Falo, naturalmente, do fim do casamento tradicional (da
sociedade tradicional?) com a aprovação geral do casamento homossexual, bem como várias
outras coisas que estão ocorrendo no nosso agora falecido Ocidente (requiescat
in pace).
Meu Facebook (o qual espero poder abandonar em breve, tendo descoberto
que nada mais é do que uma usina de replicação de estupidez), recentemente amanheceu todo
colorido. Celebração devido ao fato da Suprema Corte americana ter passado por
cima dos direitos dos estados, e afirmado que o casamento homossexual é lei em todo o país, e dane-se a independência dos "Estados" Desunidos.
É bem estranho como em tão pouco tempo, a mídia conseguiu
transformar algo tão marginal em um direito inalienável, que não pode sequer ser discutido.
Quando eu era criança, nem faz tanto tempo assim, a tal cultura gay ainda era algo bem obscuro, longe do mainstream. Faziam-se piadas na televisão e na escola, e comentava-se baixinho nos salões, mas os casais gays estavam longe de ser considerados parte da sociedade tradicional. Acho que a mudança começou com a AIDS, que acabou dando maior visibilidade aos gays, e começaram a aparecer mais e mais nos filmes e nos sitcoms, de forma que se tornaram definitivamente parte da cultura geral.
Ainda assim, ainda considero incrível como, em meras duas ou três décadas, algo que não era sequer concebido (casamento entre dois homens ou duas mulheres) tornou-se um assunto quase indiscutível. Ser contra é ser contra o "amor". E quem é que pode ser contra o "amor", não é mesmo?
(Digam o que quiserem sobre os africanos, ao menos eles parecem entender mais de anatomia e não engolem essa história de que o sexo entre casais gays é exatamente igual ao dos casais formados por um homem e uma mulher.)
De qualquer forma, é impressionante como não apenas a mídia, como o governo e praticamente todas as grandes empresas americanas apoiaram e ainda apoiam maciçamente essa mudança social, criando um ambiente no qual se manifestar contra virou ser um pária ou um sujeito esquisito. Vejam:
Bem. Eu não sei o que vocês pensam sobre o assunto. Conheço vários gays, conheço até um transexual (acho que é um transexual, mas não tenho certeza!). São pessoas bacanas, eu acho, não tenho tanta intimidade. De qualquer forma, não acredito que devam ser perseguidos por seus atos sexuais ou suas preferências eróticas. O sexo heterossexual também tem suas esquisitices! E com lei ou sem lei, casais gays sempre existiram, sempre existirão. Houve naturalmente muitos gênios que eram gays. Bem, que continuem assim.
Confesso porém que não gosto da idéia de casais gays ou lésbicos cuidando
de crianças; temo que seja uma forma de egoísmo que "objetifica" (para utilizar uma palavra esquerdista) a vida da criança.
Além disso, ocorre o risco de abusos. Mais de um casal gay abusou de crianças adotivas. Sim, sei que isso ocorre com muitos casais heterossexuais também, até ou especialmente casais com filhos biológicos. Porém, com o casamento gay, ficou mais fácil para predadores. Digamos por exemplo que João e Pedro gostem de comer criancinhas. Eles se associam em um "casamento" e adotam várias crianças, às quais passam a abusar sistematicamente.
Delírio? Pois vejam o famoso caso daquele casal gay australiano que adotou um menino russo para estuprá-lo e prostituí-lo, ou deste outro casal gay americano que adotou e abusou de algumas de suas nove crianças. Nove! Mas vocês sabem o quão difícil que é para um casal heterossexual americano adotar crianças? Leva anos e é uma burocracia infernal. E no entanto esses gays conseguiram adotar nove pimpolhos, tudo graças ao politicamente correto.
Está certo, tais abusos são (quero crer) uma pequena minoria. E quanto aos casais sem filhos, que meramente querem o direito de poder passar ao companheiro de mesmo sexo seus bens, não seria isso justo?
