para isto:


Portanto, relevemos. Se alguém ainda leva comerciais a sério como reflexo da realidade, deve ser internado imediatamente no hospício mais próximo.

O que me chamou a atenção, no entanto, foi a ênfase no "amor" pelos defensores da propaganda. De fato, uma das coisas mais curiosas de hoje em dia é a importância que os progressistas parecem dar à "família", ao "casamento" e especialmente ao "amor".

É que nos anos 60, era exatamente o contrário: jovens esquerdistas rebelavam-se contra o casamento, a família, a relação monogâmica, o amor romântico e todos os outros "superados conceitos burgueses". Hoje o celebram, porém, quase que apenas para alguns grupos. (As famílias héteros mórmons, católicas ou evangélicas com muitos filhos continuam sendo, em geral, rejeitadas).

Um exemplo: a mídia americana hoje celebra Bruce "Caitlyn" Jenner, ex-esportista ganhador do decatlo e agora travesti. Casou três vezes, tendo dois filhos com cada esposa e logo depois divorciando, e aos 65 decidiu virar "mulher", surpreendendo os filhos e filhas e ex-esposas com uma mudança de sexo. Um irresponsável? Um maluco? Não. Segundo a mídia, esse é um verdadeiro exemplo de "amor", um verdadeiro "pai (ou mãe?) de família".

(Curiosamente, mesmo considerando-se uma mulher, Jenner continua atraído por mulheres, da mesma forma que Martine Rothblatt, milionário transexual casado com uma mulher negra.)

Mas nem todos os gays são insenstos. Aliás, quem diria que logo Camille Paglia, feminista, lésbica e amante da contra-cultura, fosse uma das últimas pessoas públicas que ainda fala coisas extremamente sensatas? Em uma bela entrevista, ela criticou as feministas radicais, os transsexuais e as marchas das vadias, sem fazer nada de mais do que repetir o óbvio: homem é homem, mulher é mulher, e transexual não é nem uma coisa nem outra.

Mas voltando ao "amor", tão celebrado, parece-mede qualquer forma estranha toda essa ênfase no "amor" ao defender os casais gays. Não que não seja possível o amor entre dois homens, ou entre duas mulheres; ou mesmo entre dois homens e uma mulher, ou duas mulheres e um homem, ou três homens, uma mulher e um cachorro. Acho que ele é possível, sim (embora talvez dependa o que você entende por amor, se a atração sexual, a intimidade que ocorre após anos de convivência, uma amizade profunda, uma grande identificação pessoal, ou alguma outra coisa).

É verdade que casais homos tendem a ser menos fiéis, que não podem reproduzir-se entre si e que, definitivamente, dois pais, ou duas mães, não são exatamente o ideal para educar crianças, já que o melhor para alguém que cresce é ter ao mesmo tempo a presença feminina e o amor incondicional da mãe, e autoridade masculina e o amor mais condicional do pai.

De qualquer forma, para o progressista atual, isso não importa, pois qualquer núcleo onde exista o "amor" é considerado uma "família". Este é seu slogan: 


Sim, talvez.

Porém, às vezes acho que com toda essa discussão sobre o "amor", perde-se o que é realmente importante na questão do casamento e das famílias, que não tem necessariamente a ver com o amor em si, mas com questões legais, práticas e sociais relacionadas à melhor maneira encontrada para propagar a espécie e para tentar manter um pouco mais de ordem, sem tantos contratempos.

Ou seja, o importante (e o difícil) numa relação e numa família não é necessariamente o prazer, e muito menos o prazer sexual, mas os deveres: de ser bom e fiel com a esposa/o, de manter e educar os filhos, etcétera. Não se trata de garantir a felicidade pessoal, mas a longevidade da cultura e sociedade. (Parece que os antigos babilônios aceitavam todo tipo de união, mas você viu algum babilônio recentemente?) 

Enfim, a verdade é que os brancos europeus é que inventaram o amor, pois grande parte das culturas não-ocidentais, de muçulmanos a chineses a indianos, continuam mantendo casamentos arranjados, e a mulher é pouco mais do que uma máquina de parir bebês e lavar a louça.

Ainda hoje, enquanto os brancos pregam o amor para gays, travestis, lésbicas e derivados, vejo todo dia dezenas de muçulmanas de burca pela rua, levando carrinhos de bebê, com mais dois outros pequenos terroristas caminhando ao lado, e um outro na barriga. E curiosamente estão sempre sós com os filhos, nunca vejo os maridos. Onde andam? Em casa? No trabalho? No bar? (Lembro que no bairro turco de Berlim, as mulheres turcas é que trabalhavam nas padarias, açougues, etc, enquanto que os homens ficavam sentados nos cafés fumando.)

De qualquer forma, eu realmente entendo muito pouco sobre tudo isso; o amor e as relações sempre me pareceram um mistério. 

Feliz Dia dos Namorados.

Lembram dos quadrinhos "Amar é..."?
(Eu os detestava.)
Ah, foram atualizados para a nova geração.