No outro dia falei sobre genocídio caucasiano, mas acho que o tema não foi bem exposto. Na realidade, talvez genocídio não seja bem a palavra. O que está ocorrendo, é uma nova forma de organização socio-étnico mundial.
Faz um tempo saiu um vídeo humorístico do SNL falando sobre o "
adeus da raça branca". O vídeo até que era engraçadinho, e de certa forma, revelador. Fico pensando: será que a raça branca é mesmo uma raça especial?
De acordo com o vídeo, brancos tem certos estereótipos: gostam de acampar, de caminhar, de andar de bicicleta na ciclovia, de abraçar o pai, de ir à Lua.
Bem, o vídeo não se referia literalmente à morte do último homem branco, mas o fim de sua maioria demográfica e a perda do controle do poder nos EUA. Afinal, de acordo com as projeções demográficas, os EUA em poucas décadas não serão mais um país de maioria branca.
Sim, é possível que isso aconteça, ainda que projeções demográficas possam estar sujeitas a mudanças imprevistas.
Mas, mesmo que isso acontecer, será mesmo que os latinos, árabes e outros irão tomar conta do pedaço?
Parece bem improvável.
A verdade é a seguinte, amigos. Tudo isso é papo furado. Tanto os que clamam a "diversidade igualitária" quando os que acreditam que há um "genocídio branco" estão equivocados. O futuro dos EUA, e quem sabe do mundo, é simplesmente um sistema de castas.
Nos anos 60, Aldous Huxley foi convidado para dar uma palestra na Universidade de Berkeley para falar sobre seu livro "Admirável Mundo Novo". O livro é um clássico da ficção científica no qual as pessoas são geradas por meios artificiais e catalogadas desde o nascimento em castas: Alfa, Beta, Gama, etc. Eles têm direito a sexo livre ("orgy porgy") e a uma droga que dá felicidade ("soma").
Mal sabia Huxley que o interesse pelo livro não era literário: o que o pessoal de Berkeley queria era utilizar aquilo como um manual, um plano para traçar o futuro. (Aqui tem o
áudio de um discurso de Huxley em Berkeley sobre o tema, e aqui a
transcricão do texto, ambos em inglês).
Foi efetivamente o que aconteceu. Além da liberação sexual e das drogas, bem como da cultura da "felicidade" permanente, temos nos EUA já várias castas:
Alfas plus - Elite. São os anglos protestantes e judeus (junto com uma minoria multiétnica de origem variada) que estudam em Harvard e outras universidades da Ivy League, e basicamente dominam a política e a cultura norte-americana, bem como a academia e determinam o que pode e o que não pode na vida intelectual.
Alfa minus - Fazem parte desta casta as ditas "celebridades", que vivem em sua bolha em meio a
festas e
excessos; ainda que eles sejam inferiores à elite real e no fundo não sejam mais do que bobos da corte escolhidos a dedo, com a função de propagar idéias e modas de comportamento ao povão.
Betas - Classe média-alta. São os brancos e asiáticos responsáveis pela maioria do trabalho criativo e/ou de engenharia, computação, etc, mas sem grande poder político ou midiático. Divididos novamente em plus (trabalho mais criativo) e minus (trabalho mais técnico).
Gamas - Classe média-baixa. Brancos, asiáticos, latinos e outras raças em trabalhos "proles", não necessariamente braçais, porém de menor prestígio e exigência intelectual, ainda que exijam certa formação (enfermeiros, encanadores, professores etc).
Deltas - Classe serviçal - Formada majoritariamente por mexicanos e outros latinos, bem como alguns negros (que com a imigração foram substituídos pelos mexicanos e passados para a casta de baixo) e outras de raças indefinidas que vivem basicamente prestando serviços, seja a nível governamental, seja a nível privado.
Epsilons - Subclasse - Negros do gueto, mexicanos e filipinos mais pobres, terroristas árabes e brancos "white trash" - Classe utilizada apenas para quebra-quebra, bucha de canhão em guerras ou revoluções, e para fins de limpeza étnica de bairros. Funciona assim, coloque alguns deles em uma vizinhança, logo a população nativa apavorada vai embora, os preços das casas caem, aí alguém compra tudo a preço baratinho, o bairro se gentrifica, os pobres são expulsos, a vida é bela.
Qual a diferença entre um sistema de classes e um sistema de castas? Simples. Em teoria, no sistema de classes você pode passar de uma classe a outra, seja enriquecendo, seja empobrecendo. O sistema de castas é hereditário e você não pode passar de uma casta a outra, salvo através da reencarnação. O sistema atual, mascarado como sistema de classes, é na realidade um sistema de castas, apenas dando a
ilusão de mobilidade social.
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O novo "sonho americano". |