Traidores do quê?
Bem, o próprio conceito de "traição racial" ao se misturar confesso que sempre me pareceu esquisito, já que não lembro de jamais ter assinado nenhum contrato de filiação a qualquer raça ou etnia ao nascer. E como já disse várias vezes o conceito de "pureza" me parece equivocado ou inexistente.
Pessoalmente, acho que não teria filhos com mulheres de outras raças como negras, asiáticas, ou aborígenes australianas, mas não me sinto apto a condenar quem o faz, seja pelo motivo que for.
A verdade é que a maioria das pessoas casa com quem pode, não com quem quer. Provavelmente a maioria dos homens brancos com certeza preferiria casar com uma loirinha "pura" de olhos azuis. Mas como dizia o Garrincha, "faltou combinar com a loirinha". E por isso muitos brancos até mesmo ricos e bem-sucedidos estão casando com asiáticas, enquanto as loirinhas estão ficando com negões, ou então, dando volta no carrossel do pênis até os 35-40, quando finalmente casam e têm 1.3 filhos ou, se não der, adotam gatos e ou um pug (nada contra; não gosto muito de pugs, mas gosto de gatos).
Não gosto muito de asiáticas, confesso. Seus olhos puxados me causam arrepios. Prefiro até mulatas. Mestiças ou mulatas podem ser atraentes e simpáticas, em alguns casos até mais bonitas do que brancas "puras", portanto não vejo tampouco nada de extraordinário no fato de que alguns homens as prefiram. No mais, relacionamentos podem ser bem complicados, então quem casa com outra pessoa apenas por motivos de "pureza racial" é provavelmente um autista ou um imbecil.
De qualquer forma, a baixa natalidade dos brancos na maioria dos países europeus é realmente um problema.
Mas não seria tão grave, é claro, se a isso não se somasse a imigração, que cria um clima de competição Darwiniana que não existe, por exemplo, no Japão. Que tem baixa natalidade mas, ao menos por enquanto, continua bastante japonês.
O problema então não é apenas os brancos não terem tantos filhos, como a imigração de milhões de indesejáveis ocupando o mesmo espaço.
Seria a falta de filhos dos europeus que está gerando a imigração, como sugerem os neocons?
Eu tendo a achar que é o contrário. O fato dos "brancos não terem filhos" não é causa, é conseqüência. Resolva o problema fundamental político/econômico/cultural/espiritual e os brancos voltarão a ter filhos. Ter filhos na verdade não é difícil, qualquer um pode ter. Aliás, é mais comum as pessoas de inteligência média ou baixa terem filhos do que pessoas inteligentes, que tendem a ser mais neuróticas e precavidas.
Além do mais, ter filhos em quantidade não necessariamente muda o destino branco.
Primeiro, por que ter bilhões de pessoas não é necessariamente o melhor. Os ingleses dominaram a África e a Índia com apenas um número reduzido de soldados. Os espanhóis derrotaram o poderoso Império Inca em ainda menor número.
Já os chineses e indianos contam-se aos bilhões, e fizeram o que com isso? Nada. (Ou melhor: nadam.).
Ter filhos tampouco é muito útil se ocorrer de forma desordenada, fora do âmbito familiar e de uma sociedade boa de se viver. Para que ter filhos se for para condená-los a uma vida de sofrimento, subemprego e dissolução?
Li no outro dia que pelo menos 45% das gestações nos EUA são não-planejadas, e 20% indesejadas. O fenômeno ocorre em número muito maior entre os brancos pobres, os negros e os hispânicos.
Já o branco de classe média casado por toda a vida está sumindo. Mesmo nos países europeus, um casal se manter junto por toda a vida é bem infrequente. A maioria são de pais divorciados ou mãe solteiras.
Já escrevi sobre as dificuldades em se ter filhos hoje em dia. Em parte o problema é sustentar as crias, e aqui pesam os problemas econômicos que tornam difícil manter muitas criancinhas em um país branco atual sob condições normais. Tudo custa tão caro!
Mas, como também já observei, concordo que o problema principal também não é econômico. É, afinal, uma questão de prioridades. Não, o problema é mesmo espiritual.
A grande causa da queda de natalidade no mundo moderno foi mesmo a contracepção artificial. Antigamente, ter filhos era muito fácil: bastava foder. A esposa de Euclides da Cunha, o clássico autor de "Os Sertões", teve onze filhos: quatro com o esposo e sete com o amante. Hoje, acredito, seria mais precavida.
Os religiosos não gostam de contracepção e costumam ter muito mais filhos do que ateus. Um retorno à religião então poderia ser um modo de promover esse sonhado aumento demográfico.
Por outro lado, tampouco sei se essa seria a solução. Teremos um mundo de muçulmanos, evangélicos e mórmons, além de judeus ortodoxos, as religiões mais chatas do planeta. (Só gosto do catolicismo e do budismo, desculpem-me).
(Aqui um parêntese: muitos contrapõe os "ateus" aos "religiosos", mas eu não acho que esta seja a oposição. Os ateus e agnósticos seriam mais neutros; em termos políticos, seriam o "centrão". O verdadeiro oposto do religioso é o Satanista, aquele que prega os vícios e a dissolução moral. E o sonho deles, como em "o bebê de Rosemary", é também ter filhos, de preferência com o Capeta!)
Machado de Assis escreveu: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria". Bem, no caso a frase seria do seu personagem Brás Cubas, mas é fato que Machado não teve filhos. Ele era epiléptico e em parte negro. Não se sabe se não teve filhos por que não quis passar adiante a epilepsia, ou a negritude da qual ele se acomplexava, ou se porque era estéril mesmo, ou porque sua esposa o era. Realmente não sei.
Porém, seus romances mais famosos são quase todos sobre homens que não tiveram filhos. Brás Cubas, Simão Bacamarte, e Dom Casmurro. (E chega de discussão, Capitu traiu sim. Não só teve um filho com Escobar como provavelmente fez de tudo com o amante. Capitu deu até o cu!)
Brancos que não têm filhos são traidores? Acho que não. Acho que a responsabilidade de cada um é consigo mesmo, e não com a sua "raça". Muitos gênios jamais tiveram filhos, e alguns eram até
Bem, eu já me preocupei muitíssimo com tudo isso. Hoje, não mais. Estou pouco me lixando para a salvação da "raça branca", do "homem ocidental" ou da lavoura. Sim, meus caros, estou abandonando a luta inglória pela "salvação do Ocidente", que, aliás, é algo que não podemos salvar ou deixar de salvar. O máximo que podemos fazer é colocar um pequeno grão de areia no mar, ou uma semente num vaso, e esperar que prospere. Agir de modo correto conosco e com nossos familiares e amigos. Ter filhos, se assim quiser, ou não, se assim não quiser. Não é obrigatório, não se preocupe. E quem não gostar, azar.