Acredito
que a Copa do Mundo esteja sendo um sucesso no Brasil. Nunca duvidei. Nunca
achei que o Brasil fosse tão ruim a ponto de não ser capaz de sediar um evento
de porte internacional. Alguns reclamam da corrupção e do desvio de dinheiro, o
que é lamentavelmente verdade, porém, isso não é prerrogativa exclusiva do
Brasil. Dos EUA à China tem muita corrupção também, e a própria FIFA é provavelmente
uma das entidades mais corruptas do mundo.
Outros falam que se o Brasil ganhar pode ajudar a reeleger a Dilma, mas esse risco hediondo existe com Copa ou sem Copa. E, depois, se for pela qualidade do time quem deve ganhar mesmo é Holanda ou Alemanha.
Outros
dizem, "o dinheiro da Copa poderia ter sido usado para educação e
saúde". Será? Primeiro que duvido que fosse mesmo, no máximo iria
igualmente parar no bolso de algum político, e, segundo, sou bem cético de que
investimentos em "saúde" e "educação" resolvam alguma coisa
no Brasil. A educação não é a panacéia que muitos acham que seja e, quanto à
saúde, o mais saudável para o Brasil seria provavelmente uma boa campanha de
planejamento familiar.
O
maior problema do Brasil é mesmo o da violência urbana. Uma coisa, até
tolerável, é você ter um povo pobre, burro e inculto que gosta de novela e
funk; outra bem diferente é ter um grande número de pessoas violentas e cruéis.
O Brasil não é um país de todo ruim para se viver, nem os países estrangeiros
são aquela maravilha toda. Canadá e Suécia podem ter instituições melhores, mas
são frios para cacete, e, além disso, lá vocêr não passa de mais um cucaracha a
ser explorado pela elite. Se o problema da violência urbana pudesse ser
resolvido, acredito que grande parte dos brasileiros morando no exterior
retornaria a seu país. Porém, na verdade o problema da violência está ligado
mesmo ao problema das drogas, já que 90% dos assaltantes estão drogados e usam
o que foi roubado para comprar "pedra", e os que não estão trabalham
para o tráfico.
Mas
estou me distraindo, pois não era nada disso que eu queria falar. Eu queria
falar de algumas matérias que saíram recentemente na mídia brasileira, sobre
garotas brasileiras excitadas com a presença de vários torcedores europeus e
australianos, e o ressentimento que isso está causando nos machos locais. De fato, alguns até tentaram se passar por estrangeiros para conseguir mulher.
Bem,
a excitação das moças é compreensível, eu também ficaria se o Brasil sediasse um encontro de patinação artística no gelo e o país fosse
invadido por multidões de mulheres escandinavas a fim de se divertir.
Cada
um que faça o que quer e eu nada tenho com isso. O que eu achei engraçado
apenas é que a defesa das mulheres, quando criticadas, é aquela velha que
"o homem quando come muitas é garanhão, mas a mulher quando dá para muitos
é vadia", como se houvesse medidas diferentes para homem e para mulher. De
fato, existem medidas diferentes, mas não é por injustiça.
Quem
controla o acesso ao sexo é a mulher. A mulher apenas escolhe entre os diversos pretendentes. Quanto
mais atraente a mulher, mais fácil seu acesso ao sexo, afinal terá zilhões de
homens atrás. Porém, mesmo uma moça menos atraente pode facilmente obter sexo
se assim quiser, afinal o homem tende a ser bem menos exigente em termos de
sexo do que a mulher. Se não tem a
gostosa, vai a gordinha mesmo.
(Alguém
observou uma coisa curiosa, não sei se é verdade: que o homem tende a ser pouco
exigente para a farra ou o sexo de uma noite só, e mais exigente com a moça com
quem vai namorar ou casar; já a mulher é o contrário, extremamente exigente com
aquele para quem vai dar na balada, mas menos exigente com quem termina
casando).
De
qualquer modo, para a mulher, a não ser que seja muito gorda ou velha ou
exigente, conseguir sexo é portanto muito fácil, ainda mais se se tratam de
estrangeiros enlouquecidos com a fama da “mulher sexy brasileira”. Já o homem,
para conseguir uma noite de sexo que seja, tem que lutar contra feras e dragões.
Portanto, há um certo legítimo mérito no “garanhão”, que teve que suar a
camisinha para conseguir várias mulheres (*) enquanto que a mulher que deu para
todos, apenas abaixou o seu preço.
(*)
Na verdade, isto também é relativamente falso, já que há alguns homens que,
seja pela beleza, pela riqueza ou pela fama, não precisam fazer esforço algum
para conseguir mulher, pois estas se atirarão sobre ele sem dó.
Em
resumo, é uma questão de oferta e demanda, e, na verdade, quem mais hostiliza
as mulheres “vadias” não são os homens, mas as outras mulheres, afinal trata-se
de uma forma de “concorrência desleal”. Homem não oprime mulher por ser vadia, aliás, é discutível que o homem "oprima" de qualquer forma a mulher (Aqui uma boa entrevista com, quem diria, um historiador militar falando sobre isso).
De
qualquer modo, não culpo as jovens que estão se divertindo com estrangeiros, apenas seguem seu instinto. E
viva a Copa do Mundo no Brasil.