Além disso, ocorre o risco de abusos. Mais de um casal gay abusou de crianças adotivas. Sim, sei que isso ocorre com muitos casais heterossexuais também, até ou especialmente casais com filhos biológicos. Porém, com o casamento gay, ficou mais fácil para predadores. Digamos por exemplo que João e Pedro gostem de comer criancinhas. Eles se associam em um "casamento" e adotam várias crianças, às quais passam a abusar sistematicamente.
Delírio? Pois vejam o famoso caso daquele casal gay australiano que adotou um menino russo para estuprá-lo e prostituí-lo, ou deste outro casal gay americano que adotou e abusou de algumas de suas nove crianças. Nove! Mas vocês sabem o quão difícil que é para um casal heterossexual americano adotar crianças? Leva anos e é uma burocracia infernal. E no entanto esses gays conseguiram adotar nove pimpolhos, tudo graças ao politicamente correto.
Está certo, tais abusos são (quero crer) uma pequena minoria. E quanto aos casais sem filhos, que meramente querem o direito de poder passar ao companheiro de mesmo sexo seus bens, não seria isso justo?
O que está em jogo, no entanto, é algo mais complexo. O que é o "casamento gay"? Seu valor é quase que exclusivamente simbólico. A maioria dos gays, mesmo tendo agora o direito, não casa nem casará. Muitos dos que casaram, já separaram-se.
De acordo com estimativas, o número de gays que casaram nos EUA (nos estados em que tal união já havia sido legalizada) foram 72 mil em todos os EUA, desde 2007. É pouco, se considerarmos que a população americana de gays adultos (se corresponder aos 3.8% de auto-declarados gays e lésbicas) deveria ser de pelo menos 12 milhões.
Mais: a imensa maioria dos casais de mesmo sexo que casaram é de lésbicas: mais de 50 mil desses 72 mil são casamentos entre mulheres, provando mais uma vez o clichê de que as mulheres tem uma maior necessidade (ou capacidade) para relações estáveis do que os homens.
Então, por que tanta luta por um direito que nem eles procuram?
É simples. O que eles querem realmente é o símbolo da aceitação, a idéia de não haver nenhuma diferença em relação aos héteros. Não é que eles queiram casar, eles querem ser vistos como parte integrante da sociedade, sem qualquer tipo de censura. E para o progressista branco, que tem vários amigos ou conhecidos gays, isso é de certa forma natural.
Para outros, porém, o “casamento gay” é apenas a busca da dissolução do casamento tradicional, a pá de cal que faltava nessa instituição. Como disse um comentarista em outro site, é um tipo de "inflação do casamento": assim como imprimir mais dinheiro diminui seu valor, proporcionar o casamento a todos é um procedimento similar com conseqüências similares (e dar a residência ou cidadania a qualquer imigrante ilegal também inflaciona o falor da cidadania americana)
Além disso, é uma boa arma contra os cristãos, que são os únicos de fato opostos a isso (e ainda assim, nem todos: grande parte dos protestantes e até muitos católicos estãose dobrando ao casamento e adoção gay. Acredito que em breve teremos casamentos gays celebrados na maioria das Igrejas e Catedrais).
De qualquer forma, convenhamos, a idéia de transformar o que é essencialmente o fim da família tradicional em um direito de "igualdade" foi uma sacada genial.
O homem moderno está viciado em "igualdade". Não acreditanto mais em Deus, nem em pátria, nem em cultura, nem nos laços sanguíneos, tudo o que lhe resta é a crença na Humanidade.
Mas a Humanidade é um pobre substituto para Deus. Os "direitos humanos" não satisfazem a necessidade espiritual, e, sendo o homem por sua constituição um ser eternamente insatisfeito, será necessário avançar sempre mais e mais na "luta" por "direitos" imaginários.
O que virá depois do "casamento gay"? Senhores, façam suas apostas.